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Protista

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(Redirecionado de Protoctista)
Como ler uma infocaixa de taxonomiaProtista
Ocorrência: Paleoproterozoico – Recente 2100–0 Ma.

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Protista
Haeckel, 1866
Supergrupos e filos

Protista ou Protoctista é um reino de organismos eucariontes (uma célula com núcleo). Inclui todos os eucariontes que não podem ser classificados como parte dos reinos Animalia (animais), Plantae (plantas) ou Fungi (fungos).[1]

Possui cerca de 20 mil espécies, sendo um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares.[2] Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como no grupo de flagelados. Há registros fósseis de protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram há mais de 1,5 bilhões de anos, na Era Proterozoica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos.

Primeiras classificações

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Eram tradicionalmente um termo guarda-chuva para os diversos organismos que não entravam em outros reinos.

Os Protozoários foram classificados por Goldfuss em 1818 como um filo, Protozoa pertencente ao Reino Animal. Goldfuss descreveu os protozoários como sendo micro-organismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais, o antigo reino Protozoa (do grego Proto que em português significa primeiro) e (Zoa ou zoo que em português significa animal ou animais) portanto o termo protozoário "em português" significa literalmente "os primeiros animais" e devido a isso foram classificados no Filo Protozoa como se fossem "animais microscópicos" e por conseguinte estavam incluídos no Reino Animal.

O termo criado por Ernst Haeckel em 1866, dividia esse reino em três grupos:

Antigamente referia-se ao Filo dos Protozoários. Atualmente o termo protozoário tem sido empregado como uma designação coletiva, sem valor taxonômico. Os antigos Subfilos passaram a ser os atuais Filos. Na última classificação, o antigo filo Protozoa foi eliminado do Reino Animal e, seus antigos subfilos, subfilo Plasmodroma e subfilo Ciliophora, sendo classificados como filos Plasmodroma e o Ciliophora pertencentes ao reino Protista. As algas unicelulares, crisófitas, euglenófitas e pirrófitas que antigamente estavam classificadas no Reino Vegetal, saíram do Reino Vegetal e passaram a ser classificadas também como integrantes do Reino Protista junto com os protozoários.

A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de locomoção que apresentam e devido a muitas semelhanças com as estruturas de locomoção das algas unicelulares, todos esses micro-organismos muito semelhantes e que apresentam características mistas tanto de animais quanto de vegetais, saíram dos Reino Animal e do Reino Vegetal e foram todos eles reunidos no Reino Protista.

Classificações modernas

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As classes de micro-organismos anteriormente classificadas como algas (parafilético) antigamente faziam parte do Reino Protista. Hoje, as algas procariontes são as cianobactérias (Cyanobacteria ou algas azuis), classificadas como bactérias do Reino Monera. As algas verdadeiras Rodophyta (algas vermelhas) e Chlorophyta (algas verdes), que são seres pluricelulares estão contidas no Reino Vegetal (Archaeplastida), enquanto as Phaeophyta (algas pardas) são consideradas como pertencentes ao Reino Chromista. Já os Bolores estão classificados como pertencentes do Reino Fungi.

Características

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Podem ser autotróficos (do grego: "autos", por si mesmo + "trophé", nutrição; literalmente "seres que alimentam a si mesmos"), ou seja, protistas que possuem clorofila e fazem a fotossíntese; no entanto, existem também outros protistas que são heterotróficos, ou seja, incapazes de fazer fotossíntese e que se alimentam de matéria orgânica. Protistas autotróficos, constituem a maior parte do plâncton marinho e dulcícula, são os mais importantes produtores nesses ecossistemas aquáticos.

No reino protista a reprodução pode ser sexuada ou assexuada , a maioria sendo assexuado principalmente pelo método de bipartição, também conhecida como cissiparidade ou divisão binária, num processo de reprodução assexuada.[3] Assim como nas bactérias, a célula cresce, têm seu núcleo dividido em dois, depois o resto da célula se divide, originando duas células geneticamente idênticas.[3]

Classificação (Supergrupos e Filos)

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Thomas Cavalier-Smith propôs o Reino Chromalveolata, entretanto ainda não esclareceu muitas linhas diferentes de protistas cujas relações não são compreendidas por este sistema de classificação que ele sugeriu. Os cladistas consideram os vários clades de Protistas como subgrupos diretos dos eucariotas, com a admissão de que não conhecem ainda o suficiente sobre eles para arranjá-los em uma hierarquia.

De acordo com dados moleculares, os protistas dominam a diversidade eucariótica, representando uma grande maioria de sequências de DNA ambiental ou unidades taxonômicas operacionais (UTOs). No entanto, sua diversidade de espécies é severamente subestimada por métodos tradicionais que diferenciam espécies com base em características morfológicas. O número de espécies de protistas descritas é muito baixo (variando de 26.000[4] a 74.400[5] até 2012) em comparação com a diversidade de plantas, animais e fungos, que são historicamente e biologicamente bem conhecidos e estudados. O número previsto de espécies também varia muito, variando de a , e em vários grupos, o número de espécies previstas é arbitrariamente dobrado. A maioria dessas previsões é altamente subjetiva[5].

Técnicas moleculares, como a codificação de DNA, estão sendo usadas para compensar a falta de diagnósticos morfológicos, mas isso revelou uma vasta diversidade desconhecida de protistas que é difícil de processar com precisão devido à enorme divergência genética entre os diferentes grupos de protistas. Vários marcadores moleculares diferentes precisam ser usados para investigar a vasta diversidade de protistas, pois não há um marcador universal que possa ser aplicado a todas as linhagens[5].

Os protistas compõem uma grande parte da biomassa nos ecossistemas marinhos e terrestres. Estima-se que os protistas representem 4 gigatoneladas (Gt) de biomassa em todo o planeta Terra. Essa quantidade é menor que 1% de toda a biomassa, mas ainda é o dobro da quantidade estimada para todos os animais (2 Gt). Juntos, protistas, animais, arqueas (7 Gt) e fungos (12 Gt) representam menos de 10% da biomassa total do planeta, porque as plantas (450 Gt) e as bactérias (70 Gt) constituem os restantes 80% e 15%, respectivamente[6].

Os protozoários causam oito doenças em humanos:[7]

Referências

  1. Whittaker RH (January 1969). "New concepts of kingdoms or organisms. Evolutionary relations are better represented by new classifications than by the traditional two kingdoms". Science. 163 (3863): 150–160. Bibcode:1969Sci...163..150W. CiteSeerX 10.1.1.403.5430.
  2. «Reino Protista». So Biologia. Consultado em 5 jan 2013 
  3. a b MARTINS, Lucas (19 fev 2007). «Reino Protista (Protozoários, Protozoa)». InfoEscola. Consultado em 6 jan 2013 
  4. Mora, Camilo; Tittensor, Derek P.; Adl, Sina; Simpson, Alastair G. B.; Worm, Boris (23 de agosto de 2011). Mace, Georgina M., ed. «How Many Species Are There on Earth and in the Ocean?». PLoS Biology (em inglês) (8): e1001127. ISSN 1545-7885. doi:10.1371/journal.pbio.1001127. Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  5. a b c Pawlowski, Jan; Audic, Stéphane; Adl, Sina; Bass, David; Belbahri, Lassaâd; Berney, Cédric; Bowser, Samuel S.; Cepicka, Ivan; Decelle, Johan (6 de novembro de 2012). «CBOL Protist Working Group: Barcoding Eukaryotic Richness beyond the Animal, Plant, and Fungal Kingdoms». PLoS Biology (em inglês) (11): e1001419. ISSN 1545-7885. doi:10.1371/journal.pbio.1001419. Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  6. Bar-On, Yinon M.; Phillips, Rob; Milo, Ron (19 de junho de 2018). «The biomass distribution on Earth». Proceedings of the National Academy of Sciences (em inglês) (25): 6506–6511. ISSN 0027-8424. doi:10.1073/pnas.1711842115. Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  7. https://www.infoescola.com/doencas/doencas-causadas-por-protozoarios/
  • Zoologia Geral por Tracy I. Storer e Robert L. Usinger; tradução de Cláudio Gilberto Froehlich, Diva Diniz Corrêa e Erika Schlens. Brasil - SP - Companhia Editora Nacional, 2ª edição 1976.
  • Botânica: Introdução à Taxonomia Vegetal por A.B.Joly, Brasil - SP - Companhia Editora Nacional, 3ª edição 1976.

Ligações externas

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