Urina

subproduto líquido do corpo secretada pelos rins, depositada na bexiga e excretado pela uretra
 Nota: Para o artigo sobre a urina produzida pelos seres humanos, veja urina humana.

Urina é um subproduto líquido do corpo, tipicamente estéril (na ausência de doenças), secretada pelos rins, depositada na bexiga e excretado pela uretra. O metabolismo celular gera vários subprodutos, muito ricos em nitrogênio, que precisam ser eliminados da corrente sanguínea. Estes subprodutos são eventualmente expelidos do corpo em um processo conhecido como micção, o método primário para excretar do corpo substâncias químicas solúveis em água. Estas substâncias químicas podem ser analisadas por uranálise. É uma forma de limpar o organismo liberando gorduras, sais e outros.

Uma amostra de urina humana.

Nos mamíferos, a urina é um fluido excretório resultante da filtragem do sangue nos rins. Nas aves e nos répteis é uma excreção sólida ou semi-sólida.

A urina é constituída pela filtração do plasma com posterior reabsorção dos nutrientes ainda presentes no mesmo, pelo túbulo proximal. A filtração é feita nos néfrons, que obtém uma parede, um tubo, que é chamado de túbulo, o qual é rodeado de vasos sanguíneos, que sugam os nutrientes que o organismo precisa, para depois ir para os ureteres, para a bexiga para ser armazenada, e passada para a uretra para finalmente ser expelida.

Urina humana

editar
 Ver artigo principal: Urina humana

A urina humana, tal como a urina de outros animais, é composta por cerca de 3 000 componentes,[1] mas principalmente de água (95%, em média), e contém também cerca de 3% de ureia e de ácido úrico, sal e outras substâncias, sendo expelida durante o ato de urinar. O volume, a acidez e a concentração de sais na urina são regulados por hormonas, entre as quais figuram a hormona antidiurética e a aldosterona. Estas hormonas atuam nos rins para garantir que a água, os sais e o equilíbrio ácido-base (acidez ou alcalinidade do sangue e do fluido intersticial) do organismo se mantêm dentro de estreitos limites. Cerca de metade dos sólidos na urina humana são ureias, o principal produto da degradação do metabolismo das proteínas, e o resto inclui nitrogénio, cloretos, cetosteróides, fósforo, amónio, creatinina e ácido úrico. A presença na urina de açúcar, albumina, pigmentos biliares ou quantidades anormais de algumas substâncias, incluindo as constituintes habituais, é indicador de doenças. A urina é normalmente estéril quando é expelida e tem só um vago cheiro. O cheiro desagradável da urina deteriorada é devido à ação de bactérias que provocam a libertação de amoníaco.

Conteúdos anormais da urina

editar
 
Cristais de urato de amónio na urina: corpúsculos de cor café amarelado com espículas largas e irregulares. Consideram-se patológicos só se aparecerem na urina recém expelida.

Termos relacionados

editar
  • Anúria, falta de produção de urina.
  • Oligúria, diminuição do volume de urina para valores abaixo do normal (cerca de 1,4 l/dia no adulto normal).
  • Retenção urinária, impossibilidade de eliminação da urina acumulada na bexiga.
  • Infeção urinária, existência de germes na urina por causa de infeções na uretra, etc.

Referências

  1. Perelstein, Laszlo (9 de setembro de 2013). «Il y a plus de composants chimiques dans l'urine que dans le Chanel n°5». Slate.fr (em francês). Consultado em 15 de novembro de 2022 
  Este artigo sobre Biologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.