Domingo de Soto (Segóvia, 1494 - Salamanca, 15 de Novembro de 1560) foi um frade dominicano e teólogo espanhol e confessor do imperador Carlos V.

Domingo de Soto
Domingo de Soto
Nascimento 1494
Segóvia
Morte 25 de novembro de 1560
Salamanca
Cidadania Espanha
Alma mater
Ocupação padre, professor universitário, jurista, escritor, físico
Empregador(a) Universidade de Salamanca
Movimento estético Escola de Salamanca
Religião Igreja Católica
De iustitia et iure, 1568.
Libri decem de iustitia & iure

Foi professor de teologia na Universidade de Salamanca onde integrou a denominada Escola de Salamanca.

Em 1545 foi enviado ao Concílio de Trento como teólogo imperial ante a impossibilidade de que fosse o também dominicano Francisco de Vitória.

En 1548 interveio, como teólogo católico frente aos protestantes, na redação do Interim da Dieta de Augsburgo. Alí coincidiu com o também dominicano Pedro de Soto, confessor real, a quem substituiu no cargo em 1548. Ambos intentaram, mas não conseguiram impedir a influência que sobre o imperador Carlos V o Cardeal Granvela.[1] Foi-lhe oferecido pelo Imperador o bispado de Segóvia que recusou.

Participou dos debates em torno da disputa aberta entre Sepúlveda y Las Casas pela questão indígena chamada dos justos títulos ou polêmica dos naturais, formando parte da comissão de teólogos que se reuniu en Valladolid entre 1550-1551 (Junta de Valladolid). Posteriormente sucedeu a Melchior Cano na sua cátedra na Universidade de Salamanca.

Entre as suas numerosas obras de teologia, direito, filosofia e lógica destacam-se De iustitia et iure (1557) y Ad Sanctum Concilium Tridentinum de natura et gratia libri tres. De orientação tomista, comentou vários livros de física e lógica aristotélica.

Domingo de Soto foi o primeiro a estabelecer que um corpo caindo em queda livre sofre uma aceleração constante,[2] sendo este um descobrimento chave em física e base essencial para o posterior estudo da gravidade por Galileu e Newton.

Notas e referências

  1. ��� «Soto, Carranza y el Concilio de Trento». sapiens.ya.com [ligação inativa]
  2. J.J. Pérez, I. Sols «Domingo de Soto en el Origen de la Ciencia Moderna» (PDF). www.ucm.es  Revista de filosofía, ISSN 0034-8244, Nº 12, 1994. 455-476
  • Barrientos García, José (1985). Un siglo de moral económica en Salamanca (1526-1629): Francisco de Vitoria y Domingo de Soto. [S.l.]: Salamanca : Ediciones Universidad Salamanca. ISBN 978-84-7481-345-6 
  • Carro, Venancio Diego (1943). Domingo de Soto y su doctrina jurídica. [S.l.]: Madrid : Real Academia de Ciencias Morales y Políticas. ISBN 978-84-7296-047-3 
  • Cuesta Domingo, María Pilar (1996). Domingo de Soto: aportación bibliográfica. [S.l.]: Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Segovia. Obra Social y Cultural. ISBN 978-84-920063-6-6 
  • Ramos-Lissón, Domingo (1976). La ley, según Domingo de Soto. [S.l.]: Pamplona : EUNSA. ISBN 978-84-313-0230-6 
  • Rufau Prats, Jaime. El pensamiento político de Domingo de Soto y su concepción del poder. [S.l.]: Salamanca : Ediciones Universidad Salamanca. ISBN 978-84-7481-916-8 
  • Santolaria Sierra, Félix F. (2003). El gran debate sobre los pobres en el siglo XVI: Domingo de Soto y Juan de Robles 1545. [S.l.]: Ariel. ISBN 978-84-344-6670-8 
  • Garrán Martínez, José María (2004). La prohibición de la mendicidad : la controversia entre Domingo de Soto y Juan de Robles en Salamanca (1545). [S.l.]: Salamanca : Ediciones Universidad Salamanca. ISBN 978-84-7800-631-1 
  • Cruz Cruz, Juan (2007). La ley natural como fundamento moral y jurídico en Domingo de Soto. [S.l.]: Pamplona : EUNSA. ISBN 978-84-313-2472-8 
  • Wallace, William A. (2004). Domingo de Soto and the early Galileo: essays on intellectual history. [S.l.]: Aldershot, Hants, England; Burlington. ISBN 0-86078-964-0 

Ligações externas

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Ver também

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