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A '''Nova Linha de Évora''' é uma via férrea em construção, que irá ligar a [[Linha do Leste]], perto de [[Elvas]], à [[Estação de Évora]], na cidade com o mesmo nome, em Portugal. Faz parte do [[Corredor Internacional Sul]], um conjunto de vias férreas que têm como fim melhorar as ligações ferroviárias entre o Sul de Portugal, principalmente a [[Linha de Sines|linha]] do [[Porto de Sines]], com Espanha, através de Badajoz.<ref name=IP:NLEvora/>
Servirá também como primeira fase em Portugal da [[Linha de Alta Velocidade Lisboa–Madrid|LAV Lisboa-Madrid]].
{{TOC-limitado}}
[[File:Mapa com os projectos dos caminhos de ferro em 1845.jpg|thumb|left|Mapa com os as linhas férreas planeadas em 1845, incluindo o lanço de [[Mértola]]  a Elvas por Évora.]]
==História==
===Antecedentes===
A ideia de construir uma linha férrea que ligasse as regiões do Alto e Baixo Alentejo ao posto fronteiriço de Elvas remonta à década de 1840, quando foram lançados os primeiros planos para a introdução dos caminho de ferro em Portugal.<ref>{{Citar jornal|titulo=80 Anos de Caminhos de Ferro|pagina=507|data=1 de Novembro de 1936|volume=Ano 48|numero=1173| jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|via=Hemeroteca Digital de Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1936/N1173/N1173_master/GazetaCFN1173.pdf|acessodata=3 de Julho de 2020}}</ref> Porém, as obras não chegaram a avançar devido à [[Revolução da Maria da Fonte|instabilidade política e social]], e só após a [[Regeneração]], na Década de 1850, é que foram retomados os planos para a construção das vias férreas.<ref>SERRÃO, 1986:157-158</ref> Assim, regressou a ideia de fazer uma linha de [[Beja]] a [[Évora]], que seguiria depois para Elvas, onde entroncaria com o  [[Linha do Leste|Caminho de Ferro do Leste]].<ref name=Gazeta1140>{{Citar jornal|autor=GOMES, José de Sousa| pagina=260-261|titulo=Apontamentos para a História dos Caminhos de Ferro em Portugal|data=16 de Junho de 1935|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=Ano 47|numero=1140|via=Hemeroteca Digital de Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1935/N1140/N1140_master/GazetaCFN1140.pdf|acessodata=3 de Julho de 2020}}</ref> A via férrea chegou a Évora em 14 de Setembro de 1863,<ref>SARAIVA e GUERRA, 1998:77</ref> à estação provisória de [[estação de Ameixial|Estremoz]] em 22 de Dezembro de 1873,<ref name=CFR12>MARTINS ''et al'', 1996:12</ref> e a [[estação de Vila Viçosa]] em 2 de Agosto de 1905.<ref name=CFP1996:251>MARTINS ''et al'', 1996:251</ref> Porém, a linha não chegou a ser continuada até Elvas, devido à oposição a [[Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses]], proprietária da Linha do Leste, e das autoridades militares, que consideravam que uma segunda linha a partir da ligação internacional em Elvas seria uma potencial ameaça à segurança nacional.<ref name=Gazeta1133/><ref name=Decreto18190/> Assim, o prolongamento até Elvas foi eliminado pelo Plano Geral da Rede Ferroviária, aprovado pelo Decreto n.º 18190, de 28 de Março de 1930.<ref name=Gazeta1133>{{Citar jornal|autor=[[José Fernando de Sousa|SOUSA, José Fernando de]]; [[Raul Augusto Esteves|Esteves, Raul]]|pagina=102|titulo=O Problema da Defesa Nacional|data=1 de Março de 1935|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=Ano 47|numero=1133|via=Hemeroteca Digital de Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1935/N1133/N1133_master/GazetaCFN1133.pdf|acessodata=3 de Julho de 2020}}</ref>
<ref name=Decreto18190>PORTUGAL. [http://dre.pt/pdf1sdip/1930/04/08300/06580665.pdf Decreto n.º 18:190], de 28 de Março de 1930. ''Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos - Secção de Expediente'', Paços do Governo da República. Publicado no [http://dre.pt/pdfgratis/1930/04/08300.pdf Diário do Govêrno n.º 83, Série I, de 10 de Abril de 1930].</ref> A ligação entre a Linha de Évora e a Linha do Leste só foi feita em 21 de Janeiro de 1949, através do [[Ramal de Portalegre]], que ligava Estremoz a Portalegre-Gare.<ref>{{Citar jornal| pagina=123-129|titulo=Novos melhoramentos ferroviários|data=1 de Fevereiro de 1949|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=Ano 61| numero=1467|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1467/N1467_master/GazetaCFN1467.pdf| acessadoem=3 de Julho de 2020}}</ref> Em 1990, foi encerrado o Ramal de Portalegre<ref>{{Citar jornal|autor=BLÁZQUEZ, José Luís Torres|titulo=El Museo de Ferrocarril de Estremoz|paginas=13|ano=1992|jornal=Maquetren|volume=Ano 2|numero=8|editora=Resistor, S. A.|local=Madrid|idioma=Espanhol}}</ref> e terminaram os serviços de passageiros no lanço entre Estremoz e Évora, que no entanto só deixou de ter comboios em 2009, tendo sido oficialmente fechado em 2011.<ref name=SIAIA2018>{{citar web|titulo=Parecer da Comissão de Avaliação: Ligação Ferroviária entre Évora e Évora Norte - Variante de Évora: Estudo Prévio|publicado=Agência Portuguesa do Ambiente|data=Junho de 2018|url=http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA2999/aia2999-parecerca2019102916421.pdf|acessodata=10 de Julho de 2020}}</ref>

[[File:Rede Ferroviária Portuguesa - 2007.png|thumb|left|Rede Ferroviária Portuguesa em 2007. Com o encerramento do [[Ramal de Portalegre]] em 1990, a rede no Sul de Portugal passou a estar ligada ao resto do país apenas pela [[Linha de Vendas Novas]], até à inauguração da linha sob a [[Ponte 25 de Abril]], em 2003.]]

===Século XXI===
Em 2014, a [[Rede Ferroviária Nacional]] ordenou a elaboração de uma análise económico-financeira sobre a linha,<ref name=RR2018/> tendo-se apurado que em 2020 deveria permitir a circulação de oito comboios diários entre Évora e Elvas, transportando 408 passageiros, e de catorze comboios diários de mercadorias, transportando 5444 T de carga.<ref name=RCampanario2017/> Previa-se que até 2026 já o número de comboios de mercadorias iriam ser gradualmente aumentados para 18, levando 7000 T de carga.<ref name=RCampanario2017/> As composições de passageiros teriam uma velocidade máxima de 250&nbsp;km/h, enquanto que os de mercadorias estariam limitados a 120&nbsp;km/h.<ref name=RR2018/> Também estava previsto que podiam circular comboios de mercadorias até 750&nbsp;m de comprimento, o que iria permitir um aumento na eficiência e na competitividade do transporte ferroviário de carga.<ref name=NMinuto2020>{{citar web|titulo=Iniciada construção de troço ferroviário do Corredor Internacional Sul|departamento=Economia ao Minuto|jornal=Notícias ao Minuto|data=21 de Janeiro de 2020|url=https://www.noticiasaominuto.com/economia/1398282/iniciada-construcao-de-troco-ferroviario-do-corredor-internacional-sul|acessodata=14 de Julho de 2020}}</ref>

Porém, o traçado original para a linha, como parte do eixo entre Sines e Badajoz, previa a utilização do antigo canal da [[Linha de Évora]], que atravessava parcialmente o interior da cidade, sendo necessárias grandes obras para permitir a sua adaptação à nova via férrea.<ref name=RR2018/> A população e a autarquia opuseram-se a esta solução, levando ao abandono do traçado original e à realização de um novo estudo.<ref name=RR2018/> Em Outubro de 2017, já se previa que a linha teria uma extensão de 84,1&nbsp;km, e deveria circular pelos concelhos de Elvas, [[Vila Viçosa]], [[Alandroal]], [[Redondo]] e Évora, passando junto das localidades de Redondo, Alandroal e [[Juromenha]].<ref name=RCampanario2017/> A linha teria 29 viadutos, 34 passagens superiores e 23 inferiores, das quais 17 seriam agrícolas e 239 seriam hidráulicas, e não estava prevista a construção de quaisquer infraestruturas para passageiros.<ref name=RCampanario2017>{{citar web|titulo=Conheça o traçado da Linha Férrea Évora – Caia|jornal=Rádio Campanário|data=26 de Outubro de 2017|url=https://www.radiocampanario.com/ultimas/regional/conheca-o-tracado-da-linha-ferrea-evora-caia|acessodata=2 de Julho de 2020}}</ref> O eixo estava dividido em três grandes troços, correspondentes à Linha do Caia, a Concordância de Elvas e a Linha de Évora (Évora Norte).<ref name=RR2018/>

Em Janeiro de 2018, o primeiro-ministro, [[António Costa]] prometeu que ainda durante o primeiro trimestre desse ano iria abrir o concurso para o ''Corredor Ferroviário do Sul'', no âmbito de uma reunião do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.<ref name=RR2018/> António Costa classificou a abertura dos concursos como «''dois momentos importantes''», que marcariam «''o arranque da construção deste eixo ferroviário''».<ref name=RR2018/> Considerou esta linha como a «''maior obra ferroviária dos últimos 100 anos em Portugal''» e um dos principais investimentos no âmbito do programa ''Portugal 2020'', e que seria de importância fundamental para facilitar as ligações entre a região do Alentejo e a Europa, permitindo igualmente valorizar o [[Porto de Sines]].<ref name=RR2018/> Estes investimentos deveriam ser feitos no âmbito do ''Plano Ferrovia 2020'', que tinha como fim desenvolver as ligações internacionais e modernizar os principais eixos, com ênfase para o transporte de mercadorias e público de passageiros.<ref name=RR2018/> Este plano incluía igualmente a electrificação da [[Linha do Minho]] nos troços que restavam até à fronteira, a reabertura do lanço entre a [[estação de Covilhã|Covilhã]] e a [[Estação de Guarda|Guarda]], e a adaptação da rede portuguesa, de forma a possibilitar a circulação de comboios de mercadorias com 750&nbsp;m, então o valor máximo de referência na Europa.<ref name=Furtado2020:9-10/> Com cerca de 80&nbsp;km de comprimento, a nova linha férrea entre Elvas e Évora foi considerada como a mais extensa a ser construída na rede nacional nos últimos cem anos.<ref name=Furtado2020:9-10>FURTADO, 2020:9-10</ref>

Com efeito, em Março de 2018 foi noticiado que brevemente iriam ser lançados os concursos para as duas empreitadas, uma relativa à construção da nova linha férrea entre Évora e Elvas, e a outra para a modernização da via férrea já existente entre Elvas e a fronteira internacional, sobre o Caia.<ref name=RR2018/> O concurso iria ser lançado em Elvas, com a presença de António Costa, do primeiro ministro espanhol, [[Mariano Rajoy]], e da comissária europeia dos Transportes, Violeta Bulc.<ref name=RR2018/> Esta salientou a importância da via férrea entre Elvas e Caia, que iria permitir ao país «''desenvolver a sua rede de transportes e ligar-se juntamente com Espanha ao resto da Europa''».<ref name=RR2018/> De acordo com um comunicado do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, previa-se que o lanço entre Évora e Elvas iria custar cerca de 509 milhões de Euros, e que os trabalhos deveriam ter início no primeiro trimestre de 2019, e terminar em 2022.<ref name=RR2018>{{citar web|titulo=Ligação entre Évora e Elvas a concurso, a "maior obra ferroviária dos últimos 100 anos”|jornal=Rádio Renascença|autor=SILVA, Rosário|data=5 de Março de 2018|url=https://rr.sapo.pt/2018/03/05/economia/ligacao-entre-evora-e-elvas-a-concurso-a-maior-obra-ferroviaria-dos-ultimos-100-anos/noticia/107253/|acessodata=2 de Julho de 2020}}</ref>

Em 5 de Março de 2018, foi aberto o concurso para o troço entre ''Évora Norte'' e o [[Redondo (freguesia)|Freixo]], enquanto que no dia 29 desse mês foi lançado para o concurso para o lanço entre o Freixo e [[Alandroal]], com 20,5&nbsp;km.<ref name=IP:NLEvora/> Este último teve um valor base de 105 milhões de Euros, e abrangia a plataforma de via-férrea, as terraplanagens, os sistemas de drenagem longitudinal e transversal, uma estação técnica, dezasseis obras de arte correntes e dez obras de arte especiais, e os caminhos paralelos e de caminho de acesso e emergência.<ref name=IP:NLEvora/>

Em 30 de Abril, foi a vez do subtroço entre Alandroal e a bifurcação com a Linha do Leste, com uma extensão de 38,5&nbsp;km, tendo o valor base sido de 195 milhões de Euros.<ref name=IP:NLEvora/> Esta empreitada incluía as terraplanagens, os sistemas de drenagem longitudinal e transversal, uma estação técnica, vinte e seis obras de arte correntes e catorze especiais, os caminhos paralelos, de acesso e de emergência, e a nova plataforma ferroviária.<ref name=IP:NLEvora/> A construção da Nova Linha de Évora está inserida no Plano Ferrovia 2020, tendo sido parcialmente financiada por fundos da [[União Europeia]], no âmbito do programa ''[[:en:Connecting Europe Facility|Connecting Europe Facility]]''.<ref name=IP:NLEvora/> Em 21 de Janeiro de 2020, a empresa Infraestruturas de Portugal anunciou o arranque oficial das obras no lanço entre o Freixo e Évora Norte, que tinham sido entregues a um consórcio formado pelas empresas [[Fergrupo]], [[:es:COMSA Rail Transport|COMSA]] e Constructora San Jose.<ref name=NMinuto2020/> Nesta altura, também já estavam quase concluídos os trabalhos de modernização do lanço da Linha do Leste entre Elvas e a fronteira, no Caia.<ref name=NMinuto2020/> A Nova Linha de Évora foi, até então, um dos poucos empreendimentos do Plano Ferrovia 2020 a avançar, em conjunto com as obras nos lanços entre [[estação de Alfarelos|Alfarelos]] e [[Estação de Pampilhosa|Pampilhosa]], na [[Linha do Norte]], [[Estação de Caíde|Caíde]] e [[Estação de Marco de Canaveses|Marco de Canaveses]], na [[Linha do Douro]], e [[estação de Nine|Nine]] e [[Estação de Viana do Castelo|Viana do Castelo]], na [[Linha do Minho]].<ref name=RCampanario2020>{{citar web|titulo=Com linha de Évora – Elvas em obras Programa Ferrovia 2020 será concluído até 2023|jornal=Rádio Campanário|data=12 de Fevereiro de 2020|url=https://www.radiocampanario.com/ultimas/regional/com-linha-de-evora-elvas-em-obras-programa-ferrovia-2020-sera-concluido-ate-2023|acessodata=14 de Julho de 2020}}</ref> Em 29 de Setembro de 2021, um trabalhador de nacionalidade espanhola morreu ao ser atropelado por camião, nas obras do lanço da via férrea entre Alandroal e Juromenha.<ref>{{citar web|titulo=Trabalhador morre nas obras da linha férrea em Alandroal|jornal=Diana FM|data=29 de Setembro de 2021|url=https://www.dianafm.com/trabalhador-morre-nas-obras-da-linha-ferrea-em-alandroal/|acessodata=24 de Maio de 2022}}</ref>

A linha ferroviária entre Évora e Elvas, integrada no futuro Corredor Internacional Sul tem previsto o final da obra para 2023, sendo em finais de 2022 a sua entrada ao serviço anunciada para 2024.<ref name="DR2024">''[https://web.archive.org/web/20230206222124/https://servicos.infraestruturasdeportugal.pt/sites/default/files/inline-files/Diretorio%20da%20Rede%202024.pdf Diretório da Rede 2024]''. [[Infraestruturas de Portugal|I.P.]]: 2022.12.09</ref> O investimento ascende a 442 milhões de euros. A ligação é composta por cinco troços: Évora – Évora Norte, Évora Norte – Freixo, Freixo – Alandroal e Alandroal – Linha do Este (Elvas).

O troço Elvas – Caia, de dez quilómetros, está concluído desde janeiro de 2022 e veio modernizar a ligação de Elvas para Badajoz. Este troço vai agora ligar-se com a linha de Évora – Elvas. Com o acesso à A6 e a passagem da ferrovia a situarem-se praticamente no mesmo local, está prevista a construção de um viaduto, junto ao nó das Sochinhas, com duas bifurcações: uma com ligação à plataforma logística de Elvas e outra para a Plataforma Logística de Badajoz<ref>{{citar web|url=https://radioelvas.com/2022/02/02/conclusao-da-ligacao-ferroviaria-evora-elvas-prevista-para-2023/|título=Conclusão da ligação ferroviária Évora – Elvas prevista para 2023|autor=|data=|publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>.

[[File:PK 117, Linha de Évora, 2012.12.05 (8249004434).jpg|thumb|Saída Norte da estação de Évora, em 2012. Apesar do lanço entre Évora e [[Estação de Estremoz|Estremoz]] ter sido oficialmente encerrado em 2011, a via férrea foi renovada e electrificada até junto da passagem pela Estrada de Beja, a cerca de um quilómetro da estação.]]

==Descrição==
Em 2018, previa-se que a Nova Linha de Évora teria cerca de 100&nbsp;km de extensão, dos quais 80&nbsp;km seriam construídos de raiz.<ref name=IP:NLEvora/> A linha seria de via única, de tracção eléctrica (25&nbsp;kV ~ 50&nbsp;Hz), embora a plataforma estivesse desde logo preparada para via dupla.<ref name=IP:NLEvora/> Contaria com cerca de 30 pontes e viadutos, o que torna esta obra numa das maiores realizadas no país nos últimos anos<ref>{{citar web|url=https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/noticia?i=linha-ferroviaria-encurta-viagem-de-sines-a-fronteira-em-tres-horas-e-meia|título=Linha ferroviária encurta viagem de Sines à fronteira em três horas e meia|autor=|data=|publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Seriam utilizados carris do tipo UIC60 sobre travessas de betão polivalente, de forma a facilitar a futura conversão de [[bitola ibérica]] para [[bitola internacional]].<ref name=IP:NLEvora/> É um dos eixos do [[Corredor Internacional Sul]], criado no sentido de melhorar a união entre a malha ferroviária da região Sul a Espanha, através de [[Badajoz]], ao fornecer uma ligação a Espanha mais curta e menos dispendiosa em relação à [[Linha de Vendas Novas|já existente]], calculando-se que o percurso dos comboios iria ser reduzido em 140&nbsp;km, e as despesas de transporte em cerca de 30%.<ref name=IP:NLEvora/> Desta forma, os portos, principalmente o de Sines, e os aglomerados urbanos e industriais da região ficariam com melhores condições de acesso ao estrangeiro, não só a Espanha como ao resto da Europa,<ref>{{citar web|titulo=Corredor Internacional Sul|publicado=Infraestruturas de Portugal|url=http://www.estradasdeportugal.pt/ferrovia-2020/corredor-internacional-sul|acessodata=10 de Julho de 2020}}</ref> desenvolvendo a capacidade exportadora de mercadorias.<ref name=IP:NLEvora/>

Além disso, previa-se que a nova linha também iria gerar cerca de 4250 postos de trabalho directos, e 200 indirectos, relativos aos serviços de alimentação, alojamento e limpeza.<ref name=IP:NLEvora/> Em termos ambientais, calculava-se que a nova linha iria diminuir as emissões em cerca de 428 milhões tonCO<sub>2</sub>eq, até ao ano horizonte.<ref name=IP:NLEvora>{{citar web|titulo=Nova Linha de Évora - Évora Norte - Elvas/Caia|publicado=Infraestruturas de Portugal|ano=2018|url=https://www.infraestruturasdeportugal.pt/pt-pt/ferrovia-2020/corredor-internacional-sul/nova-linha-de-evora-evora-norte-elvascaia|acessodata=9 de Julho de 2020}}</ref>

O plano para a Nova Linha de Évora incluía igualmente a realização de obras na [[estação de Elvas]], de forma a melhorar as condições de circulação e de estacionamento para comboios de maiores dimensões.<ref>FURTADO, 2020:50</ref>

==Ver também==
*[[Ferrovia 2020]]
*[[Comboios de Portugal]]
*[[Rede Ferroviária de Alta Velocidade]]

{{Referências}}

== Bibliografia ==
*{{Citar livro|autor=FURTADO, Francisco|título=A Ferrovia em Portugal: Passado, presente e futuro|editora=[[Fundação Francisco Manuel dos Santos]]|ano=2020|páginas=122|local=Lisboa|isbn=978-989-8943-47-7}}
*{{Citar livro|autor=MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel |numero-autores=''et al''|título=O Caminho de Ferro Revisitado|subtítulo=O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996|editora=Caminhos de Ferro Portugueses|ano=1996|páginas=446|local=Lisboa}}
*{{citar livro|autor=SARAIVA, José Hermano; GUERRA, Maria Luísa|título=Diário da História de Portugal|local=Lisboa|editora=Difusão Cultural|ano=1998|páginas=208|volume=Volume 3 de 3|isbn=972-709-060-5}}
*{{citar livro|autor=SERRÃO, Joel|título=Dicionário de História de Portugal|local=Porto|editora=Livraria Figueirinhas|ano=1985|páginas=520|volume=Volume 1 de 19}}
<br>
{{FerroviasPTvias}}
{{DEFAULTSORT:Nova Linha Evora}}
[[Categoria:Linhas ferroviárias de Portugal]]
[[Categoria:Edifícios e estruturas em construção]]

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