Copa Libertadores da América

competição entre clubes de futebol sul-americana

A Copa Libertadores da América ou Taça Libertadores da América (em espanhol: Copa Libertadores de América), oficialmente CONMEBOL Libertadores, é a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul, organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) desde 1960. É a competição de clubes mais importante do continente e um dos torneios mais prestigiados do mundo. O nome do torneio é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul: José Artigas, Simón Bolívar, José de San Martín, José Bonifácio de Andrada e Silva, D. Pedro I do Brasil, Antonio José de Sucre e Bernardo O'Higgins.[1]

CONMEBOL Libertadores
Copa Libertadores da América

Logotipo atual
Dados gerais
Organização CONMEBOL
Edições 65
Outros nomes Libertadores
Local de disputa América do Sul
Sistema Grupos e eliminatórias
Edição atual
editar

A competição teve vários formatos diferentes ao longo de sua história. No início, apenas os campeões nacionais participavam, tanto que nos seus primórdios a competição era chamada de Copa dos Campeões da América, e recebeu o nome atual somente em 1965. A partir da edição do ano posterior, os vice-campeões nacionais sul-americanos também passaram a se classificar para a competição. Em 1998, as equipes do México foram convidadas a competir até 2017, quando a CONMEBOL instituiu uma reforma no certame que desencorajou os mexicanos a continuar disputando o torneio.[2] Hoje, pelo menos quatro clubes por país competem na Libertadores, enquanto que a Argentina e o Brasil têm seis e sete clubes representantes, respectivamente. Tradicionalmente, uma fase de grupos quase sempre foi usada, mas o número de times por chave variou por diversas vezes.

No formato atual, o torneio consiste em três etapas, com a primeira fase sendo iniciada geralmente no fim de janeiro. As seis equipes sobreviventes da primeira fase juntam-se aos outros 26 times previamente classificados na segunda, na qual existem oito grupos compostos por quatro equipes cada. Os dois melhores clubes de cada grupo vão para fase final eliminatória, sempre em jogos de ida-e-volta até as semifinais; a final, que é disputada em jogo único num local previamente escolhido, é disputada preferencialmente em novembro. O vencedor da Libertadores se classifica para a disputa da Copa Intercontinental da FIFA (como representante da CONMEBOL), para o Mundial de Clubes FIFA e na Recopa Sul-Americana do ano seguinte.

O Independiente é o recordista de títulos na competição, com sete conquistas. A Argentina é o país com o maior número de conquistas, com 25 títulos, enquanto o Brasil é o país com a maior diversidade de times vencedores, com um total de 12 clubes diferentes que ergueram a taça 24 vezes. O troféu foi conquistado por 27 clubes diferentes, sendo que quinze ganharam o torneio mais de uma vez e sete o venceram de forma consecutiva.[3]

História

editar
 
Vasco da Gama contra o River Plate, pelo Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948

Os confrontos para a Copa Río de La Plata entre os campeões da Argentina e do Uruguai acenderam a ideia de uma competição continental na década de 1930. Em 1948, o Campeonato Sul-Americano de Campeões (espanhol: Campeonato Sudamericano de Campeones), o precursor mais direto da Copa Libertadores, foi realizado e organizado pelo clube chileno Colo-Colo após anos de planejamento e organização. Disputado em Santiago, no Chile, o torneio reuniu os campeões das principais ligas nacionais de cada nação, sendo conquistado pelo Vasco da Gama do Brasil.[4][5] O torneio de 1948, disputado no modelo "torneio dos campeões", deu impulso ao referido modelo, que foi o adotado para a criação da Copa dos Campeões da Europa em 1955.[6]

Em setembro de 1958, o brasileiro José Ramos de Freitas, então presidente da CONMEBOL, fez uma viagem à Argentina, para, dentre outros assuntos, tratar da criação de um campeonato sul-americano de clubes campeões, semelhante ao já existente na Europa.[7] Em 8 de outubro de 1958, João Havelange anunciou, em reunião da UEFA a que compareceu como convidado, a criação da Copa dos Campeões da América, um equivalente sul-americano da Copa dos Campeões da Europa, de modo que os campeões de Europa e América do Sul pudessem decidir "o melhor time do mundo", através da Copa Intercontinental.[8][9][10] Em 5 de março de 1959, acontece em Buenos Aires, sede da 26ª Copa América, o 30º Congresso Ordinário da CONMEBOL. Naquela reunião foi ratificada a criação da Copa dos Campeões da América, que reuniria todos os times campeões nacionais na América do Sul para uma disputa de melhor time do continente. Em 1965, esse mesmo torneio seria rebatizado de Copa Libertadores da América em homenagem aos heróis das independências das nações sul-americanas, como Simón Bolívar, José de San Martín, Pedro I, Bernardo O'Higgins, José Gervasio Artigas, entre outros.[11]

Primeiros anos (1960–1969)

editar
 
O clube uruguaio Peñarol foi o primeiro campeão da Libertadores. Aqui, a equipe que venceu a edição de 1961 com destaque para o atacante equatoriano Alberto Spencer (o segundo agachado, da esquerda para a direita)
 
O clube argentino Estudiantes de La Plata, foi o primeiro time a ser campeão da Libertadores por três anos seguidos. Aqui, a equipe que conquistou a Copa Libertadores da América de 1968 com destaque para Carlos Bilardo (o segundo agachado, da esquerda para a direita)

A primeira edição da então Copa dos Campeões ocorreu em 1960. Participaram sete equipes na edição inaugural: Bahia do Brasil, Jorge Wilstermann da Bolívia, Millonarios da Colômbia, Olimpia do Paraguai, Peñarol do Uruguai, San Lorenzo da Argentina e Universidad do Chile. Todos esses times foram campeões nacionais de suas respectivas ligas em 1959. O primeiro jogo da competição ocorreu em 19 de abril de 1960,[12][13][14][15] entre os clubes do Uruguai e Bolívia, que foi vencido pelo Peñarol, que derrotou Jorge Wilstermann por 7–1.[12][16] E neste jogo, o primeiro gol na história da Copa Libertadores foi marcado pelo atacante uruguaio Carlos Borges do Peñarol.[13][16] Os uruguaios ganharam essa primeira edição, derrotando o Olimpia nas finais e,[12][14][15][17] defendendo com sucesso o título em 1961. A Copa dos Campeões da América não recebia sua devida atenção internacional até a terceira edição, quando o time do Santos, liderado por Pelé, considerado por alguns como um dos melhores times de todos os tempos, ganhou admiração mundial.[18] Os "Santásticos", também conhecidos como "O Balé Branco", venceram o certame de 1962, derrotando o então Bicampeão Peñarol na final.[19] Na edição seguinte, "O Rei" e seu compatriota Coutinho demonstraram suas habilidades novamente ao vencer o torneio em cima do Boca Juniors da Argentina com duas vitórias: uma no Maracanã, no Rio de Janeiro, e a outra na Bombonera em Buenos Aires.[19][20]

 
Time do Santos campeão da Copa Libertadores da América de 1962.

O tradicional futebol argentino finalmente deixara sua marca na competição em 1964, quando o Independiente se tornou campeão após a eliminar o atual campeão Santos e derrotar o Nacional do Uruguai na final.[21][22] O Independiente conquistaria o bi em 1965,[22] e o Peñarol voltaria a vencer a Libertadores em 1966 derrotando o River Plate depois de vencê-lo em três partidas finais, uma vez que, na época, o regulamento da competição previa uma terceira partida de desempate em caso de empate de pontos nos dois primeiros jogos.[17] O Racing tornou-se a segunda equipe argentina a vencer a Libertadores em 1967,[23] mas um dos momentos mais importantes da história inicial do torneio iria ocorrer no ano seguinte, quando o Estudiantes viria a participar pela primeira vez na competição.[24]

O Estudiantes, um modesto clube de bairro e uma equipe relativamente pequena na Argentina, tiveram um estilo incomum que priorizou a preparação atlética e obteve resultados a todo custo.[25][26][27][28] Dirigido pelo treinador Osvaldo Zubeldía e uma equipe construída em torno de figuras como Carlos Bilardo, Oscar Malbernat e Juan Ramón Verón, os Pincharratas tornaram-se os primeiros tricampeões consecutivos da competição.[29][30][31][32] A equipe argentina venceu seu primeiro título em 1968, derrotando o Palmeiras do Brasil. Depois, defenderam o título com sucesso em 1969 e 1970 contra Nacional e Peñarol (ambos do Uruguai), respectivamente.[33][34]

Domínio argentino (1970–1979)

editar
 
Boca Juniors campeão da Libertadores da América em 1978
 
Com a conquista da edição de 1979, o Olimpia tornou-se o primeiro - e até agora único - clube paraguaio a conquistar a taça

A década de 1970 foi dominada por clubes argentinos, com exceção de três temporadas. Em uma revanche das finais de 1969, o Nacional do Uruguai sagrou-se campeão do torneio em 1971 depois de superar o grande time do Estudiantes, que havia sido tricampeão consecutivo da Libertadores em 1968, 1969 e 1970.[35] Com dois títulos já no currículo, o Independiente formou um time vencedor com grandes jogadores como Francisco Sa, José Omar Pastoriza, Ricardo Bochini e Daniel Bertoni: bases dos títulos de 1972, 1973, 1974 e 1975.[22] O estádio do Independiente, La Doble Visera, tornou-se um dos locais mais temidos pelas equipes visitantes.[36]

O título de 1972 veio quando Independiente enfrentou o Universitario do Peru nas finais. O Universitario havia se tornado a primeira equipe vinda de um país da costa do Pacífico a chegar à final depois de eliminar os gigantes uruguaios Peñarol e o então campeão Nacional na fase semifinal. A primeira partida em Lima terminou em um empate por 0–0, enquanto a segunda partida em Avellaneda terminou em 2–1 em favor do time da casa. O Independiente defendeu com sucesso o título um ano depois contra o Colo-Colo do Chile depois de vencer o jogo de desempate por 2–1. Los Diablos Rojos permaneceram com o troféu em 1974 depois de derrotar o brasileiro São Paulo por 1–0 em um jogo de desempate dificílimo. Em 1975, o Unión Española do Chile também não conseguiu parar os argentinos e sucumbiu por 2–0 na terceira partida decisiva da final. O reinado de Los Diablos Rojos finalmente terminou em 1976, quando foram derrotados pelos seus compatriotas do River Plate na segunda fase em um playoff dramático valendo vaga na final. No entanto, na finalíssima, o River Plate seria derrotado pelo Cruzeiro do Brasil, que se tornou a primeira equipe brasileira a vencer o torneio desde o Santos de Pelé.[37]

 
Jogadores do Boca Juniors da Argentina, campeão da edição de 1977, com a taça dentro do vestiário.

Depois de terem perdido o troféu em 1963 pro Santos, o Boca Juniors da Argentina finalmente viu sua hora chegar. No final da década, os Xeneizes alcançaram as finais em três anos consecutivos. A primeira vez foi em 1977, no qual Boca ganhou seu primeiro título contra o então campeão Cruzeiro.[38] Depois que ambas as equipes venceram suas respectivas partidas em seus domínios por 1–0, um playoff em um campo neutro foi disputado para decidir o vencedor. A partida de desempate terminou empatada em 0–0 e foi decidida por pênaltis, onde o Boca levou a melhor e conquistou a competição pela primeira vez. O Boca Juniors ganhou o troféu novamente em 1978, depois de bater o Deportivo Cali da Colômbia por 4–0 na partida de volta da final.[39] No ano seguinte, o sonho do "Tri" foi interrompido pelo Olimpia do Paraguai, que depois de vencer a primeira partida da final por 2–0 superou a forte pressão do Estádio La Bombonera e segurou um empate por 0–0, sagrando-se campeão pela primeira vez.[40] Como ocorrera em 1963, os argentinos do Boca novamente tiveram que assistir um time adversário vencer a Libertadores dentro de seus próprios domínios.

Novos campeões e últimos triunfos uruguaios (1980–1989)

editar
 
Time do Nacional do Uruguai, campeão da edição de 1980
 
Fernando Morena (esquerda) e Walter Olivera, do Peñarol, segurando a Taça Libertadores da América de 1982

Nove anos depois do seu primeiro troféu, o Nacional venceu sua segunda Libertadores em 1980 depois de vencer o Internacional do Brasil. Apesar do forte status que o futebol brasileiro tinha, em 1981 o país levou apenas o seu quarto título com o Flamengo, liderado por estrelas como Zico, Júnior, Leandro, Adílio, Nunes, Tita e Carpegiani; este time brilhava à medida que a geração dourada do "Mengão" atingiu o ápice de suas carreiras batendo Cobreloa do Chile na final.[41][42]

Após 16 anos, o Peñarol voltaria a ganhar a competição em 1982 depois de vencer o vice-campeão do ano anterior, Cobreloa.[17] Primeiramente, os uruguaios despacharam o campeão Flamengo por 1–0 na última rodada da segunda fase em pleno Maracanã. Na final, eles repetiram a façanha, batendo Cobreloa na partida de volta por 1–0 em Santiago. O Grêmio de Porto Alegre fez história ao derrotar Peñarol na final de 1983, sendo campeão pela primeira vez na história.[43] Em 1984, o Independiente venceu o seu sétimo e último caneco, estabelecendo o recorde de maior campeão do torneio até hoje, depois de vencer o então campeão Grêmio em uma final que incluiu uma vitória por 1–0 em pleno Estádio Olímpico Monumental, casa do Tricolor Gaúcho, na primeira partida. Os destaques daquele time do Independiente foram os jogadores Jorge Burruchaga e o veterano Ricardo Bochini.[22]

 
Norberto Alonso levanta a taça da Copa Libertadores da América de 1986 conquistada pelo River Plate

Outra equipe oriunda de um país da costa do Pacífico chegou na final, repetindo o feito do chileno Cobreloa. O América de Cali da Colômbia chegou a três finais consecutivas em 1985, 1986 e 1987, mas, assim como o Cobreloa, o América não conseguiu ganhar o torneio nenhuma vez. Em 1985, o time do Argentinos Juniors, um pequeno clube do bairro de La Paternal da cidade de Buenos Aires, surpreendeu a América do Sul, eliminando os campeões Independiente em pleno Estádio La Doble Visera por 2–1 durante o último jogo decisivo da segunda rodada, garantindo-se na final. Os Argentinos Juniors ganharam seu único título na competição ao derrotar o America de Cali na terceira partida logo após uma disputa de pênaltis.[44] Após as frustrações de 1966 e 1976, o River Plate chegou a sua terceira final de Libertadores em 1986 e foram campeões pela primeira vez depois de vencer as duas partidas da final contra o América de Cali: 2–1 no Estádio Pascual Guerrero e 1–0 no Estádio Monumental de Núñez.[45][46] O Peñarol venceu a Copa novamente em 1987 depois de bater por 1–0 o América de Cali na prorrogação do playoff decisivo,[17] conquistando seu último título na competição.[47] Curiosamente, o rival do Peñarol, o Nacional, também conquistara a competição pela última vez no ano seguinte, fazendo com que o futebol uruguaio sofresse um grande declínio na Libertadores, não conquistando mais nenhum título desde então.

Finalmente, em 1989 uma equipe da costa do Pacífico viria a conquistar o torneio, quebrando o domínio estabelecido pelas potências dos países do Oceano Atlântico. O Atlético Nacional de Medellín venceu a última edição da Libertadores da década de 1980, tornando-se a primeira equipe da Colômbia a vencer o torneio. O Atlético Nacional enfrentou o Olimpia do Paraguai perdendo a primeira partida em Assunção por 2–0. Como o Estádio Atanasio Girardot do Atlético Nacional não tinha a capacidade mínima que a CONMEBOL exigia para sediar uma final, a segunda partida teve que ser disputada no Estádio El Campín de Bogotá, jogo este que terminou em 2–0 para os colombianos. Depois de ter empatado a série, o Atlético Nacional se tornou campeão nos pênaltis (vale lembrar que naquela edição as partidas de desempate já haviam sido abolidas e o Atlético foi campeão na segunda partida). Nesta edição de 1989 também ocorreu um fato inédito: foi a primeira vez que nenhum clube da Argentina, do Brasil ou do Uruguai conseguiu chegar à final, e isso viria se repetir até 1991.

Renascimento (1990–1999)

editar
 
Camisa usada pelo Colo-Colo na final da edição de 1991

Tendo liderado o Olimpia no título de 1979 como técnico, Luis Cubilla voltou a treinar o clube em 1988. Com o lendário goleiro Ever Hugo Almeida, Gabriel González, Adriano Samaniego e a estrela Raul Vicente Amarilla, o formidável time paraguaio resgatou seus dias de glória do final da década de 1970. Depois de chegar na final em 1989 contra o Atlético Nacional, o Olimpia chegou à final da Copa Libertadores de 1990 depois de derrotar o detentor do título em uma semifinal dramática que só foi decidida nos pênaltis. Nas finais, o Olimpia derrotou o Barcelona de Guayaquil do Equador por 3–1 no agregado ganhando seu segundo título.[40] O mesmo Olimpia chegou às finais da Libertadores de 1991 mais uma vez, derrotando o Atlético Nacional nas semifinais e enfrentando o Colo-Colo do Chile na decisão. Dirigido pelo treinador jugoslavo Mirko Jozić, o time chileno bateu os paraguaios na segunda partida da final por 3–0. A derrota trouxe a segunda era dourada do Olimpia ao fim.[48]

Em 1992, o São Paulo deixou de ser um mero grande time no Brasil para se tornar uma potência internacional. A geração de Telê Santana promoveu um futebol vistoso, alegre e decisivo. Contando com grandes jogadores como Zetti, Müller, Raí, Cafu e Palhinha, venceu o Newell's Old Boys da Argentina dando início a uma grande dinastia.[49] Em 1993, o tricolor paulista defendeu com sucesso o título duelando contra a Universidad Católica do Chile nas finais.[49] O clube brasileiro tornou-se o primeiro clube desde o Boca Juniors em 1978 a vencer duas Copas Libertadores consecutivas. Como o próprio Boca Juniors, no entanto, chegaram mais uma vez na final em 1994 e perderam o título para o Vélez Sarsfield da Argentina nas penalidades máximas.[50]

Com uma formação tática altamente compacta e os gols da formidável dupla Jardel e Paulo Nunes, o Grêmio ganhou o cobiçado troféu novamente em 1995 depois de vencer o Atlético Nacional, que naquela época contava ainda com a figura icônica de René Higuita.[51] Jardel terminou a competição como artilheiro, marcando 12 gols. A equipe treinada por Luiz Felipe Scolari foi liderada pelo defensor (e capitão) Adilson e pelo habilidoso meio-campista Arilson. Na temporada de 1996, figuras como Hernán Crespo, Matías Almeyda e Enzo Francescoli ajudou o River Plate a garantir seu segundo título depois de derrotar o América de Cali em uma revanche da final de 1986.[52] A Copa Libertadores permaneceu em grande parte do fim dos anos 90 em terras brasileiras, quando Cruzeiro, Vasco da Gama e Palmeiras venceram o torneio. O Cruzeiro ganhara o título de 1997 em cima do time peruano do Sporting Cristal. O único gol das duas partidas foi marcado pelo atacante Elivélton na partida de volta em Belo Horizonte, que contou com um público de mais de 106 mil pessoas no Mineirão.[37] O Vasco derrotou o Barcelona do Equador com facilidade quando venceu o certame de 1998. A década terminou muito boa para o futebol brasileiro quando o Palmeiras venceu o título de 1999. Foram dois jogos dramáticos na final: 1–0 para o Deportivo Cali na ida e 2–1 para o Palmeiras na volta, levando a decisão para as penalidades máximas. Era o segundo título de Libertadores do técnico Luiz Felipe Scolari, uma vez que o mesmo havia vencido o troféu treinando o Grêmio em 1995.[53][54]

Este período mostrou ser um grande ponto de virada na história da competição, já que a Copa Libertadores passou por um grande crescimento e mudança. Desde há muito tempo dominada por equipes da Argentina, o futebol sul-americano viu o Brasil começar a ofuscar seus vizinhos, já que seus clubes alcançaram sete finais e ganharam seis títulos na década de 1990.

A partir de 1998, a Copa Libertadores começou a ser patrocinada pela montadora japonesa Toyota e foi batizada oficialmente como Copa Toyota Libertadores. Nesse mesmo ano, os clubes mexicanos, embora afiliados à CONCACAF, começaram a participar da competição graças às cotas obtidas ao participarem inicialmente na chamada pré-Libertadores, onde dois times mexicanos enfrentaram dois clubes venezuelanos, num grupo de turno e returno a qual os dois primeiros colocados garantiam vaga a fase de grupos. O torneio posteriormente foi expandido para 32 equipes e os incentivos econômicos foram introduzidos por um acordo entre a CONMEBOL e a patrocinadora Toyota. Todas as equipes que avançaram para a segunda etapa do torneio receberam 25 mil dólares por sua participação.[55]

Crescimento e prestígio (2000–2009)

editar
 
Placar eletrônico durante a final de 2005 no Estádio do Morumbi exaltando o time da casa, São Paulo, após o mesmo vencer o Atlético Paranaense por 4–0 e conquistar o título pela terceira vez

Durante a Copa Libertadores da América de 2000, o Boca Juniors voltou ao topo do continente e ergueu a Taça Libertadores novamente após 22 anos. Conduzido por Carlos Bianchi, o Virrey, juntamente com jogadores destacados como Mauricio Serna, Jorge Bermúdez, Óscar Córdoba, Juan Roman Riquelme e Martín Palermo, o clube se estabeleceu como um dos melhores times do mundo.[56] Os Xeneizes iniciaram esse legado ao vencer o detentor do título Palmeiras nas finais.[57] O time do Boca ganhou a edição de 2001 ao derrotar, mais uma vez, o Palmeiras nas semifinais e o mexicano Cruz Azul na final.[3][58] O Cruz Azul havia se tornado o primeiro clube mexicano a atingir a final após grandes atuações contra River Plate e um inspirado Rosário Central. Assim como os seus predecessores do final da década de 1970, no entanto, o Boca Juniors ficaria longe da terceira conquista consecutiva da Libertadores. Os Xeneizes se frustraram quando foram eliminados pelo Olimpia, desta vez nas quartas de final. Dirigido pelo técnico vencedor da Copa do Mundo de 1986 Nery Pumpido, o Olimpia superaria o Grêmio e chegara a final onde enfrentaria a grande surpresa São Caetano.[40] A final foi sofrida: após perder a primeira partida em casa por 1–0, o Olimpia conseguiu levar a decisão nos pênaltis na partida de volta em São Paulo vencendo por 2–1 no tempo normal. Os paraguaios levaram a melhor nas penalidades e levaram seu terceiro título do torneio.

O torneio de 2003 foi talvez uma das edições mais excepcionais da história da Libertadores, já que muitas equipes, como América de Cali, River Plate, Grêmio, Cobreloa e Racing, entre outros, apresentaram grandes times; além de grandes surpresas inesperadas como Independiente de Medellín e Paysandu.[59] O time do Santos (que tinha uma jovem equipe Campeã Brasileira em 2002, treinada por Emerson Leão e contando com jogadores de destaque como Renato, Alex, Léo, Ricardo Oliveira, Diego, Robinho e Elano), tornou-se um símbolo do futebol divertido e alegre que se assemelhava à geração de Pelé dos anos 60. O Boca Juniors mais uma vez mostrou seu talento dentro das quatro linhas preenchendo a lacuna deixada pelo bem sucedido time de 2000–2001 (com os novos destaques Rolando Schiavi, Roberto Abbondanzieri e Carlos Tevez). Boca Juniors e Santos acabariam se encontrando na final, fazendo uma revanche da edição de 1963 vencida pelos santistas. O Boca acabou vingando a derrota dos anos 60, superando o Santos nas duas partidas da final: 2–0 na Bombonera e 3–1 no Morumbi.[60][61] O treinador Carlos Bianchi venceu a Copa pela quarta vez e se tornou o técnico mais bem sucedido da história da competição, enquanto o Boca comemorava seu Pentacampeonato. O time argentino chegaria a sua quarta final em cinco torneios no ano seguinte, mas foi superado pelo surpreendente Once Caldas da Colômbia.[60] Empregando um estilo de futebol conservador e defensivo, o Once Caldas tornou-se o segundo clube colombiano a vencer a competição, depois do Atlético Nacional em 1989.

Depois de ser eliminado na semifinal de 2004, o São Paulo realizou um excelente torneio em 2005, chegando até a final para disputar o troféu com o Atlético Paranaense. Foi a primeira vez que a final da Libertadores envolveu dois times de um mesmo país.[62] O "Tricolor" obteve sua terceira conquista depois de vencer o Atlético na partida de volta por 4–0.[49] A final de 2006 também envolveu duas equipes brasileiras, com o atual campeão São Paulo em frente ao Internacional. Dirigidos pelo icônico capitão Fernandão, os Colorados venceram o São Paulo por 2–1 no Estádio do Morumbi e empataram por 2–2 em casa em Porto Alegre, ganhando assim seu primeiro título.[63][64] O grande rival do Internacional, o Grêmio, deu o melhor de si e chegou à final de 2007 com um esquadrão relativamente novo. No entanto, enfrentou o Boca Juniors, que contava com muitos jogadores experientes, que acabou levando seu sexto título.[65][66]

 
O jogador Washington do Fluminense, momentos antes de entrar em campo na final da Copa Libertadores de 2008

Em 2008, a CONMEBOL arranjou um novo patrocinador para o torneio: o Grupo Santander, a empresa espanhola é um dos maiores grupos bancários do mundo e substituiu a fabricante automotiva japonesa Toyota, como a principal patrocinadora da competição e tendo direito ao uso do naming rights da competição, tornou-se o patrocinador master da Copa Libertadores durante cinco anos, e assim o nome oficial mudou novamente para Copa Santander Libertadores. Nessa temporada, a LDU Quito tornou-se o primeiro time do Equador a vencer a Copa Libertadores depois de derrotar o Fluminense por 3–1 nas penalidades, no Rio de Janeiro, dentro do Estádio do Maracanã. O goleiro José Francisco Cevallos desempenhou um papel fundamental para a conquista do título, defendendo três cobranças nas penalidades máximas.[67][68] Essa foi a primeira vez em que o Maracanã foi palco uma final de Libertadores, mesmo o Rio de Janeiro tendo já dois campeões da competição, o Flamengo e o Vasco da Gama. O maior ressurgimento da década aconteceu na 50ª edição da Libertadores e foi conquistada por um antigo clube que reapareceu pro continente. O Estudiantes, liderado por Juan Sebastián Verón, ganharam seu quarto título depois de 39 longos anos após a geração bem-sucedida da década de 1960 (liderada pelo pai de Juan Sebastián, Juan Ramón). Os pincharatas conseguiram derrotar o Cruzeiro por 2–1 na partida de volta em Belo Horizonte.[69][70]

Brasil e Argentina no topo novamente (2010–2018)

editar
 
Neymar, em aquecimento antes da partida entre Peñarol e Santos pela final da Copa Libertadores da América de 2011

A partir de 2010, a competição passou a ser dominada pelos clubes brasileiros por quatro anos, primeiramente com o Internacional, que conquistou o bicampeonato ao derrotar o Chivas Guadalajara do México na final.[71] Em 2011, o Santos volta a alcançar o topo do continente e vence sua terceira Copa depois de um longo hiato de 48 anos, superando novamente o Peñarol (como fez em sua primeira conquista em 1962) por 2–1 na finalíssima no Pacaembu em São Paulo.[72] No ano seguinte, o Corinthians venceu o torneio de forma invicta, batendo o tradicional Boca Juniors por 2–0 na finalíssima em São Paulo. Foi o primeiro título do Corinthians na competição.[73] Na segunda partida da final de 2013, o Atlético Mineiro devolveu ao Olimpia o placar de 2–0 que havia sofrido no primeiro jogo no Paraguai, levando a decisão para as penalidades máximas e se sagrou vencedor graças as defesas do goleiro Victor, conquistando seu primeiro título.[74]

O domínio brasileiro terminou com o título do San Lorenzo da Argentina em 2014, batendo o Nacional do Paraguai nas finais. Mas uma condição permaneceu nessa conquista: o campeão mais uma vez era inédito pelo terceiro ano consecutivo. A vitória do San Lorenzo foi seguida pela vitória de outro argentino, o River Plate, ganhando seu terceiro título em 2015. O Atlético Nacional quebrou o domínio argentino e venceu a edição de 2016 ao derrotar o Independiente del Valle do Equador em um placar agregado de 2–1. A equipe colombiana ganhou seu segundo título após 27 anos, tornando-se a primeira equipe do Pacífico a atingir um bi da competição. Em 2017, o Grêmio voltaria a colocar o Brasil no topo da Libertadores, ganhando o torneio pela terceira vez em sua história após 22 anos, ao derrotar o Lanús da Argentina na final com um placar agregado de 3–1. O Tricolor Gaúcho foi a segunda equipe brasileira a vencer a Libertadores em solo argentino, depois do Santos em 1963.

Em 2018 o River Plate ganhou o certame pela quarta vez numa final contra o seu maior rival, o Boca Juniors, depois de empatar a primeira partida na Bombonera por 2–2 e vencer a segunda partida no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, por 3–1 na prorrogação.[75] Esta foi a primeira vez que o superclássico do futebol argentino decidiu uma final internacional (sendo a terceira final na história da competição com dois times de um mesmo país após 2005 e 2006),[76] e também a primeira vez que foi decidida fora da América do Sul, após a partida de volta ter sido transferida de Buenos Aires por questões de segurança.[77]

Domínio brasileiro (2019–)

editar

A partir de 2019, a competição passou a ser decidida em jogo único em campo previamente definido. O River Plate alcançou novamente a final, dessa vez contra o Flamengo. O clube brasileiro venceu de virada por 2–1 e voltou a conquistar o título após 38 anos.[78]

Entre 2020 e 2022, a Libertadores foi marcada por uma série de finais entre equipes brasileiras. Adiada durante cerca de cinco meses devido à pandemia de COVID-19,[79][80] a edição de 2020 teve sua final remarcada para dia o 30 de janeiro de 2021, ao invés da data original de 21 de setembro de 2020.[81] Palmeiras e Santos se enfrentaram no Estádio do Maracanã, tendo o "alviverde paulista" como campeão pela segunda vez na história.[82]

 
Raphael Veiga, do Palmeiras, e Pol Fernández, do Boca, disputam bola na semifinal da Libertadores de 2023 no Allianz Parque

Ainda em 2021, o Palmeiras voltou a conquistar a Copa Libertadores da América, tornando-se tricampeão da competição ao derrotar o Flamengo na final disputada no Estádio Centenario em Montevidéu, no Uruguai. Com o título, a equipe paulistana se transformou no clube brasileiro com melhor desempenho na história da Libertadores e o único time na história a ter conquistado a Copa Libertadores duas vezes no mesmo ano.[83]

Em 2022, nova final brasileira, dessa vez entre Flamengo e Athletico Paranaense, com vitória da equipe carioca em Guaiaquil, no Equador, no que foi sua terceira conquista continental e se igualando a Grêmio, Palmeiras, Santos e São Paulo como os maiores vencedores do país na Libertadores.[84]

O Boca Juniors quebrou a sequência de finais brasileiras em 2023, mas o título seguiu no Brasil com a conquista inédita do Fluminense jogando no Maracanã.[85][86]

Em 2024, uma final voltou a ser brasileira, com Atlético Mineiro e Botafogo, com o segundo conquistando o título de forma inédita como no ano anterior. Com seis títulos consecutivos, os clubes brasileiros superaram a Argentina nesse aspecto, que teve quatro triunfos duas vezes, entre 1967 e 1970 e 1972 e 1975.[87]

Formato

editar

Classificação

editar
 
A equipe colombiana Atlético Nacional conquistou seu segundo título na edição de 2016.

A forma de classificação para a competição é geralmente baseada nos resultados dos campeonatos nacionais dos países do continente, assim como a Liga dos Campeões da UEFA, na Europa. Mas há confederações que se utilizam de torneios próprios, independentes dos campeonatos nacionais propriamente ditos, para definir pelo menos algumas vagas como a Copa do Brasil, no Brasil, desde 1989, a Liguilla Pré-Libertadores, no Uruguai, entre 1974 e 2009, e no Chile desde 1974 (com algumas interrupções), o Torneo del Inca, no Peru, em 2015, e a InterLiga, entre 2004 e 2010, e Supercopa MX, entre 2014 e 2016, no México.

A Libertadores tem uma primeira fase na qual um número de clubes, atualmente 19, são emparelhados em duas séries de "mata-matas". Os quatro sobreviventes juntam-se aos clubes restantes na segunda fase, na qual são divididos em grupos de quatro. Os times dos grupos da segunda fase jogam entre si em turno e returno. Os dois melhores de cada grupo classificam-se para a fase eliminatória, na qual é realizado um sorteio entre os primeiros e segundos colocados dos grupos. A disputa acontece então em um novo sistema "mata-mata", assim como as quartas de final, semifinais e a final. Entre 1960 e 1987 os campeões da edição anterior entravam na competição na fase semifinal, tornando muito mais fácil a retenção do título. A partir de 1988 o campeão da edição anterior passou a entrar na terceira fase. Apenas a partir da edição de 2000, o campeão do ano anterior passou a disputar desde a fase de grupos, precisando obter vaga para a fase eliminatória, como os demais participantes.

Em seus primeiros anos, apenas os campeões nacionais das principais nações participavam, sendo a edição de 1966 a primeira a contar também com os vice-campeões. A competição acabou aumentada para 21, 32, 36, 38 e agora conta com 47 clubes.

A partir de 2010 o campeão da Copa Sul-Americana passou a ter uma vaga na Libertadores do ano seguinte, ocupando uma das vagas previamente estabelecidas para cada confederação (5 para Brasil e Argentina, e 3 para as demais confederações).[88]

A partir de 2017 a competição passou a ter 44 equipes e duas fases preliminares antes da fase de grupos, garantindo mais duas vagas extras para o Brasil e uma para a Argentina, Chile e Colômbia, além da vaga do campeão da Copa Sul-Americana direto na fase de grupos (até 2016 entrava na primeira fase).[89]

As vagas são distribuídas da seguinte maneira (para 2022):

Vagas País Classificação
1
Campeão da Copa Libertadores do ano anterior
1
Campeão da Copa Sul-Americana do ano anterior
6   Argentina Campeão do Campeonato Argentino (1)
Campeão da Copa Argentina (1)
Campeão da Copa da Liga (1)
Pontuação geral na temporada (3)
4   Bolívia Primeiro a quarto lugar no Campeonato Boliviano (4)
7   Brasil Primeiro a sexto lugar no Campeonato Brasileiro (6)
Campeão da Copa do Brasil (1)
4   Chile Primeiro a terceiro lugar no Campeonato Chileno (3)
Campeão da Copa Chile (1)
4   Colômbia Campeão do Torneio Apertura do Campeonato Colombiano (1)
Campeão do Torneio Finalización do Campeonato Colombiano (1)
Campeão da Copa Colômbia (1)
Pontuação geral na temporada (1)
4   Equador Campeão e vice-campeão do Campeonato Equatoriano (2)
Pontuação geral na temporada (2)
4   Paraguai Campeão do Torneio Apertura do Campeonato Paraguaio (1)
Campeão do Torneio Clausura do Campeonato Paraguaio (1)
Pontuação geral na temporada (2)
4   Peru Campeão e vice-campeão do Campeonato Peruano (2)
Pontuação geral na temporada (2)
4   Uruguai Campeão e vice-campeão do Campeonato Uruguaio (2)
Pontuação geral na temporada (2)
4   Venezuela Primeiro a quarto lugar no Campeonato Venezuelano (4)

Os times de pior campanha de cada país, com exceção de Argentina, Chile e Colômbia onde está incluído o segundo de pior campanha e do Brasil onde se inclui também a terceira pior campanha, totalizando 16 times, jogam duas fases de mata-mata, sobrando 4 equipes que se juntam às 28 restantes na fase de grupos da Copa.

No México, uma das vagas era definida num jogo realizado entre os campeões do Torneio Apertura e do Clausura do país. No Brasil, entre os anos de 2000 e 2002, uma das vagas ficava com o campeão da Copa dos Campeões, competição oficial da CBF, atualmente não mais disputada.

Regras

editar
 
Partida entre Boca Juniors e Colo-Colo, no Estádio La Bombonera válida pela fase de grupos da Libertadores de 2008.

Ao contrário da maioria das outras competições de futebol ao redor do mundo, a Copa Libertadores historicamente ficou por um bom período sem usar em suas partidas métodos de desempate como a regra do gol fora de casa ou até mesmo prorrogações.[90] De 1960 a 1987, as finais em duas partidas usavam como critério único o total de pontos somados nos dois jogos (as equipes recebiam 2 pontos por uma vitória, 1 ponto por empate e nenhum ponto por derrota), sem levar em consideração o saldo de gols. Se ambas as equipes permanecessem empatadas em número de pontos após as duas partidas, um terceiro jogo de desempate (playoff) seria disputado em um campo neutro. Se mesmo assim a terceira partida permanecesse empatada (mesmo após o tempo extra) uma disputa por pênaltis era realizada para determinar o campeão.[90]

A partir de 1988, os playoffs foram abolidos, limitando o número de jogos nas finais a apenas duas partidas. Exclusivamente em 1988, além de não haver uma terceira partida, não havia também o critério de saldo de gols como desempate, o que levou a decisão daquele ano para a prorrogação.[91] A partir de 1989, passaram a valer como critérios, além do número de pontos, o saldo de gols, com uma disputa por pênaltis imediata (sem prorrogação) caso o empate no placar agregado persistisse.[90] No ano de 1995, por determinação da FIFA, uma vitória passaria a valer três pontos, e não mais dois, com empate e derrota mantendo seu valor de um ponto e zero pontos, respectivamente.[90] Entre 2005 e 2021, a CONMEBOL usou a regra dos gols fora de casa nos jogos eliminatórios, sendo que em 2008 somente as partidas finais não foram consideradas para a utilização dessa mesma regra e utilizado tempo extra (prorrogação) caso o placar agregado permanecesse empatado.[90] A regra do gol como visitante foi abolida a partir de 2022.[92]

No dia 23 de fevereiro de 2018 durante uma reunião do conselho da CONMEBOL, foi anunciado que a partir da edição de 2019 a Libertadores da América seria decidida em finais de jogo único, seguido de prorrogação e disputa por pênaltis se necessário e realizada num local previamente escolhido anualmente antes; segundo a entidade, a decisão foi tomada "após análise rigorosa de diversos estudos técnicos preparados por consultores especializados".[93] A ideia é de que as partidas decisivas sejam realizadas em horário nobre aos sábados (nos mesmos moldes das finais da Liga dos Campeões da UEFA) e que os clubes finalistas recebam 25% de receita da bilheteria cada um (sem arcar com nenhuma despesa de organização da partida).[94] A primeira cidade a sediar a final única foi Lima, no Peru, após a impossibilidade de Santiago sediar a final devido a protestos no Chile.[95]

Torneio

editar

A versão atual da competição possui 47 clubes que competem por um período de aproximadamente 11 meses (janeiro a novembro). Existem três fases: as primeiras fases eliminatórias, a fase de grupos e a fase final, também eliminatória.

A primeira fase envolve 20 clubes que disputam três fases eliminatórias em partidas no sistema ida-e-volta, onde classificam-se quatro clubes para a fase de grupos. Esta, por sua vez, é disputada por 32 times divididos em 8 grupos com quatro concorrentes cada.[90] As equipes de cada grupo jogam no formato de "todos contra todos" com turno e returno, com cada equipe jogando um jogo como mandante e outro como visitante contra todos os adversários de seu respectivo grupo.[90] As duas primeiras equipes de cada grupo são então classificadas para fase final, que consiste em uma disputa de "mata-mata" com jogos de ida-e-volta.[90] A partir dessa fase, a competição prossegue com subfases, nomeadamente as oitavas de final, quartas de final, semifinal e final, todas com duas partidas cada onde cada time joga uma partida como mandante e outra visitante (com exceção da final, que é disputada em jogo único num local previamente escolhido pela CONMEBOL).[90] Entre 1960 e 1987, os times que defenderiam o título entravam na competição apenas na fase semifinal, o que facilitava muito para um time ser campeão consecutivamente.

Entre 1960 e 2004, o vencedor do torneio era classificado para a disputa da extinta Copa Intercontinental (ou após 1980 Copa Europeia/Sul-Americana Toyota), um torneio de futebol organizado pela UEFA e CONMEBOL que confrontava o campeão da Libertadores e da Liga dos Campeões da UEFA.[90] A partir de 2005 até 2023, o vencedor da Libertadores ganhava vaga para a extinta Copa do Mundo de Clubes da FIFA, uma competição internacional anual organizada pela FIFA disputada pelos clubes campeões das seis confederações continentais. Como a Europa e a América do Sul são consideradas potências do futebol mundial, os campeões desses continentes entravam no torneio diretamente na fase semifinal.[90] Em 2024, surge a Copa Intercontinental da FIFA entre os campeões continentais disputada todo ano, e a partir de 2025, o quadrienal Mundial de Clubes FIFA. A equipe vencedora da Libertadores também ganha o direito de disputar a Recopa Sul-Americana num confronto de duas partidas contra o vencedor da Copa Sul-Americana.[90]

Premiação

editar

Troféu

editar
 
Troféu da edição de 2019 da Copa Libertadores, vencida pelo Flamengo.

O troféu da competição foi concebido já no ano de 1959, logo quando a Copa Libertadores foi criada. O então presidente da CONMEBOL, Férmin Sorhueta, solicitou a Teófilo Salinas, membro do Comitê Executivo, a busca por uma taça para o torneio que teria início no ano seguinte, em 1960. O troféu foi desenhado na capital peruana pelo designer italiano Alberto de Gásperi, sendo aprovado pelos dirigentes da entidade.[96] Ficou decidido também que os clubes que vencessem o torneio três vezes seguidas teria o direito de ficar com a taça em formato definitivo.

Inicialmente, o objeto era consistido basicamente em 63 centímetros de prata esterlina;[96] no topo da taça, há uma figura composta de bronze[96] representando um jogador de futebol se preparando para chutar uma bola localizado acima de uma esfera com duas alças. A metade superior do globo abaixo do jogador leva os dez brasões dos países membros da CONMEBOL; na barra do meio da esfera era localizada a inscrição "Campeonato de Campeones de Sudamerica".[97] Na edição de 1967, foi adicionado na base do troféu um pedestal de madeira de cedro negro na qual os clubes campeões da competição seriam mostrados na base da taça através de pequenas placas de metal onde seriam mostrados o ano que o time venceu o torneio, o nome completo do clube vencedor, a cidade e a nação de origem da equipe juntamente com o escudo da agremiação; em 2009, a antiga inscrição no meio da esfera foi substituída apenas pelo nome popular do torneio "Copa Libertadores", a qual se mantém até hoje.[98]

No princípio, os próprios clubes campeões eram responsáveis por implementar suas próprias placas na base de madeira do troféu, o que causou uma falta de "padronização" das mesmas, pois as placas possuíam diversos tamanhos e cores diferentes (algumas eram prateadas e outras douradas).[98] O primeiro pedestal de cor escura durou até 1981; no ano seguinte a base seria substituída por uma madeira de cor mais clara e com maior capacidade para abrigar as placas dos campeões durando até 1994 (quando a base foi aumentada mais uma vez); no ano de 2004, o pedestal seria novamente ampliado com uma base maior para anexação de mais placas.

Contudo, ainda em 2004, um acidente ocorrido com o troféu original forçaria a CONMEBOL a não utiliza-lo mais nas cerimônias de premiações em finais: durante a comemoração na cerimônia de premiação da equipe campeã do Once Caldas, o jogador Herly Alcázar destruiu a parte superior da esfera em meio à festa dos colombianos; após o ocorrido, a entidade máxima do futebol sul-americano decidiu guardar o troféu original e substituí-lo por uma réplica quase idêntica nas premiações dos clubes, onde os campeões ficariam com a posse da peça por um ano para depois ser devolvida à CONMEBOL (como era com o troféu original).[98] Em 2009, esta réplica ganhou uma última alteração tornando as placas agora padronizadas (todas de cor prata e de tamanho único) e anexadas pela própria CONMEBOL no ato da premiação dos campeões nas finais, e não mais pelos próprios clubes como era até então. Para a edição de 2021, numa iniciativa vinda do presidente Alejandro Domínguez, o troféu original foi novamente restaurado para voltar a ser utilizado nas cerimônias de premiação das finais; nesta nova restauração, a grande novidade foi o retorno das plaquinhas originais feitas pelos clubes campeões anteriormente na base de madeira da taça.[99] Atualmente, o troféu pesa 10 quilos e 25 gramas e possui uma altura aproximada de 1 metro em sua totalidade.

O troféu atual é o terceiro a ser fabricado e oferecido na competição, uma vez que o Estudiantes (tricampeão consecutivo em 1968, 1969, 1970) e o Independiente (tricampeão consecutivamente em 1972, 1973, 1974), ambos da Argentina, conseguiram o direito de ter em definitivo a posse do troféu.[100]

Prêmio em dinheiro

editar

A partir de 2023, a CONMEBOL aumentou significativamente os valores de premiação em dinheiro para os clubes participantes.[101] Atualmente, um total de 225,9 milhões de dólares estadunidenses são distribuídos:[102]

  • Eliminado na primeira fase: US$ 400 mil (R$ 1,95 milhão);
  • Eliminado na segunda fase: US$ 500 mil (R$ 2,44 milhões);
  • Eliminado na terceira fase: US$ 600 mil (R$ 2,93 milhões);
  • Fase de grupos: US$ 3 milhões (R$ 15 milhões);
  • Vitória na fase de grupos: US$ 330 mil (R$ 1,66 milhão);
  • Oitavas de final: US$ 1,25 milhão (R$ 6,3 milhões);
  • Quartas de final: US$ 1,7 milhão (R$ 8,55 milhões)
  • Semifinal: US$ 2,3 milhões (R$ 11,6 milhões)
  • Vice-campeão: US$ 7 milhões (R$ 35,2 milhões)
  • Campeão: US$ 23 milhões (R$ 115,7 milhões)

Além disso, cada partida como mandante na fase de grupos rende mais 1 milhão de dólares (cerca de R$ 5 milhões) e um valor adicional de 5 milhões de dólares (R$ 25 milhões) como premiação se o campeão da Libertadores conquistar o Mundial de Clubes.[102]

Impacto cultural

editar
Desde a sua criação, a Copa Libertadores faz parte da cultura esportiva da América do Sul, sendo cobiçada por todos os torcedores.

A Copa Libertadores ocupa um espaço importante na cultura sul-americana. O folclore, a fanfarra e a organização de muitas competições em todo o mundo devem seus aspectos à Libertadores. Que é considerada a competição inter-clubes mais importante do continente, além de ser um dos torneios mais prestigiados do mundo, junto com a Liga dos Campeões da UEFA.[103][104]

O "Sueño Libertador"

editar

O Sueño Libertador, ou Sonho Libertador em português, é uma frase promocional usada pelo jornalismo esportivo no contexto de ganhar ou tentar vencer a Copa Libertadores.[105] Assim, quando um time é eliminado da competição, é comum dizer que esta equipe "despertou do sonho Libertador". O "sonho" normalmente começa após o clube ganhar a liga nacional (o qual lhes concede o direito de competir na Copa Libertadores do ano seguinte).

É comum que os clubes gastem grandes somas para disputar a Copa Libertadores. Em 1998, o Vasco da Gama gastou US$ 10 milhões para montar o elenco que foi campeão daquele ano e, no ano seguinte, o Palmeiras, treinado por Luiz Felipe Scolari, trouxe Júnior Baiano entre outros jogadores de destaque e conseguiu vencer a sua primeira Copa Libertadores em 1999.

O torneio é altamente desejado pelos seus participantes. Em 2010, os jogadores do Chivas Guadalajara do México declararam que prefeririam jogar na final da Copa Libertadores do que disputarem um amistoso contra a Espanha, depois que esta venceu a Copa do Mundo FIFA de 2010.[106] Da mesma forma, após o triunfo na Copa do Brasil de 2010, vários jogadores do Santos optaram por permanecer no clube para poderem jogar a Copa Libertadores da América de 2011, mesmo recebendo ofertas milionárias de clubes europeus, como o Chelsea da Inglaterra e Lyon da França.[107] O ex-goleiro do Boca Juniors, Óscar Córdoba, afirmou que a Copa Libertadores foi o troféu mais importante que ele havia vencido em sua carreira (acima inclusive da Copa Intercontinental)[108] Deco, vencedor duas vezes da Liga dos Campeões da UEFA com o Porto e o Barcelona em 2004 e 2006 respectivamente, afirmou que trocaria essas duas conquistas internacionais por um título da Libertadores.[109]

"La Copa se mira y no se toca"

editar

Desde a sua criação em 1960, a Copa Libertadores foi predominantemente conquistada por clubes de países da costa atlântica: Argentina, Brasil e Uruguai. O Olimpia do Paraguai tornou-se o primeiro time fora desses países a vencer a Copa Libertadores erguendo o troféu de 1979.

O primeiro clube de um país da costa do Pacífico a chegar a uma final da Libertadores foi o Universitario, de Lima, no Peru, que foi vice em 1972 para o Independiente da Argentina.[22] No ano seguinte, o Independiente derrotou na final o Colo-Colo do Chile, outra equipe de um país do Pacífico, criando o mito de que o troféu nunca iria para o oeste, dando à luz ao ditado La Copa se mira y no se toca (em português, A Taça é vista mas não tocada).[22] O Unión Española tornou-se a terceira equipe do Pacífico a atingir a final em 1975, embora também perdessem para o Independiente.[22] Em 1990 e 1998, o Barcelona do Equador, também chegou nas finais, mas perdeu as duas para Olimpia e Vasco da Gama, respectivamente. O Atletico Nacional de Medellín, da Colômbia, venceu a Copa Libertadores em 1989, tornando-se a primeira equipe de uma nação da costa do Pacífico a conquistar o torneio.

Após o triunfo do Colo-Colo do Chile em 1991, uma nova frase foi cunhada naquele país após a conquista: La copa se mira y se toca (A Taça é vista e tocada). Outros clubes de nações com costa no Pacífico que ganharam a competição foram Once Caldas da Colômbia em 2004 e LDU Quito do Equador em 2008. O Atlético Nacional da Colômbia ainda venceu seu segundo título em 2016.[110]

Patrocínio

editar

Assim como a Copa do Mundo FIFA, a Libertadores é patrocinada por um grupo de corporações multinacionais. Entre 1998 e 2017 a competição tinha um patrocinador master que dava direito de nomeação.[111]

O primeiro grande patrocinador da Libertadores foi a montadora japonesa Toyota Motor Corporation, que assinou um contrato de 10 anos com a CONMEBOL em 1997.[112] O segundo principal patrocinador foi o banco espanhol Santander, que assinou um contrato de 5 anos com a CONMEBOL em 2008. Entre 2013 e 2017 a competição teve como patrocínio principal a fabricante de pneus japonesa Bridgestone Corporation.[113] Para 2018 a CONMEBOL decidiu não renovar o contrato de naming rights com a Bridgestone nem procurar um novo patrocinador para nomear o torneio, numa estratégia que visa deixar o nome da competição mais limpo.[114]

Muitos patrocinadores secundários também investiram no torneio. A Nike fornece a bola oficial das partidas, assim como para todas as outras competições da CONMEBOL.[115] O jogo eletrônico FIFA da EA Sports também é um patrocinador secundário, sendo o videogame oficial da Copa Libertadores.

Os patrocinadores e marcas anunciantes atuais do torneio são:[116]

Cobertura da mídia

editar

O torneio atrai audiências de televisão além da América do Sul como Estados Unidos, México e Espanha. Os jogos são transmitidos em mais de 135 países, com comentários em mais de 30 idiomas, sendo um dos eventos esportivos mais assistidos na televisão mundial.[122] A Fox Sports en Latinoamérica, por exemplo, atinge mais de 25 milhões de famílias nas Américas.[123] A edição de 2009 teve mais de 1 bilhão de telespectadores acompanhando o certame.[124] A Torneos y Competencias é uma empresa secundária que patrocina as transmissões de televisão da Copa Libertadores.[90] O canal beIN Sports da Austrália transmite jogos da Copa Libertadores ao vivo para o país.

No Brasil a Copa Libertadores da América ainda demoraria para conquistar um espaço na mídia brasileira. Assim como as primeiras Copas do Mundo, as primeiras edições da Libertadores seriam gravadas na tecnologia de videoteipe para depois serem exibidas na TV; foi assim com as duas primeiras conquistas do Santos, que primeiro foram gravadas para depois serem narradas e exibidas pela extinta TV Tupi na década de 1960. Em 1976, quando o Cruzeiro levantou o troféu daquele ano, a maioria de seus jogos eram exibidos na televisão através de compactos previamente gravados, embora as transmissões ao vivo via satélite já estivessem disponíveis no torneio desde a edição de 1971.[125] À medida que a popularidade da competição crescia aos poucos, os jogos da Libertadores passaram a ter suas primeiras partidas exibidas ao vivo através das redes Globo[126] e Bandeirantes[127] no final daquela década. Nos anos 80, a Libertadores ganharia mais espaço na televisão brasileira, com as transmissões da Rede Globo e, eventualmente, do SBT (que chegou a exibir algumas partidas do torneio entre 1981 e 1982);[128] nesse período, os brasileiros viram as conquistas do Flamengo, em 1981, e Grêmio, em 1983. Mas foi nos anos 90 que o torneio passou a ser acompanhado mais assiduamente pelos brasileiros, com as equipes da Globo e, em algumas ocasiões também, da Rede Bandeirantes, da Rede Record e das extintas Rede Manchete e Rede OM nas transmissões da Libertadores.[129] A Rede Globo deteve os direitos exclusivos da competição para exibição em TV aberta de 2007 até agosto de 2020, quando a emissora rescindiu o contrato com a CONMEBOL por conta da crise econômica causada pela pandemia de COVID-19;[130] para substituir a Globo, a CONMEBOL firmou um acordo com o SBT para transmissão do evento assinando um contrato de exclusividade de sinal aberto até 2022, marcando a primeira vez em décadas que a Globo ficou sem exibir a Libertadores.[131] Após nova concorrência, a Globo retomou os direitos de transmissão em TV aberta a partir da temporada 2023, também com a transmissão de algumas partidas da competição pela Globoplay, sua plataforma de streaming.[132]

A Fox Sports, de propriedade do grupo norte-americano The Walt Disney Company, com sede na Argentina, é a principal detentora dos direitos de transmissão na América Latina e, durante alguns anos, a co-organizadora do torneio oferecendo prêmios em dinheiro aos clubes que passam em cada fase. A emissora adquiriu os direitos de exibição da Libertadores em 2002 após a falência da PSN, que transmitiu com exclusividade a Libertadores para o continente – no Brasil, foi o canal exclusivo para televisão por assinatura – por duas temporadas.[133][134] Como não havia um canal da Fox Sports no Brasil, a Copa Libertadores da América de 2002 não foi transmitida para o país em sinal fechado.[135] A partir do ano seguinte, a Fox Sports repassou o torneio para o SporTV e a Rede Globo enquanto não possuía um canal próprio em território brasileiro.[136] A partir da edição de 2012 da Libertadores, a Fox Sports requisitou a exclusividade para TV fechada quando lançou seu canal do Brasil.[137] Entre 2013 e 2016, a Fox Sports fez um acordo com o SporTV, no qual os dois canais compartilhavam o jogo principal da rodada, com a Fox detendo exclusividade de uma segunda escolha e o SporTV, da terceira.[136] Todos os demais jogos eram exclusivos da Fox.[136] A partir da edição 2017 até março de 2020, a transmissão em TV fechada continuava sendo da Fox e do SporTV, porém com um novo sistema de compartilhamento, onde cada uma escolhia o jogo que iria transmitir – exceto a final – tendo direito cada uma de até 50% das partidas.[138][139]

Com a desistência do Grupo Globo em transmitir o restante da competição em 2020 e os direitos em TV aberta indo para o SBT, os jogos que eram destinados ao SporTV na TV fechada foram transferidos para um sistema de pay-per-view com a criação da Conmebol TV,[140] em parceria com o Grupo Bandeirantes.[141] Com a fusão do Fox Sports com a ESPN em 2020, esta última passou a ser a única transmissora em TV fechada da Libertadores a partir de 2022.[142]

A bola oficial para uso nas partidas da Copa Libertadores é atualmente fabricada pela empresa norte-americana Nike.[115] É uma das muitas bolas produzidas pela fabricante americana de equipamentos esportivos para a CONMEBOL. A bola, aprovada pela FIFA, pesa aproximadamente 422g, e possui uma forma mais esférica que permite que a mesma voe mais rápido, mais longe e com mais precisão.[115] De acordo com a Nike, a precisão geométrica da bola distribui pressão uniformemente em torno dela mesma. A camada de polietileno comprimido armazena energia do impacto e a liberta no lançamento, e a câmara de ar de carbono-latex de 6 alas melhora a aceleração.[115]

Outra característica da bola é a sua camada de borracha; ela foi projetada para permitir uma melhor resposta, mantendo a energia de impacto e liberando-a no chute.[115] O seu material de suporte de espuma expandida de nitrogênio reticulado melhora sua retenção e aumenta sua durabilidade.[115] O tecido de suporte de poliéster aumenta a estrutura e a estabilidade. O gráfico assimétrico de alto contraste ao redor da bola cria uma cintilação ideal à medida que a bola gira dando características estéticas quando ela rola, permitindo também que o jogador identifique e rastreie mais facilmente a mesma.[115]

Hino oficial

editar

A Copa Libertadores da América, ao contrário de outras competições de futebol tradicionais como a Copa do Mundo e a Liga dos Campeões da UEFA, ficou conhecida por um bom período por não apresentar um hino original oficial para o torneio.[carece de fontes?]

Trecho da Nona Sinfonia de Beethoven, que foi utilizada como tema oficial da Copa Libertadores. Foi introduzida a partir da edição de 1998, sendo utilizada até 2016

De 1998 até 2016, a CONMEBOL utilizou um trecho da Nona Sinfonia de Beethoven como uma representação musical para a Libertadores, embora a música não fosse composta originalmente para a competição;[143] o famoso coral no final da canção é a representação musical de Beethoven da Universal Brotherhood.[144] A peça é uma adaptação não literal de An die Freude de Friedrich Schiller, a qual Beethoven admirava.[145] O coro da sinfonia era tocada antes do início e no fim das transmissões de televisão das partidas da Libertadores,[143] além da mesma também ter sido utilizada tradicionalmente durante o sorteio das equipes no início de cada edição.[146] A Nona Sinfonia também era tocada durante as cerimônias de premiação aos campeões nas finais.

Trecho do novo Hino da Copa Libertadores, introduzido na edição de 2017

No ano de 2017, quando foi realizada uma reforma na organização e no certame da competição, a CONMEBOL apresentou, finalmente, um novo hino para a Libertadores. A nova música, que é apenas instrumental e não possui uma letra, foi reproduzida pela primeira vez durante o sorteio da fase de grupos da edição daquele ano e, desde então, é tocada tanto nas transmissões televisivas oficiais quanto no gramado como parte do protocolo de início das partidas do torneio, bem como durante as cerimônias de premiação aos campeões (assim como ocorria com a Nona Sinfonia).[carece de fontes?]

Campeões

editar

Títulos por clubes

editar
Clube País Títulos Vices Semifinais Aprov.
Independiente   Argentina 7 (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984) 0 5 (1966, 1976, 1979, 1985 e 1987) 100%
Boca Juniors   Argentina 6 (1977, 1978, 2000, 2001,
2003 e 2007)
6 (1963, 1979, 2004, 2012, 2018 e 2023) 7 (1965, 1966, 1991, 2008, 2016, 2019 e 2020) 50%
Peñarol   Uruguai 5 (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987) 5 (1962, 1965, 1970, 1983 e 2011) 11 (1963, 1967, 1968, 1969, 1972, 1974, 1976, 1979, 1981, 1985 e 2024) 50%
River Plate   Argentina 4 (1986, 1996, 2015 e 2018) 3 (1966, 1976 e 2019) 14 (1967, 1970, 1978, 1982, 1987, 1990, 1995, 1998, 1999, 2004, 2005, 2017, 2020 e 2024) 57,14%
Estudiantes   Argentina 4 (1968, 1969, 1970 e 2009) 1 (1971) 1 (1983) 80%
Olimpia   Paraguai 3 (1979, 1990 e 2002) 4 (1960, 1989, 1991 e 2013) 5 (1961, 1980, 1982, 1986 e 1994) 42,86%
Nacional   Uruguai 3 (1971, 1980 e 1988) 3 (1964, 1967 e 1969) 7 (1962, 1966, 1972, 1981,
1983, 1984 e 2009)
50%
Palmeiras   Brasil 3 (1999, 2020 e 2021) 3 (1961, 1968 e 2000) 5 (1971, 2001, 2018, 2022 e 2023) 50%
São Paulo   Brasil 3 (1992, 1993 e 2005) 3 (1974, 1994 e 2006) 4 (1972, 2004, 2010 e 2016) 50%
Grêmio   Brasil 3 (1983, 1995 e 2017) 2 (1984 e 2007) 5 (1996, 2002, 2009, 2018 e 2019) 60%
Santos   Brasil 3 (1962, 1963 e 2011) 2 (2003 e 2020) 4 (1964, 1965, 2007 e 2012) 60%
Flamengo   Brasil 3 (1981, 2019 e 2022) 1 (2021) 2 (1982 e 1984) 75%
Cruzeiro   Brasil 2 (1976 e 1997) 2 (1977 e 2009) 2 (1967 e 1975) 50%
Internacional   Brasil 2 (2006 e 2010) 1 (1980) 4 (1977, 1989, 2015 e 2023) 66,67%
Atlético Nacional   Colômbia 2 (1989 e 2016) 1 (1995) 2 (1990 e 1991) 66,67%
Colo-Colo   Chile 1 (1991) 1 (1973) 3 (1964, 1967 e 1997) 50%
Atlético Mineiro   Brasil 1 (2013) 1 (2024) 2 (1978 e 2021) 50%
Fluminense   Brasil 1 (2023) 1 (2008) 0 50%
San Lorenzo   Argentina 1 (2014) 0 3 (1960, 1973 e 1988) 100%
Vélez Sarsfield   Argentina 1 (1994) 0 3 (1980, 2011 e 2022) 100%
Racing   Argentina 1 (1967) 0 2 (1968 e 1997) 100%
LDU Quito   Equador 1 (2008) 0 2 (1975 e 1976) 100%
Botafogo   Brasil 1 (2024) 0 2 (1963 e 1973) 100%
Argentinos Juniors   Argentina 1 (1985) 0 1 (1986) 100%
Corinthians   Brasil 1 (2012) 0 1 (2000) 100%
Vasco da Gama   Brasil 1 (1998) 0 0 100%
Once Caldas   Colômbia 1 (2004) 0 0 100%
América de Cali   Colômbia 0 4 (1985, 1986, 1987 e 1996) 6 (1980, 1983, 1988, 1992, 1993 e 2003) 0%
Barcelona de Guayaquil   Equador 0 2 (1990 e 1998) 7 (1971, 1972, 1986, 1987, 1992, 2017 e 2021) 0%
Deportivo Cali   Colômbia 0 2 (1978 e 1999) 2 (1977 e 1981) 0%
Cobreloa   Chile 0 2 (1981 e 1982) 1 (1987) 0%
Newell's Old Boys   Argentina 0 2 (1988 e 1992) 1 (2013) 0%
Athletico Paranaense   Brasil 0 2 (2005 e 2022) 0 0%
Universidad Católica   Chile 0 1 (1993) 4 (1962, 1966, 1969 e 1984) 0%
Universitario   Peru 0 1 (1972) 3 (1967, 1971 e 1975) 0%
Chivas Guadalajara   México 0 1 (2010) 2 (2005 e 2006) 0%
Unión Española   Chile 0 1 (1975) 1 (1971) 0%
Sporting Cristal   Peru 0 1 (1997) 0 0%
Cruz Azul   México 0 1 (2001) 0 0%
São Caetano   Brasil 0 1 (2002) 0 0%
Nacional   Paraguai 0 1 (2014) 0 0%
Tigres UANL   México 0 1 (2015) 0 0%
Independiente del Valle   Equador 0 1 (2016) 0 0%
Lanús   Argentina 0 1 (2017) 0 0%
Cerro Porteño   Paraguai 0 0 6 (1973, 1978, 1993, 1998, 1999 e 2011) 0%
Universidad de Chile   Chile 0 0 4 (1970, 1996, 2010 e 2012) 0%
Millonarios   Colômbia 0 0 3 (1960, 1973 e 1974) 0%
América   México 0 0 3 (2000, 2002 e 2008) 0%
Alianza Lima   Peru 0 0 2 (1976 e 1978) 0%
Rosário Central   Argentina 0 0 2 (1975 e 2001) 0%
Libertad   Paraguai 0 0 2 (1977 e 2006) 0%
Santa Fe   Colômbia 0 0 2 (1961 e 2013) 0%
Bolívar   Bolívia 0 0 2 (1986 e 2014) 0%
Guaraní   Paraguai 0 0 2 (1966 e 2015) 0%
Defensor Lima   Peru 0 0 1 (1974) 0%
Huracán   Argentina 0 0 1 (1974) 0%
Portuguesa   Venezuela 0 0 1 (1977) 0%
Guarani   Brasil 0 0 1 (1979) 0%
Palestino   Chile 0 0 1 (1979) 0%
O'Higgins   Chile 0 0 1 (1980) 0%
Jorge Wilstermann   Bolívia 0 0 1 (1981) 0%
Deportes Tolima   Colômbia 0 0 1 (1982) 0%
Atlético San Cristóbal   Venezuela 0 0 1 (1983) 0%
Universidad de Los Andes   Venezuela 0 0 1 (1984) 0%
Blooming   Bolívia 0 0 1 (1985) 0%
El Nacional   Equador 0 0 1 (1985) 0%
Danubio   Uruguai 0 0 1 (1989) 0%
Junior de Barranquilla   Colômbia 0 0 1 (1994) 0%
Emelec   Equador 0 0 1 (1995) 0%
Independiente Medellín   Colômbia 0 0 1 (2003) 0%
Cúcuta Deportivo   Colômbia 0 0 1 (2007) 0%
Defensor Sporting   Uruguai 0 0 1 (2014) 0%
Em caso de empate, os clubes estão dispostos em ordem cronológica dos resultados, seguido da ordem alfabética.

Títulos por países

editar
País Títulos Vices Aprov. Clubes campeões Clubes finalistas Clubes semifinalistas
  Argentina 25 13 65,79 % 8 10 12
  Brasil 24 19 55,81 % 12 14 15
  Uruguai 8 8 50 % 2 2 4
  Colômbia 3 7 30 % 2 4 10
  Paraguai 3 5 37,5 % 1 2 5
  Chile 1 5 16,67 % 1 4 7
  Equador 1 3 25 % 1 3 5
  México 0 3 0% 0 3 4
  Peru 0 2 0% 0 2 4
  Bolívia 0 0 0 0 3
  Venezuela 0 0 0 0 3

Participações

editar

Equipes com mais participações

editar

De 1960 até 2024, foram realizadas 65 edições da Copa Libertadores da América. Nesse período, as equipes com mais participações na competição por cada país foram as seguintes:

Clubes(s) País Participações
Nacional   Uruguai 52
Olimpia   Paraguai 46
River Plate   Argentina 40
Sporting Cristal   Peru 40
Bolívar   Bolívia 38
Colo-Colo   Chile 38
Barcelona   Equador 31
Deportivo Táchira   Venezuela 27
Palmeiras   Brasil 25
Atlético Nacional   Colômbia 25
América e Chivas Guadalajara   México 7

Maiores goleadas

editar

Estas são as dez maiores goleadas da história da Copa Libertadores:[148]

Mandante Placar Visitante Estádio Data Ano
1 Peñarol   11–2   Valencia Centenario 15 de março 1970
2 River Plate   9–0   Universitario Monumental de Núñez 11 de março
Peñarol     The Strongest Centenario 22 de março 1971
4 Santos   9–1   Cerro Porteño Vila Belmiro 28 de fevereiro 1962
Peñarol     Everest Centenario 30 de abril 1963
6 Blooming   8–0   Deportivo Italia El Tahuichi 14 de abril 1985
Santos     Bolívar Vila Belmiro 10 de maio 2012
River Plate     Jorge Wilstermann Monumental de Núñez 21 de setembro 2017
  Binacional 11 de maio 2020
10 Palmeiras   8–1   Independiente Petrolero Allianz Parque 12 de abril 2022
River Plate     Alianza Lima Mâs Monumental 25 de maio

Ranking de pontos

editar

De 1960 até 2024, foram realizadas 65 edições da Copa Libertadores da América. Nesse período, os 30 maiores clubes pontuadores na competição, foram os seguintes:

Pos. Clube País Part Tít J V E D GP GC SG Pts Dif.
1 River Plate   Argentina 40 4 401 198 105 98 665 418 247 699  
2 Nacional   Uruguai 51 3 427 181 115 131 591 465 126 658  
3 Peñarol   Uruguai 48 5 387 173 81 133 580 467 113 600   (1)
4 Boca Juniors   Argentina 32 6 329 169 87 73 489 282 207 594   (1)
5 Olimpia   Paraguai 45 3 342 134 98 110 486 429 57 500  
6 Cerro Porteño   Paraguai 45 0 341 124 96 121 424 446 -22 468  
7 Palmeiras   Brasil 24 3 242 136 49 57 468 242 226 457  
8 Grêmio   Brasil 22 3 215 112 44 59 328 197 131 380  
9 Colo-Colo   Chile 37 1 267 103 64 100 360 362 -2 373  
10 Bolívar   Bolívia 38 0 263 106 55 102 388 399 -11 373  
11 São Paulo   Brasil 22 3 209 101 52 56 320 196 124 355  
12 Flamengo   Brasil 20 3 180 101 37 42 342 193 149 340   (1)
13 América de Cali   Colômbia 21 0 208 91 59 58 299 229 70 332   (1)
14 Universidad Católica   Chile 29 0 236 88 59 89 348 340 8 323  
15 Barcelona de Guayaquil   Equador 30 0 247 85 64 98 290 310 -20 319   (1)
16 Cruzeiro   Brasil 17 2 166 95 32 39 307 158 149 317   (1)
17 Atlético Nacional   Colômbia 25 2 197 82 47 68 264 224 40 293   (1)
18 Universitario   Peru 34 0 233 71 72 90 270 322 -52 285   (1)
19 Santos   Brasil 16 3 153 83 32 38 287 173 114 281   (2)
20 Sporting Cristal   Peru 39 0 246 71 63 112 305 391 -86 276  
21 Estudiantes   Argentina 17 4 149 79 28 42 197 131 66 265  
22 Vélez Sarsfield   Argentina 17 1 151 76 36 39 217 146 71 264  
23 Internacional   Brasil 15 2 152 73 43 36 221 137 84 262  
24 Independiente   Argentina 20 7 154 72 39 43 211 143 68 255  
25 Libertad   Paraguai 23 0 182 70 45 67 228 225 3 255  
26 Emelec   Equador 29 0 221 68 44 109 238 314 -76 248  
27 Corinthians   Brasil 17 1 138 68 33 37 223 133 90 237  
28 The Strongest   Bolívia 30 0 191 66 35 90 230 317 -87 233   (2)
29 Atlético Mineiro   Brasil 14 1 137 64 41 32 207 133 74 233   (3)
30 LDU Quito   Equador 21 1 167 64 37 66 244 234 10 229   (1)

Atualizado em 02/12/2024

Artilheiros

editar
O equatoriano Alberto Spencer é o maior artilheiro da história da Libertadores, tendo marcado 54 gols entre 1960 e 1972.
O argentino Daniel Onega é o maior artilheiro em uma única edição de Libertadores, tendo marcado 17 gols durante o certame de 1966.
Jogador Anos Clube(s) Gols
1   Alberto Spencer 1960–70
1971–72
  Peñarol (48)
  Barcelona de Guayaquil (6)
54
2   Fernando Morena 1973–86   Peñarol (37) 37
3   Pedro Rocha 1963–70
1972–74
1979
  Peñarol (25)
  São Paulo (10)
  Palmeiras (1)
36
4   Daniel Onega 1966–70   River Plate (31) 31
  Gabriel Barbosa 2018
2019–23
  Santos (1)
  Flamengo (30)
6   Julio Morales 1966–81   Nacional 30
  Lucas Pratto 2011
2012–14, 2021–22
2015–16
2018–20
  Universidad Católica (6)
  Vélez Sarsfield (8)
  Atlético Mineiro (7)
  River Plate (9)
  Miguel Borja 2016
2017–19
2020–22
2023–24
  Atlético Nacional (5)
  Palmeiras (11)
  Junior de Barranquilla (7)
  River Plate (7)
9   Juan Carlos Sarnari 1966–67
1968–69
1972
1976
  River Plate (10)
  Universidad Católica (12)
  Universidad de Chile (4)
  Santa Fe (3)
29
  Antony de Ávila 1983–96
1998
  América de Cali (27)
  Barcelona de Guayaquil (2)
  Luizão 1998–99
2000
2002
2005
  Vasco da Gama (5)
  Corinthians (15)
  Grêmio (4)
  São Paulo (5)

Treinadores

editar
 
O argentino Carlos Bianchi, o maior vencedor, com conquistas em 1994, 2000, 2001 e 2003, ganhou a alcunha de Mr. Libertadores (aqui, em uma homenagem feita pelos torcedores do Boca Juniors).

O argentino Carlos Bianchi é o treinador mais vitorioso da Copa Libertadores, com quatro conquistas, comandando o Vélez Sarsfield (em 1994) e o Boca Juniors (em 2000, 2001 e 2003).

Osvaldo Zubeldía (também argentino), além de ser o segundo treinador mais vitorioso, é o único treinador tricampeão em anos consecutivos (em 1968, 1969 e 1970) sob o comando do Estudiantes de La Plata. Os brasileiros Telê Santana (em 1992 e 1993) e Luís Alonso Pérez (em 1962 e 1963), juntamente com o uruguaio Roberto Scarone (em 1960 e 1961), os argentinos Juan Carlos Lorenzo (em 1977 e 1978) e Manuel Giudice (em 1964 e 1965) e o português Abel Ferreira (em 2020 e 2021) são os únicos bicampeões consecutivos; Paulo Autuori, Edgardo Bauza, Luis Cubilla, Luiz Felipe Scolari e Marcelo Gallardo também foram bicampeões mas em anos alternados.

O croata Mirko Jozić e os portugueses Abel Ferreira, Jorge Jesus e Artur Jorge são os únicos treinadores não sul-americanos a vencerem o torneio. Jozić, Jesus e Jorge foram campeões treinando Colo-Colo, Flamengo e Botafogo em 1991, 2019 e 2024, respectivamente; Ferreira venceu o torneio liderando o Palmeiras nas edições de 2020 e 2021, sendo o único treinador não sul-americano bicampeão da Libertadores.

Sede das finais

editar

As listagens a seguir mostra todos os locais que sediaram pelo menos uma decisão de Libertadores, ou seja, a derradeira partida da competição. Vale lembrar que, até meados dos anos 80, havia a possibilidade de uma terceira partida de desempate ser realizada em campo neutro caso as equipes finalistas permanecessem empatadas em número de pontos (que era o critério único na época).

Em 1988, os playoffs de desempate foram abolidos e a final da competição passou a ser decidida em duas partidas, até o ano de 2018; a partir da edição de 2019, foi adotado o sistema de jogo único para a final, com a cidade de Lima, no Peru, sendo a primeira a sediar uma final de Libertadores neste formato.

As tabelas consideram tanto as partidas de desempate realizadas até 1987, as de volta no sistema de dois jogos até 2018 e as finais de jogo único adotadas a partir de 2019.

Por país

editar
País Finais Cidades
  Brasil 20 São Paulo (10), Porto Alegre (4), Belo Horizonte (3) e Rio de Janeiro (3)
  Argentina 15 Buenos Aires (10), Avellaneda (3), La Plata (1) e Lanús (1)
  Chile 9 Santiago (9)
  Uruguai 8 Montevidéu (8)
  Colômbia 4 Medellín (2), Bogotá (1) e Manizales (1)
  Equador 3 Guaiaquil (3)
  Paraguai 3 Assunção (3)
  Peru 2 Lima (2)
  Espanha 1 Madrid (1)

Por cidade

editar
 
A cidade brasileira de São Paulo é a que mais recebeu partidas derradeiras da Copa Libertadores, ao lado de Buenos Aires, sediando a decisão por 10 vezes.
Cidade País Finais
  Buenos Aires   Argentina 10
  São Paulo   Brasil 10
  Santiago   Chile 9
  Montevidéu   Uruguai 8
  Porto Alegre   Brasil 4
  Assunção   Paraguai 3
  Avellaneda   Argentina 3
  Belo Horizonte   Brasil 3
  Guaiaquil   Equador 3
  Rio de Janeiro   Brasil 3
  Lima   Peru 2
  Medellín   Colômbia 2
  Bogotá   Colômbia 1
Lanús   Argentina 1
  La Plata   Argentina 1
  Madrid   Espanha 1
  Manizales   Colômbia 1

Por estádio

editar
 
O Estádio Nacional de Chile foi o campo que mais sediou derradeiras partidas da Libertadores por 8 vezes.
 
O Maracanã, o maior estádio da América do Sul, sediando sua primeira final, em 2008, entre Fluminense e LDU Quito.
 
O Estádio Libertadores de América, pertencente ao Independiente, o maior vencedor da competição e que por isso batizou seu estádio com o mesmo nome.
Estádio Finais Anos
Nacional de Chile 8 1965***, 1966***, 1967***, 1974***, 1976***, 1982**, 1987*** e 1993**
Centenario 8 1968***, 1970**, 1973***, 1977***, 1980**, 1981***, 1988*** e 2021*
Monumental de Núñez 5 1962***, 1986**, 1996**, 2015** e 2024*
Morumbi 5 1992**, 1994**, 2000**, 2003** e 2005**
La Bombonera 4 1963**, 1978**, 1979** e 2001**
Pacaembu 4 1961**, 2002**, 2011** e 2012**
Libertadores de América 3 1964**, 1972** e 1984**
Mineirão 3 1997**, 2009** e 2013**
Monumental de Guayaquil 3 1990**, 1998** e 2022*
Maracanã 3 2008**, 2020* e 2023*
Atanasio Girardot 2 1995** e 2016**
Beira-Rio 2 2006** e 2010**
Defensores del Chaco 2 1975*** e 1985***
Olímpico Monumental 2 1983** e 2007**
Ciudad de Lanús 1 2017**
El Bosque de Para Uno 1 1960**
El Campín 1 1989**
Nacional do Peru 1 1971***
Jorge Luis Hirschi 1 1969**
Monumental de Santiago 1 1991**
Monumental "U" 1 2019*
Nuevo Gasómetro 1 2014**
Palestra Italia 1 1999**
Palogrande 1 2004**
Santiago Bernabéu 1 2018**
  • Nota 1: Os anos com um asterisco consistem em finais que foram decididas em jogo único.
  • Nota 2: Os anos com dois asteriscos consistem em finais que foram decididas em dois jogos de ida e volta.
  • Nota 3: Os anos com três asteriscos consistem em finais que foram decididas em um playoff.

Maiores públicos em finais únicas

editar
Público Finalista 1 Placar Finalista 2 Estádio Local Edição Ref.
1 72 000 Atlético Mineiro   1–3   Botafogo Mâs Monumental Buenos Aires, Argentina 2024 [149]
2 69 232 Boca Juniors   1–2   Fluminense Maracanã Rio de Janeiro, Brasil 2023 [150]
3 59 000 Flamengo   2–1   River Plate Monumental "U" Lima, Peru 2019 [150]
4 45 000 Palmeiras   2–1   Flamengo Centenario Montevidéu, Uruguai 2021 [150]
5 40 000 Flamengo   1–0   Athletico Paranaense Monumental Guaiaquil, Equador 2022 [150]
6 5 000‡ Palmeiras   1–0   Santos Maracanã Rio de Janeiro, Brasil 2020 [150]

‡ Devido a pandemia de COVID-19, apenas 5 mil convidados foram permitidos no estádio por conta das medidas de proteção.[151]

Ver também

editar

Referências

  1. «Quem são os Libertadores da América?». Mundo Estranho. 7 de julho de 2017. Consultado em 27 de outubro de 2017 
  2. «Clubes do México estão fora da Copa Libertadores a partir de 2017». ESPN Brasil. 15 de novembro de 2016. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  3. a b «Copa Libertadores 2001» (em espanhol). Historia de Boca. Consultado em 19 de maio de 2010 
  4. La Nación; Historia del Fútbol Chileno, 1985
  5. Bekerman, Esteban (2008). Perfil.com, ed. «Hace 60 años, River perdía la gran chance de ser el primer club campeón de América» [60 anos atrás, o River perdeu a chance de ser o primeiro clube campeão da América] (em espanhol). Consultado em 10 de maio de 2008 
  6. Reportagem do Globo Esporte exibida em 10/05/2015: Especial: Liga dos Campeões completa 60 anos, e Neymar ajuda a contar essa história. Acesso em 06/12/2015.
  7. Jornal O Estado de S. Paulo 28 de setembro de 1958 página 35.
  8. «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo 
  9. Jornal espanhol El Mundo Deportivo, 09/10/1958, pág. 04.
  10. «ABC (Madrid) - 09/10/1958, p. 58 - ABC.es Hemeroteca». hemeroteca.abc.es 
  11. Carluccio, José (2 de setembro de 2007). «¿Qué es la Copa Libertadores de América?» [O que é a Copa Libertadores de América?] (em espanhol). Historia y Fútbol. Consultado em 18 de maio de 2010 
  12. a b c «Copa Libertadores. Historia». CONMEBOL. 27 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  13. a b «Morre, aos 82 anos, autor do primeiro gol marcado em uma Libertadores». Globo Esporte. 5 de fevereiro de 2014. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  14. a b «Gols, vitórias, títulos... Os rankings dos maiores da Libertadores em 60 anos de história». ESPN. 20 de abril de 2020. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  15. a b «Tudo pronto para sorteio dos Grupos da Copa Libertadores-2014». R7.com. 11 de dezembro de 2013. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  16. a b «Primeiro gol da história da Libertadores completa 59 anos». GZH. 19 de abril de 2019. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  17. a b c d «Peñarol: Spencer secures Peñarol's place in the pantheon». FIFA. Consultado em 11 de janeiro de 2018 
  18. Cunha, Odir (2003). Time dos Sonhos. [S.l.: s.n.] ISBN 85-7594-020-1 
  19. a b «Títulos». Santos FC. Consultado em 21 de maio de 2010 
  20. Duarte, Bellos, Pelé s. 103
  21. Juvenal (19 de agosto de 1964). «Independiente gana su primera Libertadores» [Independiente vence sua primeira Libertadores] (em espanhol). El Gráfico. Consultado em 18 de maio de 2010 
  22. a b c d e f g «Copa Libertadores» (em espanhol). Club Atlético Independiente. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 4 de abril de 2010 
  23. «Titulos de Racing» [Títulos do Racing] (em espanhol). Racing Club de Avellaneda. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 6 de abril de 2011 
  24. «1968—Campeón de América» [1968 – Campeão da América] (em espanhol). Estudiantes de La Plata. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 15 de agosto de 2010 
  25. Borocotó, Ricardo Lorenzo (1955). Historia del fútbol argentino [História do futebol argentino] (em espanhol). [S.l.]: Buenos Aires: Eiffel 
  26. Vicente, Néstor (2001). Ayer, Hoy y Siempre, El Sexto Grande [Ontem, hoje e sempre, o Sexto Grande] (em espanhol). [S.l.]: Buenos Aires 
  27. Ramírez, Pablo (1979). Fútbol – Historia del Profesionalismo [Futebol - História da Era Profissional] (em espanhol). [S.l.]: Buenos Aires: Editorial Perfil 
  28. Frydenberg, Julio David (1941). Historia de los Cinco Grandes [História dos Cinco Grandes] (em espanhol). [S.l.]: Educación Física y Deportes 
  29. «Don Osvaldo Zubeldía» (em espanhol). Estudiantes. Consultado em 3 de julho de 2010. Arquivado do original em 19 de julho de 2009 
  30. «El Estudiantes de Zubeldía (1ra. parte)» [Estudiantes de Zubeldía (1ª parte)] (em espanhol). Os Clássicos. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 31 de maio de 2010 
  31. «El Estudiantes de Zubeldía (2da. parte)» [Estudiantes de Zubeldía (2ª parte)] (em espanhol). Os Clássicos. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 17 de março de 2010 
  32. «El Estudiantes de Zubeldía (3ra. parte)» [Estudiantes de Zubeldía (3ª parte)] (em espanhol). Os Clássicos. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 31 de maio de 2010 
  33. «1969—Campeón de América» [1969—Campeão da América] (em espanhol). Estudiantes de La Plata. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 15 de agosto de 2010 
  34. «1970—Campeón de América» [1970—Campeão da América] (em espanhol). Estudiantes de La Plata. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 15 de agosto de 2010 
  35. Pierrend, José Luis. «Copa Libertadores de América 1971». RSSSF. Consultado em 19 de maio de 2010 
  36. Geraldes, Pablo Aro (1979). Independiente, El campeón [Independiente, o Campeão] (em espanhol). [S.l.]: Atlántida 
  37. a b «Relação dos Títulos oficiais do Cruzeiro». Cruzeiro Esporte Clube. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  38. «Copa Libertadores de América: 1977» (em espanhol). Boca Juniors. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  39. «Copa Libertadores de América: 1978» (em espanhol). Boca Juniors. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  40. a b c «Olimpia: Olimpia emerged triumphant in unlikely decider». FIFA. Consultado em 20 de maio de 2010 
  41. Vaz, Arturo (1979). Acima de Tudo Rubro-Negro. [S.l.]: A História do C. R. Flamengo 
  42. Neves, Mauricio. «A Libertadores de 1981». Clube de Regatas do Flamengo. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de maio de 2010 
  43. «1983 – Libertadores». Grêmio. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2009 
  44. «Campeón Copa Libertadores de América / 1985» [Campeão da Copa Libertadores de America / 1985] (em espanhol). Argentinos Juniors. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 25 de abril de 2010 
  45. Barrio, José Luis (4 de novembro de 1986). «River gana la Copa Libertadores» [River vence a Copa Libertadores] (em espanhol). El Gráfico. Consultado em 18 de maio de 2010 
  46. «Copa Libertadores del 86» [Copa Libertadores de 1986] (em espanhol). River Plate. Consultado em 21 de maio de 2010. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2007 
  47. «Football, football, football». UruguayNow. Consultado em 19 de maio de 2010 
  48. «El Club» (em espanhol). Colo-Colo. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 16 de julho de 2010 
  49. a b c «O Clube». São Paulo Futebol Clube. Consultado em 20 de maio de 2010 
  50. «Títulos» [Títulos] (em espanhol). Vélez Sársfield. Consultado em 20 de maio de 2010 
  51. «1995 – Libertadores». Grêmio. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de janeiro de 2011 
  52. «Copa Libertadores del 96» [Copa Libertadores de 1996] (em espanhol). Club Atlético River Plate. Consultado em 21 de maio de 2010. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2007 
  53. «Há 10 anos, times brasileiros não são campeões diante de estrangeiros». UOL Esporte. 16 de julho de 2009. Consultado em 19 de maio de 2010 
  54. «Galeria de Títulos». Sociedade Esportiva Palmeiras. Consultado em 21 de maio de 2010 
  55. Haaskivi, Magnakai (25 de janeiro de 2010). «Football Cup Primer: The Copa Libertadores». Avoiding the Drop. Consultado em 18 de maio de 2010 
  56. The Global Art of Soccer. [S.l.]: Richard Witzig. Consultado em 20 de maio de 2010 
  57. «Copa Libertadores de América: 2000» (em espanhol). Boca Juniors. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  58. «Copa Libertadores de América: 2001» (em espanhol). Boca Juniors. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  59. Vickery, Tim (22 de junho de 2009). «Copa Libertadores runs dry». BBC. Consultado em 19 de maio de 2010 
  60. a b «Copa Libertadores 2003» (em espanhol). Historia de Boca. Consultado em 19 de maio de 2010 
  61. «Copa Libertadores de América: 2003» (em espanhol). Boca Juniors. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  62. Freitas, Bruno (13 de julho de 2005). «Final brasileira histórica vê animosidade e provocações de diretorias». UOL. Consultado em 19 de maio de 2010 
  63. «Eller é o único bicampeão da Libertadores no Inter». Terra. 17 de agosto de 2006. Consultado em 19 de maio de 2010 
  64. «A histórica conquista da América». Internacional. Consultado em 21 de maio de 2010 
  65. «De punta en Porto Alegre» (em espanhol). Diario Clarín. 27 de junho de 2007. Consultado em 19 de maio de 2010 
  66. «Copa Libertadores de América: 2007» (em espanhol). Boca Juniors. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  67. «Liga de Quito se proclama campeón de la Copa Libertadores» [Liga de Quito é campeã da Copa Libertadores] (em espanhol). El País. 3 de julho de 2008. Consultado em 19 de maio de 2010 
  68. «Liga, El más grande en la historia del Ecuador» [Liga, o maior time da história do Equador] (em espanhol). LDU Quito. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 30 de novembro de 2009 
  69. «Con la identidad de los años dorados» [Com a identidade dos anos dourados] (em espanhol). La Nación. 16 de julho de 2009. Consultado em 19 de maio de 2010 
  70. «Rey de América» [Rei da América] (em espanhol). Estudiantes de La Plata. Consultado em 21 de maio de 2010. Arquivado do original em 25 de março de 2010 
  71. «Inter é bicampeão da América!». Internacional. 18 de agosto de 2010. Consultado em 18 de agosto de 2010 
  72. «Santos é campeão da Libertadores 2011». www.estadao.com.br. 23 de junho de 2011. Consultado em 23 de junho de 2011. Arquivado do original em 24 de junho de 2011 
  73. «Emerson dá a América ao Corinthians: o time ganha a Libertadores pela 1.ª vez». www.estadao.com.br. 4 de julho de 2012. Consultado em 4 de julho de 2012 
  74. «Atlético vence nos pênaltis e é campeão da Libertadores». www.estadao.com.br. 25 de julho de 2013. Consultado em 25 de julho de 2013 
  75. «Valeu a espera: River vence o Boca na prorrogação e conquista o tetra da Libertadores». GloboEsporte.com. 9 de dezembro de 2018. Consultado em 9 de dezembro de 2018 
  76. «Por que Boca x River é tratada como a maior final de todos os tempos». Veja. 1 de novembro de 2018. Consultado em 9 de dezembro de 2018 
  77. «Final da Libertadores entre River e Boca será dia 9 no estádio do Real Madrid». GloboEsporte.com. 29 de novembro de 2018. Consultado em 9 de dezembro de 2018 
  78. «De geração para geração: 38 anos depois, Flamengo vence River Plate e volta a pintar a América do Sul de vermelho e preto». GloboEsporte.com. 23 de novembro de 2019. Consultado em 24 de novembro de 2019 
  79. «CONMEBOL Libertadores é suspensa temporariamente». CONMEBOL. 12 de março de 2020. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  80. «CONMEBOL reúne a miembros del Consejo para analizar situación e impacto del Covid-19 en el fútbol sudamericano» (em espanhol). CONMEBOL. 17 de abril de 2020. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  81. «A Libertadores e a Sul-Americana já possuem datas». CONMEBOL. 10 de julho de 2020. Consultado em 11 de julho de 2020 
  82. «A obsessão é verde! Palmeiras vence o Santos e conquista o bi da Libertadores». GloboEsporte.com. 30 de janeiro de 2021. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  83. «Palmeiras vence Flamengo na prorrogação e conquista 3º título da Libertadores». CNN Brasil. 27 de novembro de 2021. Consultado em 28 de novembro de 2021 
  84. «Flamengo chega ao tri da Libertadores, iguala brasileiros maiores campeões e domina continente em ranking de finais nos últimos 10 anos». ESPN Brasil. 29 de outubro de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  85. «John Kennedy sai do banco para ser herói de novo, Fluminense vence Boca na prorrogação e é campeão da Libertadores pela 1ª vez». ESPN Brasil. 4 de novembro de 2023. Consultado em 5 de novembro de 2023 
  86. «Com título inédito do Fluminense, Brasil quebra recorde com cinco campeões seguidos na Libertadores». Ge.globo. 4 de novembro de 2023. Consultado em 5 de novembro de 2023 
  87. BOL (30 de outubro de 2024). «Botafogo e Atlético-MG disputarão a 6ª final brasileira da história da Libertadores». BOL. Consultado em 30 de outubro de 2024 
  88. «Conmebol volta atrás, e G-3 do Brasileirão passa a ser outra vez G-4». GloboEsporte.com. 18 de outubro de 2010. Consultado em 18 de outubro de 2010 
  89. «CBF anuncia que o Brasil terá mais duas vagas na próxima Libertadores». GloboEsporte.com. 2 de outubro de 2016. Consultado em 3 de outubro de 2016 
  90. a b c d e f g h i j k l m «Reglamento de la Copa Santander Libertadores de América» [Regulamento da Copa Santander Libertadores] (PDF) (em espanhol). CONMEBOL. Consultado em 18 de maio de 2010 
  91. «Cuando a Newell's se le escapó su primera final de Copa Libertadores» (em espanhol). El Gráfico. 26 de outubro de 2016. Consultado em 27 de dezembro de 2017 
  92. «Conmebol tira gol fora de casa como critério de desempate em mata-mata». UOL. 25 de novembro de 2021. Consultado em 28 de novembro de 2021 
  93. «Conmebol anuncia final da Libertadores em jogo único a partir de 2019». GloboEsporte.com. 23 de fevereiro de 2018. Consultado em 16 de agosto de 2018 
  94. «Conmebol confirma Libertadores com final em jogo único a partir de 2019». GaúchaZH. 23 de fevereiro de 2018. Consultado em 16 de agosto de 2018 
  95. «Conmebol, Flamengo e River Plate decidem: final da Libertadores sai de Santiago e será em Lima no dia 23 de novembro». GloboEsporte.com. 5 de novembro de 2019. Consultado em 30 de novembro de 2019 
  96. a b c «A Copa Libertadores foi construída em Lima no ano 1959 e é prata pura». Conmebol.com. 20 de julho de 2013. Consultado em 22 de julho de 2013 
  97. Foto da primeira versão do troféu
  98. a b c «Verdadeira taça Libertadores não fica com campeão e pode parar de crescer». UOL Esporte. Consultado em 20 de junho de 2018 
  99. «Campeão da Libertadores 2021 receberá taça original feita em 1959». MTK Esportivo. 26 de novembro de 2021. Consultado em 28 de novembro de 2021 
  100. «¿Qué es la Copa Libertadores de América?». Historiayfutbol.obolog.com. 10 de junho de 2009. Consultado em 16 de maio de 2014 
  101. «Conmebol aumenta premiação da Libertadores para 2023; veja valores». Exame. 9 de janeiro de 2023. Consultado em 14 de maio de 2023 
  102. a b «Premiação da Libertadores 2024: veja os valores por fase». Ge.globo. 19 de março de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  103. Drummond, Lucas Rios; Drummond, Filipe Rios; Silva, Cristiano Diniz da (2014). «A vantagem em casa no futebol: comparação entre Copa Libertadores da América e UEFA Champions League». Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (28): 283–292. ISSN 1807-5509. doi:10.1590/1807-55092014000200283. Consultado em 1 de novembro de 2023 
  104. Clayton; Lima, Clayton (8 de setembro de 2022). «MULTICANAIS: FLAMENGO X VÉLES ARG AO VIVO GRÁTIS HD». Nitro News Brasil. Consultado em 1 de novembro de 2023 
  105. Carter, Arturo Brizio (16 de janeiro de 2004). «Sueño Libertador» [Sonho Libertador] (em espanhol). El Siglo de Durango. Consultado em 18 de maio de 2010 
  106. «España viene con 18 Campeones del Mundo» [Espanha chega com 18 campeões mundiais] (em espanhol). Medio Tiempo. 5 de agosto de 2010. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  107. «Quiero quedarme en Santos: Robinho» [Robinho: Eu quero ficar no Santos] (em espanhol). Medio Tiempo. 5 de agosto de 2010. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  108. «Una copa, brindis y a dormir porque había que pensar en San Lorenzo». Cancha Llena. 27 de novembro de 2010. Consultado em 28 de novembro de 2010 
  109. «Deco: "Cambio las dos Champions por ganar la Libertadores"» [Deco: "Eu trocaria minhas duas Ligas dos Campeões [UEFA Champions League] por uma [Copa] Libertadores."] (em espanhol). CONMEBOL. 15 de julho de 2012. Consultado em 15 de julho de 2012. Arquivado do original em 6 de maio de 2014 
  110. «Atlético Nacional da Colômbia é campeão da Libertadores 2016». Gazeta Online 
  111. «Nome da Libertadores vai mudar em 2018 por marca limpa». Blog do Rodrigo Mattos (UOL) 
  112. Malcolm Flynn (25 de julho de 2012). «Toyota Announces Its 200 Millionth Vehicle After 77 Years of Production | Reviews | Prices | Australian specifications» (em inglês). Themotorreport.com.au. Consultado em 9 de setembro de 2012 
  113. «Libertadores, con nuevo patrocinador» [Libertadores com um novo patrocinador] (em espanhol). Confederação Sul-Americana de Futebol. 3 de dezembro de 2012. Consultado em 3 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 2 de janeiro de 2013 
  114. «Conmebol não renova contrato de naming rights da Libertadores». GaúchaZH. 22 de dezembro de 2017. Consultado em 24 de dezembro de 2017 
  115. a b c d e f g «Nike presentó la nueva pelota para el Torneo» [Nike apresentou a nova bola para o torneio] (em espanhol). Info Bae. 13 de janeiro de 2010. Consultado em 12 de janeiro de 2010 
  116. a b c «Libertadores inicia com menos patrocinadores, apesar de exibição na Globo». UOL Esporte. 3 de março de 2023. Consultado em 15 de março de 2023 
  117. «Amstel da la bienvenida al nuevo acuerdo con la CONMEBOL Libertadores Femenina y amplía su acuerdo con la CONMEBOL para promover la inclusión en el fútbol de toda Sudamérica hasta 2026» (em espanhol). CONMEBOL. 11 de janeiro de 2023. Consultado em 15 de março de 2023 
  118. «Entain, a través de sus marcas Sportingbet y bwin, se convierte en el nuevo patrocinador oficial de las competencias CONMEBOL Libertadores y CONMEBOL Sudamericana» (em espanhol). CONMEBOL. 20 de fevereiro de 2023. Consultado em 15 de março de 2023 
  119. «Coca-Cola y Powerade, nuevos Patrocinadores Oficiales de los Torneos de Clubes de la CONMEBOL» (em espanhol). CONMEBOL. 2 de fevereiro de 2023. Consultado em 15 de março de 2023 
  120. «Mastercard extiende su acuerdo con la CONMEBOL Libertadores hasta el 2026 y suma a la CONMEBOL Libertadores Femenina a su portafolio de patrocinios en la región» (em espanhol). CONMEBOL. 25 de janeiro de 2023. Consultado em 15 de março de 2023 
  121. «TCL Electronics se convierte en nuevo Patrocinador Oficial de CONMEBOL Libertadores para el ciclo 2023-2026» (em espanhol). CONMEBOL. 14 de março de 2023. Consultado em 15 de março de 2023 
  122. «Copa Libertadores TV revenues rise». Sports business. 9 de março de 2006. Consultado em 2 de fevereiro de 2008 
  123. Amoroso, Sebastian. «Copa Libertadores: "We estimate to have about 70 matches filmed in HD"». TodoTV News. Consultado em 2 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 17 de julho de 2011 
  124. «El Banco Santander renueva a Pelé como embajador de la Copa Libertadores» (em espanhol). Europapress.es. 18 de agosto de 2010. Consultado em 16 de maio de 2014 
  125. Leo Lepri (17 de março de 2021). «Maior briga da Libertadores completa 50 anos». Globo Esporte. Consultado em 17 de março de 2021 
  126. Edu Cesar (28 de julho de 2015). Atlético Mineiro 1 x 1 São Paulo (Copa Libertadores 1978). YouTube 
  127. Hilhotta (20 de outubro de 2014). Corinthians 1 x 1 Internacional - Libertadores 1977. YouTube 
  128. «SBT já transmitiu a Libertadores em ano que Flamengo acusou a Globo de pirataria». Na Telinha - UOL. 9 de setembro de 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  129. http://trivela.uol.com.br/como-o-futebol-internacional-era-transmitido-para-o-brasil-antes-das-tvs-a-cabo/ Como o futebol internacional era transmitido para o Brasil antes da TVs a cabo - Trivela (UOL)
  130. Ricardo Magatti (6 de agosto de 2020). «Em crise, Globo rescinde contrato com Conmebol e deixa de exibir a Libertadores». Notícias da TV - UOL. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  131. Alexandre Senechal (10 de setembro de 2020). «SBT fecha com a Conmebol e vai transmitir Libertadores na TV aberta». Veja. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  132. «Globo vai transmitir jogos da Libertadores de 2023 a 2026». Ge.globo. 12 de maio de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  133. «Libertadores inaugura o PSN». Folha de S.Paulo. 6 de fevereiro de 2000. Consultado em 11 de fevereiro de 2014 
  134. Laura Mattos (6 de fevereiro de 2002). «PSN deve sair do ar no Brasil». Folha.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2014 
  135. «Sem TV, semifinal da Libertadores vira jogo secreto». Folha.com. 9 de julho de 2002. Consultado em 11 de fevereiro de 2014 
  136. a b c Bruno Bonsanti (10 de fevereiro de 2014). «Destrinchamos os contratos, e mostramos quem pode passar o que na TV». Trivela. Consultado em 1 de maio de 2017 
  137. «Fox confirma estreia e direitos exclusivos da Libertadores para TV por assinatura». Terra. 16 de dezembro de 2011. Consultado em 30 de dezembro de 2011 
  138. Filho, Adalberto Leister (20 de janeiro de 2017). «Fox Sports e SporTV dividem Libertadores e Copa do Brasil por 5 anos». Maquina do Esporte. Consultado em 29 de janeiro de 2017 
  139. Ohata, Eduardo (18 de janeiro de 2017). «SporTV e Fox Sports costuram acordo, mas ESPN já fica sem Copa do Brasil». UOL Esporte. Consultado em 29 de janeiro de 2017 
  140. «Preço da Conmebol TV vai deixar torcedor com saudade da Globo na Libertadores». Noticías da TV. 22 de setembro de 2020. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  141. «Band e Conmebol fecham acordo para criar PPV da Libertadores no Brasil». UOL Esporte. 13 de setembro de 2020. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  142. «Disney 'mata' ESPN Brasil após 26 anos no ar e muda o nome do Fox Sports». Notícias da TV. 12 de novembro de 2021. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  143. a b «Intro Copa Santander Libertadores 2010». CONMEBOL. 26 de abril de 2010. Consultado em 5 de junho de 2010 
  144. Rosen, Charles. "The Classical Style: Haydn, Mozart, Beethoven". page 440. New York: Norton, 1997.
  145. Rosen, Charles. "The Classical Style: Haydn, Mozart, Beethoven". page 156. New York: Norton, 1997.
  146. «SORTEO COPA LIBERTADORES 2009– Liga y los demas grandes de América!» (em espanhol). CONMEBOL. 26 de abril de 2010. Consultado em 5 de junho de 2010 
  147. «Taça Libertadores da América: Ranking dos Campeões». Bola na Área. Consultado em 25 de agosto de 2024 
  148. «MAIORES GOLEADAS DA TAÇA LIBERTADORES». Campeões do Futebol. 6 de maio de 2022. Consultado em 31 de maio de 2022 
  149. «Jogo entre Botafogo e Atlético-MG foi recorde de público em finais únicas de Libertadores». O dia. 2 de dezembro de 2024. Consultado em 2 de dezembro de 2024 
  150. a b c d e «Atlético-MG x Botafogo pode ter maior público entre finais únicas de Libertadores». CNN Brasil. 30 de novembro de 2024. Consultado em 2 de dezembro de 2024 
  151. «Copa Libertadores: lista com os públicos de todas as finais únicas do torneio». Olympics.com. 29 de novembro de 2024. Consultado em 2 de dezembro de 2024 

Ligações externas

editar
Outros