Mar Báltico

mar no norte da Europa
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Mar Báltico

O mar Báltico, em Abril de 2004

Localização
Continente
Localização
Parte de
Oceano Atlântico Norte (d)
Oceano global (?)
Coordenadas
Dimensões
Altitude
0 m
Superfície
400 000 km²
Profundidade média
459 m
57 m
Maior profundidade
459 m
Hidrografia
Tipo
mediterranean sea (en)
mar marginal
mar interior (en)
Países da
bacia hidrográfica
Afluentes
Ångermanälven
Rio Neman
Rio Oder
Pasłęka (en)
Q3609401
Venta (en)
Šventoji (en)
Rio Łeba
Łupawa (en)
Laajoki (d)
Leniwka (en)
Parsęta (en)
Rīva River (d)
Recknitz (en)
Słupia (en)
Salaca (en)
Rio Trave
Rio Warnow
Wieprza (en)
Rio Aura
Bacia hidrográfica
História
Origem do nome
Mapa

* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas.

O mar Báltico é um mar interior do norte da Europa, circundado pela península Escandinava, pela Europa continental, e pelas ilhas dinamarquesas da Zelândia, Funen e Lolland.[1]

O mar Báltico, entre a península Escandinava e a costa da Polónia, Estónia, Letónia, Lituânia, Rússia e Finlândia

Sem grandes marés e pouco profundo, tem uma área de 420 000 km2 e uma profundidade máxima de 459 m. Comunica com o mar do Norte, através dos estreitos de Escagerraque e Categate, assim como dos estreitos de Öresund, Grande Belt e Pequeno Belt. O Báltico tem dois grandes golfos — o golfo da Bótnia, entre a Suécia e a Finlândia, e o golfo da Finlândia, entre a Finlândia, a Rússia e a Estónia. [2]. Os países com costa no mar Báltico são: Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estónia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha.[3][4]

Etimologia

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Plínio, o Velho (na imagem) pode ter inspirado o escritor Adão de Bremen a cunhar o nome do mar.

Chamado por Públio Cornélio Tácito de Mare Suebicum, por analogia ao povo germânico dos suevos,[nota 1] o primeiro a denominá-lo Mare Balticum foi o escritor germânico do século XI Adão de Bremen.

A origem do nome é controversa, e pode estar ligada à palavra alemã belt ("faixa"), utilizada para designar os dois estreitos dinamarqueses que o conectam ao mar do Norte. Outros acreditam que a origem seja a palavra latina balteus, com o mesmo significado.[6] Mas deve-se notar que os nomes dos belts podem estar ligados à palavra dinamarquesa bælte, que também significa faixa. Além disso, o próprio Adão de Bremen comparou o mar com uma faixa, afirmando que o mar é assim denominado porque ele estica ao longo da terra como uma faixa.[nota 2] Ele também pode ter sido influenciado pelo nome de uma ilha lendária mencionada em A História Natural, de Plínio, o Velho. Plínio menciona uma ilha chamada Baltia (ou Balcia) com referência a notas de Píteas e Xenofonte. É possível que Plínio se referisse a uma ilha chamada Basilia ("reino" ou "real") em Sobre o Oceano (Περι του Ωκεανου), de Píteas. Baltia também pode ser derivada de "faixa" e significar "perto da faixa do mar (estreito)".

Outros ainda defendem que o nome da ilha origina-se da raiz indo-europeia bhel,[7] que significa "branco". Esta raiz e seu sentido básico permaneceram no lituano (como baltas) e no letão (balts). Uma hipótese relacionada sustenta que o nome originou desta raiz indo-europeia por meio de uma língua báltica, como o lituano.[8]

Uma outra explicação é que, derivada da raiz mencionada, o nome do mar é usado para nomear várias formas de água e substâncias similares em várias línguas europeias, o que pode ter sido originalmente associado com as cores encontradas em pântanos. Ou ainda que o nome era relacionado a pântanos e seu sentido original era de "mar fechado, baía" em oposição a "mar aberto.[9] Alguns historiadores suecos, por sua vez, acreditam que o nome derive do deus secundário Balder, da mitologia nórdica.[10]

Na Idade Média, o mar foi conhecido por uma variedade de nomes. O nome mar Báltico só começou a predominar a partir do século XVI. O uso de báltico e outros termos para denotar a região a leste do mar começou apenas no século XIX. Em sueco, finlandês, alemão e dinamarquês, ele é conhecido como "mar do Leste", enquanto em estoniano, é chamado de "mar do Oeste".[10]

História

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O Báltico surgiu com o aumento do nível do mar, após o fim da última glaciação, no último período glacial, ocorrida há cerca de 12 000 anos.[11] Originário de um lago pré-glacial de água doce — o lago Glacial Báltico, portanto sem ligação com o oceano da época, o mar Báltico tornou-se um mar após o derretimento de geleiras que o cercavam, seguido de uma elevação da terra ao redor. Neste fenômeno, conhecido como isostasia, a pressão adicionada pela água em uma região gerou uma tensão de elevação da superfície em seu redor, como em uma alavanca. O derretimento do gelo, por sua vez, reduzia o peso sobre o relevo circundante, facilitando sua elevação.

Salinidade

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A salinidade do mar Báltico é muito menor do que a da água dos oceanos. Isso ocorre devido ao abundante escoamento de água doce da terra circundante, que contribui com cerca de um quadragésimo do seu volume total por ano: o volume da bacia é de cerca de 21 000 km³ e o escoamento anual é de cerca de 500 km³. As taxas de precipitação e descarga de água doce superam a evaporação, causando uma diluição da água do mar.[12] Em contrapartida, recebe pouca água salgada do oceano Atlântico devido a esta só poder entrar pelos estreitos do Öresund e dos Belt. Suas águas têm salinidade de 10 a 15 g/kg, enquanto a do mar Vermelho é de cerca de 40 g/kg.[13][14]

Poluição

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O mar Báltico é um dos mares mais poluídos do planeta. Está cercado por zonas com grande população e produção agrícola e industrial, ao mesmo tempo que tem uma entrada mínima para água fresca do Atlântico. [15]

É constantemente cruzado por inúmeros navios de carga e de passageiros. Enormes ferryboats transportam milhares de turistas entre Estocolmo na Suécia e Helsínquia e Turku na Finlândia. [14]
Na Dinamarca, criadores de porcos vêm despejando milhares de toneladas de esterco suíno no mar Báltico, alterando seu equilíbrio e tornando-o um dos mares mais poluídos do mundo.[16]

Partes do mar Báltico

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O mar Báltico é composto por várias partes. Em termos genéricos, este mar vai do Golfo de Bótnia, no norte, até à Escânia sueca e às ilhas dinamarquesas da Zelândia, Fyn e Lolland, no sudeste. Num sentido mais estrito, o mar Báltico vai da região das ilhas Åland até à região da Escânia e das ilhas dinamarquesas. [14]

Ilhas e arquipélagos

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Escolhos das ilhas Åland, no mar Báltico

Cidades

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São Petersburgo é a maior cidade costeira do mar Báltico

Estima-se que mais de 85 milhões de pessoas habitem a costa do mar Báltico.[17] As maiores cidades costeiras são:

Ver também

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Notas

  1. Ergo iam dextro Suebici maris litore Aestiorum gentes adluuntur, quibus ritus habitusque Sueborum, lingua Britannicae propior.[5]
    (À direita do Mar Suevo, residem as nações éstios que usam os mesmos costumes e dos suevos; sua língua lembra a da Bretanha.)
  2. Balticus, eo quod in modum baltei longo tractu per Scithicas regiones tendatur usque in Greciam

Referências

  1. «Östersjön» (em sueco). Enciclopédia Finlândia. Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. SÉGUIER, Jaime de (1964). Dicionário Prático Ilustrado. Porto: Lello & Irmãos. p. 1432 
  3. Ernby et al. 2001, p. 789.
  4. Magnusson & Sjögren 2004, p. 200.
  5. Tácito. «Germania» (em latim). Consultado em 5 de janeiro de 2013 
  6. «Balteus» (em sueco). Nordisk familjebok. Consultado em 5 de janeiro de 2013 
  7. «Indo-European etymology» (em inglês). StarLing. Consultado em 5 de janeiro de 2013 
  8. Forbes 1910, p. 7.
  9. Dini 2000.
  10. a b DiMento 2012, p. 34.
  11. Schätzing 2009, p. 178.
  12. Miranda 2002, p. 35-36.
  13. GEPEQ 2005, p. 27.
  14. a b c Lars Bergquist, Thomas Magnusson, Peter A. Sjögren e Thomas Fehrm (ilustrador) (2002). «Östersjön». Norstedts första uppslagsbok. Kunskap från början (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 456. 460 páginas. ISBN 9172273186 
  15. Rydstedt, Bjarne; Georg Andersson, Torsten Bladh, Per Olof Köhler, Karl-Gustaf Thorén, Mona Larsson (1987). «Miljöproblem i Östersjön». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. p. 84-87. 216 páginas. ISBN 91-27-62563-X 
  16. Schätzing 2009, p. 257.
  17. DiMento 2012, p. 35.

Bibliografia

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Ligações externas

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