Uma éminence grise (francês para "eminência parda") é um poderoso assessor ou conselheiro que atua "nos bastidores" ou na qualidade não pública ou não oficial.

Pintura a óleo de François Leclerc du Tremblay por Jean-Léon Gérôme

Esta frase referia-se originalmente a François Leclerc du Tremblay, o "braço direito" do cardeal Richelieu. Leclerc era um frade capuchinho que ficou famoso por seus trajes bege (a cor bege foi denominada "parda" na época). O título de "Sua Eminência" é usado para tratar ou referenciar um cardeal da Igreja Católica Romana. Embora Leclerc nunca alcançasse o posto de cardeal, aqueles ao seu redor se dirigiam a ele como tal, em deferência à influência considerável deste frade "pardo" sobre Sua Eminência, o Cardeal. [1]

Em política, eminência parda é o nome que se dá quando determinado sujeito não é o governante supremo de tal reino ou país, mas é o verdadeiro poderoso, agindo muitas vezes por trás do soberano legítimo (também conhecido como o poder por trás do trono), o qual é uma marionete dele, e pode muito bem ser deposto pela eminência parda caso este não o agrade. A eminência parda ainda pode utilizar qualquer tipo de influência para exercer o seu poder, seja ela militar, econômica, religiosa e/ou política.[2]

Referências

  1. Mould, Michael (2011). The Routledge Dictionary of Cultural References in Modern French. New York: Taylor & Francis. p. 149. ISBN 978-1-136-82573-6. Consultado em 15 de junho de 2012 
  2. Ailton Salviano (7 de maio de 2012). «Eminência parda – uma figura política de 4 séculos». Portal JH 
  • O'Connell, D.P. (1968). Richelieu. New York: The World Publishing Company