Massacre de Simele
O Massacre de Simele (em siríaco: ܦܪܡܬܐ ܕܣܡܠܐ pramta d-Simele, em árabe: مذبحة سميل maḏbaḥat Summayl) foi um massacre cometido pelas forças armadas do Reino do Iraque durante um ataque sistemático contra os assírios no norte do Iraque em agosto de 1933. O termo é usado para descrever não só o massacre em Simele, mas também a matança que aconteceu entre os 63 vilarejos assírios nos distritos de Dohuk e Mossul que levaram à morte dentre 600 [1] e 3000 [2][3] assírios.
Massacre de Simele | |
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Área onde aldeias foram saqueadas. Aldeias assírias fortemente direcionadas.
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Local | Norte do Reino do Iraque, nomeadamente em Simele |
Data | 7 de agosto de 193311 de agosto de 1933 | –
Tipo de ataque | Execução sumária, assassinato em massa, pilhagem |
Mortes | 600 - 3000 assírios |
Responsável(is) | Exército do Iraque, tribos árabes e curdas |
O povo assírio no momento estava emergindo de um dos períodos mais negros de sua história. Durante o Genocídio Assírio durante e após a Primeira Guerra Mundial, mais da metade de sua população foi massacrada pelos turcos otomanos e curdos.[4]
O termo "genocídio" foi cunhado por Raphael Lemkin, que foi diretamente influenciado pela história deste massacre e do genocídio armênio.[5]
Ver também
editarReferências
- ↑ Zubaida 2000, p. 370
- ↑ «Displaced persons in Iraqi Kurdistan and Iraqi refugees in Iran» (PDF). fidh.org. International Federation for Human Rights. Janeiro de 2003. Consultado em 23 de setembro de 2011
- ↑ DeKelaita, Robert (22 de novembro de 2009). «The Origins and Developments of Assyrian Nationalism» (PDF). Committee on International Relations Of the University of Chicago. Assyrian International News Agency. Consultado em 23 de setembro de 2011
- ↑ Yacoub, Joseph (1988). «LA QUESTION ASSYRO-CHALDÉENNE, LES PUISSANCES EUROPÉENNES ET LA SOCIÉTÉ DES NATIONS». Guerres mondiales et conflits contemporains (151): 103–120
- ↑ «Raphael Lemkin». EuropeWorld. 22 de junho de 2001. Consultado em 23 de setembro de 2011. Arquivado do original em 16 de abril de 2010
Bibliografia
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- Joseph, J (2000). The modern Assyrians of the Middle East: encounters with Western Christian missions, archaeologists, and colonial powers. [S.l.]: BRILL. ISBN 978-9004116412
- Gaunt, D; Beṯ-Şawoce, J (2006), Massacres, resistance, protectors: Muslim-Christian relations in Eastern Anatolia during World War I, ISBN 978-1593333010, Gorgias Press LLC.
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- Husry, K (1974), «The Assyrian Affair of 1933 (II)», Cambridge University Press, International Journal of Middle East Studies, 5 (3): 344–360
- Zubaida, S (2000), «Contested nations: Iraq and the Assyrians» (PDF), Nations and Nationalism, 6 (3): 363–382, doi:10.1111/j.1354-5078.2000.00363.x, consultado em 23 de setembro de 2011
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- Shimun, E (2010) [1934], The Assyrian Tragedy, ISBN 9781453511435, Xlibris Corporation
- Sluglett, P (2007), Britain in Iraq: contriving king and country, ISBN 9781850437697, I.B.Tauris
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- Kakovitch, I (2002), Mount Semele, ISBN 9781931633703, Alexandria, VA: Mandrill