Mostrar código-fonte de Gato

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{{Info/Taxonomia
 |nome               = Gato
 |imagem             = Collage of Six Cats-02.jpg
 |estado             = DOM
 |reino              = [[Animalia]]
 |filo               = [[Chordata]]
 |classe             = [[Mammalia]]
 |ordem              = [[Carnivora]]
 |família            = [[Felidae]]
 |subfamília         = [[Felinae]]
 |gênero             = ''[[Felis]]''
 |espécie            = '''''Felis catus'''''
 |binomial           = ''Felis catus''
 |binomial_autoridade= ([[Carlos Lineu|Lineu]], 1758)
 |sinónimos          =
* ''Felis silvestris catus''<ref name="Driscoll" />
* ''Felis catus domestica''<ref name="ITIS F.c.d." />
* ''Catus domesticus'' {{pequeno|([[Johann Christian Polycarp Erxleben|Erxleben]], 1777)}}<ref name=Erxleben />
}}
O '''gato''' ([[nomenclatura binomial|nome científico]]: ''Felis silvestris catus'') ou '''gato doméstico''' é um [[Mamíferos|mamífero]] [[carnívoro]] da [[Família (biologia)|família]] dos [[felídeos]], muito popular como [[animal de estimação]]. Ocupando o topo da [[cadeia alimentar]], é [[Predação|predador]] natural de diversos animais, como [[roedores]], [[Passeriformes|pássaros]], [[Lacertidae|lagartixas]] e alguns [[insetos]]. Segundo pesquisas realizadas por instituições norte-americanas, os gatos consistem no segundo animal de estimação mais popular do mundo, estando numericamente atrás apenas dos [[Peixe ornamental|peixes de aquário]].<ref name="popularidade_animais_livescience" /><ref name="popularidade_animais" /> Consta em trigésimo nono na lista das [[100 das espécies exóticas invasoras mais daninhas do mundo]] da [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN).<ref name="Lowe et al" />

A primeira associação dos gatos com os [[humano]]s da qual se tem evidência ocorreu há cerca de {{Fmtn|9500}} anos,<ref name="nationalgeographic-oldest" /> período mais antigo ao estimado anteriormente, que oscilava entre {{Fmtn|3500}} e {{Fmtn|8000}} anos. A subfamília dos [[felíneos]] (''Felinae''), que agrupa os gatos domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos, expandindo-se a partir da [[África subsaariana]] até alcançar as terras do atual [[Egito]].<ref name="Stefoff" /> Acredita-se que o [[gato-selvagem-africano]] (''Felis silvestris lybica'') era seu antepassado imediato.<ref name=Kingdon /> Adicionalmente, evidências genéticas assinalam que os gatos domésticos atuais partilham procedência direta com os gatos selvagens do [[Médio Oriente|Oriente Médio]].

Existem atualmente cerca de 250 raças de gatos domésticos. Por apresentarem com pesos médios variáveis entre 2,5 a 12 quilos, a espécie é classificada na categoria de animal doméstico de pequeno a médio porte. Assim como ocorre com algumas raças de [[cão|cães]] que apresentam esta mesma faixa de peso, o gato doméstico pode viver entre quinze e vinte anos.<ref name=Peritoanimal /> Dados [[Censo demográfico|censitários]] apontam que nos [[Estados Unidos]] existem mais gatos domésticos do que cachorros.<ref name="popularidade_animais_censo" /> Estimativas recentes indicam que, em breve, o Brasil terá a mesma característica, passando a ter maior população felina do que canina em suas residências.<ref name="Minas Gerais" /><ref name=Petlove /><ref name=Fitopet />

Devido à sua personalidade independente, tornou-se animal de companhia em diversos lares ao redor do mundo, agradando pessoas dos mais variados estilos de vida. Na cultura humana, figura da [[mitologia]] às [[superstição|superstições]], passando por personagens de [[animação|desenhos animados]], [[tira de jornal|tiras de jornais]], [[filme]]s e [[contos de fadas]]. Entre suas mais conhecidas representações estão [[Tom and Jerry|Tom,]] [[O Gato de Botas]], [[Garfield]], [[Looney Tunes|Frajola]] etc.<ref name=VetQuality />

== Nome ==

A palavra portuguesa ''gato'' deriva da palavra [[latim tardio|latina tardia]] ''cattus'',<ref name=Michaelis /> que foi usada pela primeira vez no início do {{séc|VI}}.<ref name=McKight /> Foi sugerido que ''cattus'' é derivado de um precursor egípcio do [[língua copta|copta]] ϣⲁⲩ ''šau'', "gato macho", ou sua forma feminina com o sufixo -t.<ref name=Savignac /> A palavra latina tardia pode ser derivada de outra [[línguas afro-asiáticas|língua afro-asiática]]<ref name=Pictet /> ou [[línguas nilo-saarianas|nilo-saariana]]. A palavra núbia ''kaddîska'' ("gato selvagem") e nobiim ''kadīs'' são possíveis fontes ou [[Cognato|cognatos]].<ref name=Keller /> No entanto, é "igualmente provável que as formas possam derivar de uma antiga palavra [[línguas germânicas|germânica]], importada para o latim e daí para o [[língua grega|grego]], [[siríaco]] e [[língua árabe|árabe]]".<ref name=Huehnergard /> A palavra pode ser derivada de línguas germânicas e do norte da Europa e, finalmente, ser emprestada do [[línguas urálicas|urálico]], cf. [[língua lapônica setentrional|lapão setentrional]] ''gáđfi'', "[[arminho]] fêmea", e [[língua húngara|húngaro]] ''hölgy'', "senhora, arminho fêmea"; do proto-urálico ''*käďwä'', "fêmea (de um animal peludo)".<ref name=Kroonen />

== Taxonomia ==
O gato doméstico foi denominado ''Felis catus'' por [[Carlos Lineu]] na sua obra ''Systema Naturae'', de 1758.<ref name="Linaeus1758" /><ref name=Wozencraft /> ''Felis catus domesticus'' foi proposto por [[Johann Christian Polycarp Erxleben]] em 1777.<ref name=Erxleben /> O ''Felis daemon'' proposto por Konstantin Alexevich Satunin em 1904 era um gato preto da [[Transcaucásia]], mais tarde identificado como um gato doméstico.<ref name=Satunin /><ref name=Bukhnikashvili /> [[Johann Christian Daniel von Schreber]] chamou o [[gato-bravo]] de ''Felis silvestris'', em 1775. Pelas regras de prioridade do [[Código Internacional de Nomenclatura Zoológica]], o nome da espécie deveria ser ''Felis catus''. Na opinião n.º 2 027, publicada no Volume 60 (Parte I) do ''Bulletin of Zoological Nomenclature'' (31 de março de 2003), a [[Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica]] confirmou a utilização de ''Felis silvestris'' para denominar o gato-bravo e ''Felis silvestris catus'' às subespécies domesticadas.<ref name="ICZN" /><ref name=Gentry /> Em 2007, foi considerada subespécie, ''F. silvestris catus'', do gato-bravo após resultados de pesquisas [[filogenética]]s.<ref name="Driscoll2" /><ref name=Wozencraft1 /> Não é incomum, aliás, o cruzamento entre gatos domésticos e bravos, formando espécimes [[Híbrido (biologia)|híbridos]].<ref name="ECB" /> Em 2017, a Força-Tarefa de Classificação de Gatos da [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN / IUCN) seguiu a recomendação da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica em considerar o gato doméstico como espécie distinta, ''Felis catus''.<ref name=Kitchener />

== História e domesticação ==
[[Imagem:Felis silvestris gordoni.jpg|miniaturadaimagem|[[Gato-selvagem-africano]] (''Felis silvestris lybica''), uma das mais antigas evidências da associação entre homens e gatos]]

Os gatos, assim como todos os felinos, originaram-se da evolução de ''[[Miacis]]'', um mamífero predador, que habitou a Terra no [[Paleoceno]], há aproximadamente 55 milhões de anos, época em que surgiram os mais antigos mamíferos carnívoros.<ref name=Britannica /> O primeiro felino identificado por meio de fósseis é o ''[[Dinictis]]'', datado de 37 milhões de anos, do qual derivou ''[[Proailurus]]'', ancestral comum de todas as espécies de gatos, o qual viveu há aproximadamente 20 milhões de anos.<ref name=Wesley-Hunt />

Os gatos domésticos são membros da [[Família (biologia)|família]] dos [[felídeos]] (''Felidae''), que apresentava ''Proilurus'' como [[Ancestral comum mais recente|ancestral em comum]] há cerca de 10 ou 20 milhões de anos.<ref name="Johnson 1997" /> O [[Gênero (biologia)|gênero]] ''[[Felis]]'', ao qual pertencem os gatos, [[Divergência evolutiva|divergiu geneticamente]] dos felídeos há 6 ou 7 milhões de anos.<ref name="Johnson" /> Este gênero inclui diversas subespécies de gato-bravo, incluindo o [[gato-selvagem-africano]] (''Felis silvestris lybica''), entre outros.<ref name="Pocock1951" /> Os resultados da pesquisa filogenética confirmam que as espécies selvagens de ''Felis'' evoluíram por meio de [[especiação simpátrica]] ou [[Especiação parapátrica|parapátrica]], enquanto o gato doméstico evoluiu por meio de [[Seleção artificial|seleções artificiais]] empreendidas por antigas sociedades humanas.<ref name="Mattern" /><ref name="nationalgeographic-oldest" /><ref name="Francis" /> O gato domesticado e seu ancestral selvagem mais próximo são [[diploide]]s e ambos possuem 38 [[cromossomo]]s<ref name="Nie 2002" /> e aproximadamente 20 mil genes.<ref name="pmid17975172" /> O [[gato-leopardo]] (''Prionailurus bengalensis'') foi domesticado de forma independente na [[China]] por volta de {{AC|5500|x}}. Esta linhagem de gatos parcialmente domesticados não deixa vestígios nas populações de gatos domésticos de hoje.<ref name="Vigne" />

===Domesticação ===
[[Imagem:Head of a Cat LACMA 45.23.9.jpg|upright=0.8|miniaturadaimagem|esquerda|Máscara da [[Mumificação de animais|múmia de um gato]] do [[Antigo Egito]]]]
[[imagem:Tomb of Nakht (7).jpg|miniaturadaimagem|esquerda|upright=0.8|Um gato comendo um peixe debaixo de uma cadeira, um mural em uma tumba egípcia datada do {{-séc|XV}}]]

Os gatos domésticos atuais são uma adaptação evolutiva dos gatos-bravo, com cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos [[homem|humanos]].<ref name="scientific-american-evolucao" /> A primeira indicação conhecida à domesticação de um gato-selvagem-africano (''F. lybica'') foi escavada perto de uma sepultura [[Neolítico|neolítica]] humana em {{ilc|Silurocambo||Sillourokambos}}, ao sul de [[Chipre]], datando de cerca de {{fmtn|7500}}–{{AC|7200|x}}. Uma vez que não há evidências de fauna nativa de [[mamíferos]] em Chipre, os habitantes desta aldeia neolítica provavelmente trouxeram o gato e outros mamíferos selvagens à ilha do [[Oriente Médio]] continental.<ref name="science-near-eastern" /><ref name=Vigne_al2004 /> Quando as populações humanas deixaram de ser [[nômade]]s, a vida das pessoas passou a depender substancialmente da [[agricultura]]. A produção e armazenamento de [[cereais]], porém, acabou por atrair [[roedor]]es. Foi neste momento que os gatos vieram a fazer parte do cotidiano do ser humano.<ref name="Stefoff"/> Os cientistas, portanto, assumem que os gatos-selvagens-africanos foram atraídos aos primeiros assentamentos humanos no [[Crescente Fértil]] por roedores, em particular o [[rato-doméstico]] (''Mus musculus''), e foram domesticados por agricultores neolíticos.<ref name="nyt-study" /> Por possuírem forte instinto [[caça]]dor, esses animais espontaneamente passaram a viver nas cidades e exerciam importante função na [[sociedade]]: eliminar os [[rato]]s e [[camundongo]]s, que invadiam os [[silo]]s de cereais e outros lugares onde eram armazenados os alimentos.<ref name="nyt-study" /><ref name="science-near-eastern" /> Essa [[Mutualismo (biologia)|relação mútua]] entre os primeiros fazendeiros e os gatos domesticados durou milhares de anos. À medida que as práticas agrícolas se espalharam, também se espalharam os gatos mansos e domesticados.<ref name="DriscollMenotti-Raymond2007"/><ref name=Driscoll_al2009/> Os gatos selvagens do Egito contribuíram posteriormente para o [[fundo genético]] materno do gato doméstico.<ref name="OttoniVan Neer2017" />

Registros encontrados no [[Egito Antigo]], como [[gravura]]s, [[pintura]]s e [[estátua]]s de gatos, indicam que a relação desse animal com os [[Antigo Egito|egípcios]] data de pelo menos 5 mil anos.<ref name="manejo" /> Elementos encontradas em escavações indicam que, nessa época, os gatos eram venerados e considerados animais sagrados.<ref name="salamandro-egito" /> [[Bastete]], a deusa da fertilidade e da felicidade, considerada benfeitora e protetora do homem, era representada na forma de uma mulher com a cabeça de um gato e frequentemente figurava acompanhada de vários outros gatos em seu entorno.<ref name="harmonia-gatos" /><ref name="FEG" /> Na verdade, o amor dos egípcios por esse animal era tão intenso que havia leis proibindo que os gatos fossem "exportados".<ref name="PETFRIENDS" /> Qualquer viajante que fosse encontrado traficando um gato era punido com a [[pena de morte]]. Quem matasse um gato era punido da mesma forma e, em caso de [[morte natural]] do animal, seus donos deveriam usar trajes de [[luto]].<ref name="LUTO" /> Ao chegarem à [[Pérsia]] antiga, também passaram a ser venerados. Ali havia a crença de que, quando maltratados, corria-se o risco de estar maltratando um [[espírito]] amigo, criado especialmente para fazer companhia ao homem durante sua passagem na [[Planeta Terra|Terra]].<ref name="DRAPRISCILLA" />

A evidência mais antiga conhecida para a ocorrência do gato doméstico na [[Grécia]] data de cerca de {{AC|1200|x}}. Comerciantes gregos, [[fenícios]], [[Cartago|cartagineses]] e [[etruscos]] introduziram gatos domésticos no sul da [[Europa]].<ref name=Faure2009 /> Durante o [[Império Romano]], foram introduzidos na [[Córsega]] e na [[Sardenha]] antes do início do primeiro milênio.<ref name=Vigne1992 /> Por volta do {{-séc|V}}, eram animais familiares em torno dos assentamentos na [[Magna Grécia]] e na [[Etrúria]].<ref name=Ragni /> No final do [[Império Romano do Ocidente]], no {{séc|V}}, a linhagem do gato doméstico egípcio chegou a um porto do [[mar Báltico]], no norte da [[Alemanha]].<ref name="OttoniVan Neer2017"/>

[[Imagem:Cat birds MAN Napoli Inv9993.jpg|miniaturadaimagem|[[Mosaico]] de um gato matando um [[perdiz]] na [[Casa do Fauno]], em [[Pompeia]]]]

Durante a domesticação, os gatos sofreram apenas pequenas mudanças na anatomia e no comportamento, e ainda são capazes de sobreviver na natureza. Vários comportamentos e características naturais dos gatos selvagens podem tê-los pré-adaptados à domesticação como animais de estimação. Essas características incluem seu tamanho pequeno, natureza social, linguagem corporal óbvia, amor por brincadeiras e inteligência relativamente alta. Espécimes do gênero ''[[Leopardus]]'' em cativeiro também podem exibir comportamento afetuoso em relação aos humanos, mas não foram domesticados.<ref name="CameronBeaumont" /> Gatos domésticos geralmente acasalam com gatos selvagens.<ref name="Bradshaw1999" /> A [[Híbridos de felíneos|hibridação entre espécies domésticas e outras espécies de felíneos]] (''Felinae'') também é possível, produzindo híbridos como o [[gato de Kellas]] na [[Escócia]].<ref name="Oliveira" /><ref name=Kitchener1992 /> O desenvolvimento de raças de gatos começou em meados do {{séc|XIX}}.<ref name=Wastlhuber /> Uma análise do genoma do gato doméstico revelou que o genoma ancestral do gato selvagem foi significativamente alterado no processo de domesticação, pois [[mutação|mutações]] específicas foram selecionadas para desenvolver raças de gatos.<ref name=Montague /> A maioria das raças são baseadas em gatos domésticos criados aleatoriamente. A [[diversidade genética]] dessas raças varia entre as regiões e é menor em populações de raça pura, que apresentam mais de 20 [[doença genética|distúrbios genéticos deletérios]].<ref name="Lipinski" />

=== Difusão mundial ===
[[Imagem:Maneki neko close-up.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Um [[Maneki Neko]] do [[Japão]]]]
[[Imagem:Blackie and Churchill (cropped).jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[Winston Churchill]] afaga o mascote do navio [[HMS Prince of Wales (53)]], agosto de 1941]]

Devido ao fato de serem exímios caçadores e auxiliarem no controle de pragas, por muitos [[século]]s os gatos tiveram posição privilegiada na Europa [[Cristianismo|cristã]]. Porém, no início da [[Idade Média]], a situação mudou: gatos foram acusados de estarem associados a maus espíritos e, por isso, muitas vezes foram queimados juntamente com as pessoas acusadas de [[bruxaria]].<ref name="ondaa-idade-media" /> Até hoje, ainda existe o [[preconceito]] de que as [[Bruxa|bruxas]] têm um [[gato preto]] de estimação, sendo esse animal associado aos mais diversos tipos de sortilégios; dependendo da região, porém, podem ser considerados animais que trazem boa sorte. São comuns histórias de [[sorte]] e [[azar]] associadas aos animais dessa cor.<ref name="about-blackcats" /> Ao fim da [[Idade Média]], a aceitação dos gatos nas residências teve novo impulso.<ref name="ondaa-idade-media" /> Com o passar do tempo, a visão mística e preconceituosa vinculada às crendices em bruxaria perdeu lugar para o prazer advindo da domesticação desses pequenos animais. A capacidade de associar independência e sociabilidade fez com que os gatos ganhassem o status de desejáveis animais de companhia e, ao mesmo tempo, passassem a ser parte integrante dos grupos familiares. Em diversos textos literários e acadêmicos esse animal é descrito como portador de inúmeras virtudes, as quais os colocam numa posição privilegiada perante à sociedade humana.<ref name=Sousa />

O fenômeno relacionado à aceitação dos felinos após o fim da Idade Média também se estendeu às [[navio|embarcações]], nas quais passou a ser muito comum aos navegadores terem gatos como mascotes. Conhecidos como [[gatos de navios]], esses animais assumiam também a função de controlar a população de [[roedor]]es a bordo da embarcação.<ref name="ondaa-idade-media" /> Com o passar do tempo, muitos gatos passaram a ser considerados animais de luxo, ganhando uma boa posição do ponto de vista social, sendo até utilizados como "acessórios" em eventos sociais pelas damas. Nessa época, o gato começou a passar por melhoramentos genéticos para exibição em exposições, dando origem a criação de raças puras, com [[pedigree]]. Uma das primeiras raças criadas para essa finalidade foi a [[gato persa|persa]], que ficou conhecida após sua introdução no continente europeu, realizada pelo viajante [[italia]]no [[Pietro Della Valle]].<ref name="catworld-persian" /> A primeira grande [[exposição]] de gatos aconteceu em 1871, na cidade de [[Londres]], [[Reino Unido]]. A partir desse momento, o interesse em se expor gatos desenvolvidos dentro de certos padrões propagou-se por toda a [[Europa]].<ref name="ECB" />

== Descrição ==

[[Imagem:Scheme cat anatomy-pt.svg|miniaturadaimagem|upright=1.2|Anatomia de um gato macho]]

O gato doméstico tem crânio menor e ossos mais curtos do que o gato-bravo.<ref name="OConnor" /> Tem em média cerca de 60 centímetros (18 polegadas) de comprimento da cabeça ao corpo e 23–25 centímetros (9–10 polegadas) de altura, com cerca de 30 centímetros (12 polegadas) de cauda. Os machos são maiores que as fêmeas.<ref name=WCoW /> Os adultos normalmente pesam entre 4 e 5 quilos (9 e 11 libras).<ref name="Mattern" /><ref name=SeaWorld /> Têm sete [[vértebra cervical|vértebras cervicais]] (assim como a maioria dos mamíferos); 13 [[vértebra torácica|vértebras torácicas]] (os humanos têm 12); sete [[vértebra lombar|vértebras lombares]] (os humanos têm cinco); três [[vértebra sacral|vértebras sacrais]] (como a maioria dos mamíferos, mas os humanos têm cinco); e um número variável de vértebras caudais na cauda (os humanos têm apenas três a cinco vértebras caudais vestigiais, fundidas em um [[cóccix]] interno).{{sfn|Walker|1982|p=11}} As vértebras lombares e torácicas extras são responsáveis pela mobilidade e flexibilidade da coluna vertebral do gato. Anexados à coluna estão 13 [[costela]]s, o [[ombro]] e a [[pélvis]].{{sfn|Walker|1982|p=16}} Ao contrário dos braços humanos, os membros anteriores do gato são fixados ao ombro por ossos flutuantes da [[clavícula]] que permitem que passem seu corpo por qualquer espaço em que pode caber em sua cabeça.<ref name="Gillis 2002" />[[imagem:Shed domestic cat claw sheaths.tiff|esquerda|upright|miniaturadaimagem|Bainhas de garras]]

O crânio do gato é incomum entre os mamíferos por ter [[Órbita (anatomia)|órbitas oculares]] muito grandes e uma poderosa mandíbula especializada.{{sfn|Case|2003|p=35}} Dentro da mandíbula, tem dentes adaptados para matar presas e rasgar carne. Quando domina sua presa, dá uma mordida letal no pescoço com seus dois longos [[Canino (dente)|dentes caninos]], inserindo-os entre duas das vértebras da presa e cortando sua [[medula espinhal]], causando paralisia irreversível e morte. Em comparação com outros felinos, tem dentes caninos estreitamente espaçados em relação ao tamanho de sua mandíbula, o que é uma adaptação para sua presa preferida de pequenos roedores, que têm vértebras pequenas.<ref name="Smith1992"/> O [[pré-molar]] e o primeiro [[molar]] juntos compõem o par carnassial de cada lado da boca, que corta a carne em pequenos pedaços com eficiência, como uma tesoura. Estes são vitais na alimentação, uma vez que os pequenos molares dos gatos não podem mastigar os alimentos de forma eficaz, e os gatos são em grande parte incapazes de mastigar.{{sfn|Case|2003|p=37}} Embora os gatos tendam a ter dentes melhores do que a maioria dos humanos, com [[cárie]] geralmente menos provável por causa de uma camada protetora mais espessa de [[esmalte]], uma saliva menos prejudicial, menos retenção de partículas de alimentos entre os dentes e uma dieta quase sem açúcar, estão sujeitos à perda ocasional de dentes e infecção.<ref name="Carr1978" />
[[Ficheiro:Anatomy of the cat (1991) (17571621544).jpg|miniaturadaimagem|esquerda|upright|Os gatos possuem 32 músculos distintos nas orelhas]]

Os gatos possuem trinta e dois [[músculo]]s distintos em cada uma de suas [[orelha]]s, o que lhes permite ter um tipo de [[audição]] direcional, movendo cada orelha independentemente da outra.<ref>{{Citar web|ultimo=Ago|primeiro=The-Futurein #til • 7 Years|url=https://steemit.com/til/@the-future/til-cats-have-32-muscles-in-each-ear|titulo=TIL - Cats have 32 muscles in each ear!|data=2017-01-01|acessodata=2024-01-03|website=Steemit|lingua=en}}</ref> Assim, um gato pode mover o corpo numa direção, enquanto move as orelhas para outro lado.<ref name=CATANATOMY />

Os gatos têm garras protráteis e retráteis.<ref name="Kitchener2010" /> Em sua posição normal e relaxada, são revestidas com pele e pelo ao redor das almofadas dos dedos das patas. Isso mantém as garras afiadas, evitando o desgaste do contato com o solo e permite a perseguição silenciosa da presa. As garras nas patas dianteiras são geralmente mais afiadas do que as das patas traseiras.<ref name="Armes 1900" /> Os gatos podem estender voluntariamente suas garras em uma ou mais patas. Eles podem estender suas garras na caça ou autodefesa, escalar, amassar ou para tração extra em superfícies macias. Os gatos trocam a camada externa de suas bainhas de garras ao arranhar superfícies ásperas.<ref name="pmid19422432" /> A maioria dos gatos tem cinco garras nas patas dianteiras e quatro nas patas traseiras. O [[ergô]] é proximal às outras garras. Mais proximalmente há uma saliência que parece ser um sexto "dedo". Esta característica especial das patas dianteiras na parte interna dos pulsos não tem função na caminhada normal, mas é considerada um dispositivo antiderrapante usado durante o salto. Algumas raças de gatos são propensas a ter dígitos extras ("polidactilia").<ref name="Danforth1947" /> Gatos polidáctilos ocorrem ao longo da costa nordeste da [[América do Norte]] e na [[Grã-Bretanha]].<ref name="Lettice 2008" />
[[Imagem:Cat_skull.jpg|miniaturadaimagem|Um crânio de um gato]]

A família dos felídeos pode transmitir muitas cores e padrões para seus descendentes. Os genes do gato doméstico MC1R e ASIP permitem a variedade de cores na pelagem. O gene ASIP felino consiste em três éxons de codificação.<ref name=Eizirik /> Três novos marcadores microssatélites ligados ao ASIP foram isolados de um clone BAC de gato doméstico contendo esse gene e foram usados para realizar a análise de ligação num [[heredograma]] de 89 gatos domésticos que segregaram para [[melanismo]].<ref name=Fielding /> O gato é [[digitígrado]]. Anda na ponta dos pés, com os ossos dos pés formando a parte inferior da perna visível.<ref name="Pocock1917" /> Ao contrário da maioria dos mamíferos, usa uma marcha "ritmada" e move as duas pernas de um lado do corpo antes das pernas do outro lado. Registra diretamente colocando cada pata traseira perto do rastro da pata dianteira correspondente, minimizando o ruído e os rastros visíveis. Isso também fornece apoio seguro às patas traseiras ao navegar em terrenos acidentados. À medida que acelera de andar para trotar, sua marcha muda para uma marcha "diagonal": as patas traseiras e dianteiras diagonalmente opostas movem-se simultaneamente.<ref name="Christensen 2004" /><ref name="CATANATOMY"/>

[[imagem:BIOASTRONAUTICS RESEARCH Gov.archives.arc.68700.ogv|miniaturadaimagem|Comparação dos reflexos de endireitamento do gato na gravidade e na gravidade zero]]

A maioria das raças de gatos gosta especialmente de se sentar em lugares altos ou empoleirar-se. Um lugar mais alto pode servir como local escondido para caçar; os gatos domésticos atacam a presa saltando de um poleiro, como um galho de árvore. Outra possível explicação é que a altura dá ao gato um melhor ponto de observação, permitindo que examine seu território. Um gato caindo de alturas de até três metros (9,8 pés) pode se endireitar e cair sobre as patas.<ref name="Kent et al. 2010" /> Um [[ditado popular|adágio]] popular diz que os gatos caem sempre de pé. Durante a queda, o gato consegue, por [[instinto]], girar o corpo e prepará-lo para aterrar em pé graças ao sentido agudo de [[equilíbrio postural|equilíbrio]] e [[flexibilidade]]. Esse reflexo é conhecido como [[reflexo de endireitamento do gato]].<ref name=Gerathewohl /> Um gato sempre se endireita da mesma forma durante uma queda, se tiver tempo suficiente para fazê-lo, o que é o caso em quedas de 90 centímetros (2 pés 11 polegadas) ou mais. Mesmo os gatos sem cauda como grande parte dos indivíduos da subespécie [[Gato manês]] da [[Ilha de Man]] têm esta habilidade, pois o gato usa principalmente as patas traseiras e depende da conservação do [[momento angular]] para endireitar o corpo.<ref name="Nguyen 1998" /> Como os gatos conseguem se endireitar quando caem tem sido investigado como o "problema do gato caindo".<ref name=Batterman />

== Vida útil e saúde ==

Em cativeiro, os gatos vivem tipicamente de 15 a 20 anos, porém o exemplar mais velho já registrado viveu até a idade de 38 anos.<ref name=G2010>{{citar livro|título=Guinness World Records 2010 |ano=2010 |publicado=Guinness World Records|local=Londres|página=320 |citação=The oldest cat ever was Creme Puff, who was born on August 3, 1967 and lived until August 6, 2005--38 years and 3 days in total. | url=http://books.google.com/books?id=hLYzvUvPL3MC&pg=PA320&lpg=PA320&hl=en&ei=E7FATPjJLMG78gaqwJyZDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCoQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false |isbn=978-0-553-59337-2 }} {{citar web|título=Oldest cat ever|url=http://www.guinnessworldrecords.com/world-records/1000/oldest-cat-ever|publicado=Guinness World Records Corporate|acessodata=20 de abril de 2012}}</ref><ref>{{citar jornal |autor =Jessica Warren |título=Caterack Dies - World's Oldest Cat Was 30! |url=http://www.nationalledger.com/cgi-bin/artman/exec/view.cgi?archive=42&num=28649 |citação=A report from MSNBC News notes that the oldest cat ever recorded was a 38-year-old feline named Creme Puff, according to a rep from Guinness World Records. |obra=The National Ledger |data=23 out 2009 |acessodata=2010-07-17 }}</ref> Os gatos domésticos têm a expectativa de vida aumentada quando não saem pelas ruas, pois isso reduz o risco de ferimentos ocasionados por brigas e acidentes. A [[castração]] também aumenta significativamente a [[expectativa de vida]] desses animais, uma vez que reduz o interesse do animal por fugas noturnas e também o risco de incidência de [[cancro (tumor)|câncer]] de [[testículo]]s e [[ovário]]s.<ref name=CBDSG>{{Citar livro|título=Cuide bem de seu Gato|autor=Palika, Liz|local=São Paulo|editora=Publifolha|ano=2000|isbn = 85-7402-247-0 |páginas=64}}</ref> Gatos selvagens que vivem em ambientes urbanos têm expectativa de vida reduzida. Gatos selvagens mantidos em colônias tendem a viver muito mais. O Fundo Britânico de Ação para Gatos (''British Cat Action Trust''<ref>{{Citar web |url=http://www.catactiontrust.co.uk/main.htm |titulo=''British Cat Action Trust'' British Cat Action Trust Website |acessodata=2009-04-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090426211725/http://www.catactiontrust.co.uk/main.htm |arquivodata=2009-04-26 |urlmorta=yes }}</ref>) relatou a existência de uma gata de rua com cerca de 19 anos de idade.<ref>[http://www.messybeast.com/longevity.htm ''Oldest Cats'' The Messybeast]</ref>

O método de conservação de energia dos gatos compreende [[sono|dormir]] acima da média da maioria dos animais, sobretudo à medida que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12–16 horas, sendo de 13–14 horas o valor médio. Alguns espécimes, contudo, podem chegar a dormir 20 horas num período de 24 horas.<ref name="CBDSG"/> A [[temperatura]] normal do corpo desses animais varia entre 38 e 39&nbsp;°C. O animal é considerado [[febre|febril]] quando tem a temperatura superior a 39,5&nbsp;°C, e [[hipotermia|hipotérmico]] quando está abaixo de 37,5&nbsp;°C. Comparativamente, os seres humanos têm temperatura normal em torno de 37&nbsp;°C. A pulsação do [[coração]] desses pequenos mamíferos vai de 140 a 220 batidas por minuto e depende muito do estado de excitação do animal. Em repouso, a média da [[frequência cardíaca]] fica entre 150 e 180 bpm.<ref name="CATANATOMY"/>

Assim como a maioria das espécies de mamíferos, os gatos são capazes de [[Natação|nadar]]. No entanto, somente o fazem quando extremamente necessário, como em caso de queda [[acidente|acidental]] na [[água]].<ref>{{Citar web |url=http://www.saudeanimal.com.br/gato1.htm |titulo=''O Gato doméstico'' |acessodata=2009-08-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090210044737/http://saudeanimal.com.br/gato1.htm |arquivodata=2009-02-10 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Alimentação ===
[[Imagem:Cat-eating-prey.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Um gato comendo um [[pardal-doméstico]]]]

Em situações de caça, os gatos alimentam-se de [[inseto]]s, pequenas [[aves]] e [[roedor]]es. Os gatos não-domesticados, abandonados e sem dono, ou gatos domesticados que se alimentem livremente, consomem entre 8 a 16 refeições por dia. Apesar disso, os animais adultos podem adaptar-se a apenas uma refeição por dia.<ref>{{citar web|url=http://books.google.com/books?id=UTArAAAAYAAJ|título=Nutrient Requirements of Cats}} National Academies Press. Pg 1. ISBN 978-0-309-03682-5</ref> Os gatos não produzem a sua própria [[taurina]], que consiste num [[Composto orgânico|ácido orgânico]] essencial à vida dos mamíferos. Como essa substância está presente no tecido muscular dos animais, o gato precisa se alimentar de carne para sobreviver. Assim, os gatos apresentam [[dente|dentição]] e [[aparelho digestivo]] especializado para processamento de carne. O [[intestino]] diminuiu de extensão ao longo da evolução para ficar apenas com os segmentos que melhor processam as [[proteína]]s e [[gordura]]s de origem animal.<ref>{{citar periódico |autor=Zoran DL |título=The carnivore connection to nutrition in cats |periódico=Journal of the American Veterinary Medical Association |volume=221 |número=11 |páginas=1559–67 |ano=2002 |doi=10.2460/javma.2002.221.1559 |url=http://www.catinfo.org/zorans_article.pdf |acessodata=2009-04-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090326225933/http://www.catinfo.org/zorans_article.pdf |arquivodata=2009-03-26 |urlmorta=yes  | issn = 0003-1488}}</ref>

Apesar da fisiologia do gato ser essencialmente orientada para o consumo de carne, é comum que os gatos complementem a sua dieta carnívora com a ingestão de pequenas quantidades de [[erva]]s, [[folha (botânica)|folhas]], [[Plantae|plantas domésticas]] ou outros elementos de origem vegetal. Uma teoria sugere que este comportamento ajuda os gatos a [[regurgitação|regurgitar]] em caso de difícil digestão; outra teoria aponta que ingerir pequenas doses de vegetais fornece fibras e minerais diversos, não presentes numa dieta exclusivamente carnívora. Neste contexto, é necessária prudência aos donos dos gatos porque algumas plantas podem ser [[veneno]]sas para os animais.<ref name=UFLA>{{Citar web |url=http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_43.pdf |titulo=''Manejo de Gatos'' UFLA |acessodata=2009-03-31 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130730111828/http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_43.pdf |arquivodata=2013-07-30 |urlmorta=yes }}</ref> As folhas de algumas espécies de [[lírio]]s podem causar dano nos [[rim|rins]], que pode mesmo ser fatal; também as plantas do género ''[[Philodendron]]'' são venenosas para os gatos.<ref>{{Citar web | url = http://www.cfainc.org/articles/plants.html | título = Plants and Your Cat | publicado = The Cat Fanciers' Association, Inc. | acessodata = 2007-05-15 | arquivourl = https://www.webcitation.org/5mq1hjPbF?url=http://www.cfainc.org/articles/plants.html | arquivodata = 2010-01-17 | urlmorta = yes }}</ref> Outro exemplo é o do [[abacateiro]], do qual algumas partes são [[intoxicação|tóxicas]], mas cujo fruto (exceto o caroço) é um ingrediente em várias marcas de comida para gatos.<ref>{{Citar web| url = http://www.breeders-choice.com/cat_products/avodermcat.htm | título = AvoDerm Natural Premium Cat Food |acessodata=13 de janeiro de 2009}}</ref>
[[Imagem:Kot_z_myszą.jpg|miniaturadaimagem|A evolução tornou os gatos excelentes caçadores]]

Os gatos são bastante seletivos em sua alimentação, o que pode ser decorrente, pelo menos em parte, da mutação que causou à espécie a perda da capacidade de detectar o sabor doce nos alimentos. Apesar de exigentes, precisam alimentar-se constantemente, pois, de modo geral, não toleram mais de 36 horas de jejum sem que os seus rins sofram algum risco de dano.<ref>{{Citar web
 |url=http://www.extension.org/pages/Fat_Cats_are_Predisposed_to_Liver_Problems
 |título=Fat Cats are Predisposed to Liver Problems - eXtension
 |publicado=www.extension.org
 |acessodata=2010-06-20
 |último=
 |primeiro=
|datali=maio de 2019}}</ref>

O gato exibe alguma preferência pela planta designada por [[nepeta]], popularmente conhecida como ''erva-dos-gatos'', ou ''catnip''. Muitos gatos gostam de comer esta planta, que tem efeitos diversos no seu comportamento, enquanto outros apenas rastejam sobre esse vegetal e brincam com suas folhas e flores.<ref>{{citar periódico|autor =Grognet J |título=Catnip: Its uses and effects, past and present |periódico=Can. Vet. J. |volume=31 |número=6 |páginas=455–456 |data=junho de 1990 |pmid=17423611 |url=http://www.pubmedcentral.nih.gov/picrender.fcgi?artid=1480656&blobtype=pdf}}</ref> Os gatos também podem sofrer de distúrbios alimentares diversos. Alguns contraem uma doença chamada [[pica (transtorno)|pica]],<ref>{{Citar web |url=http://www.vmth.ucdavis.edu/home/beh/feline_behavior/pica.html |titulo=''Pica: The Un-finicky Feline'' |acessodata=2009-04-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090907143555/http://www.vmth.ucdavis.edu/home/beh/feline_behavior/pica.html |arquivodata=2009-09-07 |urlmorta=yes }}</ref> que consiste num transtorno que os impele a mastigar objetos alheios a sua dieta, tais como [[solo|terra]], [[plástico]], [[papel]], [[lã]], [[carvão]] e outros materiais, o que pode ser perigoso à sua própria sobrevivência, dependendo da [[toxicidade]] desses materiais.<ref name="UFLA"/>

O meio de alimentação mais recomendado para os gatos domésticos é o consumo livre, ou seja, deve-se procurar deixar o alimento à vontade para o animal ao longo do dia. Essa prática tem a vantagem de diminuir o [[pH]] da [[urina]], evitando, desse modo, a formação de [[cálculo renal|cálculos renais]]. No entanto, alguns [[medicina veterinária|veterinários]] costumam recomendar que o dono controle a quantidade de alimento ingerida, oferecendo ao gato porções limitadas, visando evitar que o animal fique com [[obesidade|sobrepeso]].<ref>{{Citar web |url=http://www.guabi.com.br/pet/gatos/dicas.asp?codigo=51 |titulo=''Como alimentar seu gato'' |acessodata=2009-05-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090327081233/http://www.guabi.com.br/pet/gatos/dicas.asp?codigo=51 |arquivodata=2009-03-27 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Comportamento ===
[[Imagem:Felis silvestris catus - Rapperswil Duftrosengarten 2010-10-02 16-44-24.JPG|miniaturadaimagem|esquerda|O gato doméstico costuma dormir durante a maior parte do dia para conservar sua energia]]
[[Imagem:Steps by steps (25046092122).jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Gatos demonstram boas capacidades de socialização entre si, inclusive com o auxílio humano]]

O [[caráter|temperamento]] dos filhotes varia conforme a ninhada e a [[socialização]]. Os gatos de pelo curto tendem a ser mais magros e fisicamente mais ativos, enquanto os gatos de pelo comprido tendem a ser mais pesados e letárgicos. Entretanto, a maioria dos gatos partilha um mesmo comportamento: são extremamente [[curiosidade|curiosos]]. Não é por acaso que existe um dito popular que diz "''A curiosidade matou o gato''". Quando abandonados em áreas remotas, distante da sociedade humana, filhotes de gatos podem converter-se ao meio de vida selvagem, passando a caçar pequenos animais para sobreviver.<ref name="hsus.org">''Feral Cats: Frequently Asked Questions'' - Humane Society of the United States [http://www.hsus.org/pets/issues_affecting_our_pets/feral_cats/feral_cats_frequently_asked_questions.html#1_What_is_a_feral_cat] {{Wayback|url=http://www.hsus.org/pets/issues_affecting_our_pets/feral_cats/feral_cats_frequently_asked_questions.html#1_What_is_a_feral_cat|date=20080501093143}}</ref> A expectativa de vida de um gato de rua é de apenas três anos. Já um gato que seja cuidado por humanos pode superar os 20 anos de idade.<ref name="Curiosidades sobre os gatos">{{Citar web |url=http://gatos-e-gatinhos.portais.ws/curiosidades.html |titulo=''Curiosidades sobre os gatos'' |acessodata=2009-05-11 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090426230915/http://gatos-e-gatinhos.portais.ws/curiosidades.html |arquivodata=2009-04-26 |urlmorta=yes }}</ref> O gato no estado [[Animalia|selvagem]] é um animal muito social, chegando a estabelecer colônias mais ou menos hierarquizadas, podendo formar colônias como a dos leões. Possui um [[instinto]] natural de caça. Mesmo quando domesticados, os machos tendem a marcar o seu território com [[urina]]. Os gatos possuem um cérebro bastante evoluído, sendo capazes de sentir emoções. Podem sofrer diversos distúrbios psicológicos, tais como [[estresse]] e [[depressão nervosa|depressão]]. Assim como um ser humano, quando estressados, tendem a ter um comportamento [[neurose|neurótico]].<ref name="CBDSG"/>

Esses animais costumam [[cópula (biologia)|copular]] somente quando a [[fêmea]] entra no [[cio]]. Este pode ocorrer várias vezes ao longo de um [[ano]] e dura aproximadamente uma [[semana]]. O macho procura cercar a fêmea, que normalmente tenta resistir ao máximo à cópula. Se o macho é hábil, ele conseguirá mordê-la na parte posterior do [[pescoço]], imobilizando-a. Até conseguir isso, é comum que os dois soltem miados altos, diferentes do miado usual. A [[penetração]] é dolorosa. A cópula estimula o início do processo de [[ovulação]] das fêmeas: elas têm sensores nervosos que, com a dor, ativam o processo. Desse modo, poucos [[óvulo]]s são perdidos.<ref name="CATANATOMY"/>

Sua [[velhice]] ocorre de forma abrupta, não sendo gradual como a humana. Dura aproximadamente um ano e finda com a [[morte]]. É possível que o gato tenha doenças típicas da idade avançada, como [[catarata (doença)|catarata]] e perda [[olfato|olfativa]]. Nesta fase, o animal geralmente dorme durante todo o dia, mostrando extremo cansaço e fraqueza muscular.<ref name=GERIATRIA>{{Citar livro|título=Geriatria e Gerontologia do Cão e Gato|autor=Hoskins, Johnny D.|local=São Paulo|editora=Roca |ano=2008|isbn = 978-85-7241-734-1|páginas=448}}</ref>

As fêmeas apresentam um temperamento variável: podem simular ignorar seu dono, dar atenção a ele ou ronronar. O comportamento dos gatos depende de cada indivíduo, do momento do dia e até mesmo das [[clima|condições climáticas]]. Enquanto um felino pode ser muito sociável, o outro pode ser completamente arisco. Alguns gatos ficam agitados e adversos ao contato com humanos à noite. Ainda é possível observar que alguns desses animais ficam agitados quando uma tempestade está por vir, outros adotam uma posição defensiva, em que ficam deitados com as patas recolhidas, aguardando o início da [[chuva]]. Em algumas ocasiões, um gato filhote pode apresentar variações de energia, ficando algumas vezes mais calmo, outras mais agitado. Gatos adultos mantêm-se calmos por mais tempo que gatos pequenos, por serem maiores e mais pesados.<ref name="ECB"/>

[[Imagem:Cat_tongue_macro.jpg|miniaturadaimagem|As papilas enganchadas na língua de um gato agem como uma escova de cabelo para ajudar a limpar e desembaraçar os pelos]]

Os gatos são animais muito higiênicos, sendo que passam muitas horas por dia cuidando da limpeza de seus pelos. Para isso, utilizam a superfície áspera de suas [[língua]]s para remover partículas de pó e sujeira. Devido ao modo que tratam da sua higiene, lambendo-se e ingerindo muito pelos, os gatos eventualmente regurgitam esse material na forma de pequenas bolas contendo suco gástrico e material piloso. Outro aspecto característico da higiene desses felinos é o fato dele enterrar a sua [[urina]] e [[fezes]], evitando assim que o cheiro denuncie sua presença a uma possível presa ou predador. Com isso, quando o gato é criado em locais sem a presença de solo exposto, há a necessidade de se manter uma caixa com [[areia sanitária]] à sua disposição, sendo que instintivamente ele irá utilizá-la para o descarte de seus resíduos fisiológicos. Alguns fabricantes disponibilizam areias perfumadas para eliminar o cheiro forte que suas fezes poderiam deixar num ambiente fechado (casas e apartamentos).<ref name="Higiene2">{{Citar web |url=http://casa.hsw.uol.com.br/domesticacao2.htm |titulo=''Como ensinar seu animal a fazer as necessidades no lugar certo'' |acessodata=2010-07-23 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120103142946/http://casa.hsw.uol.com.br/domesticacao2.htm |arquivodata=2012-01-03 |urlmorta=yes }}</ref> No entanto, o que pode ser bom para humanos não é para o animal. Absorvente sem perfume e natural é o mais recomendado.

=== Ciclo biológico ===
[[Imagem:Charline the cat and her kittens.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Uma gata amamentando seus filhotes]]

O gato apresenta vários ciclos reprodutivos ao longo do ano, que podem durar de 4 a 7 dias. Durante esse período, as gatas miam mais frequentemente e vários gatos podem lutar por uma mesma fêmea no [[cio]]; o vencedor ganha o direito de copular. Ainda que a fêmea, a princípio, rechace a [[relação sexual]], ela acaba aceitando o macho. Depois da cópula, a fêmea se limpa e pode ficar muito violenta até que termine todo o ato do acasalamento, uma vez que o ciclo se repita. As gatas podem ter cada óvulo fecundado por um macho diferente, tendo assim, na mesma ninhada, filhotes de pais diferentes.<ref name="UFLA"/>

As gatas alcançam a maturidade sexual entre 4 a 10 meses de idade, e os gatos entre 5 a 7 meses após o nascimento. A gestação dura de 63 a 65 dias, aproximadamente e pode gerar de um a oito filhotes.<ref name="UFLA"/> Os recém-nascidos devem manter-se com a mãe por 60 dias, já que então o gatinho já terá recebido os nutrientes necessários. Separá-los antes desse período seria um erro, devido à possibilidade de que eles morram por falta de alimentação adequada. Pode-se esterilizar os gatos, procedimento normalmente realizado em machos antes que eles comecem a marcar território; isto deve evitar que eles perpetuem esse comportamento ao longo de suas vidas.<ref name="CATANATOMY"/>

=== Características genéticas ===
[[Imagem:Cat Eyes.jpg|miniaturadaimagem|Gata com [[heterocromia]], anomalia genética na qual o indivíduo possui um olho de cada cor]]

O gato apresenta 38 [[cromossomo]]s e são conhecidas cerca de 200 [[patologia]]s associadas, muitas delas comuns aos seres humanos. O projeto "Genoma do Gato", do ''Laboratory of Genomic Diversity'', pretende descobrir seu genoma.<ref>{{Citar web |url=http://home.ncifcrf.gov/ccr/lgd/comparative_genome/catgenome/index_n.asp |titulo=''Cat Genome Project '' Laboratory of Genomic Diversity |acessodata=2009-04-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090510211956/http://home.ncifcrf.gov/ccr/lgd/comparative_genome/catgenome/index_n.asp |arquivodata=2009-05-10 |urlmorta=yes }}</ref>

Existe uma crença de que os gatos brancos de olhos azuis são surdos, a não ser que tenham um olho de cada cor, característica conhecida por [[heterocromia]], cujos portadores são denominados [[Gato de olho ímpar|gatos de olhos ímpar]]. Isto está certo em parte, já que há uma maior probabilidade de gatos com essas características físicas serem também surdos, mas este fato não é determinante.<ref name="ECB"/> O gene da [[surdez]] é próprio dos gatos brancos, chama-se alelo w, e é o causador da coloração branca e da surdez nos gatos. Nem todos os gatos brancos são surdos, só são os que apresentam o tal gene. O gene w faz com que o gato seja branco, ainda que seus genes digam que ele é um gato escuro; este gene tem a peculiaridade de "mascarar" o resto das colorações para fazê-los brancos.<ref name="CATANATOMY"/> Além disso, estes gatos só têm os olhos azuis ou verdes. Outra característica genética é o fato de, em alguns animais, os dentes caninos da mandíbula superior serem proeminentes, semelhantemente ao observado nos [[fóssil|fósseis]] do [[tigre-dentes-de-sabre]].<ref name="ECB"/>

=== Pelagem ===
[[Imagem:Fat Cat (2556593236).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Um [[gato persa]]]]

Em respeito às cores, os gatos podem ter uma única coloração, como os completamente brancos ou pretos, que só tem [[pelo]]s contrastantes soltos em algumas partes do corpo. Também podem ter duas cores, como o branco e preto, branco e amarelo, pardo e branco, ou cinza e branco. Podem possuir um padrão de cores tigrado em laranja, pardo e branco; em tons cinza e alaranjados (gatos romanos), com o pelo de uma só cor em toda a sua extensão ou de dois tipos de cores (as extremidades diferentes do resto do corpo). Também podem ter um padrão de cor siamês com cores mais escuras na face, rabo, patas e orelhas. Outro tipo de coloração é a tricolor, como, por exemplo, branco, laranja e preto. As gatas costumam ter os pelos mais lustrosos e brilhantes do que os machos, em contra partida elas costumam soltar mais pelos do que os gatos, principalmente nos períodos do início do cio. Os gatos tricolores ou de até quatro cores são normalmente fêmeas; quando são machos, são estéreis. Em contrapartida, os gatos romanos laranjas são em sua maioria machos, porém é possível deparar-se com fêmeas. O tipo de pelo vai desde o muito curto (como o [[Sphynx]], cujo pelo é quase invisível), o encaracolado (no caso do [[Devon rex]]), o pelo curto normal com uma cor somente ou com pontas de outras cor, o pelo semi-longo, até o pelo mais longos procedentes das cruzas com o Bosque da Noruega, persa ou qualquer outra raça de pelo longo.<ref name=Manual>{{Citar livro|título=Gato: manual do proprietário|autor=Brunner, David;Stall, Sam |local=São Paulo|editora=Gente|ano=2006|isbn = 85-7312-484-9|páginas=208}}</ref>

=== Bolsa primordial ===
A bolsa primordial é uma camada protetora formada por pele, pelo e gordura. Ela é posicionada ao longo do comprimento da barriga de um gato. Essas bolsas são perfeitamente normais e saudáveis e todos os gatos têm bolsas primordiais, mas variam muito em tamanho; alguns são quase indetectáveis. É mais fácil ver uma pequena bolsa quando ela balança para frente e para trás enquanto um gato corre.<ref>{{Citar web |url=http://www.sepicat.com/primordial-pouch-cats/ |titulo=The primordial pouch in cats; what is it and what is it for? |data=2019-09-19 |acessodata=2021-04-10 |website=Sepicat |lingua=en-US}}</ref> As bolsas primordiais não são exclusivas dos gatos domésticos. [[Grande felino|Grandes felinos]], como leões e tigres, os têm pelos mesmos motivos. Em gatos domésticos, a bolsa começa a se desenvolver por volta dos 6 meses de idade em machos e fêmeas.<ref>{{Citar web |ultimo=estaff |url=https://www.catwatchnewsletter.com/health/the-primordial-pouch/ |titulo=The Primordial Pouch |data=2020-08-21 |acessodata=2021-04-10 |website=Catwatch Newsletter |lingua=en-US}}</ref>

Existem três teorias principais sobre o motivo pelo qual os gatos têm bolsas primordiais. A primeira é que ele protege os órgãos internos numa luta, adicionando uma camada extra entre as garras ou dentes e o interior do felino. Uma segunda teoria é que a bolsa permite que os gatos se movam mais rápido. Ele se estende conforme os felinos correm, dando-lhes flexibilidade extra e a capacidade de ir mais longe a cada salto - qualidades que podem ajudá-los a fugir de predadores ou capturar suas presas. Outra possibilidade é que a bolsa seja um espaço extra para armazenar alimentos após uma grande refeição. Na natureza, os gatos não comem duas refeições regulares por dia; eles comem quando podem e podem armazenar gordura de uma grande caça em sua bolsa para o sustento dias depois.<ref>{{Citar web |ultimo=April 2021 |primeiro=Tara Santora-Live Science Contributor 10 |url=https://www.livescience.com/cats-primordial-pouch.html |titulo=Why do cats have belly 'pouches'? |acessodata=2021-04-10 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref>

=== Sentidos ===

==== Visão ====
[[Imagem:Cat eye (2267157496).jpg|miniaturadaimagem|Gatos têm a visão muito nítida]]

Medir e classificar os sentidos dos animais pode ser difícil, principalmente por que não existem meios explícitos de comunicação entre o objeto do teste e o examinador. Entretanto, testes indicam que a visão aguçada dos gatos é largamente superior no [[noite|período noturno]] em comparação aos [[humano]]s, mas menos eficaz durante o [[dia]]. Os olhos dos gatos possuem o [[tapetum lucidum]], uma membrana posicionada dentro do [[globo ocular]] que reestimula a retina ao refletir a [[luz]] na cavidade. Enquanto este artifício melhora a visão noturna, parece reduzir a acuidade visual na presença de luz abundante. Quando há muita luminosidade, a [[pupila]] em formato de fenda fecha-se o máximo possível, para reduzir a quantidade de luz a atingir a [[retina]], o que também resguarda a noção de profundidade. Os gatos têm, em média, campo visual com abertura estimada em 210°, dos quais 120° são binoculares, contra 180° dos humanos, com sobreposição binocular mais estreita que a dos humanos.<ref name="alt1040">{{citar web |url=http://alt1040.com/2013/10/gatos-vision?utm_source=self&utm_medium=nav&utm_campaign=lo+mas+leido |título=Así ven los gatos el mundo |acessodata= 21 de outubro de 2013 }}</ref>

O campo de visão depende principalmente do posicionamento dos olhos estruturalmente semelhantes aos humanos, mas também pode estar relacionada com a construção dos olhos. Ao invés da [[fóvea]], que dá aos humanos excelente visão central, os gatos têm uma faixa central marcando a intersecção binocular. Aparentemente, os gatos conseguem diferenciar [[cor]]es, especialmente à curta distância, mas sem sutileza apreciável, em termos humanos, já que estas não são interpretadas da mesma forma - a menos que o animal seja devidamente treinado para desenvolver tal percepção. Os gatos também possuem uma terceira membrana protetora dos olhos, a [[membrana nictitante|membrana de nictação]], que é o ato de fechar os olhos instintivamente na presença de luz intensa.<ref>{{citar web | url=http://hipertextual.com/2013/10/gatos-vision?utm_source=self&utm_medium=nav&utm_campaign=lo+mas+leido | título=mais visto| lingua=es}}</ref> Essa membrana fecha parcialmente quando o animal está [[doença|doente]]. Se o gato mostra frequentemente essa terceira [[pálpebra]], é um indicativo de doença.<ref name="GERIATRIA"/> Os gatos não conseguem ver a menos de 20 centímetros de distância, daí levarem a boca à comida, confiando no olfato.<ref>{{Citar web |url=http://pequenosfelinos.com/a-visao-dos-gatos |título=visao-dos-gatos}}</ref> Seu ponto cego é logo abaixo do nariz.<ref>{{Citar web
 |url=http://www.whiskas.com.br/gatopedia/mito-ou-verdade#node-207
 |título=ponto cego
 |acessodata=2013-11-14
 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130728164052/http://whiskas.com.br/gatopedia/mito-ou-verdade#node-207
 |arquivodata=2013-07-28
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}}</ref>

==== Audição ====
[[Imagem:Katzenohr seitlich.JPG|miniaturadaimagem|O formato das orelhas dos gatos ajuda-os a identificarem com precisão a fonte dos [[som|sons]]]]

Os seres humanos e os gatos têm limites similares de audição em baixa frequência, que devem rondar os 20 Hz. Já na escala de alta frequência, os gatos têm ampla vantagem, alcançando os 60&nbsp;kHz, superando até mesmo os [[cão|cães]]. Os gatos podem ouvir até duas [[oitava]]s acima dos humanos (20&nbsp;kHz) e meia oitava além dos cães. Quando detectam um [[som]], as orelhas do gato imediatamente voltam-se para o [[ruído]]. Os gatos podem precisar com margem de erro de 7,5 centímetros a localização de uma fonte sonora a um metro de distância. Trinta e dois músculos individuais na orelha os permitem ouvir direccionalmente. Os gatos podem mover uma orelha independentemente da outra. Diferentemente dos humanos, os gatos têm sua orelha coberta interna e externamente por pelos. Quando está enojado ou atemorizado, o gato instintivamente abaixa as orelhas para trás da cabeça, cobrindo seus canais auditivos. Juntamente com esta ação, arrepia seus pelos, coloca as [[garra]]s para fora e emite um som ameaçador com a boca, deixando os dentes à mostra.<ref>{{Citar web |url=http://www.hgtv.com/hgtv/ah_pets_care_health/article/0,1801,HGTV_3152_1380540,00.html |titulo=''Understanding Cats'' |acessodata=2008-05-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080201133606/http://www.hgtv.com/hgtv/ah_pets_care_health/article/0%2C1801%2CHGTV_3152_1380540%2C00.html |arquivodata=2008-02-01 |urlmorta=yes }}</ref>

==== Tato ====
Os gatos geralmente apresentam uma dúzia de [[vibrissa]]s, dispostas em quatro fileiras sobre os [[lábio]]s superiores, as vibrissas dessa região em particular são comumente chamadas coletivamente de [[bigode]], alguns nas bochechas, tufos sobre os [[olho]]s e no queixo. Os [[Sphynx]] - gatos quase sem [[pelo]]s - podem ter bigodes normais, curtos ou nem sequer apresentá-los. Os bigodes auxiliam na navegação e [[tato]]. Podem detectar pequenas variações nas correntes de ar, possibilitando ao gato descobrir obstruções sem vê-las, facilitando o deslocamento na [[penumbra]]. As fileiras mais elevadas dos bigodes movem-se independentemente das inferiores para medições ainda mais precisas. Especula-se que os gatos podem preferir guiar-se pelos bigodes especializados que dilatar as [[pupila]]s na totalidade, o que reduz a habilidade de focar objetos próximos. Esses pelos também alcançam aproximadamente a mesma largura do corpo do bicho, permitindo-o julgar se cabe em determinados espaços.<ref name="cesaho"/>

O posicionamento dos bigodes é um bom indicador do [[humor]] do felino: apontados para frente, indicam curiosidade e tranquilidade; colados ao [[Face|rosto]], indicam que o gato assumiu uma postura defensiva e agressiva. Recentes estudos de fotografias infravermelhas de gatos caçando demonstram que eles também utilizam seus [[bigode]]s para determinar se a presa mordida já está morta. Observa-se nas fotos que, ao aplicar a mordida fatal à [[predação|vítima]] e posteriormente a manter apertada entre as [[mandíbula]]s, seus bigodes "abraçam" ou rodeiam completamente o corpo da presa para detectar uma possível mínima vibração como sinal de que a caça ainda possa estar com vida. Crê-se que este fenômeno é usado para proteger o próprio corpo do [[felino]], porque muitas de suas vítimas, como os [[rato]]s, ainda podem mordê-lo e/ou lesioná-lo, se o predador as leva à [[boca]] quando ainda estão com vida.<ref name="cesaho">[http://www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/arquivos/arquivo_298_cesaho.pdf ''Os sentidos do gato'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref>

==== Paladar e olfato ====
[[Imagem:Cat's Nose.jpg|miniaturadaimagem|Os gatos têm o sentido do olfato consideravelmente superior ao apresentado pelos seres humanos]]

Uma curiosidade sobre o paladar dos gatos é que, de acordo com a edição [[Estados Unidos|norte-americana]] da [[National Geographic (revista)|National Geographic]] (de 8 de dezembro de 2005), eles não são capazes de saborear o [[gosto|doce]], por falta de receptores desse tipo. Alguns cientistas acreditam que isso se deve à dieta dos gatos incluir quase que exclusivamente alimentos ricos em [[proteína]]s, embora seja incerto se essa é a causa ou o resultado dessa falta de células adaptadas.<ref name="GERIATRIA"/>

Entretanto, através da observação de gatos domésticos, percebe-se que, uma vez que sejam oferecidos [[guloseimas|doces]], eles parecem gostar, embora não seja saudável deixá-los comer tais guloseimas, pois podem causar excessiva fermentação dentro do aparelho digestivo, gerando [[flatulência|gases]] e [[cólica]]s desconfortáveis no animal.<ref name=DOENCAS>{{Citar livro|título=Doenças do Gato e seu Tratamento|autor= Muller, Ulrike e Muller, Alfred|local=Portugal|editora=Presença |ano=1997|isbn = 972-23-2185-4|páginas=166}}</ref> Ainda que não reconheçam o gosto doce, esses animais apresentam grande sensibilidade aos sabores [[ácido]]s, salgados e [[amargo]]s, o que os torna animais muito exigentes quanto ao paladar dos alimentos que lhes são oferecidos, podendo recusar a refeição fornecida, caso notem algo de errado ou diferente em seu sabor.<ref name=Royal>{{Citar web
 |url=http://publications.royalcanin.com/renvoie.asp?type=1&cid=107438&id=102377&com=23&animal=2&lang=6&session=3020805
 |título=O paladar no gato
 |publicado=publications.royalcanin.com
 |acessodata=2010-06-20
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 |primeiro=|datali=maio de 2019}}</ref>

O olfato é fundamental para que o gato conheça o meio ambiente.<ref>{{Citar web|url=http://caocidadao.com.br/dicas/cheiros-e-seu-efeito-sobre-o-comportamento-dos-gatos/|titulo=Cheiros e seu efeito sobre o comportamento dos gatos|acessodata=2016-04-15|obra=Cão Cidadão}}</ref> Um gato doméstico possui o olfato 14 vezes mais potente e duas vezes mais células receptoras que os humanos, portando 19 milhões de terminações nervosas ligadas ao cheiro, portanto, podendo sentir [[odor]]es dos quais um ser humano nem sequer registra ou reconhece.<ref>[http://cats.about.com/cs/felineanatomy/a/catsnose_scent.htm ''The nose knows'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref>

=== Envelhecimento ===
[[Imagem:Tired_20-year-old_cat.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Uma gata de 20 anos. Embora não apresentem muitos sinais externos de envelhecimento, os gatos têm a saúde fragilizada nessa etapa de suas vidas]]
Ainda que apresentem poucos sinais externos decorrentes do envelhecimento, com o avanço da idade, os gatos apresentam mudanças fisiológicas significativas que afetam seu metabolismo, tornando-os mais suscetíveis e vulneráveis aos ataques de diversas doenças, como problemas na pele, olhos, ouvidos, olfato e paladar.<ref name="UFLA"/><ref name="DOENCAS"/><ref name="Royal"/> Podem também apresentar fragilidade nos [[osso]]s e desenvolver [[tumor]]es e [[Cancro (tumor)|cânceres]]. Normalmente, os indivíduos mais idosos apresentam [[letargia]], diminuição do apetite e emagrecimento, culminando na insuficiência de órgãos vitais como [[insuficiência renal|rins]], [[insuficiência hepática|fígado]] e [[insuficiência cardíaca|coração]], o que pode levar o animal ao óbito.<ref name="UFLA"/><ref name="Velhinho">{{Citar web
 |url=http://www.nutrikao.com.br/index.php?menu=home&id_categoria=120&id_subcategoria=130
 |título=Nutrikão - Cuidados com o velhinho
 |publicado=www.nutrikao.com.br
 |acessodata=2010-06-20
 |último =
 |primeiro =
}}</ref>

Os gatos que vivem sob cuidados de humanos podem viver mais de 20 anos. Para que atinjam tal idade, é recomendado que a partir dos oito anos de idade esses animais sejam submetidos a um tratamento diferenciado, envolvendo alimentação diferenciada, consultas veterinárias e exames de saúde regulares.<ref>{{Citar web |url=http://bichanosonline.com.br/artigo/2008/02/28/velhice |titulo=''Velhice'' |acessodata=2009-05-20 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090616145149/http://bichanosonline.com.br/artigo/2008/02/28/velhice/ |arquivodata=2009-06-16 |urlmorta=yes }}</ref> Cuidados gerais devem ser intensificados nessa fase, sobretudo o [[higiene|asseio]] com os dentes, que devem ser limpos e inspecionados semanalmente. Os olhos e ouvidos também devem ser focos de cuidados especiais, pois esses órgãos vão, aos poucos, tornando-se menos eficazes. Se o gato estiver com a sua visão prejudicada, deve-se evitar a mudança da localização dos seus pertences, como cama, [[liteira (gatos)|caixa de areia]] e vasilhas de [[água]] e comida, pois o animal poderá continuar utilizando esses itens, desde que esteja acostumado ao local onde normalmente estão instalados. Quanto à alimentação, deve-se estimular um aumento no número de refeições, pois o gato passará a ter menos apetite e, consequentemente, comer em menores porções. Fabricantes de rações disponibilizam produtos especialmente direcionados a gatos idosos, os quais apresentam teores de nutrientes diferenciados, adaptando-se às necessidades dos animais dessa faixa etária.<ref name="UFLA"/> Devido a redução na quantidade de alimentos ingeridos e às mudanças fisiológicas decorrentes da [[velhice|idade mais avançada]], o nível de energia disponível diminuirá e o animal não terá mais tanta disposição para brincadeiras. No entanto, sabe-se que gatos idosos apreciam a companhia dos humanos, devendo ser tratados com a mesma alegria, dedicação e carinho dispensados em sua [[juventude (idade)|fase juvenil]].<ref name="UFLA"/>

==Ecologia==
[[File:Causes of bird deaths.png|thumb|Os gatos de exterior são a maior causa humana de mortalidade de aves]]
===Habitat===
O gato doméstico é uma [[espécie cosmopolita]] e ocorre em grande parte do mundo.<ref name="Lipinski" /> É adaptável e está agora presente em todos os continentes excepto na [[Antártida]], e em 118 dos 131 principais grupos de ilhas, incluindo no arquipélago isolado das [[Ilhas Kerguelen]].<ref>{{citar periódico|título=Spatio-temporal variation in cat population density in a sub-Antarctic environment |último =Say |primeiro =L. |periódico=Polar Biology |data=2002 |volume=25 |número=2 |páginas=90–95 |doi=10.1007/s003000100316|bibcode=2002PoBio..25...90S |s2cid=22448763}}</ref><ref>{{citar periódico|título=Biological Invasions in the Antarctic: Extent, Impacts and Implications |último1 =Frenot |primeiro1 =Y. |último2 =Chown |primeiro2 =S. L. |último3 =Whinam |primeiro3 =J. |último4 =Selkirk |primeiro4 =P. M. |último5 =Convey |primeiro5 =P. |último6 =Skotnicki |primeiro6 =M. |último7 =Bergstrom |primeiro7 =D. M. |s2cid=5574897 |periódico=Biological Reviews |data=2005 |volume=80 |número=1 |páginas=45–72 |doi=10.1017/S1464793104006542 |pmid=15727038 |doi-access=free}}</ref> Dada a sua habilidade em prosperar em quase qualquer habitat terrestre, está entre as [[Espécie invasora|espécies mais invasivas]] do mundo.<ref>{{citar periódico|último1 =Medina |primeiro1 =F. M. |último2 =Bonnaud |primeiro2 =E. |último3 =Vidal |primeiro3 =E. |último4 =Tershy |primeiro4 =B. R. |author-link5=Erika Zavaleta |último5 =Zavaleta |primeiro5 =E. |último6 =Josh Donlan |primeiro6 =C. |último7 =Keitt |primeiro7 =B. S. |último8 =Le Corre |primeiro8 =M. |último9 =Horwath |primeiro9 =S. V. |último10 =Nogales |primeiro10 =M. |data=2011 |título=A global review of the impacts of invasive cats on island endangered vertebrates |periódico=Global Change Biology |volume=17 |número=11 |páginas=3503–3510 |doi=10.1111/j.1365-2486.2011.02464.x |citeseerx=10.1.1.701.4082 |bibcode=2011GCBio..17.3503M|s2cid=323316}}</ref> É capaz de viver em pequenas ilhas sem nenhum habitante humano.<ref>{{citar periódico|título=A Review of Feral Cat Eradication on Islands |último1 =Nogales |primeiro1 =M. |último2 =Martin |primeiro2 =A. |último3 =Tershy |primeiro3 =B. R. |último4 =Donlan |primeiro4 =C. J. |último5 =Veitch |primeiro5 =D. |último6 =Uerta |primeiro6 =N. |último7 =Wood |primeiro7 =B. |último8 =Alonso |primeiro8 =J. |periódico=Conservation Biology |data=2004 |volume=18 |número=2 |páginas=310–319 |doi=10.1111/j.1523-1739.2004.00442.x |bibcode=2004ConBi..18..310N |hdl=10261/22249 |s2cid=11594286 |url= https://digital.csic.es/bitstream/10261/22249/1/CBL-2004-18-310.pdf |hdl-access=free |acessodata=24 de Setembro de 2019 |arquivodata=6 de Dezembro de 2019 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20191206034647/https://digital.csic.es/bitstream/10261/22249/1/CBL-2004-18-310.pdf |urlmorta= não}}</ref> Gatos ferais conseguem viver em florestas, prados, tundra, áreas costeiras, terras agrícolas, matagais, áreas urbanas e zonas húmidas.<ref name="ISSG 2006">{{citar web|url= http://www.issg.org/database/species/ecology.asp?si=24&fr=1&sts=sss |obra=Global Invasive Species Database |título=Ecology of ''Felis catus'' |autor =Invasive Species Specialist Group |publicado=[[IUCN Species Survival Commission]], [[International Union for Conservation of Nature]] |data=2006 |acessodata=31 de Agosto de 2009 |urlmorta= não|arquivourl= https://web.archive.org/web/20091027123405/http://www.issg.org/database/species/ecology.asp?si=24&fr=1&sts=sss |arquivodata=27 de Outubro de 2009}}</ref>

Há vários factores que levam a que o gato doméstico seja tratado como uma espécie invasora. Por um lado, como é pouco diferente de um gato selvagem, pode cruzar-se livremente com este. Esta [[híbrido (biologia)|hibridação]] coloca em perigo a distinção genética de algumas populações de gato selvagem, particularmente na [[Escócia]] e [[Hungria]], e possivelmente também na [[Península Ibérica]], e onde quer que áreas naturais protegidas estejam perto de paisagens dominadas por humanos, como no [[Parque Nacional Kruger]] na [[África do Sul]].<ref name="Kruger">{{citar periódico|url= https://www.researchgate.net/publication/270912183 |título=Genetic analysis shows low levels of hybridization between African wildcats (Felis silvestris lybica) and domestic cats (F. s. catus) in South Africa |último1 =Le Roux |primeiro1 =Johannes J. |último2 =Foxcraft |primeiro2 =Llewellyn C. |último3 =Herbst |primeiro3 =Marna |último4 =Macfadyen |primeiro4 =Sandra |data=19 de agosto de 2014 |periódico=Ecology and Evolution |volume=5 |número=2 |páginas=288–299 |doi=10.1002/ece3.1275 |pmid=25691958 |pmc=4314262 |acessodata=14 de Novembro de 2021 |arquivodata=7 de Março de 2022 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20220307214831/https://www.researchgate.net/publication/270912183_Genetic_analysis_shows_low_levels_of_hybridization_between_African_wildcats_Felis_silvestris_lybica_and_domestic_cats_F_s_catus_in_South_Africa |urlmorta= não}}</ref><ref name="Oliveira"/> Contudo, a sua introdução em locais sem populações naturais de felinos também contribui para o declínio de espécies nativas.<ref name="contr-ext" />

===Impacto na vida selvagem===
Em ilhas, 60% da dieta dos gatos consiste em aves.<ref name="Fitzgerald">{{citar livro|último1 =Fitzgerald |primeiro1 =M. B. |último2 =Turner |primeiro2 =Dennis C. |título=The Domestic Cat: The Biology of its Behaviour |editor-last1=Turner |editor-first1=Dennis C. |editor-sobrenome2 =Bateson |editor-nome2 =Patrick P. G. |páginas=151–175 |capítulo=Hunting Behaviour of Domestic Cats and Their Impact on Prey Populations}}</ref> Em quase todos os casos, o gato não foi identificado como a única causa da redução do número de aves insulares, e em alguns caos, a erradicação dos gatos causou um efeito de "[[libertação de mesopredadores]]";<ref>{{citar periódico|último1 =Courchamp |primeiro1 =F. |último2 =Langlais |primeiro2 =M. |último3 =Sugihara |primeiro3 =G. |data=1999 |título=Cats protecting birds: Modelling the mesopredator release effect |periódico=Journal of Animal Ecology |volume=68 |número=2 |páginas=282–292 |doi=10.1046/j.1365-2656.1999.00285.x |doi-access=free |bibcode=1999JAnEc..68..282C |s2cid=31313856}}</ref> onde a supressão de [[Superpredador|carnívoros de topo]] cria uma abundância de predadores mais pequenos que causam um declínio acentuado nas suas presas partilhadas. Gatos domésticos são um factor contribuinte para o declínio de várias espécies, um factor que levou em última instância, em alguns casos, à extinção. ''[[Turnagra capensis]]'', ''[[Cabalus modestus]]'',<ref name="Mead 1982 183–186" /> e o [[merganso-de-auckland]]<ref>{{citar livro|último1 =Stattersfield |primeiro1 =A. J. |último2 =Crosby |primeiro2 =M. J. |último3 =Long |primeiro3 =A. J. |último4 =Wege |primeiro4 =D. C. |título=Endemic Bird Areas of the World: Priorities for Biodiversity Conservation |data=1998 |publicado=Burlington Press |isbn=9780946888337 |series="BirdLife Conservation" series No. 7 |local=Cambridge, England}}</ref> são algumas espécies de uma longa lista de extinções, sendo a [[Cotovia-da-ilha-stephen]] um caso extremo que foi conduzida à extinção apenas alguns anos após a sua descoberta.<ref>{{citar livro|último =Falla |primeiro =R. A. |título=New Zealand Bird Life Past and Present |data=1955 |publicado=[[Cawthron Institute]]}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Galbreath |primeiro1 =R. |último2 =Brown |primeiro2 =D. |data=2004 |título=The Tale of the Lighthouse-keeper's Cat: Discovery and Extinction of the Stephens Island Wren (''Traversia lyalli'') |url= http://www.notornis.org.nz/free_issues/Notornis_51-2004/Notornis_51_4_193.pdf |urlmorta= sim|periódico=Notornis |volume=51 |páginas=193–200 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20081017221501/http://www.notornis.org.nz/free_issues/Notornis_51-2004/Notornis_51_4_193.pdf |arquivodata=17 de Outubro de 2008}}</ref> Um gato assilvestrado na Nova Zelândia matou 102 morcegos da espécie [[Mystacina tuberculata]] em sete dias.<ref>{{citar periódico|último1 =Scrimgeour |primeiro1 =J. |último2 =Beath |primeiro2 =A. |último3 =Swanney |primeiro3 =M. |data=2012 |título=Cat predation of short-tailed bats (''Mystacina tuberculata rhyocobia'') in Rangataua Forest, Mount Ruapehu, Central North Island, New Zealand |periódico=New Zealand Journal of Zoology |volume=39 |número=3 |páginas=257–260 |doi=10.1080/03014223.2011.649770 |doi-access=free}}</ref> Nos Estados Unidos, gatos domésticos assilvestrados ou não mantidos dentro de casa matam estimadamente 6,3 a 22,3 mil milhões de mamíferos por ano.<ref name="NC012913" />

Na Austrália, os gatos têm um impacto maior nas populações de mamíferos do que a [[perda de habitat]].<ref>{{citar periódico|último1 =Murphy |primeiro1 =B. P. |último2 =Woolley |primeiro2 =L.-A. |último3 =Geyle |primeiro3 =H. M. |último4 =Legge |primeiro4 =S. M. |último5 =Palmer |primeiro5 =R. |último6 =Dickman |primeiro6 =C. R. |último7 =Augusteyn |primeiro7 =J. |último8 =Brown |primeiro8 =S. C. |último9 =Comer |primeiro9 =S. |último10 =Doherty |primeiro10 =T. S. |último11 =Eager |primeiro11 =C. |data=2019 |título=Introduced cats (''Felis catus'') eating a continental fauna: The number of mammals killed in Australia |periódico=Biological Conservation |volume=237 |páginas=28–40 |doi=10.1016/j.biocon.2019.06.013 |bibcode=2019BCons.237...28M |s2cid=196649508}}</ref> Mais de um milhão de répteis são mortos por gatos ferais por dia, representando 258 espécies.<ref>{{citar web|último =Daley |primeiro =J. |data=2018 |título=Australian Feral Cats Eat More Than a Million Reptiles Per Day |url= https://www.smithsonianmag.com/smart-news/feral-cats-eat-million-australian-reptiles-day-180969447/ |acessodata=6  de Junho de 2020 |website=Smithsonian Magazine |arquivodata=21 de Março de 2019 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20190321064840/https://www.smithsonianmag.com/smart-news/feral-cats-eat-million-australian-reptiles-day-180969447/ |urlmorta= não}}</ref> Gatos contribuiram para a extinção de ''[[Leiocephalus eremitus]]'' e ''[[Chioninia coctei]].''<ref name="contr-ext">{{citar periódico|último1 =Doherty |primeiro1 =T. S. |último2 =Glen |primeiro2 =A. S. |último3 =Nimmo |primeiro3 =D. G. |último4 =Ritchie |primeiro4 =E. G. |último5 =Dickman |primeiro5 =C. R. |data=2016 |título=Invasive predators and global biodiversity loss |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences |volume=113 |número=40 |páginas=11261–11265 |doi=10.1073/pnas.1602480113 |pmc=5056110 |pmid=27638204 |bibcode=2016PNAS..11311261D |doi-access=free}}</ref>

===Gatos ferais===
{{AP|Gato feral}}
[[Imagem:Cats on Beach.JPG|miniaturadaimagem|Grupo de gatos ferais vivendo em área rochosa próxima ao mar|esquerda]]

Devido ao fato de sua [[domesticação]] ser relativamente recente, quando necessário os gatos convertem-se facilmente à vida selvagem, passando a viver em ambientes silvestres. Gatos que nasceram ou cresceram em meio selvagem, sem manterem contato direto com seres humanos, costumam se unir em agrupamentos formados por diversos animais. Os animais que vivem nessa situação recebem o nome de [[gato feral|gatos ferais]].<ref name="fsp">{{citar web|título=Quem são os gatos ferais que a Austrália quer exterminar |url=https://gatices.blogfolha.uol.com.br/2015/08/03/saiba-quem-sao-os-gatos-ferais-que-a-australia-quer-exterminar/ |obra=Folha de SP |publicado=[[Folha de S.Paulo]] }}</ref><ref name="ECB" /><ref name="gatoferal02042019">{{citar web |url=http://recil.grupolusofona.pt/xmlui/bitstream/handle/10437/7105/TESE_Ines.pdf?sequence=1|titulo=ECOLOGIA URBANA DO GATO DOMÉSTICO (Felis silvestris catus) NA CIDADE DE BARCELONA |data= 2016|publicado=Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias}}</ref> Esses animais costumam formar colônias nas quais vivem por meio de caça a pequenos animais como [[aves]] e [[roedores]].<ref name="fsp" /> Por crescerem de forma isolada, eles costumam apresentar agressividade e dificilmente aceitam contato com humanos, o que torna sua domesticação ocorrência rara e de elevado nível de dificuldade.<ref name=":f0" /> Suas colônias podem apresentar diferentes tamanhos, variando desde grandes colônias, com a presença de 25 ou mais gatos; agrupamentos médios contendo 10 a 25 indivíduos; ou ainda, pequenos grupos compostos por menos de 10 animais.<ref name="feral02042019" /> Tais colônias usualmente se localizam em áreas afastadas dos [[Cidade|centros urbanos]]; contudo, não é rara a presença de agrupamentos de gatos ferais ocupando parques e grandes terrenos baldios das [[área urbana|áreas urbanas]].<ref name="fsp" />

[[Imagem:Gato BarraNa Galicia 3.jpg|miniaturadaimagem|Gato feral em postura defensiva diante de uma ameaça]]

Uma vez que os gatos ferais são idênticos aos gatos domésticos do ponto de vista genético,<ref name="fsp" /><ref name=":f0">{{Citar web|titulo=What is a feral cat?|url=http://www.forgottencats.org/feralcat.php|obra=www.forgottencats.org|acessodata=2019-02-01}}</ref> não existem distinções significativas das feições físicas entre os gatos ferais e os domésticos.<ref name=":f1">{{Citar web|titulo=Neighborhood Cats {{!}} How to TNR {{!}} What is a Feral Cat?|url=https://www.neighborhoodcats.org/how-to-tnr/getting-started/what-is-a-feral-cat|obra=Neighborhood Cats|acessodata=2019-02-01|lingua=en}}</ref> Entretanto, devido a seu modo de vida, normalmente os animais ferais irão apresentar-se mais musculosos que os animais domesticados, uma vez que esses gatos de vida livre realizam atividades físicas de forma mais intensa e frequente. Suas constantes atividades de caça os obrigam a subir em [[árvore]]s, escalarem [[rocha]]s e correrem atrás das presas, o que gera grande gasto de [[Caloria|energia]].<ref name=":f1" />

Visualmente, o gato feral pode apresentar pelagem mais rústica. Mas isso não se trata de uma característica genética e sim de um aspecto relacionado ao fato de que, ao adotar um modo de vida selvagem e afastado do convívio com humanos, esses animais não recebem os cuidados que manteriam sua pelagem brilhante e macia. Além disso, suas práticas de caça e as frequentes brigas em defesa do território podem causar ferimentos que deixam [[cicatriz]]es, sobre as quais há crescimento irregular de seus pelos.<ref>{{Citar web|titulo=Can Feral Cats Heal From Wounds Without Care?|url=http://pets.thenest.com/can-feral-cats-heal-wounds-care-8053.html|obra=pets.thenest.com|acessodata=2019-02-04|primeiro=Michelle A.|ultimo=Rivera}}</ref> Os gatos de vida livre não precisam de interação com o homem para obterem proteção, alimentos ou companhia. Deste modo, ao contrário dos gatos normais, os ferais não [[Miado|vocalizam]] para os humanos.<ref name="fsp" /> Na verdade, por serem dotados de elevado temor e desconfiança em relação ao homem, os gatos ferais normalmente procuram manter-se distantes das pessoas.<ref name="feral02042019">{{citar web |url=http://recil.grupolusofona.pt/xmlui/bitstream/handle/10437/7105/TESE_Ines.pdf?sequence=1|titulo=Ecologia Urbana do Gato Doméstico (Felis silvestris catus) na Cidade de Barcelona |data= 2016|publicado=Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias}}</ref> Caso sejam capturados, esses animais irão empreender fuga e retornarão à natureza na primeira oportunidade que encontrarem para isso.<ref name=":f0" />

Devido à sua natureza selvagem, quando retirados de seu ambiente os gatos ferais ficam severamente estressados, o que faz com que tenham seu sistema imunológico abalado. Deste modo doenças preexistentes tornam-se sintomáticas, fazendo com que a saúde do animal se deteriore, podendo causar sua [[morte]].<ref name=":f1" /> Em alguns casos, pessoas incentivam a manutenção das colônias de gatos ferais, objetivando o controle de [[pragas]] nas redondezas, uma vez que suas frequentes atividades de caça evitam a presença de ratos e outros animais indesejáveis.<ref name="fsp" /> É importante destacar que os gatos ferais devem ser diferenciados dos gatos de rua, uma vez que os animais ferais vivem em comunidades, evitando o contato com humanos.<ref name=":f0" /> Já os gatos de rua são animais que embora vivam ao relento se alimentando das comidas que encontrem nas ruas, apresentam boa capacidade de socialização, aceitando e apreciando o contato com as pessoas.<ref name=":feral2">{{Citar web|titulo=Feral and Stray Cats—An Important Difference|url=https://www.alleycat.org/resources/feral-and-stray-cats-an-important-difference/|obra=Alley Cat Allies|acessodata=2019-02-01|lingua=en}}</ref> Ao contrário dos animais ferais, gatos de rua podem facilmente ser convertidos em animais de estimação, bastando para isso que um humano lhe forneça abrigo e alimento.<ref name=":feral2" />

== Comunicação ==
{{Artigo principal|Inteligência em gatos}}
[[Imagem:Domestic_Cat_Face_Shot.jpg|miniaturadaimagem|Um gato doméstico vocalizando]]

Os gatos conseguem comunicar-se de forma bastante eficaz, seja com humanos ou com outros seres de sua espécie. Estudos da [[inteligência]] em gatos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato [[cognitivo]] capaz de lhes propiciar diversas ações, que podem ser compreendidas como sinais de inteligência.<ref>''Gatos são inteligentes?'' Revista Cães & Cia, n. 331, dezembro de 2006 [http://www.caocidadao.com.br/artigos_gatos.php?id=42] {{Wayback|url=http://www.caocidadao.com.br/artigos_gatos.php?id=42|date=20090721024531}}</ref> O [[cérebro]] destes animais apresenta estruturas complexas que possibilita-lhes desenvolver uma espécie de linguagem, comunicando-se por meio de miados, ronronares, bufos, gritos e linguagens corporais.

A avançada estrutura do cérebro faz com que esses felinos sejam frequentemente utilizados como [[Teste com animais|animais experimentais]], tendo em vista que esse órgão apresenta estrutura muito similar àquela observada no [[cérebro humano]]. Pesquisas indicam que, tanto no homem quanto no gato, o mesmo setor cerebral é o responsável pela existência de diferentes emoções.<ref>{{Citar web |url=http://mios_e_miaus.web.simplesnet.pt/curiosidades.htm |titulo=''Curiosidades sobre gatos'' |acessodata=2009-05-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090430033349/http://mios_e_miaus.web.simplesnet.pt/curiosidades.htm |arquivodata=2009-04-30 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Miado ===
{{Artigo principal|Miado}}
[[Arquivo:Felis silvestris catus.ogg|esquerda|miniaturadaimagem|Clique para ouvir o som produzido por um gato ao miar]]

O [[miado]] é o som típico que caracteriza o gato. É transcrito [[onomatopeia|onomatopeicamente]] como "miau" em [[língua portuguesa|português]] (em diversas outras línguas apresenta grafia semelhante, como "meow", "miaow", "maw", etc.) O miado é uma forma que os gatos criaram para comunicar com humanos. Em estado selvagem, gatos raramente miam, usando marcas odoríferas e arranhões para marcar território e avisar outros gatos de que estiveram ali.<ref name="miados"/> Diferentemente do [[ronronar]], o miado possui um som mais agudo e audível a uma grande distância. A [[pronúncia]] desta chamada varia significativamente, dependendo de seu propósito. Usualmente, o gato vocaliza indicando [[sofrimento]], solicitando atenção humana (por exemplo, para ser alimentado), ou como uma [[saudação]]. Alguns [[vocalização|vocalizam]] excessivamente, enquanto outros raramente miam. Dependendo da raça, são capazes de emitir cerca de 100 tipos de vocalizações diferentes,<ref name="miados">{{Citar web |url=http://familiapet.uol.com.br/gatos/curiosidades/curiosidades_ostiposdemiado.htm |titulo=Os tipos de miados |acessodata=2009-04-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090204173626/http://familiapet.uol.com.br/gatos/curiosidades/curiosidades_ostiposdemiado.htm |arquivodata=2009-02-04 |urlmorta=yes }}</ref> incluindo sons que se assemelham à linguagem humana. Os machos possuem vocalização mais forte e grave que as fêmeas e a espécie doméstica costuma miar muito mais do que a [[animal selvagem|selvagem]], já que é a principal forma que eles têm de chamar a atenção de seus donos.<ref>{{Citar web |url=http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/gatos_ruidosos_/285 |titulo=''Gatos ruidosos: controlar o miar excessivo'' |acessodata=2009-04-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090902130352/http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/gatos_ruidosos_/285 |arquivodata=2009-09-02 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Outros sons ===
{{Artigo principal|Ronrom}}
[[Imagem:Siam blue point.jpg|miniaturadaimagem|Gatos domésticos miam para chamar a atenção dos humanos]]

O gato geralmente ronrona quando se encontra num estado de calma, prazer ou satisfação. Entretanto, pode ronronar quando está se sentindo [[angústia|angustiado]], [[aflição|aflito]] ou com [[dor]]. Ronrona na presença de outros gatos ou, se ainda filhotes, na presença da mãe - por exemplo. Existem muitas teorias que explicam a origem deste som, incluindo vibração das falsas [[cordas vocais]] quando inspiram ou expiram, o som do [[sangue]] circulando pela [[artéria aorta]], ressonância direta nos [[pulmões]], entre outras. Atualmente, acredita-se que o ronronar é o resultado de impulsos rítmicos produzidos por sua [[laringe]]. Quando um gato emite o característico som de satisfação, é possível sentir sua garganta vibrar. Dentro da garganta, juntamente com as cordas vocais, o gato possui um par de estruturas chamadas pregas vestibulares. Alguns pesquisadores acreditam que essas pregas vibram quando o gato ronrona.<ref name=":0">{{citar periódico|último=Sissom|primeiro=Dawn E. Frazer|último2=Rice|primeiro2=D. A.|último3=Peters|primeiro3=G.|data=1991|título=How cats purr|periódico=Journal of Zoology|língua=en|volume=223|número=1|páginas=67–78|doi=10.1111/j.1469-7998.1991.tb04749.x|issn=1469-7998|bibcode=1991Natur.349Q.460.}}</ref>

A maioria dos gatos bufa ou grunhe quando está em perigo. Alguns podem gorjear, quando observam uma presa ou expressando interesse a um objeto próximo. Quando esse som é dirigido a uma presa fora de alcance, não se sabe se é com a intenção de apresentar um barulho ameaçador, uma expressão de frustração ou para imitar o canto de uma ave (ou de uma presa da ave, como a [[cigarra]]). Recentemente, estudiosos do comportamento animal creem que este som é um "comportamento de ensaio", no qual o gato antecipa ou pratica como matar sua presa, já que o barulho usualmente acompanha um movimento da [[mandíbula]] similar ao que utilizam para matar a presa.<ref name=GYOF>{{Citar livro|título=Gatos y Otros Felinos|autor=Edney, Andrew|local=Espanha|editora=Evergreen|idioma=Espanhol|ano=1999|isbn = 978-3-8228-6801-0|páginas=400}}</ref>

== Doenças e zoonoses ==
Como os demais mamíferos, os gatos são passíveis de contaminação por doenças causadas por [[vírus]], [[fungo]]s e [[bactéria]]s. Estas doenças geralmente se manifestam por meio de [[sintoma]]s como falta de apetite, [[apatia]] e outras alterações comportamentais. Poucas dessas doenças podem contaminar os seres humanos. No entanto, um grande número de pessoas são alérgicas a uma [[proteína]] produzida pelos felinos, apresentando sintomas no sistema respiratório quando entram em contato com fragmentos de pelos desses animais.<ref name="DOENCAS"/>

=== Alergias ===
[[Imagem:Old-Style_Balinese_Cat.png|miniaturadaimagem|esquerda|[[Balinês (gato)|Gato balinês]], uma das raças reconhecidas pela baixa produção de proteínas alérgenas]]

Alguns felinos podem desenvolver severas reações alérgicas quando submetidos a determinadas [[medicamento|medicações]], como, por exemplo, a [[ivermectina]], que é tradicionalmente aplicada no controle de pequenos [[parasita]]s, como [[carrapato]]s, [[pulga]]s e [[piolho]]s. Em determinadas situações, essa substância pode ocasionar o inchaço do cérebro do felino, provocando fortes [[dor]]es, perda de controle muscular, [[cegueira]] temporária, perda de apetite, retenção de urina e [[febre]], chegando a levar o animal ao [[coma|estado de coma]]. A forma de se combater alergias desse tipo é por meio da aplicação de [[antídoto]]s contra ação do medicamento anteriormente ministrado.<ref>''Conheça alguns dos venenos e perigos que podem estar ao alcance dos felinos''[http://www.vitrine25demarco.com.br/coluna_detalhe.php?codeps=MTd8NTV8]</ref>

Muitos [[humano]]s são alérgicos à [[glicoproteína]] ''[[Fel d 1]]'', presente na [[saliva]] dos gatos e transmitida em contato com a pele ou com o pelo do animal. A glicoproteína ''Fel d1'' pode gerar [[espirro]]s, irritação das vias respiratórias e, em casos mais agudos, [[asma]], [[rinite]] e outras reações alérgicas. No dia 24 de setembro de 2006, a empresa biotecnológica Allerca anunciou o começo da criação dos primeiros gatos hipoalergênicos. Além disso, existem algumas raças de gatos que produzem pequenas quantidades da proteína responsável pela reação alérgica, não causando, deste modo, problemas às pessoas sensíveis.<ref>{{Citar web
 |url=http://www.cienciapt.net/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=18232&Itemid=336
 |título=CienciaPT - A Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação em Português - Gatos "hipoalergénicos" disponíveis em 2007 nos EUA
 |publicado=www.cienciapt.net
 |acessodata=2010-06-20
 |último=
 |primeiro=
 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160330014315/http://cienciapt.net/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=18232&Itemid=336
 |arquivodata=2016-03-30
 |urlmorta=yes
}}</ref>

Dentre as raças de gatos mais recomendadas para pessoas alérgicas, frequentemente são citadas as seguintes: balinês, javanês, devon rex, cornish rex, sphynx e siberiano. Em todas essas linhagens, os espécimes apresentam baixa produção da proteína Fel d1, minimizando significativamente o risco de reação alérgica à qualquer pessoa que conviva no mesmo ambiente.<ref>{{Citar web |url=https://felipearnaud.vet.br/gatos/racas-de-gato-para-pessoas-alergicas/ |titulo=Tem alergia a gatos? Veja essas raças de gato para pessoas alérgicas! |data=2020-01-13 |acessodata=2021-03-15 |website=Felipe Arnaud |lingua=pt-BR}}</ref>

A alergia aos felinos pode ser tratada via técnicas de [[imunoterapia]].<ref name=":1">{{Citar web |url=https://www.minhavida.com.br/saude/materias/35628-alergia-a-animais-pode-passar-com-o-tempo-medica-explica |titulo=Alergia a animais pode passar com o tempo? Médica explica |acessodata=2021-03-15 |website=www.minhavida.com.br |lingua=pt-br}}</ref> Os sintomas também tendem a diminuir e até mesmo desaparecer em decorrência de um processo de tolerância aos alérgenos que se desenvolve ao longo de anos de contato com esses animais.<ref name=":1" /> Dessa forma, não é incomum que pessoas inicialmente alérgicas, consigam conviver com gatos após transcorrer certo período, deixando de exibir os sintomas característicos das crises de alergia a felinos.<ref name=":1" />

=== Toxoplasmose ===
{{Artigo principal|Toxoplasmose}}

A toxoplasmose é uma [[zoonose]] de distribuição mundial. Trata-se de uma doença infecciosa causada pelo protozoário ''[[Toxoplasma gondii]]''. Ocorre em animais de estimação e de produção, incluindo [[suíno]]s, [[caprino]]s, [[aves]], animais silvestres, [[cão|cães]], gatos e a maioria dos vertebrados terrestres homeotérmicos ([[Bovinos|bovino]]s, suínos, [[Capra aegagrus hircus|cabra]]s, etc.). Usualmente, os gatos são responsabilizados pela transmissão direta da toxoplasmose aos humanos,<ref>''Toxoplasmose: será que os gatos são mesmo os vilões?''[http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=toxo.htm] {{Wayback|url=http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=toxo.htm|date=20090320232951}} Toxoplasmose: Será que os gatos são mesmo os vilões?</ref> mas pesquisas atuais indicam que na maioria das vezes essa acusação é incorreta, tendo em vista que o ''Toxoplasma gondii'', causador da doença, necessita de um período de incubação após ser expelido pelo organismo do animal, por meio das [[fezes]]. Deste modo, para que haja contaminação, é necessário que haja contato com as fezes secas do animal. Portanto, bastaria manter o gato num ambiente higienizado, com limpeza diária de sua [[liteira (gatos)|caixa de areia]], para não haver preocupação em adquirir essa zoonose.{{carece de fontes|data=dezembro de 2022}}

A [[toxoplasmose]] pode ser perigosa especialmente à mulher [[gravidez|grávida]], sendo uma possível causadora de má-formações [[feto|fetais]] e surdez congênita. Os felinos desempenham um papel chave no ciclo desta enfermidade, sendo hospedeiro do parasita. O gato pode adquirir a doença ao se alimentar de algum [[pássaro]] ou [[rato]] infectado. Logo, os gatos envolvidos na transmissão são somente aqueles que têm possibilidade de caçar ratos (gatos silvestres ou de fazendas). Como os gatos domésticos são, normalmente, alimentados apenas com ração, esse risco é extremamente reduzido, bastando certificar-se de que o gato de estimação não tenha por hábito caçar animais. Destaca-se ainda que é improvável que um gato doméstico ingira os animais que caça, tendo em vista que a maioria trata a carcaça de suas vítimas como "troféus", não se alimentando delas. Quando contaminado, o felino excreta os [[oocisto]]s ("ovos" do protozoário) nas suas fezes, e o humano pode ser infectado via oral ao não lavar as mãos corretamente depois de limpar a caixa de areia do animal, ou não lavar os vegetais que foram plantados em locais que contêm fezes de gatos, por exemplo. Mas a contaminação apenas é possível se esse contato ocorrer após o período de incubação desses ovos. Assim, boas condições de higiene tornam improvável algum tipo de infecção.<ref>{{citar web |url=http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?417 |título=O que é a Toxoplasmose |acessodata=4 de dezembro de 2013 |ultimo=Peretti Torelly |primeiro=André |obra=R7 |publicado=ABC da Saúde }}</ref>

Segundo a [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS), o principal contágio da toxoplasmose não é o contato com gatos domésticos, mas sim a ingestão de protozoários presentes na [[carne]] vermelha crua ou mal cozida, bem como em vegetais mal lavados e contaminados com dejetos de animais.<ref name="Toxoplasmose">{{Citar livro |url=http://whqlibdoc.who.int/hq/1993/WHO_CDS_VPH_93.114.pdf |sobrenome=(WHO/OMS) |nome=Organização Mundial da Saúde |autorlink=Organização Mundial da Saúde |título=Report of the WHO working group meeting on toxoplasmosis vaccine development and technology |idioma=inglês |editora=WHO (OMS) |local=Genebra|ano=1992 |página=11 |volume=1 |acessodata= }}</ref>

=== Leucemia felina ===
{{Artigo principal|Leucemia felina}}
[[Imagem:Street cats (1).jpg|miniaturadaimagem|Gatos que vivem nas ruas são mais suscetíveis a doenças como a Leucemia e a Panleucopenia felina]]
A leucemia felina, provocada por um [[vírus]], é uma das doenças mais complexas que afeta os gatos. Diferentemente da versão humana da doença, é contagiosa, podendo ser transmitida de gato para gato por meio da [[saliva]] ou pelo contato com [[sangue]] contaminado. No entanto, não é transmitida aos seres humanos, tendo em vista que o agente causador somente sobrevive no organismo dos felinos.<ref name="DOENCAS"/> A [[vacinação]] contra a leucemia confere proteção aos gatos em 95% dos casos. A [[castração]] reduz a possibilidade de contaminação, já que o animal tende a permanecer mais em casa e não ter contato com outros gatos.

A leucemia felina é uma doença desconhecida por muitos veterinários, que, ao não saber como tratá-la, recomendam o sacrifício do animal. Inicialmente, esta doença se manifesta pela perda parcial da defesa imunológica do gato portador. Porém, trata-se de uma [[doença degenerativa]], cuja gravidade vai avançando ao mesmo tempo que reduz a expectativa de vida em alguns anos. Tratamentos podem abrandar os problemas, sobretudo se o gato viver em boas condições, uma vez que, devido à baixa imunidade, qualquer doença de menor gravidade pode ser altamente perigosa para o animal. Durante o estado crítico, o gato necessita de cuidados e boa alimentação, acompanhado por veterinários, e do uso do [[interferon]]. A leucemia felina "terminal" ocorre quando a doença atinge a [[medula óssea]], anulando totalmente a produção de glóbulos brancos à sua defesa; quando esta ocorre, o animal começa a ter a sua saúde deteriorada rapidamente e passa a sofrer fortes dores, de modo que o sacrifício é a única solução.<ref>[http://www.dr-addie.com/Portuguese/treatmentport.html ''Tratamento da PIF'']</ref>

=== Panleucopenia felina ===
{{Artigo principal|Panleucopenia felina}}
[[Imagem:Catch cats.JPG|miniaturadaimagem|esquerda|Brigas podem causar contato com sangue e saliva contaminados]]

A panleucopenia felina é uma doença viral que acomete gatos domésticos e outros membros das famílias [[Felidae]], [[Mustelidae]], [[Viverridae]] e [[Procyonidae]]. O agente causador é um [[vírus]] classificado como ''[[parvovírus]] felino''. Essa doença não é transmissível ao [[homem]] e nem a outros [[animal de estimação|animais de estimação]].<ref>{{Citar web
 |url=http://www.policlinicaveterinaria.com.br/art_saude.asp?xcod=24
 |título=Policlínica Veterinária de Cotia
 |publicado=www.policlinicaveterinaria.com.br
 |acessodata=2010-06-20
 |último=
 |primeiro=
 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100803031612/http://www.policlinicaveterinaria.com.br/art_saude.asp?xcod=24
 |arquivodata=2010-08-03
 |urlmorta=yes
}}</ref> Trata-se de uma enfermidade altamente contagiosa aos felinos, caracterizada pelo aparecimento súbito de [[febre]], [[anorexia (sintoma)|falta de apetite]], [[Depressão nervosa|depressão]], [[vômito]]s e [[diarreia]], [[desidratação]] e [[leucopenia]].<ref name="DOENCAS"/> Foram relatadas ocorrências da panleucopenia transmitida pelo [[colostro]] e pelo [[leite]].<ref>{{Citar web |url=http://www.emea.europa.eu/vetdocs/PDFs/EPAR/PurevaxRCPFeLV/013505pt1.pdf |titulo=''RELATÓRIO PÚBLICO EUROPEU DE AVALIAÇÃO: (EPAR)PUREVAX RCP FELV'' |acessodata=2009-05-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20061019025621/http://emea.europa.eu/vetdocs/PDFs/EPAR/PurevaxRCPFeLV/013505pt1.pdf |arquivodata=2006-10-19 |urlmorta=yes }}</ref>

Os incubadores do vírus são os próprios gatos, sendo que a transmissão é feita mediante contato direto com os gatos contaminados e/ou doentes, através de alimentos ou água contaminada, pelo contato com [[fezes]] ou [[urina]] (que ocorre quando um animal sadio usa uma [[Liteira (gatos)|caixa de areia]] contaminada por um gato doente), contato com vômito, saliva, ou [[ectoparasita]]s como [[pulga]]s e [[carrapato]]s.<ref name="Panleucopenia Felina" />

Os indivíduos doentes passam por um tratamento de elevada complexidade. Os animais que conseguem sobreviver mais de uma semana, evitando-se a todo o custo a [[desidratação]], têm possibilidade plena de se salvar. Contudo, isto ocorre apenas em 20% dos casos, indicando que a prevenção por meio da aplicação de [[vacina]]s ainda é a melhor forma de se evitar a ocorrência do problema.<ref name="Panleucopenia Felina">{{Citar web |url=http://www.greepet.vet.br/panleucopenia.php |titulo=''Panleucopenia Felina'' |acessodata=2009-03-31 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090121014721/http://www.greepet.vet.br/panleucopenia.php |arquivodata=2009-01-21 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Peritonite infecciosa felina ===
{{Artigo principal|Peritonite Infecciosa Felina}}
[[Imagem:Japanese litter box in use.jpg|miniaturadaimagem|O compartilhamento da caixa de areia pode aumentar o risco de transmissão de doenças]]

A peritonite infecciosa felina, mais conhecida pelo acrônimo PIF, é uma doença que se desenvolve apenas através da mutação do vírus Coronavírus Felino. É raro ocorrer a mutação, mas quando ocorre, é uma [[síndrome]] viral que pode se desenvolver na forma úmida ou seca. E caso não ocorra a mutação, o vírus Coronavírus Felino, por ter predileção ao sistema intestinal, apenas desenvolverá sintomas leves como diarreia, por exemplo. Na forma seca, o fígado, os rins, o cérebro e e todo o sistema nervoso dos animais, podem ser impactos. Na forma úmida, geralmente a mais comum observada, pode se observar ascite, ou outros acúmulos de líquidos, como efusão pleural, etc.<ref>[http://www.vet.cornell.edu/fhc/brochures/fip.html ''Feline Infectious Peritonitis'']</ref> A peritonite infecciosa felina não é transmitida entre os felinos. É o vírus Coronavírus felino, apenas, que pode ser transmitido. E isso não significa que vai fazer a mutação. A mutação ainda não é completamente entendida, mas está relacionada com um felino que tenha um problema no seu sistema de defesa, que acabará permitindo a mutação ocorrer. Mas isso é mais raro de ocorrer. Já a transmissão do vírus Coronavírus Felino, se dá pela via fecal, através do contato com as fezes contaminadas, o que ocorre, sobretudo, quando diversos gatos dividem uma mesma [[Liteira (gatos)|liteira]]. Contudo, trata-se de um vírus que ataca exclusivamente os felinos, não oferecendo assim risco de contágio aos seres humanos.<ref>[http://arcadenoe.sapo.pt/article.php?id=436 ''Gatos e a PIV: mutação rara, mas fatal'']</ref> Desde 2019, com a publicação do artigo "https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1098612X19825701" pelo médico veterinário Dr Niels C Pedersen e sua equipe, foi descoberto a cura através do uso do medicamento GS 441524.

=== Síndrome urológica felina ===
{{Artigo principal|Síndrome Urológica Felina}}
[[Imagem:BladderStone.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[Radiografia]] evidenciando a existência de um [[litíase|cálculo]] na bexiga de um gato. A mancha mais clara, na ponta da seta, indica a presença de [[Doenças causadas por calcificação em tecido mole|calcificação]] no interior do órgão em questão]]

A síndrome urológica felina consiste num conjunto de problemas que surgem nos felinos com o avanço da idade. O animal afetado apresenta problemas inflamatórios no sistema urinário, dentre os quais destacam-se a [[cistite]], [[uremia]] e formação de [[cálculo renal|cálculos renais]] e na [[bexiga]].<ref>{{Citar web |url=http://www.saudeanimal.com.br/artigo2.htm |titulo=''Saúde animal: Síndrome Urológica Felina'' |acessodata=2009-05-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090211182243/http://saudeanimal.com.br/artigo2.htm |arquivodata=2009-02-11 |urlmorta=yes }}</ref>

O principal sintoma consiste na dificuldade e dor ao urinar; algumas vezes nota-se a presença de sangue na urina. As causas dessa doença estão ligadas à alimentação do animal, além de fatores genéticos que implicam uma predisposição à sua ocorrência. O tratamento consiste na aplicação de medicamentos contra as dores e a infecção, além de um rigoroso controle na dieta do animal. Deve ser oferecida água limpa em abundância e rações que não tenham acidificantes em sua formulação, ou apresentem elevados índices de [[magnésio]].<ref>{{Citar web |url=http://www.marvistavet.com/html/body_feline_lower_urinary_tract_dis.html |titulo=''Feline Lower Urinary Tract Disease'' |acessodata=2009-05-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120315125825/http://www.marvistavet.com/html/body_feline_lower_urinary_tract_dis.html |arquivodata=2012-03-15 |urlmorta=yes }}</ref>

Com uma alimentação adequada, há uma considerável diminuição da probabilidade de formação de cálculos no sistema urinário. Existem no mercado diversas rações balanceadas para diferentes tipos de gatos, variando de acordo com diversos elementos, como a raça do animal, sua idade, sexo, se é castrado ou não. É até mesmo possível encontrar [[ração animal|rações]] específicas para gatos portadores da síndrome urológica felina, capazes de reduzir o pH urinário e melhorar o funcionamento dos rins, auxiliando na dissolução dos cálculos existentes e prevenindo a formação de novas calcificações.<ref>{{Citar web |url=http://www.destaquesp.com/index.php/Animais/Saude-Animal/doenca-renal-em-gatos.html |titulo=''Doença renal em gatos'' |acessodata=2009-05-25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090429101901/http://www.destaquesp.com/index.php/Animais/Saude-Animal/doenca-renal-em-gatos.html |arquivodata=2009-04-29 |urlmorta=yes }}</ref>

== Raças ==
{{Artigo principal|Lista de raças de gatos domésticos}}

[[Imagem:Maine Coon Fallen male Angel of Canadian Summer 01.jpg|miniaturadaimagem|Podendo alcançar peso superior a 20 quilos, o [[Maine Coon]] é a maior raça de gatos]]
[[Imagem:Singapura cat, crouching.JPG|miniaturadaimagem|Com até 2,7 quilos, o [[Singapura (gato)|Singapura]] é uma das menores raças de gatos]]

Os gatos apresentam uma grande variedade de cores e padrões. As [[raça]]s podem ser divididas em três categorias: pelo longo, pelo curto e pelo ralo. A pelagem pode ainda ser dividida em lisa ou ondulada, existindo variações intermediárias. A cor dos olhos também pode estar relacionada a certas raças. Os gatos persas, por exemplo, costumam apresentar [[íris]] com a mesma coloração dos pelos. A maior parte das raças foram desenvolvidas recentemente, de modo a ressaltar determinadas características desejadas e inibir outras indesejadas. Por exemplo, enquanto um gato bengal possui pernas alongadas, um Munchkin jamais deve apresentar tal característica.<ref name="guiaderacas"/>

Ou ainda, enquanto caudas longas e exuberantes são imprescindíveis à beleza dos persas e himalaios, não fazem parte do padrão existente à raça Bobtail. Diferentes raças tendem a apresentar graus distintos de suscetibilidade a certas doenças. Os gatos do padrão [[Keltic Shorthair]] normalmente são mais resistentes a problemas de saúde, uma vez que tais animais derivam de [[vira-lata|gatos de rua]]. Nesse caso, a [[seleção natural]] faz com que apenas os animais mais adaptados sobrevivam e consigam passar seus genes adiante.<ref name="guiaderacas">[http://www.guiaderacas.com.br/gatos.shtml ''Raças de gatos'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref>

Estima-se que, atualmente, existam mais de 250 diferentes raças de gatos domésticos.<ref>[http://www.biociencia.org/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=12&id=39&Itemid=85 ''Raças de gatos domésticos'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref> Algumas delas surgiram naturalmente, a partir de cruzamentos entre gatos [[SRD|sem raça definida]] que portavam diferentes características. Outras foram desenvolvidas por meio de cruzamentos planejados por criadores, visando um [[melhoramento genético|aprimoramento genético]], com a intenção de ressaltar determinadas feições dos animais. Segundo associações de criadores de felinos, como a [[Associação Internacional de Gatos]] (TICA), existem entre 70 e 40 [[Lista de raças de gatos domésticos|raças oficiais de gatos domésticos]].<ref name="ECB" /><ref>[http://www.tica.org/ ''The International Cat Association'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref><ref>{{Citar web |url=http://tica.org/public/breeds.php |titulo=''TICA - Reconigzed Cat Breeds'' |acessodata=2009-04-06 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150722123919/http://tica.org/public/breeds.php |arquivodata=2015-07-22 |urlmorta=yes}}</ref>

== Cultura popular ==
{{Artigo principal|Gatos na cultura popular}}

Os gatos sempre foram muito referenciados na [[cultura popular]]. Dentre os antigos povos que reverenciavam os gatos, destacam-se as civilizações [[Egito Antigo|egípcia]], [[birmanes]]esa, [[celtas|celta]], [[latinos|latina]], [[mitologia nórdica|nórdica]] e [[Pérsia|persa]].<ref>[http://www.hull.ac.uk/php/cetag/5anitab.htm ''Animal Taboos'']</ref> Todas essas culturas tinham em comum a presença de [[divindade|deuses]] que apresentavam-se na forma de gatos.<ref name="Gatos em outras culturas">{{Citar web |url=http://mios_e_miaus.web.simplesnet.pt/gato%20outras%20culturas.htm |titulo=''Gatos em outras culturas'' |acessodata=2009-05-11 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090228065637/http://mios_e_miaus.web.simplesnet.pt/gato%20outras%20culturas.htm |arquivodata=2009-02-28 |urlmorta=yes }}</ref>

Na [[celtas|cultura celta]], a deusa [[Ceridwen]] possui uma relação com o culto ao gato, por meio de seu filho [[Taliesin]], o qual, numa de suas [[reencarnação|reencarnações]], foi descrito como sendo um gato de cabeça sarapintada.<ref>{{Citar web |url=http://blogs.abril.com.br/tuathadulac/2008/09/deusas-ceridwen.html |titulo=''Deusas: Ceridwen'' |acessodata=2009-05-11 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090901110933/http://blogs.abril.com.br/tuathadulac/2008/09/deusas-ceridwen.html |arquivodata=2009-09-01 |urlmorta=yes }}</ref> Na [[mitologia nórdica]], existe a deusa [[Freya]], a qual possui uma [[carruagem]] puxada por dois gatos, que representavam as qualidades da deusa: a [[fertilidade]] e a [[ferocidade]]. Esses gatos exibiam as facetas do gato doméstico, ao mesmo tempo afetuosos, ternos e ferozes. Os [[paganismo|templos pagãos]] da região nórdica eram frequentemente adornados com imagens de gatos. Na [[Finlândia]], havia a crença de que as [[alma]]s dos [[morte|mortos]] eram levadas ao [[além (espiritualidade)|além]] por meio de um [[trenó]] puxado por gatos.<ref name="O Gato e a Religião">[http://www.tribunaanimal.com/textos_gato_e_religiao.htm ''O Gato e a Religião'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref> A cultura [[Islamismo|islâmica]] relata várias associações entre os gatos e o profeta [[Maomé]], a quem teriam inclusive salvo da morte, ao matar uma serpente que o atacava.<ref name="Gatos em outras culturas"/>

Na Ásia, os gatos foram venerados pelos primeiros [[budismo|budistas]], devido a sua capacidade elevada de autodomínio e ao fato do animal apresentar capacidade de concentração semelhante à obtida por meio da meditação. Na [[China]], estatuetas de gatos eram utilizadas para afugentar maus [[espírito]]s. Tal povo acreditava na existência de dois tipos distintos de gatos: os bons e os maus, que podiam ser facilmente diferenciados, uma vez que os maus tinham duas caudas.<ref name="O Gato e a Religião"/>
[[Imagem:Grumpy Cat (14556025533).jpg|miniaturadaimagem|Fotos do [[Grumpy Cat]] são frequentemente encontradas na forma de [[Meme (Internet)|memes]]]]

Os [[hebreus]] acreditavam que o gato teria sido criado por [[Deus]] dentro da [[Arca de Noé|Arca]], quando [[Noé]], preocupado com a proliferação dos ratos que se procriaram excessivamente na embarcação, implorou à Deus para que Ele providenciasse uma solução. Deus então fez com que o leão da Arca espirrasse, e do espirro desse felino, surgiram os gatos domésticos.<ref>[http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=1254 ''O Culto ao Gato'']</ref><ref>{{citar livro|url=https://en.wikisource.org/wiki/Legends_of_Old_Testament_Characters/Chapter_14|título=Legends of Old Testament Characters|ultimo=BARING-GOULD|primeiro=Sabine|editora=MACMILLAN AND CO|ano=1871|local=Londres|página=89}}</ref>

Durante a [[Idade Média]], os gatos foram vítimas de inúmeras [[crueldade]]s, pois algumas pessoas acreditavam que esses animais eram [[possessão demoníaca|possuídos pelo diabo]].<ref name=GATOSNAIDADEMEDIA>{{Citar web |url=http://www.ondaa.org/artigos/artigo22.htm |titulo=''Os Gatos na Idade Média'' Follain, Martha |acessodata=2009-03-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090901211202/http://www.ondaa.org/artigos/artigo22.htm |arquivodata=2009-09-01 |urlmorta=yes }}</ref>

Muito utilizados como animais de estimação, os gatos podem ter efeitos benéficos,<ref>{{Citar web |url=https://www.uol.com.br/vivabem/listas/mais-do-que-um-bicho-de-estimacao-os-gatos-tambem-fazem-bem-a-saude.htm |titulo=Mais do que bichos de estimação, os gatos também fazem bem à saúde |acessodata=2021-04-01 |website=www.uol.com.br |lingua=pt-br}}</ref> a medida em que atuam como animais de companhia, auxiliando no tratamento da [[Depressão (humor) |depressão]] em seres humanos.<ref>{{Citar web
 |url=http://www.arcabrasil.org.br/animais/interacao/turner_entrevista.htm
 |título=ARCA BRASIL - Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal
 |publicado=www.arcabrasil.org.br
 |acessodata=2010-06-20
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 |primeiro=
 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100505115858/http://www.arcabrasil.org.br/animais/interacao/turner_entrevista.htm
 |arquivodata=2010-05-05
 |urlmorta=yes
}}</ref> Estudos científicos indicam que existe uma redução em cerca de 30% no risco de ocorrências de [[infarto]]s nas pessoas que têm gatos como animais de estimação.<ref>{{Citar web |ultimo=Laino |primeiro=Charlene |url=https://www.webmd.com/heart-disease/news/20080221/owning-a-cat-good-for-the-heart |titulo=Owning a Cat Good for the Heart? |acessodata=2021-04-01 |website=WebMD |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3317329/ |titulo=Cat ownership and the Risk of Fatal Cardiovascular Diseases. Results from the Second National Health and Nutrition Examination Study Mortality Follow-up Study. |data=janeiro de 2009 |acessodata=2021-03-24 |jornal=Journal of Vascular and Interventional Neurology |número=1 |ultimo=Qureshi |primeiro=Adnan I |ultimo2=Memon |primeiro2=Muhammad Zeeshan |paginas=132–135 |issn=1941-5893 |pmc=3317329 |pmid=22518240 |ultimo3=Vazquez |primeiro3=Gabriela |ultimo4=Suri |primeiro4=M Fareed K}}</ref> O provável motivo é que o convívio com esses pequenos felinos seria capaz de minimizar os níveis de [[estresse]], um dos principais responsáveis pelo surgimento de problemas [[sistema circulatório|cardiovasculares]].<ref name="infarto">{{Citar web
 |url=http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_frame.asp?cod_noticia=2584
 |título=Saúde em Movimento - Ter gatos reduz em 30% o risco de infarto.
 |publicado=www.saudeemmovimento.com.br
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 |url=http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL351367-5603,00-TER+UM+GATO+DE+ESTIMACAO+PODE+SALVAR+A+SUA+VIDA+DIZEM+MEDICOS.html
 |título=Ter um gato de estimação pode salvar a sua vida, dizem médicos
 |publicado=www.g1.com.br
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=== Mitologia ===
[[Imagem:Blackcat-Lilith.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|upright|Um [[gato preto]] doméstico]]

De acordo com um [[Mitologia|mito]] existente em diversas culturas, os gatos possuem sete ou nove [[vida]]s. Esta lenda surgiu em decorrência da habilidade que esses felinos possuem para escapar de situações que envolvam risco à sua vida.<ref>[http://www.best-cat-art.com/cat-myths.html ''Cat Myths, Misinformation and Untruths'']</ref> Outro fator também responsável por essa crença é que, ao caírem de grandes altitudes, os gatos quase sempre atingem o solo apoiados sobre as quatro patas. Isso ocorre em função de possuírem um apurado senso de equilíbrio, permitindo-lhes girar rapidamente usando a cauda como contrapeso.<ref>[http://cats.about.com/od/catsafety/a/highrisefalls.htm ''The ASPCA Warns About High-Rise Falls by Cats'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref> Quando abandonados em áreas remotas, distantes da sociedade humana, filhotes de gatos podem converter-se ao meio de vida selvagem, passando a caçar pequenos animais para sobreviver. Isso faz com que eles sejam frequentemente vistos como animais resistentes, dotados de várias "vidas".<ref name="hsus.org"/> Entretanto, a expectativa de vida de um gato de rua é de apenas 3 anos. Já um gato que seja cuidado por humanos pode superar os 20 anos de idade.<ref name="Curiosidades sobre os gatos"/> Mas, ainda que seja impossível apontar a origem exata dessa lenda, acredita-se que ela esteja ligada à Idade Média, quando se imaginava que as bruxas se associavam aos gatos, principalmente aos pretos. Em 1584, no livro ''[[Beware the Cat]]'' (''Cuidado com o gato''), o escritor inglês [[William Baldwin (autor)|William Baldwin]] dizia que "é permitido às bruxas possuírem o corpo do seu gato por nove vezes".<ref>{{citar web |url=http://www.presscom.co.uk/halliwell/baldwin/baldwin_cat.html |titulo=Beware the Cat |autor=Presscom |acessodata=25 de junho de 2013 |língua=en}}</ref>

Tecnicamente, os gatos pretos simplesmente consistem em gatos comuns, mas com a coloração da pelagem diferenciada devido à ocorrência de [[Melanismo em felinos|melanismo]]. A ciência indica que esta característica pode ter papel vantajoso para sobrevivência desses felinos,<ref name=":3q">{{Citar web|url=https://www.revistapulodogato.com.br/materias/ler-materia/247/10-curiosidades-sobre-gatos-pretos-que-voce-precisa-saber|titulo=10 curiosidades sobre gatos pretos que você precisa saber|acessodata=2019-01-14|obra=Cães & Cia}}</ref> uma vez que a escuridão da pelagem auxilia na [[camuflagem]], dando maior eficiência às ações furtivas envolvendo a caça. Tal aspecto estimulou a ação da seleção natural, dando uma série de características comportamentais típicas dos felinos de pelagem negra. Estima-se ainda que, devido a tais adaptações genéticas, os gatos pretos sejam mais resistentes a algumas doenças, como a [[Leucemia felina|leucemia]] e a [[imunodeficiência felina]].<ref>{{Citar web|url=https://feline-nutrition.org/the-blogs/black-cats-are-not-unlucky-at-all|titulo=Black Cats Are Not Unlucky at All|acessodata=2019-01-15|obra=Feline Nutrition Foundation|ultimo=Gates|primeiro=Margaret|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.newscientist.com/article/dn3459-black-cats-may-be-the-more-fortunate-felines/|titulo=Black cats may be the more fortunate felines|acessodata=2019-01-15|obra=New Scientist|ultimo=Bhattacharya|primeiro=Shaoni|lingua=en-US}}</ref>

[[Imagem:"Hallowe'en." (A Witch riding a broomstick with a black cat).jpg|miniaturadaimagem|[[Gato preto]] numa [[vassoura voadora]] com uma [[bruxa]] num cartão de [[Dia das Bruxas]]]]

Os gatos pretos estão muito associados à [[crença]]s e [[superstição|superstições]]. Na [[Idade Média]], acreditava-se que os gatos pretos eram [[bruxa]]s transformadas em animais. Por isso, a tradição diz que cruzar com um gato preto é sinal de mau agouro. Em outras culturas, os gatos dessa cor são reverenciados, estando associados a presença de boa sorte. Os animais de cor [[preto|preta]] frequentemente estão presentes em histórias de [[suspense]] e [[terror (gênero)|terror]]. Um [[conto]] muito popular tratando desse animal é ''[[O Gato Preto]]'', de [[Edgar Allan Poe]], onde o autor responsabiliza o animal por uma série de acontecimentos sobrenaturais presentes na narração.<ref>[http://recantodasletras.uol.com.br/contosdesuspense/1523338 ''O gato preto'' por Edgar Allan Poe]{{ligação inativa|data=maio de 2019 }}</ref> Histórias desse tipo acabam levando algumas pessoas a desenvolverem um [[fobia|medo patológico]] de gatos, que é denominado [[ailurofobia]].<ref>[http://pt.wiktionary.org/wiki/ailurofobia ''Ailurofobia'']. Acessado em 19 de março de 2020.</ref> Instituições internacionais de proteção aos animais instituíram que no dia 27 de outubro comemora-se o dia do gato preto,<ref>{{Citar web|url=https://nationaldaycalendar.com/national-black-cat-day-october-27/|titulo=NATIONAL BLACK CAT DAY – October 27|data=2016-10-27|acessodata=2019-01-16|obra=National Day Calendar|lingua=en-US}}</ref><ref name=":7d">{{Citar web|url=https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/10/gatos-pretos-por-que-eles-sao-maltratados-e-sofrem-preconceito.html|titulo=Gatos pretos: por que eles são maltratados e sofrem preconceito?|acessodata=2019-01-16|obra=revistagalileu.globo.com}}</ref> data criada com o objetivo de divulgar suas qualidades e estimular a adoção desses felinos, uma vez que estes animais costumam ser menos adotados que os exemplares de outras cores.<ref>{{Citar web|url=http://ktar.com/story/2179592/tempe-shelter-offers-half-off-adoptions-on-black-cat-appreciation-day/|titulo=Tempe shelter offers half-off adoptions on Black Cat Appreciation Day|data=2018-08-17|acessodata=2019-01-16|obra=KTAR.com}}</ref>

== Ver também ==
* [[Gatos na cultura popular]]
* [[Gato de Schrödinger]]
* [[Lista de raças de gatos domésticos]]

{{Referências|refs=

<ref name="Mead 1982 183–186">{{citar periódico|título=Ringed birds killed by cats |último =Mead |primeiro =C. J. |periódico=Mammal Review |data=1982 |volume=12 |número=4 |páginas=183–186 |doi=10.1111/j.1365-2907.1982.tb00014.x}}</ref>

<ref name="NC012913">{{citar periódico|último1 =Loss |primeiro1 =S. R. |primeiro2 =T. |último2 =Will |primeiro3 =P. P. |último3 =Marra |título=The impact of free-ranging domestic cats on wildlife of the United States |periódico=[[Nature Communications]] |data=2013 |volume=4 |página=1396 |doi=10.1038/ncomms2380 |pmid=23360987 |bibcode=2013NatCo...4.1396L |doi-access=free}}</ref>

<ref name=Wozencraft>{{citar livro|último =Wozencraft | primeiro = W. C.| ano = 2005| capítulo= Felis catus| capítulourl =http://www.departments.bucknell.edu/biology/resources/msw3//browse.asp?id=14000031| editor = Wilson, D. E.; Reeder, D. M.| título = Mammal Species of the World|página = 41|edição = 3.ª| editora = Imprensa da Universidade Johns Hopkins|local=Baltimore, Marilândia| isbn= 978-0-8018-8221-0| oclc= 62265494| arquivourl=http://web.archive.org/web/20221007180022/https://www.departments.bucknell.edu/biology/resources/msw3/browse.asp?id=14000031|arquivodata=7 de outubro de 2022}}</ref>

<ref name=VetQuality>{{Citar web |url=https://www.vetquality.com.br/gatos-famosos/ |titulo=Gatos famosos: saiba quais são os felinos mais conhecidos! |data=18 de julho de 2019|acessodata=2 de dezembro de 2022|website=Hospital Veterinário e Clínica Veterinária 24 Horas - Vet Quality |lingua=pt-BR| arquivourl=http://web.archive.org/web/20211128173030/https://www.vetquality.com.br/gatos-famosos/|arquivodata=28 de novembro de 2021}}</ref>

<ref name=Fitopet>{{Citar web |url=http://fitopet.com.br/populacao-felina-deve-superar-a-de-caes-em-10-anos/ |titulo=População felina deve superar a de cães em 10 anos|arquivourl=http://web.archive.org/web/20211208012904/http://fitopet.com.br/populacao-felina-deve-superar-a-de-caes-em-10-anos/|data=17 de novembro de 2017|arquivodata=8 de dezembro de 2021|acessodata=2 de dezembro de 2022 |website=Fitopet |lingua=pt-BR}}</ref>

<ref name=Petlove>{{Citar web |url=https://www.petlove.com.br/dicas/numero-de-gatos-deve-superar-o-de-caes-em-poucos-anos |titulo=Número de gatos deve superar o de cães em poucos anos |data=3 de dezembro de 2019|acessodata=2 de dezembro de 2022|website=Dicas Petlove |lingua=pt-BR|arquivourl= http://web.archive.org/web/20201113165046/https://www.petlove.com.br/dicas/numero-de-gatos-deve-superar-o-de-caes-em-poucos-anos|arquivodata=13 de novembro de 2020}}</ref>

<ref name="Minas Gerais">{{Citar web |url=https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/09/08/gatos-podem-superar-caes-como-animais-de-estimacao-no-brasil-em-cinco-anos-diz-veterinaria-de-bh.ghtml |titulo=Gatos podem superar cães como animais de estimação no Brasil em cinco anos, diz veterinária de BH |arquivourl=http://web.archive.org/web/20220917221414/https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/09/08/gatos-podem-superar-caes-como-animais-de-estimacao-no-brasil-em-cinco-anos-diz-veterinaria-de-bh.ghtml|arquivodata=17 de setembro de 2022|acessodata=2 de dezembro de 2022 |website=G1 |lingua=pt-br}}</ref>

<ref name="popularidade_animais_censo">{{citar web|url=https://www.statista.com/statistics/198095/pets-in-the-united-states-by-type-in-2008/|titulo= 'Number of pets in the United States in 2017/2018, by species (in millions)'|acessodata=2 de dezembro de 2022|publicado=janeiro de 2019|língua=en| arquivourl=http://web.archive.org/web/20221026192923/https://www.statista.com/statistics/198095/pets-in-the-united-states-by-type-in-2008/|arquivodata= 26 de outubro de 2022|publicação=Statista}}</ref>

<ref name=Peritoanimal>{{Citar web |sobrenome=Ferreira|nome=Nelson|url=https://www.peritoanimal.com.br/como-calcular-a-idade-humana-dos-gatos-21717.html |titulo=Como calcular a idade humana dos gatos |acessodata=2 de dezembro de 2022|website=peritoanimal.com.br |lingua=pt|arquivodata=19 de janeiro de 2022| arquivourl=http://web.archive.org/web/20220119172955/https://www.peritoanimal.com.br/como-calcular-a-idade-humana-dos-gatos-21717.html}}</ref>

<ref name="Driscoll">{{citar periódico|sobrenome1=Driscoll|nome1=C. A.| sobrenome2=MacDonald|nome2=D. W.|sobrenome3=O'Brien|nome3=S. J.|título=From wild animals to domestic pets, an evolutionary view of domestication|url=http://www.pnas.org/content/106/suppl.1/9971.full.pdf+html|periódico=PNAS|volume=106| número=S1|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130326112153/http://www.pnas.org/content/106/suppl.1/9971.full.pdf+html|arquivodata=26 de março de 2013| data= 2009|doi=10.1073/pnas.0901586106|páginas=9971-9978|acessodata=2 de dezembro de 2022|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="ITIS F.c.d.">{{citar web|url=http://www.itis.gov/servlet/SingleRpt/SingleRpt?search_topic=TSN&search_value=727487|título=ITIS Standard Report Page: Felis catus domestica|arquivodata=24 de setembro de 2022|publicado= ITIS Online Database|acessodata=2 de dezembro de 2022|arquivourl= http://web.archive.org/web/20220924133921/https://www.itis.gov/servlet/SingleRpt/SingleRpt?search_topic=TSN&search_value=727487#null}}</ref>

<ref name="popularidade_animais_livescience">{{citar web|sobrenome=Thompson|nome=Andrea|url=https://www.livescience.com/32415-whats-the-most-popular-pet.html|titulo=''What's the Most Popular Pet?'|acessodata=2 de dezembro de 2022|publicado=15 de janeiro de 2016|língua=en|publicação=Live Science| arquivourl=http://web.archive.org/web/20221108183534/https://www.livescience.com/32415-whats-the-most-popular-pet.html|arquivodata=8 de novembro de 2022}}</ref>

<ref name="popularidade_animais">{{citar web|sobrenome=Dale|nome=Steve|url=https://stevedalepetworld.com/blog/world-pet-population-data-mixed-bag/| arquivourl=http://web.archive.org/web/20220614205029/https://stevedalepetworld.com/blog/world-pet-population-data-mixed-bag/|arquivodata=14 de junho de 2022|titulo=''World Pet Population Data a Mixed Bag''|acessodata=2 de dezembro de 2022|publicado=13 de junho de 2016|língua=en}}</ref>

<ref name="nationalgeographic-oldest">{{citar web|sobrenome=Pickrell|nome=John|titulo=Oldest Known Pet Cat? 9500-Year-Old Burial Found on Cyprus|url= http://news.nationalgeographic.com/news/2004/04/0408_040408_oldestpetcat.html|data=8 de abril de 2004|publicado=[[National Geographic (revista)|National Geographic]]|acessodata=2 de dezembro de 2022|arquivodata=12 de julho de 2022|arquivourl= http://web.archive.org/web/20220612150738/https://www.nationalgeographic.com/animals/article/oldest-known-pet-cat-9500-year-old-burial-found-on-cyprus}}</ref>

<ref name="Stefoff">{{Citar livro|sobrenome=Stefoff|nome=Rebecca|título=Cats |local=Nova Iorque|editora=Benchmark Books|idioma=en|ano=2004|isbn=0-7614-1577-7|url=https://www.google.com.br/books/edition/Cats/z6JKO4C3tUQC?hl|acessodata=2 de dezembro de 2022|páginas=112}}</ref>

<ref name=Kingdon>{{Citar livro|sobrenome=Kingdon|nome=Jonathan|ano=1988|título=East African Mammals: Carnivores|local=Chicago|editora=Imprensa da Universidade de Chicago|url=https://www.google.com.br/books/edition/East_African_Mammals/bQjh35ER6ggC?hl|acessodata=2 de dezembro de 2022|isbn=0-226-43721-3}}</ref>

<ref name="Lowe et al">{{Citar web|sobrenome=Lowe|nome=S.|sobrenome2=Browne|nome2=M.|sobrenome3=Boudjelas|nome3=S.|sobrenome4=Poorter|nome4=M.|ano=2004|anooriginal=2000|url=http://www.issg.org/database/species/reference_files/100English.pdf|título=100 of the World's Worst Invasive Alien Species: A selection from the Global Invasive Species Database|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170316112205/http://issg.org/database/species/reference_files/100English.pdf|arquivodata=16 de março de 2017|editora=O Grupo de Especialistas em Espécies Invasoras (ISSG), um grupo de especialistas da Comissão de Sobrevivência de Espécies (SSC) da União Mundial de Conservação (IUCN)|local=Auclanda|acessodata=25 de outubro de 2022}}</ref>

<ref name="ECB">{{Citar livro|sobrenome=Helgren|nome=J. Anne|título=Barron's Encyclopedia of Cat Breeds: A Complete Guide to the Domestic Cats of North America|local=Nova Iorque|editora=Barron's Educational Series, Incorporated|idioma=Inglês|ano=1997|isbn=0-7641-5067-7|páginas= 224|url= https://www.google.com.br/books/edition/Barron_s_Encyclopedia_of_Cat_Breeds/kNZsMAEACAAJ?hl=pt-BR}}</ref>

<ref name="Linaeus1758">{{citar livro|último =Lineu |primeiro =Carlos |autorlink =Carlos Lineu |título=Systema naturae per regna tria naturae: secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis |local=Estocolmo|editora=Laurentii Salvii|ano=1766 |página=62 |url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k99004c/f62.chemindefer |volume=1 |edição= 12.ª |anooriginal= 1758}}</ref>

<ref name=Erxleben>{{citar livro|último=Erxleben |primeiro=J. C. P. |data=1777 |título=Systema regni animalis per classes, ordines, genera, species, varietates cvm synonymia et historia animalivm. Classis I. Mammalia |local=Lípsia |publicado=Weygandt |páginas=520–521 |capítulo=Felis Catus domesticus |capítulourl= https://archive.org/details/iochristpolycerx00erxl/page/520}}</ref>

<ref name=Francis>{{citar livro|último =Francis |primeiro =Richard C. |título=Domesticated: Evolution in a Man-Made World |publicado=[[W. W. Norton & Company]] |data=2015|url=https://www.google.com.br/books/edition/Domesticated/6luNEAAAQBAJ?hl=pt-BR|acessodata=2 de dezembro de 2022|local=Nova Iorque}}</ref>

<ref name="Mattern">{{citar periódico|doi=10.1111/j.1096-0031.2000.tb00354.x |volume=16 |número=2 |páginas=232–253 |último1 =Mattern |primeiro1 =M. Y. |último2 =McLennan |primeiro2 =D. A. |título=Phylogeny and Speciation of Felids |periódico=Cladistics |data=2000 |bibcode=2002clad.book.....S|url= https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1096-0031.2000.tb00354.x|acessodata=2 de dezembro de 2022|arquivodata=7 de abril de 2022|arquivourl= http://web.archive.org/web/20220407170147/https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1096-0031.2000.tb00354.x}}</ref>

<ref name=Britannica>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/animal/Miacis |titulo=Miacis {{!}} fossil mammal genus |acessodata=2 de dezembro de 2022|website=Britânica Online|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220414193843/https://www.britannica.com/animal/Miacis|arquivodata=14 de abril de 2022|lingua=en}}</ref>

<ref name=Wesley-Hunt>{{citar jornal |último=Wesley-Hunt |primeiro=D. Gina |título=Phylogeny of the carnivora: Basal relationships among the carnivoramorphans, and assessment of the position of ‘miacoidea’ relative to carnivora|data=2005 |periódico=Journal of Systematic Palaeontology |url=https://www.researchgate.net/publication/231878244_Phylogeny_of_the_carnivora_basal_relationships_among_the_carnivoramorphans_and_assessment_of_the_position_of_'Miacoidea'_relative_to_Carnivora|páginas=1-28 |doi=10.1111/j.1096-3642.2005.00194.x |sobrenome2=Flynn|nome2=John J. |volume=3}}</ref>

<ref name="Johnson 1997">{{citar periódico|título=Phylogenetic Reconstruction of the Felidae Using 16S rRNA and NADH-5 Mitochondrial Genes |último1 =Johnson |primeiro1 =W. E. |último2 =O'Brien |primeiro2 =S. J. |periódico=Journal of Molecular Evolution |data=1997 |volume=44 |número=S1 |páginas=S98–S116|url=https://www.researchgate.net/publication/14141574_Phylogenetic_Reconstruction_of_the_Felidae_using_16S_rRNA_and_NADH-5_mitochondrial_genes|doi= 10.1007/PL00000060 |pmid=9071018|bibcode=1997JMolE..44S..98J}}</ref>

<ref name="Johnson">{{citar periódico|doi=10.1126/science.1122277 |volume=311 |número=5757 |páginas=73–77 |título=The Late Miocene Radiation of Modern Felidae: A Genetic Assessment |periódico=[[Science (journal)|Science]] |data=2006 |pmid=16400146 |último1 =Johnson |primeiro1 =W. E. |último2 =Eizirik |primeiro2 =E. |último3 =Pecon-Slattery |primeiro3 =J. |último4 =Murphy |primeiro4 =W. J. |último5 =Antunes |primeiro5 =A. |último6 =Teeling |primeiro6 =E. |último7 =O'Brien |primeiro7 =S. J. |bibcode=2006Sci...311...73J|url=https://www.researchgate.net/publication/7371957_The_Late_Miocene_Radiation_of_Modern_Felidae_A_Genetic_Assessment}}</ref>

<ref name="Pocock1951">{{citar livro|autor =Pocock, R. I. |ano=1951 |título=Catalogue of the genus ''Felis'' |publicado=British Museum (Natural History) |local= Londres |url=https://archive.org/stream/catalogueofgenus00brit#page/n6/mode/1up}}</ref>

<ref name=Michaelis>{{Citar web|url=https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/gato|título=Gato|publicado=Michaelis| acessodata=2 de dezembro de 2022|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220912230206/https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/gato/| arquivodata=12 de setembro de 2022}}</ref>

<ref name=Savignac>{{citar livro|primeiro=J.-P. |último=Savignac |título=Dictionnaire français-gaulois |capítulo=Chat |língua=fr |local=Paris |publicado= Errance |data=2004 |página=82|url=https://www.google.com.br/books/edition/Dictionnaire_fran%C3%A7ais_gaulois/-fiOoAEACAAJ?hl=pt-BR}}</ref>

<ref name=Pictet>{{citar livro|último=Pictet |primeiro=A. |ano=1859 |título=Les origines indo-européennes ou les Aryas primitifs: essai de paléontologie linguistique|url=https://www.google.com.br/books/edition/Les_origines_indo_europ%C3%A9ennes_ou_Les_Ar/EWCOkW_um38C?hl |língua=fr |volume=1 |local=Paris |publicado=Joël Cherbuliez |página=381}}</ref>

<ref name=Keller>{{citar livro|último=Keller |primeiro=O. |ano=1909 |título=Die antike Tierwelt |língua=de |volume=Säugetiere |local=Lípcia |página=75 |publicado=[[Walther von Wartburg]]|url=https://www.google.com.br/books/edition/Die_antike_Tierwelt/mN1xtAEACAAJ?hl=pt-BR}}</ref>

<ref name=Kroonen>{{citar livro|último1=Kroonen |primeiro1=G. |título=Etymological Dictionary of Proto-Germanic |data=2013 |publicado=[[Brill Publishers]] |local=Leiden, Netherlands |isbn=978-90-04-18340-7 |página=281f}}</ref>

<ref name=Huehnergard>{{citar livro|primeiro=J. |último=Huehnergard |capítulo=Qitta: Arabic Cats |páginas=407–418 |capítulourl=https://books.google.com/books?id=n1_qqgNTsX8C&pg=PA407 |título=Classical Arabic Humanities in Their Own Terms: Festschrift for Wolfhart Heinrichs on his 65th Birthday |ano=2008 |publicado=Brill |local=Leiden, Boston |editor-sobrenome1=Gruendler |editor-nome1=B. |editor-sobrenome2=Cooperson |editor-nome2=M. |isbn=9789004165731 |acessodata=25 de outubro de 2020 |arquivodata=31 de março de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210331062414/https://books.google.com/books?id=n1_qqgNTsX8C&pg=PA407 |urlmorta= não}}</ref>

<ref name=McKight>{{citar livro|último=McKnight |primeiro=G. H. |título=English Words and Their Background |publicado=[[D. Appleton and Company]]|local=Nova Iorque, Londres |data=1923 |capítulo=Words and Archaeology |páginas=293–311 |capítulourl=https://archive.org/details/englishwordsthei00mckn/page/300}}</ref>

<ref name=Kitchener>{{citar periódico|último1=Kitchener |primeiro1=A. C. |último2=Breitenmoser-Würsten |primeiro2=C. |último3=Eizirik |primeiro3=E. |último4=Gentry |primeiro4=A. |último5=Werdelin |primeiro5=L. |último6=Wilting |primeiro6=A. |último7=Yamaguchi |primeiro7=N. |último8=Abramov |primeiro8=A. V. |último9=Christiansen |primeiro9=P. |último10=Driscoll |primeiro10=C. |último11=Duckworth |primeiro11=J. W. |último12=Johnson |primeiro12=W. |último13=Luo |primeiro13=S.-J. |último14=Meijaard |primeiro14=E. |último15=O’Donoghue |primeiro15=P. |último16=Sanderson |primeiro16=J. |último17=Seymour |primeiro17=K. |último18=Bruford |primeiro18=M. |último19=Groves |primeiro19=C. |último20=Hoffmann |primeiro20=M. |último21=Nowell |primeiro21=K. |último22=Timmons |primeiro22=Z. |último23=Tobe |primeiro23=S. |data=2017 |título=A revised taxonomy of the Felidae: The final report of the Cat Classification Task Force of the IUCN Cat Specialist Group |periódico=Cat News |volume=Special Issue 11 |página=21 |url=https://repository.si.edu/bitstream/handle/10088/32616/A_revised_Felidae_Taxonomy_CatNews.pdf?sequence=1&isAllowed=y |acessodata=21 de dezembro de 2018 |arquivodata=17 de janeiro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200117172708/https://repository.si.edu/bitstream/handle/10088/32616/A_revised_Felidae_Taxonomy_CatNews.pdf?sequence=1&isAllowed=y |urlmorta= não}}</ref>

<ref name="Driscoll2">{{citar periódico|título=In the Light of Evolution III: Two Centuries of Darwin Sackler Colloquium: From Wild Animals to Domestic Pets – An Evolutionary View of Domestication |último1=Driscoll |primeiro1=C. A. |último2=Macdonald |primeiro2=D. W. |último3=O'Brien |primeiro3=S. J. |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |data=2009 |volume=106 |número=S1 |páginas=9971–9978 |pmid=19528637 |doi=10.1073/pnas.0901586106 |pmc=2702791 |bibcode=2009PNAS..106.9971D|doi-access=free|url=https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.0901586106 |arquivourl=http://web.archive.org/web/20221123015820/https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.0901586106|arquivodata=23 de novembro de 2022 }}</ref>

<ref name=Wozencraft1>{{citar livro|último =Wozencraft | primeiro = W. C.| ano = 2005| capítulo= ''Felis silvestris''| capítulourl =http://www.departments.bucknell.edu/biology/resources/msw3/browse.asp?id=14000057| editor = Wilson, D. E.; Reeder, D. M.| título = Mammal Species of the World|página = 41|edição = 3.ª| editora = Imprensa da Universidade Johns Hopkins|local=Baltimore, Marilândia| isbn= 978-0-8018-8221-0| oclc= 62265494| arquivourl=http://web.archive.org/web/20221020014949/http://www.departments.bucknell.edu/biology/resources/msw3/browse.asp?id=14000057|arquivodata=7 de outubro de 2022}}</ref>

<ref name="ICZN">{{citar periódico|publicado=[[International Commission on Zoological Nomenclature]] |título=Opinion 2027 |periódico=Bulletin of Zoological Nomenclature |volume=60 |data=2003 |página=81−82 |url= https://archive.org/details/bulletinofzoolog602003int/page/81 }}</ref>

<ref name=Gentry>{{citar periódico|último1=Gentry |primeiro1=A. |último2=Clutton-Brock |primeiro2=J. |último3=Groves |primeiro3=C. P. |data=2004 |título=The naming of wild animal species and their domestic derivatives |periódico=Journal of Archaeological Science |volume=31 |número=5 |páginas=645–651 |doi=10.1016/j.jas.2003.10.006 |url= http://www.rhinoresourcecenter.com/pdf_files/129/1297897712.pdf |acessodata=19 de janeiro de 2019 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20160304052316/http://www.rhinoresourcecenter.com/pdf_files/129/1297897712.pdf |arquivodata=4 de março de 2016 |urlmorta= não}}</ref>

<ref name=Satunin>{{citar periódico|último1=Satunin |primeiro1=C. |título=The Black Wild Cat of Transcaucasia |periódico=Proceedings of the Zoological Society of London |data=1904 |volume=II |páginas=[https://archive.org/details/proceedingsofzoo19042zool/page/162 162]–163 |url= https://archive.org/details/proceedingsofzoo19042zool}}</ref>

<ref name=Bukhnikashvili>{{citar livro|editor1=Bukhnikashvili, A. |editor2=Yevlampiev, I. |título=Catalogue of the Specimens of Caucasian Large Mammalian Fauna in the Collection |publicado=[[Museu Nacional da Geórgia]] |local=Tiblíssi |url=http://caucasian-large-mammalian.narod.ru/catalogue_english.pdf |acessodata=19 de janeiro de 2019 |arquivodata=4 de março de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304073023/http://caucasian-large-mammalian.narod.ru/catalogue_english.pdf |urlmorta= não}}</ref>

<ref name="scientific-american-evolucao">{{citar periódico|ultimo =O'Brien|primeiro = Stephen J.|sobrenome2=Johnson|nome2=Warren E.|título = A evolução dos gatos|data= agosto de 2007|volume=63|jornal = Scientific American Brasil|url=https://sciam.com.br/a-evolucao-dos-gatos/| acessadoem = 13 de junho de 2009|arquivourl=http://web.archive.org/web/20221202081216/https://sciam.com.br/a-evolucao-dos-gatos/|arquivodata=2 de dezembro de 2022}}</ref>

<ref name="nyt-study">{{citar web|sobrenome=Wade|nome=Nicholas|título=Study Traces Cat's Ancestry to Middle East|data= 29 de junho de 2007|url = http://www.nytimes.com/2007/06/29/science/29cat.html?em&ex=1183348800&en=46920e3fe2f7c649&ei=5087%0A |publicado= ''The New York Times''|língua= en | acessodata=12 de junho de 2009|arquivourl=http://web.archive.org/web/20220223000211/https://www.nytimes.com/2007/06/29/science/29cat.html?em&ex=1183348800&en=46920e3fe2f7c649&ei=5087%0A|arquivodata=23 de fevereiro de 2022}}</ref>

<ref name="science-near-eastern">{{citar periódico|ultimo=Discroll|primeiro = Carlos A.|ultimo2=Menotti-Raymond|primeiro2=Marilyn|ultimo3=Roca|primeiro3= Alfred L.|ultimo4=Hupe|primeiro4=Karsten|ultimo5=Johnson|primeiro5=Warren E.|ultimo6=Geffen|nome6=Eli|ultimo7=Harley|nome7=Eric H.|ultimo8=Delibes|nome8= Miguel|ultimo9=Pontier|nome9=Dominique|ultimo10=Kitschner|nome10=Andrew C.|ultimo11=Yamaguchi|nome11=Nobuyuki|ultimo12=O’Brien|nome12=Stephen J.|ultimo13= MacDonald|nome13=David W.|título = ''The Near-Eastern Origin of Cat Domestication''|jornal=Science|data=27 de julho de 2007|volume=317|páginas = 519-523 | editora=''American Association for the Advancement of Science''|url=http://home.ncifcrf.gov/ccr/lgd/feline%20genomic%20pdfs/MS602_Driscoll_Science.pdf | arquivourl = https://web.archive.org/web/20090131070633/http://home.ncifcrf.gov/ccr/lgd/feline%20genomic%20pdfs/MS602_Driscoll_Science.pdf|língua = en | acessadoem = 13 de junho de 2009|arquivodata=2009-01-31|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="manejo">{{citar web | título = Manejo de gatos | url = http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_43.pdf | primeiro = Helaíne Haddad Simões | ultimo = Machado |sobrenome2= Resende|nome2=Daniela de Melo|sobrenome3=Muzzi|nome3= Ruthnéa Aparecida Lázaro|sobrenome4=Muzzi|nome4=Leonardo Augusto Lopes| publicado = [[Universidade Federal de Lavras]] | acessodata = 13 de junho de 2009 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20130730111828/http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_43.pdf | arquivodata = 30 de julho de 2013| urlmorta = yes }}</ref>

<ref name="salamandro-egito">{{citar livro| título = Personas sexuais: arte e decadentismo de Neffertiti a Emily Dickinsoncomo fazer uma loja virtual|capítulo=O Gato no Egito | primeiro = Camille | ultimo = Paglia | url = http://www.salamalandro.redezero.org/o-gato-no-egito/|ano=1994| acessodata = 13 de junho de 2009|local=São Paulo|editora=[[Companhia das Letras]]}}</ref>

<ref name="harmonia-gatos">{{citar web | título = Gatos | url = http://www.veterinariaharmonia.com.br/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=8&id=25&Itemid=112 | publicado = Clínica Veterinária Harmonia | acessodata = 13 de junho de 2009 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20100608181550/http://www.veterinariaharmonia.com.br/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=8&id=25&Itemid=112 | arquivodata = 2010-06-08 | urlmorta = yes }}</ref>

<ref name="FEG">{{Citar livro|título=Footprint Egypt|sobrenome=Betts|nome=Vanessa|sobrenome2=Badawi|nome2=Cherine|local=São Paulo|editora=Footprint Travel Guides|idioma=en|ano=2004|isbn = 978 1 906098 23 0 |páginas=64}}</ref>

<ref name="PETFRIENDS">{{Citar web |url=http://www.petfriends.com.br/enciclopedia/ra%C3%A7as_gatos/gatos_enciclopediadomestico.htm|título=Modelo da enciclopédia para gatos |publicado=www.petfriends.com.br |acessodata=2010-06-20|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100608094617/http://www.petfriends.com.br/enciclopedia/ra%C3%A7as_gatos/gatos_enciclopediadomestico.htm |arquivodata=2010-06-08 |urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="LUTO">{{citar web | título = O Gato na História| url = http://www.intercat.com.br/index01.htm | publicado = www.intercat.com.br/index01.htm | acessodata = 15 de junho de 2009|arquivourl=http://web.archive.org/web/20211203070419/http://www.intercat.com.br/index01.htm|arquivodata=3 de dezembro de 2021 }}</ref>

<ref name=Vigne>{{citar periódico|título=Earliest 'domestic' cats in China identified as leopard cat (''Prionailurus bengalensis'') |periódico=PLOS ONE |ano=2016 |página=e0147295 |volume=11 |número=1 |doi=10.1371/journal.pone.0147295 |primeiro1=J.-D. |último1=Vigne |primeiro2=A. |último2=Evin |primeiro3=T. |último3=Cucchi |primeiro4=L. |último4=Dai |primeiro5=C. |último5=Yu |primeiro6=S. |último6=Hu |primeiro7=N. |último7=Soulages |primeiro8=W. |último8=Wang |primeiro9=Z. |último9=Sun |url=https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0147295|acessodata=2 de dezembro de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220922030119/https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0147295|arquivodata=22 de setembro de 2022|pmid=26799955 |pmc=4723238 |bibcode=2016PLoSO..1147295V|doi-access=free }}</ref>

<ref name="pmid17975172">{{citar periódico|último1=Pontius |primeiro1=J. U. |último2=Mullikin |primeiro2=J. C. |último3=Smith |primeiro3=D. R. |autor4=Agencourt Sequencing Team |colaboração=NISC Comparative Sequencing Program |título=Initial sequence and comparative analysis of the cat genome |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17975172/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221127144828/https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17975172/|arquivodata= 27 de novembro de 2022|periódico=Genome Research |volume=17 |número=11 |páginas=1675–1689 |ano=2007 |pmid=17975172 |pmc=2045150 |doi=10.1101/gr.6380007}}</ref>

<ref name="Nie 2002">{{citar periódico|último1=Nie |primeiro1=W. |último2=Wang |primeiro2=J. |último3=O'Brien |primeiro3=P. C. |título=The genome phylogeny of domestic cat, red panda and five Mustelid species revealed by comparative chromosome painting and G-banding |periódico=Chromosome Research |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12067210/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221127165115/https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12067210/|arquivodata= 27 de novembro de 2022|volume=10 |número=3 |páginas=209–222 |ano=2002 |pmid=12067210 |doi=10.1023/A:1015292005631|s2cid=9660694 }}</ref>

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<ref name=Vigne1992>{{citar periódico|último1=Vigne |primeiro1=J.-D. |título=Zooarchaeology and the biogeographical history of the mammals of Corsica and Sardinia since the last ice age|url=https://www.researchgate.net/publication/248496007_Zooarchaeology_and_the_biogeographical_history_of_the_mammals_of_Corsica_and_Sardinia_since_the_last_Ice_Age| ano=1992 |periódico=Mammal Review |volume=22 |número=2 |páginas=87–96 |doi=10.1111/j.1365-2907.1992.tb00124.x}}</ref>

<ref name=Ragni>{{citar periódico|último1=Ragni |primeiro1=B. |último2=Possenti |primeiro2=M. |último3=Sforzi |primeiro3=A. |último4=Zavalloni |primeiro4=D. |último5=Ciani |primeiro5=F. |ano=1994 |título=The wildcat in central-northern Italian peninsula: a biogeographical dilemma |periódico=Biogeographia |volume=17 |número=1 |doi=10.21426/B617110417 |url=https://cloudfront.escholarship.org/dist/prd/content/qt1dz6x5xf/qt1dz6x5xf.pdf |doi-access=free |acessodata=29 de agosto de 2019 |arquivodata=26 de julho de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180726121432/https://cloudfront.escholarship.org/dist/prd/content/qt1dz6x5xf/qt1dz6x5xf.pdf |urlmorta= não}}</ref>

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<ref name="Oliveira">{{citar periódico|último1=Oliveira |primeiro1=R. |último2=Godinho |primeiro2=R. |último3=Randi |primeiro3=E. |último4=Alves |primeiro4=P. C. |título=Hybridization Versus Conservation: Are Domestic Cats Threatening the Genetic Integrity of Wildcats (''Felis silvestris silvestris'') in Iberian Peninsula? |periódico=Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological Sciences |volume=363 |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2606743/|número=1505 |páginas=2953–2961 |data=2008 |pmid=18522917 |doi=10.1098/rstb.2008.0052 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20221120093812/https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2606743/|arquivodata=20 de novembro de 2022|pmc=2606743}}</ref>

<ref name=Kitchener1992>{{citar periódico|último1=Kitchener |primeiro1=C. |último2=Easterbee |primeiro2=N. |ano=1992 |título=The taxonomic status of black wild felids in Scotland|url=https://zslpublications.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1469-7998.1992.tb04832.x?utm_sq=grq7sdtfar|periódico=Journal of Zoology |volume=227 |número=2 |páginas=342–346 |doi=10.1111/j.1469-7998.1992.tb04832.x}}</ref>

<ref name="CameronBeaumont">{{citar periódico|título=Evidence suggesting pre-adaptation to domestication throughout the small Felidae |último1=Cameron-Beaumont |primeiro1=C. |último2=Lowe |primeiro2=S.E. |último3=Bradshaw |primeiro3=J.W.S. |periódico=Biological Journal of the Linnean Society |ano=2002 |volume=75 |número=3 |páginas=361–366 |doi=10.1046/j.1095-8312.2002.00028.x |url=https://www.gwern.net/docs/catnip/2002-cameronbeaumont.pdf |doi-access=free |acessodata=10 de outubro de 2019 |arquivodata=10 de outubro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191010072239/https://www.gwern.net/docs/catnip/2002-cameronbeaumont.pdf |urlmorta= não}}</ref>

<ref name="Bradshaw1999">{{citar periódico|título=Feral cats: Their role in the population dynamics of ''Felis catus'' |último1=Bradshaw |primeiro1=J.W.S. |último2=Horsfield |primeiro2=G.F. |último3=Allen |primeiro3=J.A. |último4=Robinson |primeiro4=I.H. |periódico=Applied Animal Behaviour Science |ano=1999 |volume=65 |número=3 |páginas=273–283 |doi=10.1016/S0168-1591(99)00086-6 |url=https://www.gwern.net/docs/catnip/1999-bradshaw.pdf |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190130202509/https://www.gwern.net/docs/catnip/1999-bradshaw.pdf |urlmorta= sim|arquivodata=30 de janeiro de 2019}}</ref>

<ref name=Wastlhuber>{{citar livro|último=Wastlhuber |primeiro=J. |ano=1991 |capítulo=History of domestic cats and cat breeds |páginas=1–59 |título=Feline Husbandry: Diseases and management in the multiple-cat environment |editor-sobrenome1=Pedersen |editor-nome1=N.C. |publicado=American Veterinary Publications |url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1748-5827.1991.tb00986.x|local=Goleta |isbn=9780939674299}}</ref>

<ref name=Montague>{{citar periódico|último1=Montague |primeiro1=M. J. |último2=Li |primeiro2=G. |último3=Gandolfi |primeiro3=B. |último4=Khan |primeiro4=R. |último5=Aken |primeiro5=B. L. |último6=Searle |primeiro6=S. M. |último7=Minx |primeiro7=P. |último8=Hillier |primeiro8=L. W. |último9=Koboldt |primeiro9=D.C. |último10=Davis |primeiro10=B.W. |último11=Driscoll |primeiro11=C.A. |ano=2014 |título=Comparative analysis of the domestic cat genome reveals genetic signatures underlying feline biology and domestication |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences |volume=111 |número=48 |páginas=17230–17235 |doi=10.1073/pnas.1410083111 |pmid=25385592 |pmc=4260561 |bibcode=2014PNAS..11117230M|doi-access=free|url= https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1410083111|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221114080327/https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1410083111| arquivodata=14 de novembro de 2022}}</ref>

<ref name="Lipinski">{{citar periódico|título=The ascent of cat breeds: Genetic evaluations of breeds and worldwide random-bred populations |último1=Lipinski |primeiro1=M. J. |último2=Froenicke |primeiro2=L. |último3=Baysac |primeiro3=K. C. |último4=Billings |primeiro4=N. C. |último5=Leutenegger |primeiro5=C. M. |último6=Levy |primeiro6=A. M. |último7=Longeri |primeiro7=M. |último8=Niini |primeiro8=T. |último9=Ozpinar |primeiro9=H. |último10=Slater |primeiro10=M.R. |último11=Pedersen |primeiro11=N. C. |último12=Lyons |primeiro12=L. A. |periódico=Genomics |ano=2008 |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18060738/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221024093105/https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18060738/|arquivodata= 24 de outubro de 2022|volume=91 |número=1 |páginas=12–21 |doi=10.1016/j.ygeno.2007.10.009 |pmid=18060738 |pmc=2267438}}</ref>

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<ref name="DRAPRISCILLA">{{citar web| título = Origem dos gatos| url = http://www.drapriscilaalves.com.br/artigos/Origem%20dos%20gatos.pdf| publicado = www.drapriscilaalves.com.br| acessodata = 15 de junho de 2009| arquivourl = https://web.archive.org/web/20130730101255/http://www.drapriscilaalves.com.br/artigos/Origem%20dos%20gatos.pdf| arquivodata = 2013-07-30| urlmorta = yes}}</ref>

<ref name="ondaa-idade-media">{{citar web | título = Os Gatos na Idade Média | ultimo = Follain | primeiro = Martha | url = http://www.ondaa.org/artigos/artigo22.htm | publicado = ONDAA.ORG - Organização pela Dignidade de Animais Abandonados | acessodata = 13 de junho de 2009 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20090901211202/http://www.ondaa.org/artigos/artigo22.htm | arquivodata = 2009-09-01 | urlmorta = yes }} Acessível também em [http://www.floraisecia.com.br/detalhe_artigo.php?id_artigo=297 Florais e Cia.]</ref>

<ref name="about-blackcats">{{citar web | título = Black Cats Folklore: Witches - Beliefs About Black Cats | ultimo = Syufy | primeiro = Franny | url = http://cats.about.com/od/catloreurbanlegends/a/blackcatlore.htm | publicado = About.com|língua= en | acessodata = 13 de junho de 2009|arquivourl= https://web.archive.org/web/20220817151127/https://www.thesprucepets.com/black-cat-superstitions-554444|arquivodata=17 de agosto de 2022}}</ref>

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<ref name="Carr1978">{{citar livro|primeiro=William H.A. |último=Carr |título=The New Basic Book of the Cat |data=1 de janeiro de 1978 |publicado=[[Scribner's]] |isbn=978-0-684-15549-4 |página=[https://archive.org/details/newbasicbookofca00carr/page/174 174] |url=https://archive.org/details/newbasicbookofca00carr/page/174|local=Nova Iorque}}</ref>

<ref name="Smith1992">{{citar livro|título=Structure, Function, and Evolution of Teeth |último1=Smith |primeiro1=Patricia |último2=Tchernov |primeiro2= Eitan |url=https://www.google.com.br/books/edition/Structure_Function_and_Evolution_of_Teet/8J9I3lPwEMIC?hl|ano=1992 |página=217 |publicado=[[Freund Publishing House]] |local=Telavive|isbn=978-965-222-270-1}}</ref>

<ref name="OConnor">{{citar periódico|título=Wild or domestic? Biometric variation in the cat ''Felis silvestris'' |último=O'Connor |primeiro=T.P. |periódico=International Journal of Osteoarchaeology |ano=2007 |volume=17 |número=6 |páginas=581–595 |doi=10.1002/oa.913 |url=http://eprints.whiterose.ac.uk/3700/1/OConnor_Cats-IJOA-submitted.pdf |acessodata=20 de janeiro de 2019 |arquivodata=21 de janeiro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190121010849/http://eprints.whiterose.ac.uk/3700/1/OConnor_Cats-IJOA-submitted.pdf |urlmorta= não}}</ref>

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<ref name=SeaWorld>{{Citar web |url=http://www.seaworld.org/animal-info/Animal-Bytes/animalia/eumetazoa/coelomates/deuterostomes/chordata/craniata/mammalia/carnivora/domestic-cat.htm |titulo=''Domestic Cat'' Seaworld |acessodata=2009-03-30 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111217042138/http://www.seaworld.org/animal-info/animal-bytes/animalia/eumetazoa/coelomates/deuterostomes/chordata/craniata/mammalia/carnivora/domestic-cat.htm |arquivodata=2011-12-17 |urlmorta=yes }}</ref>

<ref name="Gillis 2002">{{citar web|título=Cat Skeleton |editor-sobrenome=Gillis |editor-nome=R. |obra=Zoolab |publicado=[[University of Wisconsin]] Press |local=La Crosse |ano=2002 |url= http://bioweb.uwlax.edu/zoolab/Table_of_Contents/Lab-9b/Cat_Skeleton_1/cat_skeleton_1.htm |arquivourl= https://web.archive.org/web/20061206105542/http://bioweb.uwlax.edu/zoolab/Table_of_Contents/Lab-9b/Cat_Skeleton_1/cat_skeleton_1.htm |arquivodata=6 de dezembro de 2006 |acessodata=7 de setembro de 2012}}</ref>

<ref name=Batterman>{{citar periódico|título= Falling cats, parallel parking, and polarized light |último= Batterman |primeiro= R. |ano= 2003 |periódico= Studies in History and Philosophy of Science Part B: Studies in History and Philosophy of Modern Physics | volume = 34 |número= 4 |páginas= 527–557 | url = http://philsci-archive.pitt.edu/794/1/falling-cats.pdf | bibcode = 2003SHPMP..34..527B | doi = 10.1016/s1355-2198(03)00062-5|arquivodata=3 de dezembro de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221129192338/http://philsci-archive.pitt.edu/794/1/falling-cats.pdf}}</ref>

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<ref name="Kent et al. 2010">{{citar periódico|último1=Kent|primeiro1=Marc|último2=Platt|primeiro2=Simon R.|data=setembro de 2010|título=The neurology of balance: Function and dysfunction of the vestibular system in dogs and cats|periódico=The Veterinary Journal|volume=185|número=3|páginas=247–249|doi=10.1016/j.tvjl.2009.10.029|pmid=19944632|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1090023309004341}}</ref>

<ref name="Lettice 2008">{{citar periódico|último1=Lettice |primeiro1=L.A. |último2=Hill |primeiro2=A. E. |último3=Devenney |primeiro3=P. S. |último4=Hill |primeiro4=R. E. |título=Point mutations in a distant sonic hedgehog cis-regulator generate a variable regulatory output responsible for preaxial polydactyly |periódico=Human Molecular Genetics |volume=17 |número=7 |páginas=978–985 |ano=2008 |pmid=18156157 |doi=10.1093/hmg/ddm370 |doi-access=free| url=https://www.researchgate.net/publication/5693386_Point_mutations_in_a_distant_sonic_hegehog_cis-regulator_generate_a_variable_regulatory_output_responsible_for_preaxial_polydactyly}}</ref>

<ref name="Danforth1947">{{citar periódico|último=Danforth |primeiro=C.H. |título=Heredity of polydactyly in the cat |periódico=The Journal of Heredity |volume=38 |número=4 |páginas=107–112 |ano=1947 |pmid=20242531 |doi=10.1093/oxfordjournals.jhered.a105701|url=https://www.semanticscholar.org/paper/Heredity-of-polydactyly-in-the-cat.-Danforth/246f013a661391c2dd5d1b642c9f7a8e959bc2c2|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221203030431/https://www.semanticscholar.org/paper/Heredity-of-polydactyly-in-the-cat.-Danforth/246f013a661391c2dd5d1b642c9f7a8e959bc2c2|arquivodata=3 de dezembro de 2022}}</ref>

<ref name="pmid19422432">{{citar periódico|sobrenome1=Homberger|nome1=D. G.|sobrenome2=Ham|nome2=K.|sobrenome3=Ogunbakin|nome3=T.|sobrenome4=Bonin|nome4= J. A.|sobrenome5=Hopkins|nome5=B. A.|sobrenome6=Osborn|nome6=M. L.|título=The structure of the cornified claw sheath in the domesticated cat (''Felis catus''): Implications for the claw-shedding mechanism and the evolution of cornified digital end organs |periódico=J Anat |ano=2009 |volume=214 |número=4 |páginas=620–43 |pmid=19422432 |doi=10.1111/j.1469-7580.2009.01068.x |pmc=2736126|url=https://www.semanticscholar.org/paper/The-structure-of-the-cornified-claw-sheath-in-the-Homberger-Ham/19cb6590df6878555aa3c15ec41fe404da47d410|arquivodata=3 de dezembro de 2022|arquivourl= https://web.archive.org/web/20221203030737/https://www.semanticscholar.org/paper/The-structure-of-the-cornified-claw-sheath-in-the-Homberger-Ham/19cb6590df6878555aa3c15ec41fe404da47d410}}</ref>

<ref name="Armes 1900">{{citar periódico|título=Outline of cat lessons |último=Armes |primeiro=A.F. |periódico=The School Journal |ano=1900 |volume=LXI |página=659 |url=https://books.google.com/books?id=-_gBAAAAYAAJ |acessodata=5 de junho de 2020 |arquivodata=6 de agosto de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210806133121/https://books.google.com/books?id=-_gBAAAAYAAJ |urlmorta= não}}</ref>

<ref name="Kitchener2010">{{citar livro|último1=Kitchener |primeiro1=A.C. |último2=Van Valkenburgh |primeiro2=B. |último3=Yamaguchi |primeiro3=N. |ano=2010 |capítulourl=https://www.researchgate.net/publication/266753114 |capítulo=Felid form and function |título=Biology and Conservation of wild felids |editor-nome1=D. |editor-sobrenome1=Macdonald |editor-sobrenome2=Loveridge |editor-nome2=A. |publicado=Oxford University Press |páginas=83–106 |acessodata=10 de outubro de 2019 |arquivodata=16 de fevereiro de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210216135340/https://www.researchgate.net/publication/266753114_Felid_form_and_function |urlmorta= não|local=Oxônia}}</ref>

<ref name="Pocock1917">{{citar periódico|último=Pocock|primeiro=R.I.|ano=1917|título=VII — On the external characters of the Felidæ|url=https://archive.org/details/ser8annalsmagazi19londuoft|periódico=The Annals and Magazine of Natural History; Zoology, Botany, and Geology|series=8|volume=19|número=109|páginas=[https://archive.org/details/ser8annalsmagazi19londuoft/page/113 113–136]|doi=10.1080/00222931709486916}}</ref>

<ref name="Christensen 2004">{{citar livro|último=Christensen|primeiro=W.|url=https://archive.org/details/outwittingcatsti0000chri/page/22|título=Outwitting Cats|publicado=[[Globe Pequot]]|ano=2004|isbn=978-1-59228-240-1|páginas=[https://archive.org/details/outwittingcatsti0000chri/page/22 22–45]|capítulo=The physical cat|local=Guilford Center, Conecticute|capítulourl=https://books.google.com/books?id=WmuQQXU6EtAC&pg=PA27}}</ref>

<ref name=Eizirik>{{citar periódico|último1=Eizirik |primeiro1=Eduardo |último2=Yuhki |primeiro2=Naoya |último3=Johnson |primeiro3=Warren E. |último4=Menotti-Raymond |primeiro4=Marilyn |último5=Hannah |primeiro5=Steven S. |último6=O'Brien |primeiro6=Stephen J. |data=4 de março de 2003 |título=Molecular Genetics and Evolution of Melanism in the Cat Family |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960982203001283 |periódico=Current Biology |língua=en |volume=13 |número=5 |páginas=448–453 |doi=10.1016/S0960-9822(03)00128-3 |pmid=12620197 |s2cid=19021807 |issn=0960-9822}}</ref>

<ref name=Fielding>{{Citation |último=Fielding |primeiro=Henry |título=Containing one of the most bloody battles, or rather duels, that were ever recorded in domestic history |data=14 de agosto de 2008 |url=http://dx.doi.org/10.1093/owc/9780199536993.003.0021 |obra=Tom Jones |publicado=Oxford University Press |doi=10.1093/owc/9780199536993.003.0021 |isbn=978-0-19-953699-3 |acessodata=17 de maio de 2022}}</ref>

<ref name=CATANATOMY>{{Citar livro|título=Cat Anatomy)|autor=Flash Anatomy|local=EUA|editora=Bryan Edwards Publishing|idioma=Inglês|ano=1998|isbn = 1-878576-18-6 |páginas=52}}</ref>

}}

== Bibliografia ==

* {{citar livro|título=Study of the Cat with Reference to Human Beings |último=Walker |primeiro=W. F. |edição=Fourth revised |ano=1982 |publicado=[[Cengage|Thomson Learning/Cengage]] |local=Boston, Massachussetes|isbn=978-0-03-057914-1|ref=harv}}

* {{citar livro|título=The Cat: Its behavior, nutrition, and health |último=Case |primeiro=Linda P. |ano=2003 |publicado=Imprensa da Universidade Estadual do Iouá|local=Ames |isbn=978-0-8138-0331-9|ref=harv}}

== Ligações externas ==
{{correlatos
 |título     = gato
 |commons    = Felis silvestris catus
 |commonscat = Felis silvestris catus
 |wikispecies= Felis silvestris catus
 |wikcionario= Gato
 |wikiquote  = Gato
}}
* {{Link|pt|2=http://naturdata.com/Felis-catus-38042.htm|3=Ficha Naturdata sobre o gato em Portugal}}

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