domingo, 31 de maio de 2015

Parar de beber é para poucos, mas reeducar o ato de beber está ao alcance de todos nós

Motivos para dar um tempo no álcool
Sejamos honestos, beber é um dos maiores prazeres da vida, seja no boteco com os amigos, na balada ou no conforto do lar. Beber em 90% dos casos é uma atividade muito divertida.

Este que vos fala é um grande apreciador de bebidas alcoólicas, meu gosto é extenso, morro de amores pelos mais diversos tipos de cerveja, meu fim de noite não é o mesmo sem uma dose de um bom scotch ou bourbon para relaxar. Vodca? Só se for pura. E a lista não para por aí: Jagermeister, vinho, gin, rum, cachaça, grapa, conhaque...

A verdade é que eu sou fã de álcool, e diferente da maioria dos garotos por aí eu tenho um grande apreço por bebidas intocadas, com a pureza do barril de onde nasceram, sem a afetação da adição de energéticos e afins.

E mesmo que eu tenha ciência dos males que o excesso de álcool pode trazer, enfiar o pé na jaca faz parte de um ritual sagrado que eu cumpro todos os finais de semana. Contudo, sejamos francos, embora seja divertido encher a cara, o álcool nos coloca nas mais diversas situações, sejam elas engraçadas, constrangedoras, divertidas ou perigosas.

Todavia, verdade seja dita, são poucas as pessoas que realmente possuem controle sobre o álcool, na maioria das vezes falhamos miseravelmente ao tentar “domestica-lo”. Então, se parar de beber é um desafio, beber eventualmente pode ser uma solução lógica, por isso listamos 9 benefícios que a exclusão do álcool no organismo pode trazer, sejam eles no período de dias, semanas e meses. Vamos lá:

#Em alguns dias…

1 - O álcool pode induzir o sono, mas prejudica a qualidade dele. Cortando a cachaça você pode dormir melhor e ter mais energia durante o dia.
2 - Seu fígado agradecerá! Ele não precisará gastar tempo para neutralizar as enzimas do álcool e - finalmente - poderá se dedicar a outras funções, como ajudar o seu corpo a se recuperar mais rápido de arranhões e hematomas causados por sua namorada.
3 - Sua pele ficará mais hidratada e as vermelhidões causadas por vasos capilares inchados devem diminuir consideravelmente, bem como inflamações e aquela neve que nunca sai da sua cabeça e muitos chamam de caspa.
4 - Se você tiver refluxo ou outros problemas de digestão, seus sintomas vão melhorar absurdamente.

#Em algumas semanas…

5 - Muitas pessoas gostam de desfrutar de uma birita apenas para relaxar, mas ingerir muito álcool ao longo do tempo faz o coração trabalhar mais. Sem essa sobrecarga, seus batimentos vão diminuir e seu corpo estará mais preparado para fazer exercícios.
6 - Por incrível que pareça, o álcool pode causar depressão, e é capaz de deixá-lo para baixo. Isso quer dizer que, agora, você deve perceber que consegue pensar com muito mais rapidez e que seu humor deu uma bela melhorada - contraditório, porque meu humor bêbado é uma maravilha, mas na ressaca...

#Em alguns meses…

7 - Todo mundo sabe que álcool engorda, e geralmente isso fica evidente na barriga. Mas se você não consome álcool há alguns meses, provavelmente pode estar se deparando com o abdômen que já o habitou outrora.
8 - O álcool entorpece todos os sentidos. Diferentemente da crença popular, o sexo não é melhor quando você toma umas a mais, faça o teste, agora que seus órgãos sexuais estão bem sensíveis de novo, e convenhamos, isso é do cacete!
9 - Tudo o que você tem dormido mostra que seu cérebro e seu corpo estão descansando bem, isso acarreta em um aumento significativo de produtividade e seu humor fica ainda mais afiado.

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Infernizar-se ou celestiar-se?

Vivemos, nos tempos atuais, uma crescente crise de gratuidade e alteridade. Cada vez mais, cada um concentra-se em seu interesse e assim vai-se embora a gratuidade; e concentrando-se em seu interesse não se pensa mais no outro e assim vai-se embora a alteridade. Vive-se com interesse e age-se para si mesmo! Sem gratuidade e sem alteridade instaura-se o inferno; com gratuidade e alteridade consolida-se o céu. Inferno é ausência de gratuidade e alteridade. Céu é presença de gratuidade e alteridade.
Ilustrando as afirmações acima, o conto oriental a seguir, simbolicamente é plástico: "Um dia, um mandarim partiu para o Além. Primeiro chegou ao inferno e viu muitas pessoas, sentadas à mesa em frente de pratos com arroz; mas todas morriam de fome, porque tinham pauzinhos com dois metros de comprimento e não podiam servir-se deles para se alimentarem. Depois foi para o céu e também lá viu muitas pessoas sentadas à mesa diante de pratos de arroz; todas estavam alegres e gozavam de boa saúde porque também elas tinham pauzinhos com dois metros, mas cada um servia-se deles para alimentar aquela que estava sentada à sua frente".
A civilização dos nossos tempos, se não inverter, urgentemente, a direção rumo à gratuidade e alteridade, cada vez mais ela vai-se infernizando. E as consequências do inferno que estamos, infelizmente, construindo, já são sentidas palpavelmente: pessoas fragilizadas, famílias desunidas, comunidades egoístas, sociedades violentas. Viver juntos e pautar a vida com interesses próprios e ações egoístas é infernizar tudo.
Mas a humanidade foi criada para o céu. Nossa índole humana é constituída pelo relacionamento e um relacionamento gratuito e áltero. E quanto mais gratuidade e alteridade, mais nos tornamos "celestes": somos mais imagem e semelhança de Deus. Viver juntos e pautar a vida sem interesses e ações egoístas é celestiar tudo.
Infernizar-se ou celestiar-se: eis a questão!

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Morrer com razão

“A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la.”

François La Rochefoucauld
Será que não posso ser verdadeiro? Por toda a minha vida de professor, já vi o suficiente para entender que a falta de autenticidade diminui as demonstrações de reconhecimento. Por vezes, esses problemas corriqueiros obrigam-me a agradecer a Deus pelo final de cada dia de trabalho penoso e traumatizante. Ao invés de lamentar por está ficando cada vez mais velho, próximo da morte, agradeço! Também, por está ainda, onde as ilusões se encontram com a realidade, por que é o “fim da picada”.
Que “purgatório” é esse que me faz desejar a morte e não a vida suavemente flagelada? Logo eu que tinha sonhos e virtudes pela vida à fora! Agora só me resta esperar que a morte me traga reconhecimento e a fama póstuma que não é comum aos vivos. Os vivos se negam aos vivos, então faço greve e bato panelas nas ruas, perturbando os vivos e homenageando os mortos.
Se a morte é inimiga da vida, por que ela enaltece o que a vida produziu? Como pode um escritor ser valorizado só quando morre! Parece-me que as pessoa têm vergonha de aprender com os vivos! Assim nossos amigos desejam nossa morte para se gabar de íntimos do artista que os deixa com muita saudade. O desejar profundo dos que vivem da fama dos outros vai até a sepultura e matam novamente os quem poderia produzir mais se estimulados enquanto podiam se mover.
Por que tenho que fingir de morto para conquistar a admiração dos que me cercam? E ainda me consolam hipocritamente, dizendo que um tolo calado se passa por sábio! Às vezes, tenho de fingir que estou ainda trabalhando quando, na verdade, estou apenas cumprindo horário no local de serviço! E meus coordenadores fingem que me inspecionam quando também fingem para seus superiores que estão produzindo? A correria e o desespero é grande quando se recebe a ameça da Secretaria com os critérios para legitimar o dia letivo.
 Um bom exemplo disso, é essa reposição de aulas no sábado, não ministradas, por motivo da greve. Aí dois mandamentos foram quebrados: o descanso sabático e o não levantar falso testemunho! Como posso ir para o céu morar com você que só me força fingir para parecer bem na “fita”. Concluí que só há uma forma de ser verdadeiro, se vocês me verem morto, ainda que eu não queira ir por agora, mas, por enquanto, estou só “fingindo de morto para pegar o coveiro”.
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Pela manutenção da maioridade penal

A discussão sobre a diminuição da maioridade penal tem terreno fértil em um momento temeroso para a sociedade. No momento em que grupos esbravejam pela volta dos militares, exacerbam opiniões preconceituosas contra minorias e municiam-se de discursos de ódio, a ideia de que a redução da maioridade resolverá o problema da violência ganha eco e surfa em uma onda conservadora há muito tempo não vista em nosso país.
Nos 54 países que reduziram a maioridade não se verificou redução da violência. Inclusive a Espanha e a Alemanha voltaram atrás na decisão de criminalizar menores de 18 anos. Além disso, o Brasil é signatário de acordos internacionais, como o da Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança, que impedem esse retrocesso.
Outros números reforçam a negativa, como o do Ministério da Justiça que diz que menores de 16 a 18 anos são responsáveis por 0,9% dos crimes praticados no Brasil. Se considerarmos homicídios, esse percentual cai para 0,5%. Já no relatório Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial aponta que um jovem negro tem, em média, 2,5 mais chances de ser assassinado que uma pessoa branca.
Por isso é simplório apontar uma saída dessas para um problema que está enraizado na formação cultural brasileira. Sugerir cadeia ao invés de educação restringe ainda mais os direitos de crianças e adolescentes pobres e isenta o Estado da responsabilidade.
É bom deixar claro também que já constam na lei mecanismos punitivos para infratores dessa faixa etária. Transformar essa punição existente para o encarceramento em nosso sistema penitenciário adulto nada resolverá o problema da criminalidade no país.

Por: Juliano Roso, deputado estadual e presidente da Comissão de Ética do Parlamento Gaúcho.

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sábado, 30 de maio de 2015

Gritar pra quê, se estou perto de você?

Em uma convivência harmônica entre os seres humanos é natural a existência de pensamentos diferentes, conflitos de interesses e posições antagônicas, porém, com o poder de uma boa comunicação, mesmo que ocorram debates, com respeito mútuo as razões serão esclarecidas, certamente ocorrerão convencimentos ou aceitações conduzindo a um consenso. O que não agrada é a imposição pelo grito, truculência ou intimidação.
Gritar, quase sempre dificulta a comunicação. Imagine o quanto é desagradável a situação de uma esposa ao receber o esposo, dirigindo a ele, toda carinhosa fala alguma coisa, e ele, talvez aborrecido com alguma ocorrência no trânsito ou no trabalho, perde a calma facilmente e grita por nada, sem provocar ela sofre com seu mau humor. 
Pense na decepção de uma criança que toda feliz comenta com o pai ou a mãe algo da escola, de um coleguinha, de um novo jogo que viu ou qualquer coisa interessante para ela, e o seu pretenso interlocutor não lhe da atenção e às vezes,  com grosserias ou abordando outro assunto, quase sempre a repreendendo por algo que não tem nada a ver com seu momento. 
Outra situação que merece ser analisada é a de quem trabalha diretamente no atendimento de pessoas, lidando com situações individuais diariamente, é claro que ele precisa se preparar para o trabalho e precisa manter-se calmo, não deixar que seus problemas particulares afetem no atendimento aos seus clientes, entretanto, nessa relação atendente/cliente, muitas vezes um não se coloca no lugar do outro, o atendente despreparado não demonstra interesse em resolver a demanda do cliente ou o cliente deseja resolver suas situações, mesmo não atendendo as exigências normativas, às quais, o atendente deve obediência, nessa relação, por vezes o usuário prejudica seu atendimento quando chega armado, faltando com o respeito e a educação, pronto para brigar, impossibilitando a manutenção da calma e uma boa verificação de casos. 
Gritando, esmurrando a mesa, fazer cara feia pode até intimidar e conquistar obediências, mas, não convence e não conquista respeito. Quem está com a razão, através do diálogo encontrará a força do convencimento, será efetivo e chegará melhor ao coração dos demais. Para nossa reflexão transcrevo parte de um diálogo, salvo engano, da sabedoria chinesa:
“Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?” “Gritamos porque perdemos a calma”, disse um deles.
“Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?”, questionou novamente o pensador.
“Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça”, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
“Então não é possível falar-lhe em voz baixa?”
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
“Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?”
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
“Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.”
Não precisamos gritar para que alguém nos olhe, são nas atitudes pequenas que somos vistos. Através de um olhar, ou de um gesto simples é que seremos melhor compreendidos, principalmente se apenas falarmos, podemos ser ouvidos se falarmos baixo quando se está próximo. A melhor maneira para se manter a harmonia entre as pessoas é falar sempre com o coração.
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A terceirização é o martírio impiedoso contra os trabalhadores

Não sou do tipo de religioso pegajoso de Deus. Não vivo de bruços ou de joelhos entornando a paciência divina suplicando que Ele faça as coisas por mim ou mude o universo inteiro para que eu me sinta feliz. Essas sandices as deixo para o pessoal da falsa teologia da prosperidade e que os pietistas se fechem em altares alheios ao sofrimento dos outros, pedido que Deus se vire para resolvê-los.
Nada disso. Me unirei a trabalhadores, estudantes e outros seguimentos do movimento social para mobilizar o povo para parar no dia 29 de maio aqui em Goiânia e no Brasil. A partir das 5 horas “panfletearemos” e, com carro de som, conclamaremos os usuários do ônibus da linha “Eixão” da empresa estatal Metrobus a não transitarem naquele dia para o trabalho. Pararemos todas as linhas de ônibus na madrugada de 29. O ponto para o qual fui designado para atuar é o chamado Terminal da Praça da Bíblia, aqui entre o Setor Universitário e o Setor Leste Vila Nova, onde moro.
Lutar contra a terceirização é questão de consciência social, de consciência dos direitos humanos, de justiça social trabalhista e de patriotismo.
O campo de lutas se deslocou novamente para as ruas, como nos grandes momentos históricos marcados pela oposição ao golpe militar, a favor das eleições diretas e contra o neoliberalismo, nefasto aos trabalhadores, ao povo, à sociedade e ao País.
O contexto atual mostra que os deputados federais e senadores, em sua grande maioria, são achacadores, conservadores e servidores de propósitos atentatórios aos interesses dos trabalhadores e do povo; que o ministério da economia e o Banco Central são ocupados e manipulados por assaltantes da economia nacional e popular; que a correlação de forças corrói a energia do governo eleito para avançar nas transformações; que a apatia popular é fruto do golpe que desmobiliza o povo, esvaziando sua consciência das lutas cidadãs.
Portanto, é necessário que se vá onde a massa está e se a empurre para o alto da grandeza política.
O momento é de crueldade contra todos nós. É de falta de coração e de desrespeito a toda a história do trabalho, necessariamente feita de mobilizações e de solidificação da consciência de classe.
Quem expressou muito bem a crueldade contra os trabalhadores foi a “dona” Mônica Baumgarten, economista doutorada pela London School of Economics e pesquisadora do Peterson Institute for International Economics. Num artigo em sua coluna na Folha de S.Paulo no dia 21 de maio, a falsa intelectual afirma com arrogância, falta de respeito e tremendo vazio de compaixão que “a realidade do mercado de trabalho brasileiro mudou; a choradeira dos sindicatos é irrelevante”.
A “dona” Mônica, a serviço do deus mercado, prevê que não há futuro fora de terceirização. “Empregos estáveis e de tempo integral haverão de ceder cada vez mais espaço para os empregos em tempo parcial, para o autoemprego ou outros arranjos compatíveis com as necessidades do século 21 (…) só um em quatro trabalhadores no mundo desfruta, hoje, de emprego estável.”
Para aquele anjo do mal, a terceirização “reflete a expansão galopante das cadeias globais de valor, a rede de empresas que caracteriza a produção moderna”.
Quer dizer, esse discurso surrado e maléfico tenta enganar com dois polos, desculpe dizer, muito safados. Um de que a “realidade”, uma realidade que a elite dominante inventou, fora de toda e qualquer realidade objetiva que inclua os trabalhadores e as exigências de justiça social, ao afirmar que o mercado é um valor universal imutável e eterno em cujos pés todos têm que se ajoelhar.
O outro polo é de que a terceirização é inevitável, mesmo que destrua salários, estabilidades, dignidades e a consciência sindical de lutas como ferramentas de defesa dos direitos dos trabalhadores.
A luta dos trabalhadores é tomada estupidamente como choradeira. Pior, como choradeira irrelevante.
Para esse tipo de “raciocínio”, ou como gosta de dizer o pessoal da academia, é uma lógica tão perversa do tipo a dos escravocratas ao verem seus escravos gemendo de dor, destruídos pelas chibatadas dos capitães, sangrando com os pulsos exangues e amarrados, muitos morrendo de banzo (depressão pelas injustiças e matanças nas colônias e com saudade de suas raízes na África) sem sentir a dor e o sonho libertário que romperia os grilhões que os prendiam ao cepo.
Para essa gente os gemidos, os sofrimentos e as destruições humanas dos trabalhadores são choradeiras irrelevantes. O que importa são os lucros, é o assalto aos direitos e às conquistas desenhadas e construídas com muita luta desde 1915 quando se configurou no Brasil o direito do trabalho. O que importa são os luxos e privilégios da classe dominante, usufruídos do sangue dos “irrelevantes” trabalhadores.
É por causa do pensamento do modelo “dona” Mônica que os trabalhadores são ameaçados e os negros são mortos por policiais a serviço da brancura da elite que considera a subvida irrelevante.
No entanto, no dia 29 temos que nos levantar e tornar o pensamento de “dona” Mônica Baumgarten completamente irrelevante porque ameaça a sociedade brasileira.
Os trabalhadores mobilizados haverão de jogar no lixo a irrelevância de quem pensa, discursa e faz de tudo na mídia, no parlamento,  no governo e em seguimentos empresariais daninhos à justiça social, buscando destruir os degraus da escada em que se constituem em crescimento para a destruição do sistema que teima em desrespeitar a dignidade de quem produz as riquezas e sem elas vive neste País.
Dia 29 de maio de 2015 será a data para tornar irrelevante a terceirização defendida por energúmenos desprezíveis como a “dona” Monica Baumgarten.
Dom Orvandil Moreira Barbosa.



Papa ensina cinco lições para ser um líder

Humildade, firmeza e capacidade de olhar para os outros de igual para igual. Essas são algumas das ideias praticadas pelo líder espiritual e que podem ser aplicadas ao dia a dia por qualquer gestor.
A postura do papa Francisco está alinhada com as teorias mais recentes de liderança. Um chefe que escuta a equipe e leva suas opiniões em consideração antes de decidir, que não se comporta como se fosse melhor que os outros por causa de seu título e que, ao mesmo tempo, demonstra firmeza e chama a responsabilidade para si.
Suas lições são ensinadas da forma que, segundos especialistas em gestão de pessoas, é a melhor possível: pelo exemplo. Da observação de seu comportamento foram extraídas 12 lições de liderança, apresentadas em um livro que acaba de ser lançado: Lidere com Humildade, de Jeffrey A. Krames, da Editora Planeta.
A seguir, cinco das 12 lições presentes no livro para começar a exercitar atitudes de um líder contemporâneo.
Humildade
O papa Francisco acredita que, acima de todas as demais qualidades, a humildade autêntica é a que mais capacita os líderes. “Se conseguirmos desenvolver uma atitude verdadeiramente humilde, poderemos mudar o mundo”, escreveu o papa, antes de ganhar esse título na igreja.
“Mesmo quando estava para ser apresentado pela primeira vez (como papa), ele se recusou a usar uma plataforma que o elevaria acima dos outros cardeais, preferindo permanecer na mesma altura que eles. ‘Vou ficar aqui embaixo’, foi o que ele disse, segundo relatos”. Depois pediu que rezassem por ele antes de dar a bênção papal à multidão, quebrando, mais uma vez, a tradição”.  O trecho, publicado no livro, foi reproduzido de uma reportagem.
O recado do papa é claro. Tome cuidado para não tomar atitudes que transmitam a seus subordinados a mensagem de que você está acima deles. Para evitar esse comportamento no mundo corporativo, algumas ações valem mais do que longos discursos. Trocar seu imponente escritório por uma sala interna ou até mesmo um cubículo é uma das ideias sugeridas no livro.
Outra sugestão de comportamento capaz de expressar a humildade de um líder envolve um ponto sensível no mundo dos negócios: o bolso. “Eles (os gestores) podem reduzir o próprio salário. Cada vez mais líderes recebem apenas US$ 1 por ano, já que normalmente ganham milhões em opções de compras de ação”, escreveu Krames.
Julgamento
Para o papa Francisco, as palavras são tão importantes quanto as atitudes. Por isso, ele parece escolher com cuidado cada frase dita em seus livros e discursos religiosos.
“Não julgue, avalie”. Para o papa, os verbos “julgar” e “avaliar” têm claramente sentidos distintos. Em teoria, é um senso comum dizer que não se deve julgar os outros. Na prática, no entanto, opinar sobre o comportamento alheio, especialmente pelas costas da pessoa em questão, é algo corriqueiro nos corredores das empresas.
Avaliar, por sua vez, é função do líder em tempo integral. A diferença entre as duas atitudes pode parecer sutil. Mas não é. Enquanto julgar se aproxima da fofoca e demonstra imaturidade profissional, avaliar exige discernimento, cuidado e senioridade.
Como exemplo, apresentado no livro, é citado o episódio em que Francisco fez uma avaliação severa do então “bispo da ostentação”, Franz-Peter Tebartz-van Elst, por causa de seus gastos excessivos na construção de um centro religioso. Decidiu, portanto, que ele não era o tipo de líder que se ajusta a sua visão de uma igreja voltada a ajudar os pobres e menos favorecidos.
Mesmo assim, o papa nunca criticou pessoalmente o ex-bispo. Sua avaliação foi de que as escolhas do bispo simplesmente não se adequavam à visão de Francisco para a Igreja Católica. Com isso, em 23 de outubro de 2013, Tebartz-van Elst foi suspenso do exercício de seu ministério.
Isolamento
Uma instituição aberta a pessoas de todas as esferas da vida e que busca ajudar todo tipo de gente, onde quer que estejam, não pode se isolar. O mesmo vale para o líder de uma empresa ou setor.
O papa Francisco escreveu de maneira abrangente sobre o conceito do isolamento ao longo de sua vida, embora não tenha usado essa palavra específica. A essência das ideias difundidas por ele é a de que um líder deve falar com pessoas dentro e fora da sua organização, de preferência de religiões diferentes do país e ao redor do mundo.
Ele afirma que o verdadeiro diálogo só pode ocorrer quando todos respeitam os outros e ouvem com a atitude de que todos têm algo importante e pertinente a dizer. “Essa postura reforça as raízes de Francisco, baseadas em respeito, dignidade e humildade para consigo mesmo, os outros e Deus”, escreveu o autor.
Logo depois de ser eleito papa, na Praça São Pedro (no Vaticano), Francisco fez um pedido incomum que exemplifica a importância dada a todos que estão ao seu redor: “Antes que o bispo abençoe seu rebanho, peço que vocês rezem para que o senhor me abençoe. A oração do rebanho pedindo a benção de seu bispo”.
Pragmatismo
No jornal argentino El Jesuíta, Francisco foi citado dizendo: “Eu não tenho todas as respostas. Sequer tenho todas as perguntas e novas perguntas estão sempre surgindo. Mas as respostas têm que ser pensadas de acordo com as diferentes situações, e também é preciso saber esperar por elas”.
O líder religioso incentiva os líderes religiosos a fazerem o que for necessário (dentro dos limites da ética) para ajudar uma pessoa por vez. E, se ao fazê-lo, o líder tiver que entrar na lama metafórica – ou até literal –, tanto melhor. “A questão não é usar ou não a batina, mas se você arregaça as mangas quando tem de trabalhar pelo bem dos outros”.
Em seu discurso religioso mais citado, Francisco se dirigiu a igreja como um todo, dizendo: “(…) Prefiro uma igreja machucada, ferida e enlameada por ter saído pelas ruas, a uma igreja enferma devido ao confinamento e apego à própria segurança. Não quero uma igreja preocupada em ficar no centro e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”.
“Francisco demonstra seu pragmatismo de muitas maneiras. Ele sabe e reconhece que o mundo é um lugar diversificado, e que o ponto de inflexão estratégico da igreja é composto de definições em rápida evolução do ‘novo normal’ por parte das várias culturas”, diz o autor do livro.
Como exemplo da evolução do “novo normal”, ele cita casamentos e uniões não tradicionais, o crescente papel da tecnologia na vida cotidiana e a maior ênfase dada hoje às questões ecológicas. E completa: “Ele sabe que para atingir seu objetivo de criar uma igreja mais aberta e acolhedora, deve romper com as partes mais severas e rigorosas da doutrina da Igreja e levar em consideração mudanças que seriam impensáveis antes dele”.
Viva na fronteira
Francisco, ao mesmo tempo em que exerce o poder, também vive de acordo com um código radical de humildade que ele mesmo se impõe. Isso é viver na fronteira.
Krames define Francisco como um líder tridimensional, “muito mais que uma figura gentil e afável que passa o dia inteiro envolvido em atos de humildade”. É a sua humildade que o coloca na fronteira. Ele age com autoridade, coragem e sabedoria da experiência, mas dá espaço pra outras ideias, porque sabe que é impossível saber todas as respostas.
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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Aplauso detox

Todos temos necessidade de reconhecimento de vez em quando. Afinal, é importante sabermos que nossos esforços são percebidos. Muitas vezes, um bom elogio é mais gratificante do que uma recompensa material, não é mesmo?

Em algumas situações, precisamos nos sentir aceitos para melhorar nossa autoestima ou mesmo para percebermos que estamos no caminho certo. É o que chamo de "aplauso detox", que funciona como o "suco funcional", que nos faz sentir melhor. Todavia, há de se tomar cuidado para não agirmos o tempo inteiro como se tivéssemos a necessidade de aprovação para todos os nossos passos.

Muitas vezes, percebemos nas redes sociais uma divulgação excessiva de sorrisos, atividades e êxitos, como se a vida fosse apenas cor-de-rosa, dourada, azul da cor do mar...
No Brasil e no mundo, a moda é a "selfie", o autorretrato moderno, uma pesquisa recente encomendada por uma empresa de telefonia aponta que 90% dos entrevistados aderiram à prática, ou ainda a um vídeo no Dubsmash.
Não há problema em fazer uma foto de si mesmo ou postar imagens ou vídeos de momentos importantes. As redes sociais devem ser encaradas como passatempo, não como algo determinante em nossas vidas e escolhas. 
Um mau uso desses artifícios pode se transformar em algo negativo se for uma ferramenta para conseguirmos a aprovação alheia: fazer algo buscando aplausos pode ser frustrante, alimentando, apenas, nossa vaidade. Se você faz algo por escolha, a sua realização será o suficiente para te completar.

Reflita se o que você faz ajudará as pessoas a sua volta. Caso você perceba que está se tornando um competitivo compulsivo, atenção. Olhe para seus amigos, parentes, colegas de trabalho. Aplauda e elogie o que for realmente interessante. Seja sincero consigo e com o outro. Não espere ser festejado sempre. Os erros ensinam mais do que os acertos. Cresça todos os dias ao fazer a diferença na vida de alguém.
A felicidade não está em se sentir vencedor o tempo inteiro e sim em aprender, todos os dias, algo novo.


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Por que meu filho não gosta de ler?

Geralmente, estamos acostumados a ouvir certos pais questionando sobre as atitudes de seus filhos: “Ah, meu filho não gosta de ler, e é uma dificuldade fazê-lo estudar, não entendo o por quê!”. A resposta, muitas vezes, pode estar nas próprias atitudes dos pais quanto ao incentivo que eles dão a seus filhos, para que eles gostem de ler e, consequentemente, gostem de estudar.
Quando a criança está no processo de alfabetização, ela se encontra dependente de um adulto para que consiga dar andamento nos seus estudos, na escola, a sua “âncora” é o professor, e, em casa, os pais. Agora, se o aprendiz não recebe uma atenção necessária neste momento, provavelmente, surgirão alguns problemas.
Se no processo de alfabetização a criança ver o seu responsável, habitualmente, lendo, isso, de certa forma, mesmo que inconsciente, estará motivando e incentivando o filho para que realize tal ação. Certamente, a criança se sentirá ansiosa para conseguir fazer o mesmo, ou se ela já passou por esta fase, acompanhará seus pais na leitura, aumentando o vínculo entre pais e filhos, conforme afirma Lacerda: “os livros podem ajudar a estabelecer um diálogo entre pais e filhos”.
Cabe esclarecer que o incentivo à leitura defendido aqui tem um único objetivo: que as crianças se tornem adultos capazes de compreender diferentes tipos de situações e que tenham um senso crítico perante a sociedade. Não queremos dizer que elas devem ler somente com o intuito de estudar, pois se pensarmos dessa forma, conforme Ferrarezi: “a leitura é uma espada no peito delas e não um prazer”, ou seja, a leitura perderá o encanto para as crianças, e é justamente o que não queremos, pois, a partir daí, surgirá um propósito inverso: o desgosto pela leitura.


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Uma questão de gosto ou não...

Certa vez escrevi que o problema de quem escuta música a todo volume não é o barulho, mas o mau gosto. E como gosto é algo que nem com muito dinheiro a gente consegue mudar (ou comprar), essa é uma situação impossível de resolver. Se na sala de parto a criança que acabou de sair do útero de sua mãe para de chorar porque escuta um ritmo pra lá de duvidoso, vindo de algum celular no corredor da maternidade, é caso perdido para o resto da vida.
Recentemente um estudo feito nos Estados Unidos tentou mapear a qualidade da produção musical, embora a explicação para a pesquisa tenha sido outra, acho que para não ferir o sentimento de alguns músicos. A surpresa veio no resultado.
 As letras criadas pelos artistas corresponderam ao nível de leitura de uma criança na terceira série, o que representa os oito anos no sistema de ensino dos Estados Unidos.

Apesar de o trabalho ter sido feito na parte de cima das Américas, ele poderia ser aplicado ao Brasil. Mas por aqui talvez o resultado fosse outro, com letras associadas a crianças de cinco anos, no início do processo de alfabetização. Só assim mesmo para explicar construções estranhas como "Analisando essa cadeia hereditária, quero me livrar dessa situação precária" (grupo As Meninas, lembra?).
A pesquisa norte-americana analisou as letras de 225 canções que chegaram às paradas de sucesso no ano de 2005 e utilizou testes padrão para determinar a dificuldade de leitura. Além de o nível corresponder à terceira série, identificou-se que ele tem diminuído ao longo da década. Ou seja, tá ainda pior hoje em dia.
No nosso país, a incapacidade dos artistas atuais de produzirem algo inteligente (estou falando de gosto, gente, não esqueçam) explica porque cada vez mais eles estão recorrendo a sucessos dos anos 80 e 90 para voltarem a fazer algum sucesso. Se estão por baixo, lançam regravações de quem realmente produziu algo digno de ser ouvido. Já tem pagodeiro, funkeiro, sertanejo e grupo pop recorrendo a hinos da MPB. Chamam de releitura. E eu continuo chamando de mau gosto.
Ninguém é dono da verdade para dizer isso é bom ou ruim. No fundo, tudo se resume a gosto - e uma dose significativa de mercado, vamos combinar. Só sei que toda vez que coloco meu pen-drive no rádio do carro, com músicas de outro período, meus dois filhos pedem para aumentar o som.
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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Proteção da Cachaça e da Tequila

O Brasil possui quase 2.000 produtores devidamente registrados. Estima-se que esses produtores possuam uma capacidade instalada de produção de aproximadamente 1,2 bilhão de litros anuais da bebida.
A declaração para o reconhecimento da Cachaça e da Tequila como produtos distintos do Brasil e do México foi assinada ontem pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e pelo presidente do México, Enrique Peña Nieto. Esse é o terceiro país a reconhecer a Cachaça como um destilado exclusivo do Brasil. O primeiro foi a Colômbia, em 2012, e o segundo foram os Estados Unidos, depois de mais de uma década de negociação dos produtores e do governo brasileiro.
As tratativas entre os dois países estavam em andamento há alguns anos, mas foi a partir de junho de 2014, com a renovação de um convênio firmado entre o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e o Conselho Regulador de Tequila (CRT), que a movimentação em torno do processo de reconhecimento recíproco recebeu maior atenção do governo. O resultado final deste esforço conjunto entre as entidades representativas da Cachaça e da Tequila acontece agora.
A ida de representantes do Ibrac ao México no ano passado integrou as ações do Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça firmado entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a entidade. A visita teve como objetivo a realização de ações de benchmarking com a Tequila com o intuito de melhorar o trabalho de promoção e defesa da Cachaça em mercados internacionais.
O convênio com a Apex-Brasil foi renovado em dezembro de 2014 e terá duração de dois anos.
O novo convênio prevê investimentos de R$ 1,3 milhão e conta hoje com a participação de 38 empresas, entre micro, pequenas, médias e grandes.
Ao longo dos dois anos, esse recurso será utilizado em ações de promoção da Cachaça no mercado internacional, especialmente em países prioritários do projeto: Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido.
Segundo Cristiano Lamêgo, presidente do Conselho Deliberativo do Ibrac, entidade representativa do setor produtivo da Cachaça, “a assinatura da declaração de reconhecimento é um momento histórico para a Cachaça e é o resultado dos esforços conjuntos entre o governo brasileiro e o setor privado”.
As exportações de Cachaça atualmente estão aquém do potencial de mercado e estima-se que apenas 1% do volume produzido é exportado. Apesar de ainda serem modestas, nos últimos 5 anos as exportações de Cachaça para o mercado mexicano cresceram mais de 611% (em valor) e 800% (em volume).
Com quase 500 anos de história, a Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, tendo como matéria-prima exclusiva o mosto fermentado do caldo da cana-de-açúcar, com teor alcoólico de 38% a 48%. Atualmente é o 3º destilado mais consumido no mundo, sendo produzido em várias destilarias espalhadas pelo Brasil.
Com o reconhecimento da Cachaça, Lamêgo  acredita que as empresas aumentarão seus investimentos no mercado mexicano e isso poderá representar um bom aumento nas exportações.
O sucesso da Tequila no mercado internacional é um exemplo para a Cachaça. Enquanto em 2014 as exportações de Tequila representaram uma receita de mais de U$ 1 bi para o México, o Brasil exportou pouco mais de US$ 14 milhões do destilado exclusivamente brasileiro.
Outro ponto de destaque está relacionado à proteção internacional. Enquanto a Tequila é protegida em mais de 46 países, incluindo a União Europeia, a Cachaça está protegida em apenas dois (Estados Unidos e Colômbia). O México é a partir de agora o terceiro país a reconhecer o destilado brasileiro. Segundo o presidente do Ibrac, o reconhecimento da Cachaça pelo México tem um valor imensurável e impedirá o uso da denominação Cachaça por produtores de outros países. Cristiano também destaca a necessidade de assinatura de outros acordos para promoção, valorização e proteção da Cachaça, como destilado genuíno e exclusivo do Brasil, a exemplo do que tem feito o México com a Tequila e o Reino Unido com o Scotch Whisky.
Os números da Cachaça
·   O Brasil possui quase 2.000 produtores devidamente registrados, com 4.000 marcas.
·   Estima-se que esses produtores possuam uma capacidade instalada de produção de aproximadamente 1,2 bilhão de litros anuais da bebida, porém, anualmente são produzidos aproximadamente 800 milhões de litros.
·   Exportações: Em 2014 a Cachaça foi exportada para 66 países. Atualmente são mais de 60 empresas exportadoras (40 dessas apoiadas pela Apex-Brasil), gerando uma receita de US$ 18,33 milhões (10,18 milhões de litros). Comparando-se os números, em 2014, houve um aumento de mais de 10% em relação à 2013. Também houve um aumento de mais de 10% no volume, sendo exportado um total de 10,18 milhões de litros em 2014.
·   Principais Regiões Produtoras: São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.
·   Principais Regiões Consumidoras: São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais.

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