Antônio Maria Coelho
Antonio Maria Coelho | |
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Nome completo | Antônio Maria Coelho |
Nascimento | 8 de setembro de 1827 Cuiabá, Mato Grosso |
Morte | 29 de agosto de 1894 (66 anos) Corumbá, Mato Grosso |
Serviço militar | |
País | Brasil |
Serviço | Exército |
Patente | Marechal |
Comando |
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Conflitos | |
Condecorações |
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Antônio Maria Coelho, primeiro e único barão do Amambaí (Cuiabá, 8 de setembro de 1827 — Corumbá, 29 de agosto de 1894), foi um militar e político brasileiro, chegando à patente de marechal.[1]
Adquiriu grande prestígio no Império após sua destacada atuação durante a Guerra do Paraguai, no histórico episódio de 13 de junho de 1867, conhecido como a Retomada de Corumbá, renome que lhe garantiu o cargo de primeiro governador do Mato Grosso após a proclamação da República.[1] É dele a autoria da atual bandeira de Mato Grosso.[2]
Biografia
Natural de Cuiabá, capital da Província de Mato Grosso, era filho do tenente-coronel Vicente Coelho e de Maria Agostinha Carolina de Almeida.[3] Alistou-se ao Exército Brasileiro em 1839, aos 12 anos de idade.[4] Sua ascensão militar foi rápida, em virtude da tradição militar na família,[4] sendo promovido a segundo-sargento em 2 de novembro de 1840 e a cadete em 10 de janeiro de 1842.[1] Em 1842, matriculou-se na Escola Militar, concluindo o curso de infantaria em 1849.[3]
Durante a Guerra do Paraguai, assumiu posição de comando, liderando a Retomada de Corumbá em 13 de junho de 1865.[3] O sucesso na batalha lhe rendeu elogio do imperador e voto de reconhecimento da Câmara dos Deputados,[3] além da promoção ao posto de tenente-coronel.[1] Em 1888, foi promovido e brigadeiro e, no ano seguinte, a marechal de campo.[3]
Na política, não obteve sucesso em sua candidatura ao Senado em 1888.[1] Com a Proclamação da República do Brasil, foi empossado na posição de comandante das Armas do Estado de Mato Grosso.[1] Assumiu o governo local em 9 de dezembro de 1889.[1] Foi o criador do Partido Nacional em janeiro de 1889.[1] Foi destituído do cargo de governador por decreto do presidente Deodoro da Fonseca, em fevereiro de 1891.[1]
Foi um dos signatários do Manifesto dos 13 generais contra Floriano Peixoto,[1] cujo conteúdo clamava pela convocação de novas eleições.[5] O presidente Peixoto reformou todos os generais envolvidos, acusando-os de atentar contra a estabilidade do regime republicano.[1]
Deixou a vida pública em 1894 e passou a residir em Corumbá, onde faleceu no mesmo ano.[4]
Coelho casou-se duas vezes. Sua primeira esposa foi Ana de Pinho Coelho, com quem teve dois filhos: Emilio e Adelino. Após o falecimento de Ana em 1867, vitimada pela varíola, casou-se com Cristina Jorge Coelho, com quem teve três filhos: Poty Coelho, Elisa Coelho e Maria de Lourdes Coelho.[4]
Títulos nobiliárquicos
- Barão do Amambaí
Título conferido por decreto imperial em 28 de agosto de 1889. Faz referência ao rio sul-mato-grossense na região de Amambai, onde o nobre atuou durante a Guerra do Paraguai. Em tupi significa rio das samambaias.[6][3]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k João Edson Fanaia. «COELHO, Antônio Maria» (PDF). Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ Senado, T. V. (16 de dezembro de 2022). «Bandeira de Mato Grosso foi criada 73 dias após a Proclamação da República». TV Senado. Consultado em 26 de abril de 2024
- ↑ a b c d e f «Antônio Maria Coelho». Centro de Instrução de Guerra na Selva. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ a b c d Aluíso Gonçalves de Farias (22-26 de julho de 2013). "A PRESENÇA DE ANTONIO MARIA COELHO: TRAJETÓRIA E ATUAÇÃO EM MATO GROSSO" . XXVI Simpósio Nacional de História. Natal, Rio Grande do Norte. Acessado em 8 de maio de 2024.
- ↑ Beatriz Coelho Silva. «REVOLTA DA ARMADA» (PDF). Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ valeemacao (4 de março de 2022). «Cultura». Vale em Ação. Consultado em 26 de abril de 2024
Precedido por Ernesto Augusto da Cunha Matos |
Presidente do Estado de Mato Grosso 1889 — 1891 |
Sucedido por Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro |