Corrida Internacional de São Silvestre

corrida de rua em São Paulo
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Corrida de São Silvestre
imagem ilustrativa de artigo Corrida Internacional de São Silvestre
Generalidades
Esporte Atletismo
Categoria corrida de rua
Criação 1925
Organizador Fundação Cásper Líbero
A Gazeta Esportiva
N.º de edições 98
Frequência anual
Formato competição de atletismo (d)
Sítio eletrónico saosilvestre.com.br
Vencedores
Primeiro campeão Alfredo Gomes
Maior campeão Paul Tergat (5 vezes) H
Rosa Mota (6 vezes) M
Campeão Timothy Kiplagat H
Catherine Reline M
Dados estatísticos
Participantes 32.000 (2022)

A Corrida Internacional de São Silvestre é uma corrida de rua realizada anualmente na cidade de São Paulo, Brasil, em 31 de dezembro, dia de São Silvestre (data de morte do Papa da Igreja Católica, canonizado também neste dia, anos depois, no quarto século da Era Cristã) e de onde vem o seu nome.[1]

A corrida, a mais famosa e tradicional do Brasil e a da América do Sul, tem um percurso atual de 15 km pelo centro de São Paulo e é uma corrida mista desde 1975, quando começou a participação oficial das mulheres. Entre 1925, ano de sua criação e 1944, foi disputada apenas por corredores brasileiros.

O maior vencedor da prova — e recordista até a edição de 2019, quando afinal teve sua marca quebrada após 25 anos — é o queniano Paul Tergat com cinco vitórias[2] e, entre as mulheres, a portuguesa Rosa Mota, que com seis vitórias consecutivas nos anos 1980 é a maior vencedora geral.[3] Entre os brasileiros, o título fica com Marílson Gomes dos Santos, com três vitórias.

Alguns dos maiores fundistas da história do atletismo já participaram e venceram a prova. Além de Paul Tergat e Rosa Mota, já correram nas ruas de São Paulo, campeões e medalhistas olímpicos e recordistas mundiais como Franjo Mihalic, Gaston Roelants, Frank Shorter, Carlos Lopes, Arturo Barrios, Ronaldo da Costa, Priscah Jeptoo, Derartu Tulu e a "Locomotiva Humana", o tcheco Emil Zatopek, campeão em 1953.[4] A Corrida Internacional de São Silvestre é transmitida ao vivo pela televisão para o Brasil e para o mundo pela TV Gazeta e pela TV Globo desde 1982.

História

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Foto meramente ilustrativa, prova noturna e chuvosa , não havia tecnologia para provas noturnas

Cásper Líbero, um jornalista e advogado paulista milionário que fez fortuna no início do século XX no setor de imprensa era um apaixonado por esportes, tanto que ele foi o idealizador da Gazeta Esportiva, que havia sido lançada inicialmente como coluna do jornal A Gazeta e posteriormente, em 1947, foi lançada como jornal ( 4 anos após a morte de Cásper).[5] Em uma viagem que fez a Paris, ficou maravilhado com uma corrida realizada à noite, em que os corredores carregavam tochas ao longo do percurso.[6] Decidido a promover algo semelhante no Brasil, criou uma corrida noturna a ser realizada no último dia do ano de 1925. Estava fundada a Corrida de São Silvestre, que recebeu esse nome em homenagem ao santo do dia.

Em sua primeira edição, de 60 inscritos, 48 compareceram para disputar a prova e apenas 37 foram oficialmente classificados, já que as regras exigiam que todos os corredores cruzassem a linha de chegada no máximo 3 minutos após a chegada do vencedor. O primeiro vencedor foi o atleta fundista l Alfredo Gomes, que completou os 6,2  km do percurso em 33:21.[7] Inicialmente aceitando apenas a participação de brasileiros natos, nos anos seguintes a inscrição foi permitida a estrangeiros morando no Brasil, o que permitiu ao italiano Heitor Blasi, radicado em São Paulo, ser convidado a disputá-la e vencer duas das primeiras edições da prova, em 1927 e 1929.[6] Sem grande experiência na organização deste tipo de evento, as primeiras edições impediam os corredores de beberem qualquer tipo de líquido durante a prova, e os atletas muitas vezes nela competiam com os próprios sapatos que usavam para treino no dia a dia e roupas que acumulavam suor.[6]

Ao contrário de outros eventos desportivos tão ou mais antigos, a Corrida de São Silvestre nunca deixou de realizar-se, nem mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 ou a Segunda Guerra Mundial.[6]

Em 1941, atletas do estado de São Paulo perderam a invencibilidade. Desde a inauguração da prova em 1925, apenas atletas paulistas haviam vencido a disputa da São Silvestre. Este domínio só acabou após o mineiro José Tibúrcio dos Santos vencer esta edição, quebrando uma hegemonia paulista de 16 anos.[8]

A partir de 1945, com o fim da guerra, passou a contar com a participação de estrangeiros, mas apenas para corredores convidados provenientes de outros países da América do Sul. O sucesso das duas primeiras edições internacionais, no entanto, levou os organizadores a permitirem a participação de corredores de todo o mundo a partir de 1947. Este ano marcou o início de período de 34 anos durante o qual nenhum brasileiro venceria a prova, o que se encerrou somente quando o garçom pernambucano José João da Silva venceu a edição de 1980, feito que repetiria em 1985.[9]

 
Emil Zátopek, a Locomotiva Humana, vencedor em 1953.

A primeira transmissão ao vivo da corrida ocorreu no ano de 1948, graças à Rádio Gazeta, que comprou um aparato de frequência modulada. O dispositivo foi instalado em um carro situado na rua com receptação no topo do prédio da emissora. Desde 1945, a ideia estava sendo planejada, mas foi em 1948 que a transmissão via rádio da Corrida de São Silvestre aconteceu.[8]

A corrida permaneceria restrita a homens até 1975, quando as Nações Unidas declararam aquele ano como o Ano Internacional da Mulher. Os organizadores da São Silvestre aproveitaram o momento para realizar a primeira corrida feminina no mesmo ano. Nesse sentido, como uma resposta ao apelo da igualdade entre os gêneros, a organização da prova incluiu as mulheres na disputa.[6][10] O evento feminino começou já com livre participação internacional, e a primeira mulher a vencê-lo foi a alemã-ocidental Christa Vahlensieck, o que fez duas vezes seguidas.[11] A primeira vitória brasileira ocorreria somente vinte anos depois, quando a brasiliense Carmem de Oliveira venceu em 1995.[12]

Além de Paul Tergat e Rosa Mota, outros grandes campeões na história da São Silvestre são o belga Gaston Roelants, recordista mundial e campeão olímpico dos 3 000 m c/ obstáculos em Tóquio 1964 e o equatoriano Rolando Vera, os dois quatro vezes vencedores da prova, sendo que Rolando Vera foi o único a vencê-la por quatro vezes consecutivas entre os homens, nos anos 1980.[13] A queniana Lydia Cheromei a venceu três vezes entre 1999 e 2004.

Já famosa em toda a América Latina e na Europa desde 1953, quando a presença e a vitória do multicampeão olímpico tcheco Emil Zatopek a transformou num evento realmente internacional de ponta,[7] em 1970 a São Silvestre começou a chamar a atenção da imprensa especializada dos Estados Unidos, quando o norte-americano Frank Shorter, futuro campeão olímpico da maratona em Munique 1972, veio ao Brasil e a venceu. A vitória de Frank Shorter provocou uma posterior invasão de corredores americanos na prova, que veria Dana Slater ser bicampeã entre as mulheres em 1978–79 e o fundista Herb Lindsay vencê-la em 1979, ano em que a vitória no masculino e no feminino pertenceu aos Estados Unidos, feito nunca mais repetido.[11] O Brasil repetiria o mesmo feito na edição de 2006, com a vitória de Franck Caldeira no masculino e Lucélia Peres no feminino.[14]

Em 1964, atletas indígenas se inscreveram para a 40ª corrida internacional de São Silvestre. Cinco atletas da Ilha do Bananal formaram uma equipe para competir. Na época, um dos organizadores do evento, Aurélio Bellotti, e o indianista Willy Aureli, visitaram a tribo para dar orientações e explicar o funcionamento e regras da São Silvestre.[8]

Em 1967 a corrida passou a ser uma atração turística. No dia 10 de dezembro, a prova passou a integrar o calendário turístico paulista graças ao Decreto de Oficialização da Corrida Internacional de São Silvestre, que foi assinado pelo então governador de São Paulo, Roberto Costa de Abreu Sodré.[8]

No ano de 1968, O cantor e compositor Jorge Ben Jor tentou correr no pelotão de elite masculino. O brasileiro se inscreveu na XV Preliminar Paulista da Corrida Internacional de São Silvestre. Nessa prova, Jorge Ben estava entre os 700 atletas inscritos, mas havia apenas 250 vagas. O músico não conseguiu garantir o seu lugar.[8]

Até 1988, a corrida era realizada à noite, geralmente iniciando-se às 23h30, de forma que os primeiros classificados cruzavam a linha de chegada por volta da meia-noite, mas o ano de 1989 foi marcado por sensíveis modificações no formato do evento. O objetivo era cumprir as determinações da Federação Internacional de Atletismo — IAAF. O horário de início da corrida foi alterado, passando às 15 horas para mulheres e às 17 horas para homens; a distância a ser percorrida, que variava quase que anualmente (geralmente entre 6,5 e 8,8 km) foi definitivamente fixada em 15 km em 1991, o mínimo exigido pelas regras da Federação. Em 1989, a Corrida Internacional de São Silvestre foi oficialmente reconhecida e incluída no calendário internacional da IAAF.[7]

 
Milhares de corredores anônimos cruzam a linha de chegada da 87ªSS em 2011.

Em 2003, Marílson Gomes dos Santos conquistou o topo mais alto do pódio pela primeira vez. Essa vitória foi apenas o início, pois em 2005 e 2010 o atleta voltou a vencer, se consagrando como o primeiro corredor do Brasil tricampeão da Corrida de São Silvestre desde o início de sua fase internacional.[8]

Em 2011, pela primeira vez desde sua criação, a São Silvestre teve o tradicional local de chegada alterado. Ao invés da Avenida Paulista, passou a ser no Parque do Ibirapuera. A modificação viu a queniana Priscah Jeptoo, vice-campeã olímpica da maratona em Londres 2012, vencer a prova feminina em 48:48, recorde e a primeira vez que uma mulher completou os 15 km da São Silvestre em menos de 50 minutos.[15] Esta edição também assistiu a uma das maiores tragédias da história da corrida, com a morte do atleta paraolímpico Israel Cruz de Barros, que, disputando a divisão de cadeira de rodas, perdeu o controle na descida da Rua Major Natanael, de acentuado declive, e chocou-se com o muro em volta do Estádio do Pacaembu, morrendo no hospital.[16]

Crescendo e sendo prestigiada através dos anos não apenas por atletas de elite mas também pelos corredores amadores, os números da São Silvestre fazem dela a maior corrida de massas da América do Sul, também em quantidade. Os 48 participantes da edição inicial em 1925 transformaram-se em cerca de 2 mil ainda no fim da década de 1950, mais de 10 mil por edição nos anos 1980, até alcançar um recorde de cerca de 25 mil participantes na edição de 2011.[17]

Desde 2011, todos os campeões masculinos, são de nacionalidade africana, e desde 2007, as campeãs femininas também. Esta hegemonia africana na prova começou em 1992, ano em que o queniano Simon Chemwoyo conquistou o primeiro título à África, desde então, foram 19 vitórias africanas, contra apenas 6 brasileiras. O último brasileiro a vencer a prova foi Marilson, no ano de 2010, e a última mulher foi Lucélia Peres, em 2006.[18]

Além do prestígio nacional e internacional, financeiramente a São Silvestre também compensa para seus campeões: em 2013, o vencedor recebeu R$ 60 mil (US$ 30 mil), o segundo colocado R$ 35 mil (US$ 17 mil) e o terceiro colocado R$ 20 mil (US$ 10 mil).

Pessoas portadoras de deficiências também participam da prova. Há largadas especificas para atletas cadeirantes e outra para portadores de outros tipos de deficiência. Só depois é que largam as elites feminina e masculina e o pelotão geral.[10][19]

Em 22 de setembro de 2020,  a organização resolveu adiar em razão da Pandemia de COVID-19 no Brasil a 96ª edição da corrida inicialmente para 11 de julho de 2021.[20] No entanto, a organização optou por fixar esta edição no último dia de 2021. Entre as mudanças na edição de 2021 está o uso obrigatório de máscaras, a adoção de passaporte vacinal e a realização da corrida sem a presença de público por conta das medidas de segurança contra a COVID-19.[21][22]

Em 2022, a corrida volta aos seus moldes tradicionais como a presença de público pelas calçadas do trajeto, mas mantendo apenas a regra do passaporte vacinal, adotada em 2021.[23]

Participação feminina

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Desde sempre, o conceito de que mulheres são mais frágeis é propagado por toda sociedade, acabando interferindo na participação feminina nas competições esportivas como, por exemplo, nos Jogos Olímpicos. Até que então, em 11 de julho de 1924 (Jogos de Paris) a primeira mulher consegue conquistar a primeira medalha de ouro nas Olimpíadas: Charlotte Cooper. Desde então, as mulheres foram conseguindo conquistar cada vez mais seu espaço nos esportes, inclusive na São Silvestre quando o jornal A Gazeta Esportiva (o jornal era organizador do evento) resolveu acompanhar a mudança e evolução social e incluiu, em 1975, a prova feminina da São Silvestre.[carece de fontes?]

A primeira vencedora foi Christa Vahlensieck, que deu o título para a Alemanha. A primeira vencedora brasileira foi Carmem de Oliveira, somente em 1995, vinte anos após a estreia feminina na maratona. Porém, o maior destaque vai para a portuguesa Rosa Mota, que é recordista de títulos com seis vitórias seguidas nos anos de 1981, 1982, 1983, 1984, 1985 e 1986.[24]

A participação de mulheres na São Silvestre aumentou, tendo na 91° edição da corrida, 28,55% finalistas femininas, ou seja 6 645 dos 23 268. Sendo esse número extremamente representativo, pois em 1999 o número era oito vezes menor, tendo apenas 795 mulheres e 10 758 homens.[25]

Percurso

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Realizada em grande parte pelo centro da cidade de São Paulo, a São Silvestre já teve vários percursos e distâncias diferentes através das décadas. Um erro comum, mesmo em parte da imprensa, é se referir à São Silvestre como uma maratona (para isso, precisaria ter 42,195 quilômetros). O atual percurso tem 15 km de distância e a seguinte composição:

Evolução do percurso

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Ano Distância Largada Chegada Ref
1925 8,8 km Av. Paulista – Parque Trianon Associação Athletica São Paulo – Ponte Pequena [27]
1926-1928 6,2 km Av. Paulista – Parque Trianon Associação Athletica São Paulo – Ponte Pequena [27]
1929 8,8 km Av. Paulista – Parque Trianon Associação Athletica São Paulo – Ponte Pequena [27]
1930 8,8 km Av. Paulista, esquina da Av. Angélica – Monumento do Olavo Bilac Clube de Regatas Tietê [28]
1931 8,2 km Av. Paulista, esquina da Av. Angélica – Monumento do Olavo Bilac Clube de Regatas Tietê [28]
1932-1933 8,8 km Av. Paulista, esquina da Av. Angélica – Monumento do Olavo Bilac Clube de Regatas Tietê [28]
1934-1938 7,6 km Av. Paulista, esquina da Av. Angélica – Monumento do Olavo Bilac Clube de Regatas Tietê [28]
1939-1941 7 km Av. Paulista, esquina da Av. Angélica – Monumento do Olavo Bilac Clube de Regatas Tietê [28][29]
1942 - 1944 5,5 km Av. 9 de Julho – Túnel 9 de Julho Clube de Regatas Tietê [29]
1945-1948 7 km Em frente ao Estádio do Pacaembu Clube de Regatas Tietê [29]
1949 7,3 km Praça Oswaldo Cruz esquina com a Av. Paulista Edifício Palácio da Imprensa – Rua da Conceição [29]
1950-1952 7,3 km Rua da Conceição – Edifício Palácio da Imprensa Edifício Palácio da Imprensa – Rua da Conceição [30]
1953-1965 7,4 km Av. Cásper Líbero Edifício Palácio da Imprensa – Rua da Conceição [30][31]
1966 9,2 km Av. Paulista 900, em frente ao Edifício Cásper Líbero Av. Paulista 900, na frente do Edifício Cásper Líbero [31]
1967 8,7 km Av. Paulista 900 – Edifício Cásper Líbero, Descida pela Brigada Luiz Antônio Av. Paulista 900 – Edifício Cásper Líbero, Subida pela Rua da Consolação [31]
1968 8,7 km Av. Paulista 900, em frente ao Edifício Cásper Líbero Av. Paulista 900, na frente do Edifício Cásper Líbero [31]
1969 8,7 km Av. Paulista 900 – Edifício Cásper Líbero, Descida pela Brigada Luiz Antônio Av. Paulista 900 – Edifício Cásper Líbero, Subida pela Rua da Consolação [31]
1970-1978 8,9 km Av. Paulista 900, em frente ao Edifício Cásper Líbero, Descida pela Brigada Luiz Antônio, Subida pela Rua da Consolação Av. Paulista 900, na frente do Edifício Cásper Líbero [32]
1979 8,9 km Av. Paulista 900, em frente ao Edifício Cásper Líbero, Descida pela Brigada Luiz Antônio Estádio Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu [32]
1980-1989 12,64 km Av. Paulista 900, em frente ao Edifício Cásper Líbero Av. Paulista 900, na frente do Edifício Cásper Líbero [33]
1991-2010 15 km Av. Paulista, em frente ao MASP Av. Paulista 900, na frente do Edifício Cásper Líbero [34][35][36]
2011 15 km Av. Paulista, em frente ao MASP Avenida Pedro Álvares Cabral, no Ibirapuera [36]
2012 15 km Av. Paulista, próximo à Rua Frei Caneca Av. Paulista, 900, em frente ao Edifício da Fundação Cásper Líbero [36]
2013 - 2016 15 km Av. Paulista, próximo à Rua Ministro Rocha Azevedo (sentido Consolação) Av. Paulista, 900, em frente ao Edifício da Fundação Cásper Líbero [36][37]
2017 15 km Av. Paulista, próximo à Rua Frei Caneca Av. Paulista, 900, em frente ao Edifício da Fundação Cásper Líbero
2018-presente 15 km Av. Paulista, próximo à Rua Augusta Av. Paulista, 900, em frente ao Edifício da Fundação Cásper Líbero [23]

São Silvestrinha

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Idealizada por Júlio Deodoro, superintendente da Gazeta Esportiva, em 1994 foi criada a primeira versão infantil da São Silvestre, para crianças de ambos os sexos entre 6 e 16 anos de idade, denominada “São Silvestrinha”, com distâncias diferentes. Reveladora de grandes talentos, foi a responsável pelo surgimento para o atletismo de nomes como o do fundista Franck Caldeira, vencedor da edição de 2006 e medalha de ouro na maratona dos Jogos Pan-americanos de 2007 no Rio de Janeiro.[38] A edição de 2012 foi disputada na pista de atletismo do Estádio Ícaro de Castro Mello, com distâncias variáveis entre os 50 e os 600 metros e a participação de cerca de 2 mil crianças.[39] Em sua 23° edição, a São Silvestrinha, teve como inclusão social, a abertura de espaço para crianças com necessidades especiais

Isaque Da Silva Lima é apenas um jovem de 17 anos, mas fez história. Na 24ª edição da São Silvestrinha, o  atleta do São Paulo foi o grande campeão da prova correspondente à sua idade, disputada pela primeira vez neste ano. Esta foi a segunda vez que Isaque participou do evento, conquistou sua segunda medalha neste ano..[40]

A 24ª edição da corrida infanto-juvenil, organizada pela Fundação Cásper Líbero, ocorreu no dia 16 de Dezembro de 2017. Naquele ano puderam participar atletas nascidos entre os anos de 2001 e 2011.[41]

Vencedores

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Ano Homens Equipe Tempo Mulheres Equipe Tempo Ref
1925   Alfredo Gomes   Clube Espéria 33:21
-
-
-
[27]
1926   Jorge Mancebo   Clube de Regatas Tietê 22:35
-
-
-
[27]
1927   Heitor Blasi [nota 1]   Clube Espéria 23:00
-
-
-
[27]
1928   Salim Maluf   Associação Athlética Palmeiras 29:11
-
-
-
[27]
1929   Heitor Blasi   Societá Palestra Itália 28:39
-
-
-
[27]
1930   Murilo de Araújo   Voluntários da Pátria 25:35
-
-
-
[28]
1931   José Agnello   Club Athletico Paulistano 26:05
-
-
-
[28]
1932   Nestor Gomes   Club Athletico Paulistano 25:23
-
-
-
[28]
1933   Nestor Gomes   Club Athletico Paulistano 25:50
-
-
-
[28]
1934   Alfredo Carletti   Club Athletico Franco Brasileiro 24:10
-
-
-
[28]
1935   Nestor Gomes   Club Athletico Paulistano 23:51
-
-
-
[28]
1936   Mario de Oliveira   Clube Atlético Guarulhense 23:26
-
-
-
[28]
1937   Mario de Oliveira   Clube Atlético Guarulhense 23:50
-
-
-
[28]
1938   Armando Martins   Associação Atlética Guarani 23:38
-
-
-
[28]
1939   Luiz Del Greco   Associação Athletica Ramenzoni 22:14
-
-
-
[28]
1940   Antônio Alves   Associação Atlética Guarani 22:14
-
-
-
[29]
1941   José Tibúrcio dos Santos   Faculdade Brasileira do Comércio 22:12
-
-
-
[29]
1942   Joaquim Gonçalves da Silva   Força Policial 17:02
-
-
-
[29]
1943   Joaquim Gonçalves da Silva   Força Policial 17:31
-
-
-
[29]
1944   Joaquim Gonçalves da Silva   Força Policial 17:40
-
-
-
[29]
Fase Internacional
1945   Sebastião Alves Monteiro   Força Policial 21:54
-
-
-
[29]
1946   Sebastião Alves Monteiro   São Paulo Futebol Clube 21:57
-
-
-
[29]
1947   Oscar Moreira
-
21:45
-
-
-
[29]
1948   Raul Inostroza
-
22:18
-
-
-
[29]
1949   Viljo Heino
-
22:45
-
-
-
[29]
1950   Lucien Theys
-
22:37
-
-
-
[30]
1951   Erich Kruzicky
-
22:26
-
-
-
[30]
1952   Franjo Mihalic
-
21:38
-
-
-
[30]
1953   Emil Zatopek
-
20:30
-
-
-
[30]
1954   Franjo Mihalic
-
23:00
-
-
-
[30]
1955   Kenneth Norris
-
22:18
-
-
-
[30]
1956   Manuel Faria
-
21:58
-
-
-
[30]
1957   Manuel Faria
-
21:37
-
-
-
[30]
1958   Osvaldo Suárez
-
21:40
-
-
-
[30]
1959   Osvaldo Suárez
-
21:55
-
-
-
[30]
1960   Osvaldo Suárez
-
22:02
-
-
-
[31]
1961   Martin Hyman
-
21:24
-
-
-
[31]
1962   Hamoud Ameur
-
22:08
-
-
-
[31]
1963   Henry Clerckx
-
21:55
-
-
-
[31]
1964   Gaston Roelants
-
21:37
-
-
-
[31]
1965   Gaston Roelants
-
21:20
-
-
-
[31]
1966   Álvaro Mejía Florez
-
29:57
-
-
-
[31]
1967   Gaston Roelants
-
24:55
-
-
-
[31]
1968   Gaston Roelants
-
24:32
-
-
-
[31]
1969   Juan Martinez
-
24:02
-
-
-
[31]
1970   Frank Shorter
-
24:27
-
-
-
[32]
1971   Rafael Tadeo Palomares
-
23:47
-
-
-
[32]
1972   Víctor Mora
-
23:24
-
-
-
[32]
1973   Víctor Mora
-
23:25
-
-
-
[32]
1974   Rafael Angel Perez
-
23:58
-
-
-
[32]
1975   Víctor Mora
-
23:13   Christa Vahlensieck
-
28:39 [32]
1976   Edmundo Warnke
-
23:50   Christa Vahlensieck
-
28:36 [32]
1977   Domingo Tibaduiza
-
23:55   Loa Olafsson
-
27:15 [32]
1978   Radhouane Bouster
-
23:51   Dana Slater
-
28:55 [32]
1979   Herb Lindsay
-
23:26   Dana Slater
-
29:07 [32]
1980   José João da Silva   São Paulo Futebol Clube 23:40   Heidi Hutterer
-
27:48 [33]
1981   Víctor Mora
-
23:30   Rosa Mota
-
26:45 [33]
1982   Carlos Lopes   Sporting Clube de Portugal 39:41   Rosa Mota
-
47:21 [33]
1983   João da Mata de Ataíde   Clube Atlético Mineiro 37:39   Rosa Mota
-
43:31 [33]
1984   Carlos Lopes   Sporting Clube de Portugal 36:43   Rosa Mota
-
43:35 [33]
1985   José João da Silva   São Paulo Futebol Clube 36:48   Rosa Mota
-
43:00 [33]
1986   Rolando Vera
-
36:45   Rosa Mota
-
43:25 [33]
1987   Rolando Vera
-
39:02   Martha Tenorio
-
46:27 [33]
1988   Rolando Vera
-
36:23   Aurora Cunha
-
42:12 [33]
1989   Rolando Vera
-
36:45   María Del Carmen Díaz
-
43:52 [33]
1990   Arturo Barrios
-
35:57   María Del Carmen Díaz
-
43:16 [34]
1991   Arturo Barrios
-
44:47   María Luisa Servín
-
54:02 [34]
1992   Simon Chemwoiywo
-
44:08   María Del Carmen Díaz
-
54:00 [34]
1993   Simon Chemwoiywo
-
43:20   Hellen Kimaiyo
-
50:26 [34]
1994   Ronaldo da Costa
-
44:11   Derartu Tulu
-
51:17 [34]
1995   Paul Tergat
-
43:12   Carmem Oliveira
-
50:53 [34]
1996   Paul Tergat
-
43:50   Roseli Machado
-
52:32 [34]
1997   Émerson Iser Bem
-
44:40   Martha Tenorio
-
52:04 [34]
1998   Paul Tergat   Fila 44:47   Olivera Jevtić   Fila Team 51:35 [34]
1999   Paul Tergat   Kenya 44:35   Lydia Cheromei   Kenya 51:29 [34]
2000   Paul Tergat   Kenya 43:57   Lydia Cheromei   Kenya 50:33 [35]
2001   Tesfaye Jifar
-
44:15   Maria Zeferina Baldaia
-
52:12 [35]
2002   Robert Kipkoech Cheruiyot
-
44:59   Marizete de Paula Rezende
-
54:02 [35]
2003   Marílson Gomes dos Santos
-
43:50   Margaret Okayo
-
51:24 [35]
2004   Robert Kipkoech Cheruiyot
-
44:43   Lydia Cheromei
-
53:01 [35]
2005   Marílson Gomes dos Santos
-
44:22   Olivera Jevtić
-
51:38 [35]
2006   Franck Caldeira
-
44:06   Lucélia Peres
-
51:24 [35]
2007   Robert Kipkoech Cheruiyot
-
44:43   Alice Timbilili
-
51:24 [35]
2008   James Kipsang
-
44:43   Yimer Wude Ayalew
-
51:37 [35]
2009   James Kipsang
-
44:40   Pasalia Chepkorir
-
52:30 [35]
2010   Marílson Gomes dos Santos
-
44:03   Alice Timbilili
-
50:19 [35]
2011   Tariku Bekele
-
43:35   Priscah Jeptoo
-
48:48 [35]
2012   Edwin Kipsang
-
44:04   Maurine Kipchumba
-
51:41 [35]
2013   Edwin Kipsang Coquinho Fila Caixa 43:48   Nancy Kipron
-
51:58 [36][42]
2014   Dawit Admasu Coquinho Fila Caixa 45:04   Yimer Wude Ayalew
-
50:43 [36][43]
2015   Stanley Biwott Nike 44:31   Yimer Wude Ayalew
-
54:01 [36]
2016   Leul Aleme Nike 44:53   Jemima Sumgong
-
48:35 [44]
2017   Dawit Admasu[45] [nota 2]
-
44:17   Flomena Cheyech Daniel
-
50:18
2018   Belahy Bezabh
-
45:03   Sandrafelis Chebet
-
50:20 [46]
2019   Kibiwot Kandie
-
42:59   Brigid Kosgei
-
48:54 [47]
2020
Cancelado devido à Pandemia de COVID-19.
[48]
2021   Belahy Bezabh
-
44:54   Sandrafelis Chebet
-
50:06 [49][50]
2022   Andrew Kwemoi Sporting Clube de Portugal 44:43   Catherine Reline
-
49:39 [51]
2023   Timothy Kiplagat 44:52   Catherine Reline 49:54 [52]

Nota: recorde da prova (M e F) na distância atual de 15 km estabelecida desde 1991.

Vencedores por nações

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Galeria de vencedores

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Publicações sobre a Corrida de São Silvestre

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Filmes e documentários
Livros
  • A São Silvestre No Rumo Do Sol - Autor: Caetano Carlos Paiol (Ed. Ateniense)
  • O que Você Precisa Saber para Correr Bem a São Silvestre - 2021. Autores: Fabiano Braun e Darlan Souza

Ver também

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Notas e referências

Notas

  1. Heitor Blasi era um italiano que morava no Brasil. Recebeu permissão para participar da prova, na época ainda sem participação de estrangeiros, e venceu duas vezes.
  2. Dawit Admasu venceu pela primeira vez em 2014 pela Etiópia. Porém, algum tempo depois, naturalizou-se bareinita.
  3. Desde que a corrida se tornou internacional.

Referências

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Ligações externas

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