Triângulo sunita

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Triângulo sunita é a designação dada pelas forças de ocupação do Iraque, em 2003, a uma zona densamente povoada, situada a noroeste de Bagdá e habitada principalmente por muçulmanos sunitas.[1] A área não é uma entidade geográfica ou política, e a expressão foi criada pelas potências ocupantes, tendo sido usada pela imprensa ocidental ao reportar a invasão e a posterior ocupação do Iraque.

Mapa do Triângulo Sunita, que é uma visão simplificada da área predominantemente habitada por árabes sunitas muçulmanos.
Um mapa do CIA Factbook de 2003 que mostra a área habitada principalmente por árabes sunitas muçulmanos em laranja claro.

A área tem o formato aproximado de um triângulo, cujos lados são definidos pelas cidades de Baquba (lado leste), Bagdá (lado sul), de Ramadi (no lado oeste). A cidade de Ticrite situa-se aproximadamente no vértice norte do triângulo. Cada lado tem cerca de 125 milhas de comprimento. No interior da área encontram-se as cidades de Samarra e Faluja.

A região era um centro de forte apoio ao governo do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein. A partir na década de 1970 muitos funcionários do governo, políticos e líderes militares foram lá recrutados.[2] O próprio Saddam nasceu nos arredores de Tikrit.

Após a invasão do Iraque em 2003, a área tornou-se um foco de resistência armada à Coalizão ocidental, liderada pelos Estados Unidos, e abrigava a maior parte das forças iraquianas contrárias à ocupação do país.[3] Era previsto - e foi amplamente anunciado pela imprensa ocidental - que Saddam Hussein iria procurar abrigo junto aos apoiadores sunitas. Em 13 de dezembro de 2003, ele foi capturado por forças norte-americanas durante a Operação Red Dawn, nas proximidades da aldeia de ad-Dawr, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal.[4]

Referências

  1. «The Sunni Triangle - Tribes and Insurgents». FRONTLINE 
  2. «Iraq's restive 'Sunni Triangle'». The Christian Science Monitor. 24 de setembro de 2003 
  3. «Iraq's 'Sunni Triangle' scene of new deadly attacks». CNN.com. 22 de janeiro de 2004 
  4. «'We Got Him,' and Then a Call by American and Iraqi Officials for Reconciliation». New York Times. 15 de dezembro de 2003