Cândido Mendes de Almeida
Cândido Mendes de Almeida | |
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Busto de Cândido Mendes na Praça Paris, no Rio de Janeiro. | |
Nome completo | Cândido Mendes de Almeida |
Nascimento | 14 de outubro de 1818 Brejo, Capitania do Maranhão, Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves |
Morte | 1 de março de 1881 (62 anos) Rio de Janeiro, MN Império do Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Parentesco | Lista
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Alma mater | Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco |
Ocupação | jornalista advogado político |
Prêmios | Imperial Ordem da Rosa Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa |
Cândido Mendes de Almeida ComNSC (Brejo, 14 de outubro de 1818 – Rio de Janeiro, 1 de março de 1881) foi um advogado, jornalista e político brasileiro, tendo sido deputado geral em 5 legislaturas e senador do Império do Brasil de 1871 a 1881, pelo estado do Maranhão, condecorado comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa[1] e da Ordem de São Gregório Magno e oficial da Ordem da Rosa.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]A família Mendes de Almeida é originária de Portugal e, alguns de seus membros se estabeleceram no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Maranhão, quando da tranferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Fernando Mendes de Almeida, o pai de Candido, era um capitão da esquadra português que se radicou na cidade de Caxias, no Maranhão em 1816 e casou-se com Esméria Alves de Sousa, marenhense natural da cidade de Brejo filha do capitão-mor Domingos Alves de Sousa e de Eusébia Alves de Sousa, uma senhora muita rica e de grande prestígio, pois sua opinião era ouvida em questões municipais estaduais e nacionais. Candido teve 3 irmãos e um deles era João Mendes, ilustre jurista e professor na Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1839, aos 21 anos, Candido Mendes formou-se na Faculdade de Direito de Olinda, onde teve como contemporâneos figuras notáveis, como Augusto Teixeira de Freitas, na turma de 1837, e Antônio Herculano de Sousa Bandeira, na turma de 1838. Em 1874 defendeu, como advogado, no Supremo Tribunal de Justiça, o bispo Dom Vital, na chamada Questão Religiosa. Tratou do caso no Conselho de Estado e no Senado do Império, quando pronunciou importante discurso em que abordou a política do governo em relação à Igreja. O discurso, registrado nos anais do Senado, tem mais de cem páginas . Foi jornalista e fundou, no Maranhão, dois jornais: O Brado de Caxias e O Observador. Candido Mendes casou-se com Rosalina Ribeiro Campos, com quem teve dois filhos: o jornalista e senador Fernando Mendes de Almeida (1845 — c. 1921) e o jurista e professor Candido Mendes de Almeida Filho (1866 – 1939). Também são seus descendentes o político e escritor Candido Mendes de Almeida Júnior (morto em 1962), o bispo D. Luciano Mendes de Almeida (1930 — 2006), ex-presidente da CNBB, e o jurista Candido Antônio José Francisco Mendes de Almeida (1928), reitor da Universidade Candido Mendes. O cardiologista Domingos Martins Costa (1851 — 1891) era seu primo em segundo grau. Em Brejo, na cidade onde nasceu, existe um colegio do ensino médio chamado "Centro Ensino Cândido Mendes", em sua homenagem.
Obras publicadas
[editar | editar código-fonte]Foi autor de várias obras nas áreas de Direito, História e política[3]:
- As Eleições da Província do Maranhão em 1842 sob a Presidência do Dr. Venâncio José Lisboa (1843);
- Os Serviços relevantes de Manoel Telles da Silva Lobo, na Província do Maranhão (1851);
- A Carolina, ou, a definitiva fixação de limites entre as provincias do Maranhão e de Goyaz (1852);
- Atlas do Império do Brasil (1860)
- Memórias para a história do extincto estado do Maranhão (1860-74), dois volumes;
- S. Luiz e o Pontificado: Estudo Histórico (1869);
- Código Filipino (1870-78) (edição anotada das Ordenações Filipinas com erudita introdução de sua autoria sobre a história do Direito)
- Direito Civil Eclesiástico Brasileiro (reunião de toda legislação canônica ao longo da história do Brasil com introdução de mais de quatrocentas páginas com a história das relações entre o Estado e a Igreja no Brasil)
- Legislação e Jurisprudência no Brasil;
- Direito Mercantil Brasileiro (edição anotada do livro do visconde de Cairu com erudita introdução de mais de oitocentas páginas com a história do comércio marítimo no Brasil).
A seu respeito:
- O Senador Cândido Mendes (1981), de Antônio Carlos Villaça
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Na capital do Estado de São Paulo, no bairro Jardim Novo Carrão, existe a Rua Cândido Mendes de Almeida. Também na capital do Amapá, Macapá, a avenida mais antiga da cidade leva o nome do senador, localizada no Centro histórico.
Referências
- ↑ «Vapor do Sul». memoria.bn.br. Jornal do Recife. 17 de março de 1881. p. 1. Consultado em 11 de dezembro de 2018
- ↑ Conforme http://www.senado.gov.br/senadores/senadores_biografia.asp?codparl=1535&li=17&lcab=1878-1881&lf=17 Arquivado em 28 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine., acesso em 8 de janeiro de 2012.
- ↑ Com apoio de http://historiadodireitocivil.blogspot.com/2010/10/candido-mendes-vida-e-obra.html, acessado em 8 de janeiro de 2012.
- Nascidos em 1818
- Mortos em 1881
- Senadores do Império do Brasil pelo Maranhão
- Jornalistas do Maranhão
- Naturais de Anapurus
- Comendadores da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
- Comendadores da Ordem de São Gregório Magno
- Advogados do Maranhão
- Alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco
- História do Amapá
- Fundadores de jornais