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Pedro Celestino Corrêa da Costa

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Pedro Celestino
Pedro Celestino Corrêa da Costa
Pedro Celestino em 1914
14.º Governador de Mato Grosso
Período 12 de outubro de 1908
a 14 de agosto de 1911
Vice-governador Nenhum
Antecessor(a) Generoso Ponce
Sucessor(a) Joaquim Augusto da Costa
20.º Governador de Mato Grosso
Período 22 de janeiro de 1922
a 24 de outubro de 1924
Vice-governador Estêvão Alves Correia
Antecessor(a) Francisco de Aquino
Sucessor(a) Estêvão Alves Correia
Dados pessoais
Nome completo Pedro Celestino Côrrea da Costa
Nascimento 5 de julho de 1860
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso
Morte 22 de janeiro de 1932 (71 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Ignès Maria Luiza Côrrea
Pai: Antônio Corrêa da Costa
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Esposa Constança Novis (1885–1899)
Corina Novis (1899–1932)
Filhos(as) 11
Profissão farmacêutico, militar e político
Serviço militar
Lealdade Brasão do Exército Brasileiro Exército Brasileiro
Graduação Coronel
Conflitos Revolução de 1906

Pedro Celestino Corrêa da Costa[nota 1] (Chapada dos Guimarães, 5 de julho de 1860 – Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1932) foi um farmacêutico, militar e político brasileiro, que serviu como governador de Mato Grosso e senador em duas ocasiões.

Início de vida, família e educação

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Pedro Celestino nasceu no Sítio Bom Jardim, no município de Chapada dos Guimarães. De uma família já tradicional na política, foi filho de Ignès Maria Luiza Côrrea e de Antônio Corrêa da Costa.[1]

Se formou no ensino secundário em Cuiabá, capital do estado onde nasceu. Alguns anos depois, em 1881, se formou em farmácia pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[1]

Seu avô, Antônio Côrrea da Costa, exerceu como presidente da província de Mato Grosso em três ocasiões, nas décadas de 1830 e 1840, durante o período regencial. Seu irmão, Antônio Côrrea da Costa, também exerceu o governo, de 1895 a 1898. Mário Côrrea da Costa, filho de Antônio, governaria o estado em duas ocasiões, no final da década de 1920, e na segunda metade da década de 1930. Seu filho, Fernando Corrêa da Costa, governaria também por duas vezes, entre as décadas de 1950 e 1960.

Casou-se com Constança Novis, em 1885, tendo seis filhos e, após enviuvar-se, em 1899, com sua cunhada, Corina Novis, com quem teve cinco filhos.[1]

Carreira política

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Em 1918, foi eleito senador federal, tendo renunciado em 1922, por ter assumido em 22 de janeiro do mesmo ano, o cargo de governador do estado.[1]

O segundo mandato de Pedro Celestino iniciou-se em 22 de janeiro de 1922, após ser eleito em sufrágio universal, ainda sofria com os reflexos das lutas partidárias que explodiram em 1916 e deram lugar a intervenção federal com Camilo Soares de Moura que terminou em 22 de janeiro de 1918, quando assumiu um nome de consenso dos partidos, Francisco de Aquino Correia.

A preocupação do governo estava em suas finanças porque houve declínio no ciclo da borracha. O imposto recolhido da exportação da borracha chegou em anos anteriores a 3 bilhões, mas, no ano em que Pedro Celestino assumiu o governo, a arrecadação foi de 550 milhões.

Acerca da situação, disse o governador: “Braços e estradas são elementos essenciais para o progresso de Mato Grosso, mas, de nenhum deles dispomos". O raciocínio era o de que sem comunicação entre os municípios e a capital Cuiabá, notadamente sem pontes, os produtores não poderiam abastecer as cidades na época das cheias, quando os rios transbordavam. Quanto aos braços, a estimativa do governador era de que dispunha dos braços de apenas 300 mil habitantes.

O governador assumiu com gastos de 5 320 bilhões de contos de réis, enquanto arrecadou 4140:075$343 no ano de 1921, ou seja, deixou a descoberto para o ano seguinte mais de um bilhão. Aliás, sem a borracha, o “Imposto de Exportação” de maior peso nas contas era o gado “exportado” para o Estado de São Paulo, muito embora, houvesse estimativa de que ao menos 1/3 dos impostos fossem sonegados.

Ainda sobre as dificuldades em equilibrar o orçamento público, o governador consolidou os números do ano anterior. A divida do Estado em 1921 foi 4,5 bilhões. A arrecadação estadual tinha sido de 4.146:326$777, e esse valor cobriria tranquilamente os gastos do Estado de Mato Grosso. O problema eram os papéis de crédito em circulação que somavam 1,2 bilhão e tinham sido emitidos pelos governos anteriores para serem resgatados quando houvesse excesso de arrecadação. A saída encontrada pelo novo governo foi suspender o pagamento do funcionalismo público, civil e militar, para que fossem pagos através de outros papéis de crédito até o limite de 2 bilhões. Curioso que a folha de pessoal era de 887:841$850 réis, ou seja, apenas 17% da arrecadação efetiva foi comprometida no pagamento do funcionalismo público.

Outra decisão do governador que assumia a gestão de Mato Grosso em 1922 para equilibrar o orçamento foi demitir funcionários públicos, no que, em suas palavras: “Tamanho resultado, se for conseguido, compensará o sacrifício dos que foram atingidos pela medida salvadora, cuja aplicação, ainda que odiosa, ficou muito aquém dos extremos a que se viram forçados os Estados que tinham também a sua prosperidade econômica esteada na exploração dos seringais”. O governador se referia ao Estado do Pará, governado por Antônio Emiliano de Sousa Castro, e que com orçamento de 10 bilhões, através de reajustes administrativos como extinção de cargos da Educação, Saúde e Infraestrutura economizou 1,4 bilhão, sendo que apenas na Segurança cortou do orçamento 400 milhões.

Em Mato Grosso, o governo estava satisfeito com escrituração por partidas dobradas implantada dentro da Secretaria de Fazenda, e aproveitou para demitir pessoal e extinguir a secção de Estatística porque não havia previsão legal para o pagamento dos salários, e esse era um dos critérios para as demissões.

Notas

  1. Pela grafia original do nome, Pedro Celestino Corrêa da Costa. Conforme os acordos ortográficos, desde 1943, desenvolvidos em conjunto pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa, os nomes de pessoas falecidas devem ser referendados conforme as regras ortográficas vigentes. Ver onomástica.

Referências

  1. a b c d Brasil, Congresso Nacional, Senado Federal (1986). Leite Neto, Leonardo, ed. Catálogo biográfico dos Senadores Brasileiros: de 1826 a 1986. IV. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico. pp. 2326–2326 

Ligações externas

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Precedido por
Generoso Pais Leme de Sousa Ponce
Governador de Mato Grosso
19081911
Sucedido por
Joaquim Augusto da Costa Marques
Precedido por
Francisco de Aquino Correia
Governador de Mato Grosso
19221924
Sucedido por
Estêvão Alves Correia


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