Galeria Spada
Galeria Spada (em italiano: Galleria Spada) é um museu em Roma, Itália, abrigado no Palazzo Spada e localizado no rione Regola, na piazza Capo di Ferro. O complexo é famoso por sua fachada e pela chamada Perpesctiva de Borromini, uma galeria que, através de uma perspectiva forçada, cria a ilusão de comprimento e profundidade muito maior do que a realidade, obra de Francesco Borromini.
Galeria Spada Galleria Spada | |
---|---|
Informações gerais | |
Tipo | Arte, Pinacoteca |
Inauguração | 1927 |
Visitantes | 51857[1] |
Diretor | Adriana Capriotti |
Website | www |
Área | 600 metro quadrado, 600 metro quadrado |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Coordenadas | 41° 53′ 39″ N, 12° 28′ 19″ L |
Localização na Itália | |
Localização em Roma |
As obras expostas são pinturas dos séculos XVI e XVII.
História e a Perspectiva de Borromini
editarA galeria foi originalmente construída pelo cardeal Girolamo Capodiferro. Bartolomeo Baronino, de Casale Monferrato, foi o arquiteto e Giulio Mazzoni e sua equipe são responsáveis pela luxuosa decoração em estuque do interior e do exterior. O palácio foi comprado pelo cardeal Spada em 1632, que encomendou ao arquiteto barroco Francesco Borromini. Foi durante esta reforma que ele criou sua obra-prima de ilusão de ótica através de uma perspectiva forçada na forma de uma arcada no pátio que, através de fileiras de colunas de tamanho gradativamente menor e um piso ascendente, cria a ilusão de uma galeria de 37 metros de comprimento, mas que tem apenas oito metros. No fundo, uma estátua que aparentemente tem o tamanho natural, tem apenas 60 centímetros de altura. Borromini teve o apoio de uma matemático, o padre Giovanni Maria da Bitonto, para conseguir realizar o feito.
O complexo foi comprado em novembro de 1926 pelo Estado Italiano para abrigar uma galeria de arte e o Conselho de Estado. A primeira foi inaugurada em 1927 no Palazzo Spada, permaneceu fechada na década de 1940 e reabriu em 1951 graças aos esforços do curador das galerias de Roma, Anchille Bertini Calosso, e do diretor, Frederico Zeri. Este foi encarregado de localizar as obras ainda existentes que foram dispersadas durante Segunda Guerra Mundial com o objetivo de recriar o layout original dos séculos XVI-XVII da galeria, incluindo o posicionamento das telas, da mobília e das esculturas. A maior parte das obras veio da coleção privada de Bernardino Spada, complementada, em menor escala, por outras coleções, como a de Virgilio Spada.[2]
Descrição
editarO museu fica no primeiro piso do Palazzo Spada, na ala que pertencia ao cardeal Girolamo Capodiferro, que havia construído o museu utilizando os restos históricos da antiga casa de sua família, que se estabelecera ali em 1548[2]:
- Sala I: chamada "Sala dos Papas" por causa de suas cinquenta inscrições descrevendo a vida de alguns pontífices selecionados, foi encomendada pelo cardeal Bernardino. Era conhecida também como "Sala do Teto Azure" por causa do teto coberto por uma tela azul-turquesa dividida em diversos pequenos pedaços marcados como "camerini da verno"),[3] um termo que significa "pequenas cabines de inverno" no dialeto romanesco. O teto é de 1777.
- Sala II: esta sala foi criada juntamente com a Sala III. A parte superior das paredes estava dedcoradas com frisos em têmpera em tela por Perino del Vaga. O resto estava originalmente revestida por um apainelamento pintado, hoje perdido.
- Sala III: chamada de "Galeria do Cardeal", foi projetada por Paolo Maruscelli em 1636-7 junbtamente com a Sala II para abrigar a coleção de arte de Bernardino Spada. O teto é treliçado e janelas francesas se abrem para pequenas galerias, uma das quais com uma grade de ferro de frente para um grande jardim.
- Sala IV: esta última sala foi construída sobre uma galeria de madeira que se abre para um jardim e abriga obras dos caravagistas.
Obras de arte
editarEntre as obras mais importantes, estão:
- Andrea del Sarto: "Visitação"
- Jan Brueghel, o Velho: "Paisagem com Moinhos"
- Michelangelo Cerquozzi: "Revolta de Masaniello"
- Giovan Battista Gaulli (Il Baciccia): "Triunfo do Nome de Jesus", rascunho para um afresco na Igreja de Jesus; "Cristo e a Samaritana"
- Artemisia Gentileschi: "Santa Cecília"; "Madona com o Menino"
- Orazio Gentileschi: "David com a cabeça de Golias"
- Guercino: "Morte de Dido", "Retrato do cardeal Bernardino Spada"
- Giovanni Lanfranco: "Caim e Abel"
- Giovanni Andrea Donducci (Il Mastelletta): "Tales"
- Parmigianino (escola): "Três cabeças"
- Mattia Preti: "Cristo tentado por Satã"; "Cristo e a Adúltera"
- Guido Reni: "Retrato do cardeal Bernardino Spada"; "São Jerônimo"
- Pietro Testa: "Alegoria do Massacre dos Inocentes"
- Ticiano: "Retrato de um Músico"
- Francesco Trevisani: "Banquete de Marco Antônio e Cleópatra"
- Pieter van Laer (il Bamboccio): "Tempestade"; "Noturno"
Há ainda obras de:
Galeria
editar-
Perspectiva de Borromini vista de frente...
-
...e lateralmente.
-
Morte de Dido, de Guercino.
-
Rapto de Helena, de Giacinto Campana.
-
Retrato de um Músico, de Ticiano.
Referências
- ↑ Ministero dei Beni e delle Attività Culturali. «Visitatori e introiti dei musei». Consultado em 15 de fevereiro de 2019. Cópia arquivada em 21 de junho de 2019
- ↑ a b Autori vari, "Guida alla Galleria Spada". In Gebart s.r.l. 1998
- ↑ «Sala I - Camerini Spada». Beniculturali.i. 2 de fevereiro de 2009. Consultado em 15 de janeiro de 2014
Ligações externas
editar- «Piazza Capodiferro» (em italiano). Roma Segreta
- «Palazzo Spada» (em inglês). Rome Art Lover
- «Galleria Spada: il grande Barocco tra Roma e Bologna» (em italiano). Roma Felix (com fotos do interior)