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}}
As '''relações entre Estados Unidos e Rússia''' são as relações estabelecidas entre os [[Estados Unidos|Estados Unidos da América]] e a [[Rússia|Federação Russa]] após a [[dissolução da União Soviética]] e o fim da [[Guerra Fria]].

Os Estados Unidos reconheceram a Federação Russa como a sucessora da União Soviética em [[25 de dezembro]] de [[1991]], quando o presidente [[George H. W. Bush]] anunciou a decisão em um discurso à nação. Bush também afirmou que a embaixada em [[Moscou]] iria permanecer no local como a embaixada americana para a Rússia.

Os Estados Unidos e a Federação Russa estabeleceram relações diplomáticas em [[31 de dezembro]] de [[1991]], quando o presidente russo, [[Boris Yeltsin]] respondeu positivamente à proposta do presidente Bush para que as relações diplomáticas entre ambos fossem estabelecidas.

Inicialmente, as relações entre Estados Unidos e a Rússia eram boas, após a [[Dissolução da União Soviética|queda da URSS]], mas começaram a esfriar com o [[Guerra do Kosovo|bombardeamento da Jugoslávia pela NATO]], em 1999<ref>{{Citar web|url=http://gazeta.lenta.ru/daynews/24-03-1999/03rus_kosovo.htm|titulo=GAZETA.RU:|acessodata=2016-12-18|obra=gazeta.lenta.ru}}</ref> e, com a chegada de [[Vladimir Putin]] ao poder, as relações pioraram bastante.

A partir de [[2014]], as relações entre EUA e Rússia atingiram o seu ponto mais baixo desde do fim da [[Guerra Fria]]. Após a [[Guerra Russo-Ucraniana|invasão russa à Ucrânia]] em 2022, as relações atingiram o ponto mais baixo desde a [[Crise dos Mísseis Cubanos]].<ref>{{Cite news |date=2022-08-02 |title=Russia says United States is directly involved in Ukraine war |language=en |work=Reuters |url=https://www.reuters.com/world/europe/russia-says-united-states-is-directly-involved-ukraine-war-2022-08-02/ |access-date=2022-10-01}}</ref> [[Sanções internacionais durante a Guerra Russo-Ucraniana|Sanções internacionais]] impostas desde 2014 foram significativamente expandidas pelos Estados Unidos e seus aliados após a invasão, incluindo vários bancos estatais e oligarcas.<ref>{{Cite web |date=2023-06-09 |title=With Over 300 Sanctions, U.S. Targets Russia's Circumvention and Evasion, Military-Industrial Supply Chains, and Future Energy Revenues |url=https://home.treasury.gov/news/press-releases/jy1494 |access-date=2023-06-22 |website=U.S. Department of the Treasury |language=en}}</ref>

== História ==
=== Estados Unidos e União Soviética ===
[[Ficheiro:Russian Embassy US.jpg|miniaturadaimagem|Embaixada da Rússia nos Estados Unidos.]]
{{Artigo principal|Relações entre Estados Unidos e União Soviética}}
Os [[Lend-Lease|suprimentos aliados]] a URSS nos anos 40<ref>{{Citar web|url=https://www.amazon.com/The-Roads-Russia-United-Lend-Lease/dp/0806108231|obra=www.amazon.com|acessodata=2019-08-27}}</ref> de material bélico não chegavam a suprir 10% dos recursos do país.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Herring|primeiro=George C.|data=1969|titulo=Lend-Lease to Russia and the Origins of the Cold War, 1944-1945|url=https://www.jstor.org/stable/1902065|jornal=The Journal of American History|volume=56|numero=1|paginas=93––114|doi=10.2307/1902065|issn=0021-8723}}</ref> No início da [[Guerra Fria]], em meados dos [[anos 1960]], [[Estados Unidos]] e [[Rússia]] viviam um cenário apocalíptico de forte tensão diplomática e se envolviam nas corridas [[corrida armamentista|armamentista]] e [[corrida espacial|espacial]]. Na [[década de 1970]], os dois países se reaproximaram, na política que ficaria conhecida como [[Détente]], iniciada pelo presidente soviético [[Leonid Brejnev]], quando os dois países assinaram tratados que limitavam a produção de [[arma nuclear|armas nucleares]] e abriam um novo tempo para o desenvolvimento científico, permitindo que [[soviético]]s e [[americano]]s se unissem pela [[exploração espacial]], o que resultou no acoplamento das naves [[Apollo]] e [[Soyuz]], e posterior construção da [[Estação Espacial Internacional]]. No início dos [[anos 1980]], com a eleição de políticos mais liberais e ambiciosos no [[Ocidente]], como [[Ronald Reagan]] e [[Margaret Thatcher]] e a consequente morte do antigo presidente na [[União Soviética]], a relação entre os dois países deteriorou-se novamente. Com a chegada de [[Mikhail Gorbatchov]] ao [[Kremlin]] e as políticas de abertura na [[União Soviética]], os dois países voltaram a usufruir de um maior entendimento.

=== 1991 a 2000 ===
[[Ficheiro:US embassy new building in Moscow.jpg|miniaturadaimagem|Embaixada dos Estados Unidos na Rússia.]]
Em [[1991]], a [[União Soviética]] se desintegraria e surgiria a [[Federação Russa]]. O principal ponto de conflito entre os dois países — a luta entre [[socialismo]] e [[capitalismo]] — já tornara-se passado, visto que a [[Rússia]], diferente da [[URSS]], tornou-se um estado capitalista. Esse equilíbrio econômico abriu relações comerciais entre os dois países e uma certa subserviência da [[Rússia]] para com os [[EUA]], que sempre demonstrou seu apoio ao processo de capitalização da economia russa. A diplomacia entre [[Estados Unidos]] e [[Rússia]] foi relativamente boa durante os anos de [[Boris Yeltsin|Yeltsin]]. No final de seu mandato, porém, com os [[Intervenção militar na Iugoslávia em 1999|conflitos]] no [[Kosovo]], o presidente russo fez diversas críticas a [[Bill Clinton|Clinton]], que rebateu criticando a [[Guerra da Chechênia|guerra na Chechênia]], o que resultou em uma ameaça de [[Boris Yeltsin|Yeltsin]] com relação ao uso de [[armas nucleares]], desagradando aos americanos, e novamente atrasando uma maior aproximação entre os dois países.
=== 2000 a 2010 ===
Com a chegada de [[Vladimir Putin]] ao [[Kremlin]] e [[Bush]] à [[Casa Branca]], [[Rússia]] e [[Estados Unidos]] passariam a se envolver em desentendimentos ainda mais sérios. Putin tomou iniciativas mais ousadas que Yeltsin com relação à [[política internacional]], enquanto Bush manteve uma linha unilateral de diplomacia. A [[Rússia]] se opôs fortemente à [[Guerra do Iraque]], em [[2003]] e denunciou o avanço da [[OTAN]] no [[Leste Europeu]], afirmando também que as tentativas dos [[Estados Unidos]] de ganhar acesso ao gás e petróleo da [[Ásia Central]] eram uma invasão à zona de influência da [[Rússia]] no continente asiático. Os [[EUA]] rebateram acusando o governo de Putin de [[autoritário]] e alertando que com essa política, a [[Rússia]] estaria caminhando em um caminho contrário à [[democracia]]. Desde [[2007]], as relações entre [[EUA]] e [[Rússia]] vivem o seu pior momento desde o fim da [[Guerra Fria]]. Em [[2007]], os [[Estados Unidos]] anunciaram um projecto para construir escudos de [[Míssil antibalístico|mísseis antibalísticos]] na [[Polônia]] e um sistema de radares na [[República Tcheca|República Checa]], até então países considerados parte da zona de influência russa, sob o pretexto de defesa contra ataques do [[Irã]]o e [[Coreia do Norte]]. Vendo o projecto como uma grande ameaça, a [[Rússia]] inaugurou seu [[míssil balístico intercontinental]], capaz de destruir o sistema americano. Diferentemente de Bush, o presidente russo Putin assumiu que o míssil tinha como alvo os mísseis americanos na [[Polônia|Polónia]], caso Bush desse continuidade ao projeto. Em [[2008]], a [[Geórgia]] invade a [[Ossétia do Sul]], um estado da [[Rússia]], sob o apoio dos [[Estados Unidos]], o que desagradou aos russos. O vice-presidente americano, [[Joe Biden]], ainda teria visitado a [[Geórgia]] e afirmado que a [[Rússia]] "não deverá suportar os próximos 15 anos", enfurecendo as autoridades russas.<ref>http://www.globalsecurity.org/wmd/library/news/russia/2009/russia-090813-voa01.htm</ref> Diante da crise diplomática, a [[Rússia]] envia uma frota marítima à [[Venezuela]], país que se opõe fortemente ao domínio dos [[Estados Unidos]] na [[América Latina]], o que foi visto pelos [[Estados Unidos]] como uma resposta ao protejo de militarização no [[Leste Europeu]]. Em [[2010]], tentando uma reaproximação, o presidente [[Dmitri Medvedev]] propôs ao exército americano que suas tropas marchassem sobre a [[Praça Vermelha]], na parada militar que comemoraria os 65 anos da vitória soviética na [[Grande Guerra Patriótica]]. Apesar do mínimo avanço, no ano seguinte, os conflitos na [[Síria]] desencadearam ameaças de invasão por parte dos [[Estados Unidos]]. A [[Rússia]], por outro lado, tomou uma posição favorável a uma mudança pacífica no país árabe, ameaçando os [[Estados Unidos]] caso suas autoridades declarem guerra à nação.

Uma das principais questões actuais é a redução do [[Arma nuclear|arsenal nuclear]], que foi iniciada com o [[:en:START I|Tratado de Redução de Armas Estratégicas]] ([[:en:START I|START I]], na sigla em [[língua inglesa|inglês]]) de [[1991]].<ref>{{citar jornal|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u646245.shtml|titulo=Rússia e EUA estão perto de acordo sobre armas, diz assessor russo|ultimo=Reuters|data=1 de novembro de 2009  |lingua=português|acessodata=25 de março de 2010}}</ref> Como esse acordo expirou em [[2009#Dezembro|dezembro de 2009]], ambos países estão interessados e dispostos a firmar um novo [[tratado]], já que o principal factor que impedia a Rússia (a [[Guerra Fria#A Era Medvedev (2008-2009)|instalação de um escudo anti-mísseis na Europa oriental]]) já foi resolvido e os Estados Unidos querem usar esse novo acordo para impor sanções ao [[Irã]]o, que possui [[Programa nuclear iraniano|um programa nuclear]], e tornar mais invasivas as inspecções da [[Agência Internacional de Energia Atómica]] nos outros países durante a Conferência de Revisão das Partes para o [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]] de [[2010]], que ocorrerá [[3 de maio|3]] a [[28 de maio]] no [[quartel]] general da [[Organização das Nações Unidas]], na [[cidade de Nova Iorque]].<ref>{{citar jornal|url=http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/03/25/novo-acordo-de-desarmamento-nuclear-russo-americano-tambem-mira-questao-iraniana-afirmam-analistas.jhtm|titulo=Novo acordo de desarmamento nuclear russo-americano também mira questão iraniana, afirmam analistas|ultimo=Thiago Chaves-Scarelli|data=25 de março de 2010  |lingua=português|acessodata=25 de março de 2010}}</ref>

=== 2010 - presente ===
Inicialmente, após a eleição de [[Barack Obama]] nos Estados Unidos, em [[2008]], bem como, a eleição de [[Dmitri Medvedev]] como presidente na Rússia em [[2008]], houve esperança num melhorar de relações entre ambos os países, tendo sido mesmo anunciado um "reset" entre ambos os países, em [[2009]], marcado por um simbólico carregar num botão "reset", entre a secretária [[Hillary Clinton]] e o ministro [[Sergey Lavrov]].<ref>{{Citar web|url=https://wayback.archive.org/web/20140321182018/http://content.time.com/time/world/article/0,8599,1971651,00.html|titulo=Breaking News, Analysis, Politics, Blogs, News Photos, Video, Tech Reviews - TIME.com|acessodata=2016-12-18|obra=TIME.com}}</ref>

Apesar deste anúncio, as relações entre americanos e russos nunca melhoraram, mas, sim, pioraram. O primeiro indício que as relações entre os países azedaram foram os [[Protestos na Rússia (2011–2013)|Protestos na Rússia]], realizados após as [[Eleições legislativas na Rússia em 2011|eleições legislativas na Rússia em 2016]], com acusações, por parte dos EUA de ter havido [[fraude eleitoral]], enquanto [[Putin]] acusava [[Hillary Clinton]] de ter incitado os protestos, com o objectivo de [[Mudança de regime|mudar o regime]] na Rússia.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Herszenhorn|primeiro=David M.|ultimo2=Barry|primeiro2=Ellen|data=2011-12-08|titulo=After Russian Vote, Putin Claims Clinton Incited Unrest|jornal=The New York Times|issn=0362-4331|url=http://www.nytimes.com/2011/12/09/world/europe/putin-accuses-clinton-of-instigating-russian-protests.html}}</ref>

A partir deste momento as relações entre os dois países foram, gradualmente, piorando, por diversos motivos, entre os quais, a acusação, por parte dos Estados Unidos, que a Rússia violou o [[Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Borger|primeiro=Julian|ultimo2=editor|primeiro2=diplomatic|data=2015-01-04|titulo=US and Russia in danger of returning to era of nuclear rivalry|jornal=The Guardian|issn=0261-3077|url=https://www.theguardian.com/world/2015/jan/04/us-russia-era-nuclear-rivalry|idioma=en-GB}}</ref> ou, a aceitação do pedido de asilo, pela Rússia, de [[Edward Snowden]], ex-agente da [[CIA]] que revelou diversos documentos secretos dos EUA, o que levou ao cancelamento, por parte de [[Obama]], de um encontro com o presidente [[Putin]].<ref>{{Citar periódico|titulo=Barack Obama cancels meeting with Vladimir Putin over Edward Snowden|jornal=Telegraph.co.uk|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/barackobama/10228529/Barack-Obama-cancels-meeting-with-Vladimir-Putin-over-Edward-Snowden.html}}</ref>

Mas, os grandes motivos pelos quais as relações entre americanos e russos pioraram bastante, foram a [[Crise Ucraniana (2013–presente)|Crise Ucraniana]] e a [[Guerra Civil Síria]].

Na [[Ucrânia]], após o derrube do presidente, de simpatia [[Rússia|pró-russa]], [[Víktor Yanukóvytch]], por movimentos apoiantes de uma maior aproximação da Ucrânia à [[União Europeia]],<ref>{{Citar web|url=http://www.rferl.org/a/protesters-police-tense-standoff-ukraine/25241945.html|titulo=Ukraine Opposition Vows To Continue Struggle|acessodata=2016-12-18|obra=RadioFreeEurope/RadioLiberty}}</ref> a Rússia interveio, militarmente, [[Adesão da Crimeia à Federação Russa|anexando a Crimeia]], o que levou a fortes protestos por parte dos Estados Unidos e da União Europeia.<ref name="Não_nomeado-yDCc-1">{{Citar periódico|titulo=Vladimir Putin admits for first time Russian troops took over Crimea, refuses to rule out intervention in Donetsk|jornal=National Post|url=https://wayback.archive.org/web/20140419062027/http://news.nationalpost.com/2014/04/17/vladimir-putin-admits-for-first-time-russian-troops-took-over-crimea-refuses-to-rule-out-intervention-in-donetsk/}}</ref> O derrube de Yanukóvytch, também, causou fortes protestos da zona leste da Ucrânia, em especial, na região de [[Donetsk]] e [[Lugansk]], em protestos contra o novo governo ucraniano e a favor de maior ligação à Rússia. Estes protestos levaram à declaração dos Estados não-reconhecidos da  [[República Popular de Donetsk]] e da [[República Popular de Lugansk]], de simpatia [[Rússia|pró-russa]], e, por fim, levou a uma [[Guerra Civil no Leste da Ucrânia|confrontação militar]] entre as Repúblicas Populares e a Ucrânia.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20140414125950/https://ca.news.yahoo.com/ukraine-special-forces-sent-eastern-city-retake-buildings-082049113.html|titulo=Yet another government building, military airport seized in east Ukraine - Yahoo News Canada|data=2014-04-14|acessodata=2016-12-18}}</ref> Os Estados Unidos e a [[Nato|NATO]] acusaram a Rússia de apoiar, militarmente, as repúblicas populares no leste da Ucrânia,<ref>{{Citar web|url=http://time.com/3160900/nato-russia-artillery-ukraine/|titulo=Russian Artillery Units Are Firing at Ukrainian Soldiers, NATO Says|acessodata=2016-12-18|obra=TIME.com|ultimo=Nicks|primeiro=Denver}}</ref> algo totalmente rejeitado pelo governo russo.<ref name="Não_nomeado-yDCc-1"/> Esta forte tensão na Ucrânia, iniciada em [[2014]], foi descrita como o pior momento das relações EUA - Rússia desde do fim da [[Guerra Fria]].<ref>{{Citar periódico|titulo=How 2014 Became the Worst Year in U.S.-Russia Relations Since the Cold War|jornal=www.nationaljournal.com|url=https://wayback.archive.org/web/20150101021407/http://www.nationaljournal.com/politics/how-2014-became-the-worst-year-in-u-s-russia-relations-since-the-cold-war-20141231}}</ref>

A [[Guerra Civil Síria]], neste momento, é o grande foco de tensão entre americanos e russos, com os países a apoiarem partes diferentes no conflito, o que levou, a descrever esta situação, como uma [[guerra por procuração]]. A partir de 2011, os Estados Unidos começaram por apoiar a imposição de sanções contra o governo de [[Bashar al-Assad]], com o objectivo de fazer cair o seu regime; enquanto a Rússia continuou a manter as fortes ligações históricas com o governo da [[República Árabe da Síria]], que já provêm dos tempos da [[União Soviética]], apoiando Assad na guerra contra os [[Exército Livre da Síria|rebeldes]], fortemente apoiados pelos EUA.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Barnard|primeiro=Anne|ultimo2=Shoumali|primeiro2=Karam|data=2015-10-12|titulo=U.S. Weaponry Is Turning Syria Into Proxy War With Russia|jornal=The New York Times|issn=0362-4331|url=http://www.nytimes.com/2015/10/13/world/middleeast/syria-russia-airstrikes.html}}</ref>

A partir de [[2015]], com o início da [[intervenção russa na Guerra Civil Síria]], em que a Rússia apoiava, através de ataques aéreos e envio de tropas especiais e armamentos para as tropas do governo de Assad, as relações entre Estados Unidos e Rússia atingiram o seu ponto mais baixo desde [[1991]].<ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2015/10/13/middleeast/syria-civil-war/index.html|titulo=U.S., Russia escalate involvement in Syria|acessodata=2016-12-18|obra=CNN|ultimo=CNN|primeiro=Holly Yan and Mark Morgenstein}}</ref> As negociações entre os dois países, na questão da Síria, tornaram-se cada vez mais duras, com um extremar de posições, de parte a parte, com os EUA a acusarem a Rússia de cometer [[Crime de guerra|crimes de guerra]],<ref>{{Citar periódico|titulo=Syrian, Russian actions beg for war crimes investigation - Kerry|jornal=RT International|url=https://www.rt.com/usa/361939-kerry-russia-war-crimes/|idioma=en-EN}}</ref> enquanto a Rússia acusa os EUA de apoiarem grupos terroristas na Síria.<ref>{{Citar periódico|titulo=Russia accuses US of 'de-facto support for terrorism' as Syria rifts widen|jornal=The Telegraph|url=http://www.telegraph.co.uk/news/2016/09/29/russia-accuses-us-of-de-facto-support-for-terrorism-as-syria-rif/}}</ref>

Um novo foco de tensão entre os dois países é alegada interferência dos serviços secretos da Rússia no resultado final da [[eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016]], que resultou na vitória de [[Donald Trump]], candidato favorável a relações mais próximas entre americanos e russos.<ref>{{Citar periódico|data=2016-11-01|titulo=The FBI is 'looking into Donald Trump's former campaign manager's ties to Russia'|jornal=The Independent|url=http://www.independent.co.uk/news/world/americas/us-elections/us-election-donald-trump-paul-manafort-fbi-russia-james-comey-a7390371.html|idioma=en-GB}}</ref> Em Dezembro de [[2016]], a [[CIA]] emitiu um relatório que confirma a influência de agentes russos nas eleições de 2016, para favorecer a vitória de Trump.<ref>{{Citar web|url=https://www.washingtonpost.com/politics/trump-cia-on-collision-course-over-russias-role-in-us-election/2016/12/10/ad01556c-bf01-11e6-91ee-1adddfe36cbe_story.html|titulo=Trump, CIA on collision course over Russia’s role in U.S. election|acessodata=2016-12-18|obra=Washington Post}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2016-12-10|titulo=Russia 'intervened to promote Trump' - US intelligence|jornal=BBC News|url=http://www.bbc.com/news/world-us-canada-38273933|idioma=en-GB}}</ref> Trump rejeita este relatório, que indica interferência da Rússia nas eleições, dizendo que tal acusação é ridícula.<ref>{{Citar periódico|data=2016-12-11|titulo=Donald Trump rejects CIA Russia hacking report|jornal=BBC News|url=http://www.bbc.com/news/world-us-canada-38282533|idioma=en-GB}}</ref>

Como consequência da [[Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022–presente)|invasão russa da Ucrânia em 2022]], a relação entre Estados Unidos e Rússia se deteriorou para os piores níveis desde o auge da [[Guerra Fria]] na década de 1960. O governo americano impôs severas [[Sanções internacionais durante a Guerra Russo-Ucraniana|sanções econômicas]] contra a Rússia e entregou bilhões de dólares em armas e ajuda financeira à [[Ucrânia]].<ref>{{citar web|url=https://www.thenation.com/article/archive/us-russia-putin-relations-nato/|título=Was the Collapse of US-Russia Relations Inevitable?|publicado=TheNation.com|acessodata=22 de março de 2024|língua=inglês}}</ref>

==  Encontro de presidentes ==
<gallery widths="200" heights="150">
Ficheiro:Photograph of President Reagan and Vice-President Bush meeting with General Secretary Gorbachev on Governor's Island... - NARA - 198595.jpg|[[Mikhail Gorbachev]] se encontrando com [[Ronald Reagan]] e [[George H. W. Bush]], em 1988, na cidade de Nova Iorque.
Ficheiro:BorisYeltsin and BillClinton 1999-11-18.jpg|[[Boris Yeltsin]] e [[Bill Clinton]], em 1999.
Ficheiro:Bush&Putin33rdG8.jpg|Os presidentes [[George W. Bush|Bush]] e [[Vladimir Putin|Putin]] na [[cúpula|reunião]] realizada na [[Cidade do Cabo]] em junho de [[2009]]
Ficheiro:Dmitry Medvedev 1 April 2009-1.jpg|O presidente russo [[Dmitry Medvedev]] e o presidente estadunidense [[Barack Obama]] posando para fotos durante a [[cúpula|reunião]] realizada em [[Londres]] no dia [[1º de abril]] de [[2009]].
Ficheiro:Vladimir Putin and Barack Obama (2015-09-29) 01.jpg|O presidente [[Vladimir Putin]] e o presidente [[Barack Obama]] encontram-se, na sede das [[Nações Unidas]] em [[Nova Iorque]], para negociações sobre a [[Guerra Civil Síria]], a [[29 de Setembro]] de [[2015]]
Ficheiro:Vladimir Putin and Donald Trump at the 2017 G-20 Hamburg Summit (2).jpg|[[Donald Trump]] e Putin se encontrando em 2017.
Ficheiro:Joe Biden and Vladimir Putin at 2021 Geneva Summit.jpg|Encontro entre Biden e Putin, em junho de 2021.
</gallery>

== Ver também ==
* [[Interferência russa na eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016]]
* [[Embaixada dos Estados Unidos em Moscou|Embaixada dos Estados Unidos em Moscovo]]
* [[Embaixada da Rússia em Washington, D.C.]]
* [[Segunda Guerra Fria]]

{{Referências}}

== Ligações externas ==
*{{commonscat-inline|Russian-American relations}}

{{Relações entre Estados Unidos e Rússia}}
{{Relações exteriores dos Estados Unidos}}
{{Relações exteriores da Rússia}}
{{Portal3|Estados Unidos|Rússia}}

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