Saltar para o conteúdo

101955 Benu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
101955 Bennu 
Número 1999 RQ36
Data da descoberta 11 de setembro de 1999
Descoberto por Lincoln Near-Earth Asteroid Research
Categoria Asteroide Apollo
Homenagem a Benu
Precedido por (101954) 1999 RY33
Sucedido por (101956) 1999 RS36
Elementos orbitais
Semieixo maior 1,126 UA
Periélio 1,356 UA
Afélio 0,8969 UA
Orbita Sol
Excentricidade 0,20374507624164
Período orbital 436,6 dias
Anomalia média 101,7 °
Inclinação 6,035 °
Longitude do nó ascendente 2,061 °
Argumento do periastro 66,22 °
Características físicas
Dimensões 484,4 m
Período de rotação 4,296 h
Classe espectral Asteroide tipo B
Magnitude absoluta 20,41
Albedo 0,044
Temperatura 236 (unidade Q11579)

O 101955 Benu (designação provisória (101955) 1999 RQ36) é um asteroide Apolo descoberto pela sonda LINEAR em 11 de setembro de 1999. O asteroide é o alvo da sonda OSIRIS-REx, que foi lançada em 2016.[1] Em 20 de outubro de 2020 a sonda pousou no asteroide e coletou algumas amostras para um estudo aprofundado. O retorno da sonda à Terra ocorreu em setembro de 2023.[1] O asteroide possui potencial para atingir a Terra e está listado na Tabela de Risco Sentry.[2] O seu nome se refere a Benu, a antiga ave mitológica egípcia associada ao Sol, à criação e ao renascimento.

Com um diâmetro médio de aproximadamente 490 metros, Benu foi observado extensivamente com o radar planetário do Arecibo Observatory e o Deep Space Network, Goldstone.[3][4][5] Um estudo dinâmico recente feito por Andrea Milani e seus colaboradores localizou uma série de oito impactos potenciais da Terra entre 2169 e 2199.

A probabilidade cumulativa de impacto depende das pouco conhecidas propriedades físicas do objeto, mas não é maior do que 0,07% para todos os oito encontros.[6] A avaliação com precisão da probabilidade de o Benu ter um impacto na Terra exigirá um modelo de forma pormenorizado do asteroide, além de observações adicionais (quer a partir do solo ou de naves para interceptar o objeto) para determinar a magnitude da aceleração Yarkovsky.

Descoberta e observação

[editar | editar código-fonte]
Série de imagens de radar mostrando a rotação do Benu.

O Benu foi descoberto em 11 de setembro de 1999 durante uma pesquisa de asteroides próximos da Terra feita pelo Lincoln Near-Earth Asteroid Research (LINEAR).[7] O asteroide recebeu a designação provisória 1999 RQ36 e foi classificado como um objeto próximo à Terra. Ele foi extensivamente observado pelo Observatório de Arecibo e o Goldstone Deep Space Network, que usaram imagens de radar quando o mesmo se aproximou da Terra em 23 de setembro de 1999.[8][9]

O nome Benu foi selecionado por mais de 8 mil estudantes de vários países ao redor do mundo inscritos no concurso "Name That Asteroid!" organizado pela Universidade do Arizona, a Sociedade Planetária e o projeto LINEAR em 2012.[10][11] O estudante do terceiro ano Michael Puzio da Carolina do Norte propôs o nome em referência a Benu, garça da mitologia egípcia. Para Puzio, o TAGSAM (braço robótico para a coleta de amostras) estendido da espaçonave assemelha-se à divindade egípcia, que é tipicamente representada como uma garça.[10]

Os acidentes geológicos do asteroide terão o nome de aves ou de criaturas mitológicas semelhantes a aves.[12]

Características físicas

[editar | editar código-fonte]
Sequência de imagens da OSIRIS-REx mostrando a rotação do Benu, a uma distância de aproximadamente 80 km

O Benu tem forma mais ou menos esferoidal, lembrando um pião. O seu eixo de rotação tem inclinação de 178° em relação à sua órbita; a direção da rotação sobre o eixo é retrógrada com respeito à órbita.[13] Enquanto as primeiras observações de radar instalado na Terra indicaram que o Benu tinha uma forma razoavelmente lisa com uma rocha de 10 a 20 m proeminente na superfície,[14] dados de alta resolução obtidos pela OSIRIS-REx revelaram que a superfície é mais áspera, com mais de 200 rochas maiores que 10 m na superfície, a maior tendo 58 m de diâmetro.[13] As rochas contêm veios de minerais de carbono de alto albedo, que se acredita terem origem antes da formação do asteroide, devido a canais de água quente no corpo celeste que lhe deu origem, que era muito maior.[15] Os veios têm de 3 a 15 cm de largura e podem ter mais de um metro de comprimento, sendo bem maiores que os vistos em meteoritos.[16]

Existe uma crista bem definida ao longo do equador do Benu. A presença dessa crista sugere que partículas de regolito de grãos finos se acumularam nessa área, possivelmente por causa da baixa gravidade e rápida rotação.[14] Observações da OSIRIS-REx mostraram que a rotação do Benu está ficando mais rápida com o passar do tempo.[17] Essa mudança é causada pelo Efeito de Yarkovski.[17] Devido à emissão desigual de radiação térmica da superfície do Benu enquanto ele gira à luz do Sol, o seu período de rotação diminui cerca de um segundo a cada 100 anos.[17]

Observações desse asteroide feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer em 2007 indicaram um diâmetro efetivo de 484±10 m, o que está de acordo com outros estudos. Ele tem um baixo albedo geométrico de 0,046 ± 0,005. A inércia térmica foi medida e descobriu-se que varia em aproximadamente 19% durante cada período de rotação. Com base nestas informações, cientistas (incorretamente) estimaram um tamanho médio para os grãos de regolito, indo de alguns milímetros a até um centímetro, uniformemente distribuídos. Nenhuma emissão de uma potencial coma de poeira foi detectada perto do Benu, o que indica um limite de 106 g de poeira dentro de um raio de 4750 km.[18]

Observações astrométricas entre 1999 e 2013 demonstraram que o Benu é influenciado pelo Efeito de Yarkovski, fazendo com que o semieixo maior de sua órbita varie em média 284 ± 1,5 metros ao ano. Análises de efeitos gravitacionais e térmicos indicaram uma densidade aparente de ρ = 1 190 ± 13 kg/m3, o que é um pouco mais denso que a água. Portanto, a macroporosidade prevista é de 40±10%, sugerindo que o interior do asteroide tenha uma estrutura Rubble pile (um objeto que não é um monolito, e sim um aglomerado de rochas reunidas pelo efeito da gravidade). A massa estimada é de (7,329 ± 0,009) × 1010 kg.[13]

Superfície coberta por regolitos do asteroide Benu
Foto grande angular do Hemisfério Norte do Benu tirada pela OSIRIS-REx a uma altitude de aproximadamente 1,8 km.
Foto tirada pela OSIRIS-Rex da superfície coberta por regolitos do Benu.
Foto do lugar de coleta de amostras Nightingale tirada pela OSIRIS-Rex após a aterragem.

Fotometria e espectroscopia

[editar | editar código-fonte]

Observações fotométricas do Benu em 2005 mostraram um período sinódico de 4,2905 ± 0,0065 h. Ele é um asteroide tipo B, que é uma subcategoria dos asteroides tipo C.[19] Medidas em um intervalo de ângulos de fase mostraram um declive na função de fase de 0,04 magnitude por grau, o que é similar a outros asteroides próximos à Terra com baixo albedo.[20]

Antes da OSIRIS-REx, a espectroscopia indicou uma correspondência com condritos carbonáceos CI e/ou CM,[21][22][23] incluindo a magnetita mineral carbonácea-condritada.[24][25][26] A magnetita, um produto de água espectralmente proeminente, mas destruído pelo calor, é um importante indicador para os astrônomos, incluindo a equipe da OSIRIS-REx.[27][28][29][30][31][32][33][34]

Levantamentos espectroscópicos preliminares da superfície do asteroide pela OSIRIS-REx confirmaram a magnetita e a ligação meteorito-asteroide,[35][36][37] dominada por filossilicatos.[38][39][40] Os filossilicatos, entre outros, retêm água.[41][42][43] Os espectros de água de Benu foram detectados na aproximação,[36][44] revisados por cientistas externos,[45][27] e depois confirmados pela órbita.[24][46]

O Benu é um asteroide ativo,[47][48][49][50] emitindo esporadicamente jatos de partículas[51][52] e pedras de até 10 cm[53][54] (não é poeira, que é definida em dezenas de micrômetros).[55][56] Os cientistas levantam hipóteses de que as emissões podem ser causadas por fraturamento térmico, liberação de voláteis por desidratação de filossilicatos e/ou impactos de meteoroides.[54]

Antes da chegada da OSIRIS-REx, o Benu exibiu polarização consistente com o Cometa Hale-Bopp e o 3200 Phaethon, um cometa rochoso.[19] Bennu, Phaethon e os cometas de Manx inativos[57] são exemplos de asteroides ativos.[58][59][49] Os asteroides tipo B que exibem uma cor azul em particular podem ser cometas inativos.[60][61][62] Se a União Astronômica Internacional declarar o Benu como sendo um objeto de estado duplo, sua designação de cometa será P/1999 RQ36 (LINEAR).[63]

Asteroide Bennu expelindo partículas
6 de Janeiro de 2019
Trajetória das partículas em quatro eventos de emissão de partículas em 2019 (vÍdeo; 0,43)
19 de Janeiro de 2019

Características da superfície

[editar | editar código-fonte]

Todos os acidentes geológicos de Benu têm o nome de espécies de aves e figuras mitológicas parecidas com aves.[65] Os primeiros acidentes a serem nomeados foram os últimos quatro candidatos para ser o lugar da coleta de amostras da OSIRIS-REx, que receberam nomes não oficiais em agosto de 2019.[66] Em 6 de março de 2020 a União Astronômica Internacional anunciou os primeiros nomes oficiais para 12 acidentes da superfície do Benu, incluindo regiões (grandes regiões geográficas), crateras, cordilheiras, fossas (sulcos e trincheiras) e rochas.[67]

Candidatos a lugar de coleta de amostras

[editar | editar código-fonte]
Os últimos quatro candidatos para lugar de coleta de amostras da OSIRIS-REx
Os últimos quatro candidatos para lugar de coleta de amostras da OSIRIS-REx[68]
Nome Local Descrição
Nightingale 56°N 43°E Material granulado abundante com alta variação de cor.[69]
Kingfisher 11°N 56°E Uma cratera relativamente nova com a maior assinatura de água entre os quatro.
Osprey 11°N 80°E Localizado em uma mancha de baixo albedo com uma grande variedade de rochas.[69]
Sandpiper 47°S 322°E Localizado entre duas crateras jovens, localizadas em terreno acidentado. Os minerais variam em brilho com indícios de minerais hidratados.

Em 12 de dezembro de 2019, depois de um ano mapeando a superfície do Benu, o alvo foi anunciado. Chamado Nightingale, a área é próxima ao polo norte do asteroide e encontra-se em uma pequena cratera dentro de uma cratera maior. Osprey foi escolhido como substituto.[69]

Características nomeadas pela União Astronômica Internacional

[editar | editar código-fonte]
Mosaico global do Benu mostrando as localizações das 12 primeiras características de superfície a serem nomeadas
Lista dos acidentes da superfície do Benu nomeados oficialmente pela União Astronômica Internacional[70]
Nome Significado do nome Local
Aellopus Saxum Aelo, uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega 25.44°N 335.67°E
Aetos Saxum Aetos, companheiro de infância do deus Zeus que foi transformado em uma águia na mitologia grega 3.46°N 150.36°E
Amihan Saxum Amihan, ave divindade da mitologia das Filipinas 17.96°S 256.51°E
Benben Saxum Benben, o monte que surgiu a partir das águas primordiais Nun na mitologia egípcia 45.86°S 127.59°E
Boobrie Saxum Boobrie, entidade que muda de forma da mitologia escocesa e geralmente assume a forma de uma ave aquática gigante 48.08°N 214.28°E
Camulatz Saxum Camulatz, uma das quatro aves do mito da criação dos quichés na mitologia maia 10.26°S 259.65°E
Celaeno Saxum Celaeno, uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega 18.42°N 335.23°E
Ciinkwia Saxum Ciinkwia, seres trovejantes da mitologia algonquina que se parecem com águias gigantes 4.97°S 249.47°E
Dodo Saxum Um personagem dodô de Alice no País das Maravilhas 32.68°S 64.42°E
Gamayun Saxum Gamajun, ave profética da mitologia eslava 9.86°N 105.45°E
Gargoyle Saxum Gárgula, monstro semelhante a um dragão com asas 4.59°N 92.48°E
Gullinkambi Saxum Gullinkambi, galo da mitologia nórdica que vive em Valhala 18.53°N 17.96°E
Huginn Saxum Hugin, um dos dois corvos que acompanham o deus Odin na mitologia nórdica 29.77°S 43.25°E
Kongamato Saxum Kongamato, criatura voadora gigante da mitologia Kaonde 5.03°N 66.31°E
Muninn Saxum Munin, um dos dois corvos que acompanham o deus Odin na mitologia nórdica 29.34°S 48.68°E
Ocypete Saxum Ocypete, uma das irmãs harpia metade-ave metade-mulher da mitologia grega 25.09°N 328.25°E
Odette Saxum Odette, princesa que se transforma no Cisne Branco em O Lago dos Cisnes 44.86°S 291.08°E
Odile Saxum Odile, o Cisne Negro em O Lago dos Cisnes 42.74°S 294.08°E
Pouakai Saxum A Pouakai ou poukai é uma ave monstruosa da mitologia maori. 40.45°S 166.75°E
Roc Saxum Roca, ave de rapina gigante da mitologia árabe 23.46°S 25.36°E
Simurgh Saxum Simurgue, ave benevolente que possui todo o conhecimento na mitologia persa 25.32°S 4.05°E
Strix Saxum Strix, ave de mau agouro da mitologia romana 13.4°N 88.26°E
Thorondor Saxum Thorondor, o Senhor das Águias na Terra Média de Tolkien 47.94°S 45.1°E
Tlanuwa Regio Tlanuwa, aves gigantes da mitologia cherokee 37.86°S 261.7°E

Origem e evolução

[editar | editar código-fonte]

O material carbonáceo que compõe o Benu veio originalmente da quebra de um corpo — um asteroide ou um protoplaneta. Porém, como quase toda matéria do Sistema Solar, a origem de seus minerais e átomos é a morte de estrelas como gigantes vermelhas e supernovas.[71] De acordo com a teoria da acreção, essa matéria se juntou há 4,5 bilhões de anos durante a formação do Sistema Solar.

O corpo pai do Benu pode ser o mesmo que o do asteroide Ryugu. A análise das amostras coletadas pelas espaçonaves OSIRIS-REx e Hayabusa 2 permitirá determinar com precisão a composição destes corpos, podendo-se, assim, saber se esses dois asteroides são "irmãos" ou não.[72]

A mineralogia básica e a natureza química do Benu teriam sido estabelecidas durante os primeiros 10 milhões de anos da formação do Sistema Solar, quando o material carbonáceo passou por algum aquecimento geológico e transformação química dentro de um asteroide muito maior ou um protoplaneta capaz de produzir a pressão, o calor e a hidratação necessários — em minerais muito mais complexos.[14] O Benu provavelmente começou no cinturão de asteroides interior como um fragmento de um corpo maior com um diâmetro de 100 km. Simulações sugerem que há 70% de chance de que ele tenha vindo da família Polana e 30% de que ele tenha vindo da família Eulalia.[73]

Posteriormente, a órbita desviou como resultado do efeito de Yarkovski e da ressonância orbital com os planetas gigantes, como Júpiter e Saturno. Várias interações com os planetas, em combinação com o efeito de Yarkovski, modificaram o asteroide, possivelmente mudando sua rotação, sua forma e características de sua superfície.[74]

Cellino et al. sugeriram uma possível origem cometária para Benu, com base nas semelhanças de suas propriedades espectroscópicas com cometas conhecidos. A fração estimada de cometas na população de objetos próximos à Terra é de 8%±5%.[19] Isso inclui o cometa rochoso 3200 Faetonte, descoberto originalmente como um asteroide e ainda numerado como um deles.[75][76]

Diagrama das órbitas do Benu e dos planetas rochosos ao redor do Sol.

Atualmente o Benu orbita o Sol com um período de 1,1955 ano terrestre. A Terra se aproxima a até 480 000 km (0,0032 UA) de sua órbita em torno de 23 a 25 de setembro. Em 22 de setembro de 1999 o Benupassou a 0,0147 UA da Terra, e em 20 de setembro de 2005 ele passou a 0,033 UA. As próximas aproximações de menos de 0,09 UA serão em 30 de setembro de 2054 e depois em 23 de setembro de 2060, o que perturbará ligeiramente a órbita. Entre as aproximações de 1999 e 2060, a Terra completa 61 órbitas e o Benu 51. Uma aproximação ainda maior ocorrerá em 23 de setembro de 2135 entre 0,0008 e 0,0036 AU (veja abaixo).[10] Nos 75 anos entre as aproximações de 2060 e 2135, o Benu completará 64 órbitas, o que significa que seu período terá mudado para cerca de 1,17 ano.

Possível impacto com a Terra

[editar | editar código-fonte]

Em média, um asteroide com um diâmetro de 500 m pode impactar a Terra a cada 130.000 anos ou mais.[77] Um estudo dinâmico de 2010 realizado por Andrea Milani e colaboradores previu uma série de oito impactos em potencial do Benu com a Terra entre 2169 e 2199. A probabilidade cumulativa de impacto depende das propriedades físicas do Benu, que eram pouco conhecidas na época, mas não ultrapassou 0,071% em todos os oito encontros.[6] Os autores reconheceram que uma avaliação precisa da probabilidade de impacto da Terra exigiria um modelo detalhado de forma e observações adicionais (seja do solo ou de espaçonaves visitando o objeto) para determinar a magnitude e direção do efeito de Yarkovski.

A publicação do modelo de forma e da astrometria com base em observações de radar obtidas em 1999, 2005 e 2011[8] possibilitou uma estimativa melhorada da aceleração de Yarkovsky e uma avaliação revisada da probabilidade de impacto. A melhor estimativa atual (a partir de 2014) da probabilidade de impacto é uma probabilidade cumulativa de 0,037% no intervalo de 2175 a 2196.[78] Isso corresponde a uma pontuação cumulativa na Escala de Palermo de −1,71. Se um impacto ocorresse, a energia cinética esperada associada com a colisão seria de 1 200 megatons no Equivalente em TNT (para comparação, o equivalente em TNT para a bomba atômica Little Boy era de aproximadamente 0,015 megaton).[79]

Aproximação de 2060

[editar | editar código-fonte]
Animação mostrando a posição do Benu relativa à Terra, enquanto ambos orbitam o Sol, de 2128 até 2138. A aproximação de 2135 é mostrada perto do fim da animação.
      Terra ·       101955 Bennu

O Benu passará a 0,005 AU (750 000 km) da Terra em 23 de setembro de 2060,[10] enquanto a distância orbital média da Lua (Distância lunar, DL) é hoje de 384 402 km e daqui a 50 anos será de 384 404 km. Ele estará muito tênue para ser visto com binóculos comuns.[80] Essa aproximação causará divergência na aproximação de 2135. Em 25 de setembro de 2135, a distância nominal de aproximação será de 0,002 AU (300 000 km), mas o Benu poderia passar tão perto quanto 0,0007 AU (100 000 km).[10] Não há nenhuma chance de um impacto na Terra em 2135.[81] A aproximação de 2135 criará muitas linhas de variação e o Benu pode passar por uma fenda de ressonância gravitacional, o que poderia criar um cenário de impacto em um encontro futuro. As fendas de ressonância têm menos de 55 km de largura.[78]

Em 25 de setembro de 2175, há uma chance de 1 em 24 000 de um impacto com a Terra,[79] mas a trajetória nominal indica o asteroide a mais de 1 UA da Terra nessa data.[82] O possível impacto mais ameaçador é em 24 de setembro de 2196, quando há uma chance de impacto de 1 em 11 000.[79] Há uma chance cumulativa de 1 em 2 700 de um impacto na Terra entre 2175 e 2199.[79]

Em longo prazo

[editar | editar código-fonte]

Lauretta et al. relataram em 2015 seus resultados de uma simulação de computador, concluindo que é mais provável que o Benu seja destruído por alguma outra causa:

A órbita do Benu é intrinsecamente dinamicamente instável, assim como a de todos os NEOs. A fim de colher informações probabilísticas sobre a evolução futura e o provável destino do Benu em algumas centenas de anos, rastreamos mil "Benus" virtuais por um intervalo de 300 milhões de anos, com as perturbações gravitacionais dos planetas de Mercúrio a Netuno incluídas. Nossos resultados […] indicam que o Benu tem uma chance de 48% de cair no Sol. Há uma probabilidade de 10% de que o Benu seja ejetado do Sistema Solar interno, muito provavelmente após um encontro próximo com Júpiter. A maior probabilidade de impacto com um planeta é com Vênus (26%), seguido pela Terra (10%) e Mercúrio (3%). As chances do Benu atingir Marte são de apenas 0,8% e há 0,2% de chance de colidir com Júpiter.[74]

Asteroides com a magnitude absoluta menor que 21 passando a menos de uma distância lunar da Terra
Asteroide data Distância nominal de aproximação (LD) Distância mínima (LD) Distância máxima (LD) Magnitude absoluta (H) Tamanho (metros)
(152680) 1998 KJ9 31-12-1914 0,606 0,604 0,608 19,4 279–900
(458732) 2011 MD5 17-09-1918 0,911 0,909 0,913 17,9 556–1795
(163132) 2002 CU11 30-08-1925 0,903 0,901 0,905 18,5 443–477
2017 VW13 08-11-2001 0,454 0,318 3,436 20,7 153–494
(153814) 2001 WN5 26-06-2028 0,647 0,647 0,647 18,2 921–943
99942 Apophis 13-04-2029 0,0981 0,0963 0,1000 19,7 310–340
2005 WY55 28-05-2065 0,865 0,856 0,874 20,7 153–494
101955 Benu 25-09-2135 0,780 0,308 1,406 20,19 472–512
(153201) 2000 WO107 01-12-2140 0,634 0,631 0,637 19,3 427–593

Chuva de meteoros

[editar | editar código-fonte]

Como um asteroide ativo com uma pequena distância mínima de interseção orbital da Terra, o Benu pode ser o corpo pai de uma fraca chuva de meteoros. As partículas do Benu iriam irradiar por volta de 25 de setembro ao sul da constelação do Escultor.[83] Os meteoros devem estar próximos do limite do olho nu e produzir apenas uma taxa horária zenital inferior a 1.[83]

Ver artigo principal: OSIRIS-REx
Primeiras imagens do Benu tiradas da OSIRIS-REx
Animação da trajetória da OSIRIS-REx's de 9 de setembro de 2016 até 3 de dezembro de 2018.
OSIRIS-REx; 101955 Bennu; Terra; Sol;
Animação da trajetória da OSIRIS-Rex ao redor do Benu a partir de 25 de dezembro de 2018
      OSIRIS-REx ·       101955 Bennu

A missão OSIRIS-REx do Programa New Frontiers da NASA foi lançada em direção ao Benu em 8 de setembro de 2016. Em 3 de dezembro de 2018, a espaçonave chegou ao asteroide depois de uma viagem de dois anos.[84] Uma semana depois, no Fall Meeting da União Geofísica Americana, pesquisadores anunciaram que a OSIRIS-REx havia descoberto evidências espectroscópicas de minerais hidratados na superfície do asteroide, sugerindo que havia água líquida no corpo pai do Benu antes de este se separar.[85][13] Em 20 de outubro de 2020, a OSIRIS-REx tocou a superfície do asteroide, coletou uma amostra e voltou.[86][87] A OSIRIS-REx retornou as amostras para a Terra em 24 de setembro de 2023[88] por meio de uma cápsula enviada pela espaçonave para a superfície da Terra em Utah com paraquedas no dia 24 de setembro.[86]

O Benu foi selecionado entre mais de meio milhão de asteroides conhecidos pelo comitê de seleção da OSIRIS-REx. A restrição primária para a seleção foi a proximidade da Terra, uma vez que a proximidade implica baixo impulso (Δv) necessário para alcançar um objeto da órbita da Terra.[89] Os critérios estipularam um asteroide em uma órbita com baixa excentricidade, baixa inclinação e um raio orbital de 0,8-1,6 UA.[90] Além disso, o asteroide candidato para uma missão de retorno de amostra deve ter regolito solto em sua superfície, o que implica um diâmetro maior que 200 metros. Asteroides menores que isso normalmente giram muito rápido para reter poeira ou pequenas partículas. Finalmente, o desejo de encontrar um asteroide com material de carbono intocado do início do Sistema Solar, possivelmente incluindo moléculas voláteis e compostos orgânicos, reduziu ainda mais a lista.

Com os critérios acima aplicados, cinco asteroides permaneceram como candidatos para a missão OSIRIS-REx, e o Benu foi escolhido, em parte, por sua órbita potencialmente perigosa.[90]

  1. a b «Após percorrer 2 bilhões de km, sonda se aproximará do asteroide Bennu». revistagalileu.globo.com 
  2. «Sentry Risk Table». NASA/JPL Near-Earth Object Program Office. Consultado em 20 de março de 2018. Cópia arquivada em 11 de setembro de 2016  (Use Unconstrained Settings)
  3. «Goldstone Delay-Doppler Images of 1999 RQ36». Asteroid Radar Research. Jet Propulsion Laboratory 
  4. Nolan, M. C.; Magri, C.; Benner, L. A. M.; Giorgini, J. D.; Hergenrother, C. W.; Howell, E. S.; Hudson, R. S.; Lauretta, D. S.; Margot, J. -L. (2012). «The Shape of OSIRIS-REx Mission Target 1999 RQ36 from Radar and Lightcurve Data». Asteroid Comet Meteors 2012 Conference. 1667. 6345 páginas. Bibcode:2012LPICo1667.6345N 
  5. Hudson, R. S.; Ostro, S. J.; Benner, L. A. M. «Recent Delay-Doppler Radar Asteroid Modeling Results: 1999 RQ36 and Craters on Toutatis». American Astronomical Society. Bulletin of the American Astronomical Society. 32: 1001. Bibcode:2000DPS....32.0710H 
  6. a b Milani, Andrea; Chesley, Steven R.; Sansaturio, Maria Eugenia; Bernardi, Fabrizio; Valsecchi, Giovanni B.; Arratia, Oscar (Out. 2019). «Long term impact risk for (101955) 1999 RQ36RQ36». Icarus (em inglês) (2): 460–471. doi:10.1016/j.icarus.2009.05.029. Consultado em 27 de outubro de 2020 
  7. «(101955) Bennu = 1999 RQ36 Orbit». Minor Planet Center. Consultado em 21 de março de 2018 
  8. a b Nolan, M. C.; Magri, C.; Howell, E. S.; Benner, L. A. M.; Giorgini, J. D.; Hergenrother, C. W.; Hudson, R. S.; Lauretta, D. S.; Margot, J. L.; Ostro, S. J.; Scheeres, D. J. (2013). «Shape model and surface properties of the OSIRIS-REx target Asteroid (101955) Bennu from radar and lightcurve observations». Icarus. 226 (1): 629–640. Bibcode:2013Icar..226..629N. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/j.icarus.2013.05.028 
  9. «Goldstone Delay-Doppler Images of 1999 RQ36». Asteroid Radar Research. Jet Propulsion Laboratory 
  10. a b c d e «JPL Small-Body Database Browser: 101955 Bennu (1999 RQ36)» (2017-09-01 last observation. Solution includes non-gravitational parameters). Jet Propulsion Laboratory. Consultado em 20 de Agosto de 2016. Cópia arquivada em 19 de Março de 2018 
  11. Murphy, Diane (1 de Maio de 2013). «Nine-Year-Old Names Asteroid Target of NASA Mission in Competition Run By The Planetary Society». The Planetary Society. Consultado em 20 de Agosto de 2016 
  12. Hille, Karl (8 de agosto de 2019). «Asteroid's Features To Be Named After Mythical Birds». NASA. Consultado em 10 de agosto de 2019 
  13. a b c d Lauretta, D. S. (19 de Março de 2019). «The unexpected surface of asteroid (101955) Bennu». Nature. 568 (7750): 55–60. Bibcode:2019Natur.568…55L Verifique |bibcode= value (ajuda). PMC 6557581Acessível livremente. PMID 30890786. doi:10.1038/s41586-019-1033-6 
  14. a b c Lauretta, D. S.; Bartels, A. E.; et al. (Abril de 2015). «The OSIRIS-REx target asteroid (101955) Bennu: Constraints on its physical, geological, and dynamical nature from astronomical observations». Meteoritics & Planetary Science. 50 (4): 834–849. Bibcode:2015M&PS…50..834L Verifique |bibcode= value (ajuda). CiteSeerX 10.1.1.723.9955Acessível livremente. doi:10.1111/maps.12353 
  15. Voosen P (2020). «NASA mission set to sample carbon-rich asteroid». Science. 370 (6513). 158 páginas. doi:10.1126/science.370.6513.158 
  16. Kaplan HH, Lauretta DS, Simon AA, Enos HL (2020). «Bright carbonate veins on asteroid (101955) Bennu: Implications for aqueous alteration history». Science. doi:10.1126/science.abc3557 
  17. a b c Morton, Erin (19 de Março de 2019). «NASA Mission Reveals Asteroid Has Big Surprises». AsteroidMission.org. Consultado em 19 de Março de 2019 
  18. Emery, J.; et al. (Julho de 2014), Muinonen, K., ed., «Thermal infrared observations and thermophysical characterization of the OSIRIS-REx target asteroid (101955) Bennu», Conference Proceedings Asteroids, Comets, Meteors 2014, Bibcode:2014acm..conf..148E. 
  19. a b c Hergenrother, Carl W; Maria Antonietta Barucci; Barnouin, Olivier; Bierhaus, Beau; Binzel, Richard P; Bottke, William F; Chesley, Steve; Clark, Ben C; Clark, Beth E; Cloutis, Ed; Christian Drouet d'Aubigny; Delbo, Marco; Emery, Josh; Gaskell, Bob; Howell, Ellen; Keller, Lindsay; Kelley, Michael; Marshall, John; Michel, Patrick; Nolan, Michael; Rizk, Bashar; Scheeres, Dan; Takir, Driss; Vokrouhlický, David D; Beshore, Ed; Lauretta, Dante S (2018). «Unusual polarimetric properties of (101955) Bennu: similarities with F-class asteroids and cometary bodies». Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters. 481 (1): L49–L53. Bibcode:2018MNRAS.481L..49C. arXiv:1808.07812Acessível livremente. doi:10.1093/mnrasl/sly156 
  20. Hergenrother, Carl W.; et al. (Setembro de 2013), «Lightcurve, Color and Phase Function Photometry of the OSIRIS-REx Target Asteroid (101955) Bennu», Icarus, 226 (1): 663–670, Bibcode:2013Icar..226..663H, doi:10.1016/j.icarus.2013.05.044. 
  21. King, A; Solomon, J; Schofield, P; Russell, S (Dez. 2015). «Characterising the CI and CI-like carbonaceous chondrites using thermogravimetric analysis and infrared spectroscopy». Earth, Planets and Space. 67. p. 1989. doi:10.1186/s40623-015-0370-4 
  22. Takir, D; Emery, J; Hibbits, C (2017). 3-μm Spectroscopy Of Water-Rich Meteorites And Asteroids: New Results And Implications. Hayabusa Symposium 2017 
  23. Bates, H; Hanna, K; King, A; Bowles, N (2018). Thermal Infrared Spectra of Heated CM and C2 Chondrites and Implications for Asteroid Sample Return Missions. Hayabusa Symposium 2018 
  24. a b Hamilton, V; Simon, A; Kaplan, H; Christensen, P; Reuter, D; DellaGiustina, D; Haberle, C; Hanna, R; Brucato, J; Praet, A; Glotch, T; Rogers, A; Connolly, H; McCoy, T; Emery, J; Howell, E; Barucci, M; Clark, B; Lauretta, D (Março de 2020). VNIR and TIR spectral characteristics of (101955) Bennu from OSIRIS-REx Detailed Survey and Reconnaissance Observations. 51st LPSC 
  25. Mason, B (1962). Meteorites. New York and London: John Wiley and Sons Inc. p. 60. an important constituent in many of the carbonaceous chondrites 
  26. Takir, D; Emery, J; McSween, H; Hibbits, C; Clark, R; Pearson, N; Wang, A (2013). «Nature and degree of aqueous alteration in CM and CI carbonaceous chondrites». Meteoritics & Planetary Science. 48 (9). p. 1618. Bibcode:2013M&PS…48.1618T Verifique |bibcode= value (ajuda). doi:10.1111/maps.12171 
  27. a b Bates, H; King, A; Donaldson-Hanna, K; Bowles, N; Russell, S (19 de Novembro de 2019). «Linking mineralogy and spectroscopy of highly aqueously altered CM and CI carbonaceous chondrites in preparation for primitive asteroid sample return». Meteoritics & Planetary Science. 55 (1). pp. 77–101. doi:10.1111/maps.13411. observations of primitive, water‐rich asteroids 
  28. King, A; Schofield, P; Russell, S (2017). «Type 1 aqueous alteration in CM carbonaceous chondrites: Implications for the evolution of water-rich asteroids». Meteoritics & Planetary Science. 52 (6). p. 1197. doi:10.1111/maps.12872 
  29. Kerridge, J; Mackay, A; Boynton, W (27 de Julho de 1979). «Magnetite in CI Carbonaceous Meteorites: Origin by Aqueous Activity on a Planetesimal Surface». Science. 205 (4404). pp. 395–7. PMID 17790849. doi:10.1126/science.205.4404.395 
  30. Brearley, A (2006). «The Action of Water». Meteorites and the Early Solar System II. Tucson: University of Arizona Press. p. 587. ISBN 9780816525621 
  31. Rubin, A; Li, Y (Dez. 2019). «Formation and destruction of magnetite in CO3 chondrites and other chondrite groups». Geochemistry. 79 (4). p. article 125528. doi:10.1016/j.chemer.2019.07.009 
  32. Kita, J; Defouilloy, C; Goodrich, C; Zolensky, M (2017). «O isotope ratios of magnetite in CI-like cúltimos from a polymict ureilite» 
  33. Cloutis, E; Hiroi, T; Gaffey, M; Alexander, C; Mann, P (2011). «Spectral Reflectance Properties of carbonaceous chondrites: 1. CI chondrites». Icarus. 212 (1). p. 180. Bibcode:2011Icar..212..180C. doi:10.1016/j.icarus.2010.12.009 
  34. Clark, B; Binzel, R; Howell, E; Cloutis, E; Ockert-Bell, M; Christensen, P; Barucci, M; DeMeo, F; Lauretta, D; Connolly, H; Soderberg, A; Hergenrother, C; Lim, L; Emery, J; Mueller, M (2011). «Asteroid (101955) 1999 RQ36: Spectroscopy from 0.4 to 2.4 μm and meteorite analogs». Icarus. 216 (2). p. 462. Bibcode:2011Icar..216..462C. doi:10.1016/j.icarus.2011.08.021 
  35. All About Bennu: A Rubble Pile with a Lot of Surprises. Kimberly M. S. Cartier, EOS Planetary Sciences. 21 de Março de 2019. "In terms of spectra and minerology, Bennu’s rocks 'look a lot like the rarest, most fragile meteorites in our collection,' Lauretta said, referring to the CM carbonaceous chondrites"
  36. a b Hamilton, V. E.; Simon, A. A. (2019). «Evidence for widespread hydrated minerals on asteroid (101955) Bennu». Nature Astronomy. 3 (4). pp. 332–340. PMC 6662227Acessível livremente. PMID 31360777. doi:10.1038/s41550-019-0722-2. hdl:1721.1/124501 
  37. Lauretta, D (4 de Abril de 2019). «The unexpected surface of asteroid (101955) Bennu». Nature. 568 (7750). pp. 55–60. PMC 6557581Acessível livremente. PMID 30890786. doi:10.1038/s41586-019-1033-6  "This finding is in agreement with pre-encounter measurements and consistent with CI and CM chondrites."
  38. «NASA's Newly Arrived OSIRIS-REx Spacecraft Already Discovers Water on Asteroid». NASA. 11 de Dezembro de 2018 
  39. «Water found on asteroid, confirming Bennu as excellent mission target». Science Daily. 10 de Dezembro de 2018. Consultado em 10 de Dezembro de 2018 
  40. Lauretta, D. «Welcome to Bennu Press Conference - First Mission Science Results». Consultado em 24 de Julho de 2019  "Report Card" at 25:15
  41. Feierberg, M; Lebofsky, L; Tholen, D (1985). «The nature of C-class asteroids from 3u spectrophotometry». Icarus. 63 (2). p. 191. Bibcode:1985Icar…63..183F Verifique |bibcode= value (ajuda). doi:10.1016/0019-1035(85)90002-8 
  42. Sears, D (2004). The Origin of Chondrules and Chondrites. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-1107402850 
  43. Russell, Sara S.; Ballentine, Chris J.; Grady, Monica M. (17 de Abril de 2017). «The origin, history and role of water in the evolution of the inner Solar System». Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences. 375 (2094). 20170108 páginas. Bibcode:2017RSPTA.37570108R. PMC 5394259Acessível livremente. PMID 28416731. doi:10.1098/rsta.2017.0108 
  44. Kaplan, H; Hamilton, V; Howell, E; Anderson, S; Barrucci, M; Brucato, J; Burbine, T; Clark, B; Cloutis, E; Connolly, H; Dotto, E; Emery, J; Fornasier, S; Lantz, C; Lim, L; Merlin, F; Praet, A; Reuter, D; Sandford, S; Simon, A; Takir, D; Lauretta, D (2020). «Visible-near infrared spectral indices for mapping mineralogy and chemistry with OSIRIS-REx». Meteoritics & Planetary Science. 55 (4). pp. 744–65. doi:10.1111/maps.13461 
  45. Potin, S; Beck, P; Usui, F; Bonal, L; Vernazza, P; Schmidtt, B (Set. 2020). «Style and intensity of hydration among C-complex asteroids: A comparison to dessicated carbonaceous chondrites». Icarus. 348. p. article 113826. arXiv:2004.09872Acessível livremente. doi:10.1016/j.icarus.2020.113826 
  46. Praet, A; Barucci, M; Kaplan, H; Merlin, F; Clark, B; Simon, A; Hamilton, V; Emery, J; Howell, E; Lim, L (Mar. 2020). Estimated hydration of Bennu's surface from OVIRS observations by the OSIRIS-REx mission. 51st LPSC 
  47. Connolly, H; Jawin, E; Ballouz, R; Walsh, K; McCoy, T; Dellagiustina, D (2019). OSIRIS-REx sample science and the geology of active asteroid Bennu. 82nd Meteoritical Society Meeting. p. 2157 
  48. Lim, L (2019). OSIRIS-REx update. 21st NASA Small Bodies Assessment Group  "Bennu is an Active Asteroid!"
  49. a b Barrucci, M; Michel, P (Setembro de 2019). Asteroid-Comet continuum: no doubt but many questions. 2019 EPSC-DPS conference. pp. 202–1 
  50. Hergenrother, C; Adam, C; Antreasian, P; Al Asad, M; Balram-Knutson, S (Setembro de 2019). (101955) Bennu is an active asteroid. 2019 EPSC-DPS conference. pp. 852–1 
  51. «11 de Fevereiro de 2019». Consultado em 15 de Novembro de 2019 
  52. Hergenrother, C; Maleszweski, C; Nolan, C; Li, J; Drouet D'aubigny, C (19 Março de 2019). «The Operational Environment and Rotational Acceleration of Asteroid (101955) Bennu from OSIRIS-REx Observations». Nature Communications. 10 (1). p. 1291. Bibcode:2019NatCo..10.1291H. PMC 6425024Acessível livremente. PMID 30890725. doi:10.1038/s41467-019-09213-x 
  53. No One Knows Why Rocks Are Exploding From Asteroid Bennu. Daniel Oberhaus, Wired. 5 December 2019.
  54. a b c Lauretta, D. S.; Hergenrother, C. W.; Chesley, S. R.; Leonard, J. M.; Pelgrift, J. Y.; et al. (6 de Dezembro de 2019). «Episodes of particle ejection from the surface of the active asteroid (101955) Bennu» (PDF). Science. 366 (6470). pp. eaay3544. PMID 31806784. doi:10.1126/science.aay3544 .
  55. «Definitions of terms in meteor astronomy» (PDF). Consultado em 31 de julho de 2020 
  56. Grun, E; Krüger, H; Srama, R (2019). «The Dawn of Dust Astronomy». Space Science Reviews. 215 (7). p. article 46. arXiv:1912.00707Acessível livremente. doi:10.1007/s11214-019-0610-1 
  57. Boe, B; Jedicke, R; Wiegert, P; Meech, K; Morbidelli, A (Set. 2019). Distinguishing Between Solar System Formation Models with Manxes (or not). 2019 EPSC-DPS conference. pp. 626–2 
  58. Gounelle, M (2012). The Asteroid-Comet Continuum: Evidence from Extraterrestrial Samples. 2012 European Planetary Science Congress. p. 220 
  59. Rickman, H (2018). Origin and Evolution of Comets: Ten Years after the Nice Model, One Year after Rosetta. Singapore: World Scientific. pp. 162–68  Sec. 4.3 Dormancy and Rejuvenation
  60. Nuth, J; Johnson, N; Abreu, N (Março de 2019). Are B-type Asteroids Dormant Comets? (PDF). 50th LPSC. p. 2132 
  61. Schroder, S; Poch, I; Ferrari, M; De Angelis, S; Sultana, R (Set 2019), «Experimental evidence for the nature of Ceres blue material» (PDF), Epsc-DPS Joint Meeting 2019, 2019: EPSC–DPS2019–78 
  62. Marsset, M; DeMeo, F; Polishook, D; Binzel, R (Setembro de 2019), «Near-infrared spectral variability on the newly active asteroid (6478) Gault», Epsc-DPS Joint Meeting 2019, 2019: EPSC-DPS2019-280, Bibcode:2019EPSC…13..280M Verifique |bibcode= value (ajuda) 
  63. Bauer, G (2019). Active Asteroids (PDF). 21st NASA Small Bodies Assessment Group 
  64. Chang, Kenneth; Stirone, Shannon (19 de Março de 2019). «The Asteroid Was Shooting Rocks Into Space. 'Were We Safe in Orbit?' - NASA's Osiris-Rex and Japan's Hayabusa2 spacecraft reached the space rocks they are surveying último year, and scientists from both teams announced early findings on Tuesday (03/19/2019)». The New York Times. Consultado em 21 de Março de 2019 
  65. «Asteroid's Features to be Named After Mythical Birds». 8 de Agosto de 2019 
  66. «OSIRIS-REx Team Picks 4 Candidate Sample Sites on Asteroid Bennu» 
  67. ��� «Primeiro Official Names Given to Features on Asteroid Bennu». AsteroidMission.org. NASA. 6 de Março de 2020. Consultado em 6 de Maio de 2020 
  68. «CANDIDATE SAMPLE SITES». AsteroidMission.org. NASA. Consultado em 2 de fevereiro de 2019 
  69. a b c «X Marks the Spot: Sample Site Nightingale Targeted for Touchdown» (Nota de imprensa). AsteroidMission.org. NASA. 12 de Dezembro de 2019. Consultado em 28 de dezembro de 2019 
  70. «Bennu». Gazetteer of Planetary Nomenclature. União Astronômica Internacional. Consultado em 6 de Maio de 2020. Cópia arquivada em 7 de Maio de 2020 
  71. Bensby, T.; Feltzing, S. (2006). «The origin and chemical evolution of carbon in the Galactic thin and thick discs» (PDF). Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. 367 (3). pp. 1181–1193. Bibcode:2006MNRAS.367.1181B. arXiv:astro-ph/0601130Acessível livremente. doi:10.1111/j.1365-2966.2006.10037.x 
  72. «Os asteróides Ryugu e Bennu podem ser "filhos" de um mesmo pai» 
  73. Bottke, William F.; et al. (Fevereiro de 2015), «In search of the source of asteroid (101955) Bennu: Applications of the stochastic YORP model», Icarus, 247: 191–217, Bibcode:2015Icar..247..191B, doi:10.1016/j.icarus.2014.09.046. 
  74. a b Lauretta, D. S.; et al. (Abril de 2015), «The OSIRIS-REx target asteroid (101955) Bennu: Constraints on its physical, geological, and dynamical nature from astronomical observations», Meteoritics & Planetary Science, 50 (4): 834–849, Bibcode:2015M&PS…50..834L Verifique |bibcode= value (ajuda), CiteSeerX 10.1.1.723.9955Acessível livremente, doi:10.1111/maps.12353. 
  75. Hergenrother, C (12 de Dezembro de 2013). «The Strange Life of Asteroid Phaethon – Source of the Geminid Meteors». Dslauretta: Life on the Asteroid Frontier. Consultado em 25 de Julho de 2019 
  76. Maltagliati, L (24 de Setembro de 2018). «Cometary Bennu?». Nature Astronomy. 2 (10). p. 761. Bibcode:2018NatAs…2..761M Verifique |bibcode= value (ajuda). doi:10.1038/s41550-018-0599-5 
  77. Robert Marcus; H. Jay Melosh; Gareth Collins (2010). «Earth Impact Effects Program». Imperial College London / Purdue University. Consultado em 7 de fevereiro de 2013  (solution using density of 2,600 kg/m^3, sped of 17km/s, and impact angle of 45 degrees)
  78. a b Chesley, Steven R.; Farnocchia, Davide; Nolan, Michael C.; Vokrouhlický, David; Chodas, Paul W.; Milani, Andrea; Spoto, Federica; Rozitis, Benjamin; Benner, Lance A.M.; Bottke, William F.; Busch, Michael W.; Emery, Joshua P.; Howell, Ellen S.; Lauretta, Dante S.; Margot, Jean-Luc; Taylor, Patrick A. (2014). «Orbit and bulk density of the OSIRIS-REx target Asteroid (101955) Bennu». Icarus. 235: 5–22. Bibcode:2014Icar..235....5C. ISSN 0019-1035. arXiv:1402.5573Acessível livremente. doi:10.1016/j.icarus.2014.02.020 
  79. a b c d «101955 1999 RQ36: Earth Impact Risk Summary». NASA. Jet Propulsion Laboratory. 25 de Março de 2016. Consultado em 20 de Março de 2018 
  80. «(101955) Bennu Ephemerides for September 2060». NEODyS (Near Earth Objects – Dynamic Site). Consultado em 15 de maio de 2019 
  81. Paul Chodas (24 de Março de 2018). «Recent Bennu Press Stories Need Correction». Center for NEO Studies (CNEOS) 
  82. «(101955) Bennu Ephemerides for 25 September 2175». NEODyS (Near Earth Objects – Dynamic Site). Consultado em 26 de outubro de 2020 
  83. a b Ye, Quanzhi (2019). «Prediction of Meteor Activities from (101955) Bennu» (PDF). American Astronomical Society. 3 (3). 56 páginas. Bibcode:2019RNAAS…3...56Y Verifique |bibcode= value (ajuda). doi:10.3847/2515-5172/ab12e7 
  84. Chang, Kenneth (3 de dezembro de 2018). «NASA's Osiris-Rex Arrives at Asteroid Bennu After a Two-Year Journey — The spacecraft now begins a close study of the primitive space rock, seeking clues to the early solar system.». The New York Times. Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  85. Wall, Mike (10 de dezembro de 2018). «Asteroid Bennu Had Water! NASA Probe Makes Tantalizing Find». Space.com. Consultado em 6 de Janeiro de 2019 
  86. a b Chang, Kenneth (20 de Outubro de 2020). «Seeking Solar System's Secrets, NASA's OSIRIS-REX Mission Touches Bennu Asteroid - The spacecraft attempted to suck up rocks and dirt from the asteroid, which could aid humanity's ability to divert one that might slam into Earth.». The New York Times. Consultado em 21 de Outubro de 2020 
  87. "Touching the Asteroid" (vídeo, 54:03 min.), Nova na PBS, 21 de outubro de 2020.
  88. «NASA to Launch New Science Mission to Asteroid in 2016». NASA. 25 de Maio de 2011. Consultado em 21 de Maio de 2013 
  89. Near-Earth Asteroid Delta-V for Space Rendezvous
  90. a b «Why Bennu?». OSIRIS-REx Mission. Arizona Board of Regents. Consultado em 10 de Setembro de 2016 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]