de acordo com a mitologia grega, o deus grego dos lugares selvagens das montanhas, dos pastores, dos rebanhos, da música campestre, da fertilidade, da primavera e da crítica teatral é representado com a parte traseira, pernas e chifres de uma cabra
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 Nota: Para outros significados, veja Pan.

[2] (em grego: Πάν, transl.: Pán), na mitologia grega, é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Vive em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispõem a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente, e que são atribuídos a Pã; daí o termo "pânico".

Deus da natureza, da vida selvagem, dos pastores, dos rebanhos e das montanhas selvagens[1]

Estátua de Pã, encontrada em Pompeia (provavelmente, do fim do período helenístico)
Morada Arcádia
Símbolo Flauta de Pã, bode
Genealogia
Cônjuge(s) Siringe, Eco, Pítis
Pais Hermes e uma filha de Dríope, ou Penélope
Filho(s) Sileno, Iinge, Croto, Xanto (de doze)
Equivalentes
Romano Fauno, Silvano, Ínuo
Pã e Sírinx
Por Nicolas Poussin, 1637

Pã apaixonou-se pela náiade Sírinx,[3] que rejeitou com desdém o seu amor, recusando-se a aceitá-lo como seu amante pelo fato de ele não ser nem homem, nem bode. Pã então perseguiu-a, mas Sírinx, ao chegar à margem do rio Ladon e vendo que já não tinha possibilidade de fuga, pediu às ninfas dos rios, as náiades, que mudassem a sua forma. Estas, ouvindo as suas preces, atenderam ao seu pedido e a transformaram em caniço. Quando Pã a alcançou e quis agarrá-la, não havia nada, exceto o caniço e o som que o ar produzia ao atravessá-lo. Ao ouvir aquele som, Pã ficou encantado e resolveu então juntar caniços de diferentes tamanhos, inventando um instrumento musical ao qual chamou Siringe, em honra à ninfa. Esse instrumento musical é mais conhecido pelo nome de flauta de pã, em honra ao próprio deus.

Pã teria sido um dos filhos de Zeus com sua ama de leite, a cabra Amalteia. Seu grande amor no entanto foi Selene, a Lua. Em uma versão egípcia, Pã estava com outros deuses nas margens do rio Nilo e surgiu Tifão, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã, assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava ao de um bode; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o em uma constelação, a que seria Capricórnio.

Em Roma

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Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano e tornou-se símbolo do mundo por ser associado à natureza e simbolizar o universo.

Em Roma era chamado de Lupércio, é o deus dos pastores e de seu festival, celebrado no aniversário da fundação de seu templo, denominado de Lupercália, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. Pã é associado com a caverna onde Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba. Os sacerdotes que o cultuavam vestiam-se de pele de bode.

Nos últimos dias de Roma, os lobos ferozes vagavam próximos às casas. Os romanos então convidavam Luperco para manter os lobos afastados.

Referências

  1. Neto, F. T. L.; Bach, P. V.; Lyra, R. J. L.; Borges Junior, J. C.; Maia, G. T. d. S.; Araujo, L. C. N.; Lima, S. V. C. (2019). «Gods associated with male fertility and virility» 3 ed. Andrology. 7: 267–272. PMID 30786174. doi:10.1111/andr.12599. (pede registo (ajuda)) 
  2. «Pã | Infopédia» 
  3. (em inglês) Theoi Project. Syrinx

Ligações externas

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  • (em inglês) Theoi Project. Pan