Veículo Lançador de Pequeno Porte

Veículo Lançador de Pequeno Porte, VLPP, é um programa de Subvenção Econômica à Inovação criado pela Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, em parceria com a Agência Espacial Brasileira, com o intuito de desenvolver veículos lançadores de satélites orbitais da classe SLLV, Small-Lift Launch Vehicle, ou Veículo Lançador Leve, também chamados de Microlançadores.

Subvenção Econômica à Inovação do Veículo lançador de pequeno porte para lançamento de nano e/ou microssatélites
País	Brasil
Organização	AEB FINEP
Status	Em andamento
Histórico
Custo	R$ 370 milhões (2023–2027)[1]
Duração	2023–2027
Local(is) de lançamento	[[Centro Espacial de Alcântara|]] Alcântara (Maranhão)

O Foco do edital é fornecer recursos para o desenvolvimento de veículos lançadores nacionais comerciais, ele segue os moldes do Programa de Tripulação Comercial, e do Commercial Resupply Services, da NASA. Dessa forma o Estado se torna responsável somente pelo financiamento do projeto e a iniciativa privada é responsável por desenhar, projetar, testar e executar o projeto, diferente do programa VLM, onde uma instituição estatal, no caso o Instituto de Aeronáutica e Espaço, faz todo o projeto e opera o veículo lançador, e a iniciativa privada fica responsável por fornecer insumos e peças para o instituto.^[2]

Um dos principais motivadores para a criação do edital são os constantes atrasos no desenvolvimento do VLM, que graças a crise financeira da Avibrás, deve atrasar mais, ou até ser cancelado.^[3]

Com a necessidade de um veículo lançador nacional, além da necessidade do mercado do New Space com cada vez menos participação estatal e maior desenvolvimento de Startups foi criado o Edital de Subvenção Econômica à Inovação do veículo lançador de pequeno porte para lançamento de nano e/ou microssatélites^[4], ou simplesmente VLPP.

Os principais requisitos do edital eram:

• Desenvolvimento de veículo, com capacidade de lançar pelo menos 5 kg de carga-útil na órbita circular equatorial de 450 km.
• Desenvolvimento de meios operacionais para o lançamento do Veículo de pequeno porte.
• Poderão ser utilizados meios operacionais existentes, desde que devidamente autorizados pelas entidades detentoras destes meios.
• Desenvolvimento de veículo e realização da operação de lançamento atendendo a todos os requisitos de segurança do campo de lançamento.
• Projeto, qualificação e construção de pelo menos dois protótipos de voo em território nacional.
• Realização de suas operações de lançamento, a partir do território nacional.

Além desses, tinham os requisitos diferenciais, porém, não obrigatórios:

• Lançamento simultâneo de múltiplos nanossatélites.
• Capacidade de efetuar a reentrada antecipada do seu último estágio na atmosfera (evitar detritos espaciais).
• Atendimento a todo o espectro de inclinações, desde inserção em órbitas de baixa inclinação (equatoriais) até órbitas polares e heliossíncronas.
• Potencial de evolução/crescimento das suas capacidades em massa de carga-útil e precisão de inserção orbital.
• Utilização de sistemas e equipamentos desenvolvidos ou em desenvolvimento em programas paralelos no âmbito do PEB.
• Melhor precisão de inserção em órbita.
• Melhor relação custo por quilo de carga útil inserida em órbita.
• Maior eficiência da operação de lançamento em termos de custo, quantidade de recursos humanos envolvidos na atividade “on-site” e tempo de preparação e de lançamento.^[4]

No primeiro resultado a Avibrás sairia como vencedora e ganharia todo o edital, porém a crise na empresa explodiu justamente durante esse período e ela acabou desclassificada^[5]

Com a saída da Avibrás, e um excedente de recursos que foram descobertos na FINEP, ficou decidido a escolha de duas empresas em vez de somente uma, o que causou certa polémica na época, mas o edital se seguiu assim mesmo. Ficando os pools de empresas lideradas por Akaer e CENIC como as ganhadoras

• Liderado por:
  • AKAER ENGENHARIA S.A.
• Coexecutoras:
  • ACRUX LTDA.
  • BRENG ENGENHARIA E TECNOLOGIA LTDA.
  • ESSADO DE MORAIS LTDA.

• Liderado por:
  • CENIC ENGENHARIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
• Coexecutoras:
  • CONCERT TECHNOLOGIES S.A.
  • SCHELIM ENGENHARIA EIRELLI.
  • PLASMAHUB AMBIENTAL IND. ENG. EXP. E IMP. LTDA.
  • ETSYS INDÚSTRIA E TECNOLOGIA EM SISTEMAS LTDA.^[4]

A empresa AKAER, se baseando no projeto Montenegro, que estava sendo desenvolvido pela sua parceria ACRUX, começou a desenvolver o Veículo Lançador de Nanossatélites da Akaer, ou VLN-AKR^[2]

O Veículo possui três estágios, ele reutiliza os motores S-30 desenvolvidos para o VS-30 e VSB-30 nos primeiro e segundo estágios, e usam um motor S-18 no terceiro estágio, algumas fontes dizem ser um motor baseado num motor do foguete Sonda-2, outros dizem ser um motor novo^[6]

A previsão de lançamento do VLN-AKR é o Primeiro semestre de 2027^[7]

A empresa CENIC por sua vez, decidiu desenvolver um foguete totalmente do zero, o Microlançador Brasileiro, ML-BR

O veículo possui 3 estágios de combustível solido, porém o terceiro estágio será substituído por um motor a combustível liquido em versões futuras que já estão sendo desenvolvidas em paralelo

O ML-BR terá 1 Metro de diâmetro, 12 metros de altura e capacidade de até 30kg para órbita terrestre baixa (LEO)^[8]

• Avibrás
• Financiadora de Estudos e Projetos
• Human Landing System