The Drowning Pool

filme de 1975 dirigido por Stuart Rosenberg

The Drowning Pool (bra: A Piscina Mortal; prt: Sangue Frio em Água Quente)[5][6][7] é um filme neo-noir estadunidense de 1975, dos gêneros suspense e mistério, dirigido por Stuart Rosenberg, e estrelado por Paul Newman, Joanne Woodward e Tony Franciosa.[2] O roteiro de Tracy Keenan Wynn, Lorenzo Semple, Jr. e Walter Hill foi baseado no romance homônimo de 1950, de Ross Macdonald.[1] A produção é a sequência de "Harper" (1966).[8]

The Drowning Pool
The Drowning Pool
Cartaz promocional do filme.
No Brasil A Piscina Mortal
Em Portugal Sangue Frio em Água Quente
 Estados Unidos
1975 •  cor •  108 min 
Gênero neo-noir
suspense
mistério
Direção Stuart Rosenberg
Produção Lawrence Turman
David Foster
Roteiro Tracy Keenan Wynn
Lorenzo Semple, Jr.
Walter Hill
Baseado em The Drowning Pool
romance de 1950
de Ross Macdonald[1]
Elenco Paul Newman
Joanne Woodward
Tony Franciosa
Música Michael Small
Cinematografia Gordon Willis
Direção de arte Ed O'Donovan
Efeitos especiais Chuck Gaspar
Henry Millar, Sr.
Figurino Donald Brooks
Edição John C. Howard
Companhia(s) produtora(s) First Artists
Coleytown Productions
Distribuição Warner Bros.
Lançamento
  • 25 de junho de 1975 (1975-06-25) (Los Angeles / Nova Iorque)[2]
Idioma inglês
francês
Orçamento US$ 2,7 milhões[3]
Receita US$ 8 milhões[3][4]

A trama retrata a história de um detetive particular que, após ser contratado por uma antiga namorada para desvendar um caso de chantagem, envolve-se em alguns problemas com os membros da família do marido dela.[9][10] Este foi o oitavo dos dez filmes que Newman e Woodward coestrelaram juntos.[11]

Sinopse

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Lew Harper (Paul Newman), um detetive particular de Los Angeles, viaja para a Luisiana a pedido de sua ex-namorada, Iris Devereaux (Joanne Woodward), agora casada, que está sendo chantageada por alguém que descobriu sua infidelidade conjugal. Enquanto investiga, Harper se vê no meio de uma batalha de poder entre Olivia Devereaux (Coral Browne), a matriarca da família, que administra a propriedade com um punho de ferro implacável, e J. Hugh Kilbourne (Murray Hamilton), um ambicioso magnata do petróleo que deseja suas terras. À medida que as coisas se complicam, tanto para Harper quanto para Iris, o perigo aumenta, ameaçando-os com sérias consequências.

Elenco

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  • Paul Newman como Lew Harper
  • Joanne Woodward como Iris Devereaux
  • Tony Franciosa como Chefe Broussard
  • Murray Hamilton como J. Hugh Kilbourne
  • Gail Strickland como Mavis Kilbourne
  • Melanie Griffith como Schuyler Devereaux
  • Linda Haynes como Gretchen
  • Richard Jaeckel como Tenente Franks
  • Paul Koslo como Candy
  • Joe Canutt como Glo
  • Andy Robinson como Pat Reavis
  • Coral Browne como Olivia Devereaux
  • Richard Derr como James Devereaux
  • Helena Kallianiotes como Elaine Reavis
  • Leigh French como Ruiva
  • Peter Dassinger como Peter
  • James Fontenot como Barman
  • Jerome Greene como Mordomo
  • Cecil Elliott como Telefonista
  • Andre Trottier como Hidroterapeuta

Produção

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O romance homônimo que baseou o roteiro do filme foi originalmente publicado em 1950. O jornal The New York Times considerou-o "um dos melhores mistérios do ano".[12]

Em 1966, o romance "The Moving Target" (1949), de Ross Macdonald, foi adaptado por William Goldman e lançado nos cinemas como "Harper", estrelado por Paul Newman. O personagem principal do romance, Lew Archer, foi renomeado para "Lew Harper" devido ao fato de que o autor detinha os direitos sobre o nome, enquanto a produtora Filmways possuía os direitos do personagem para uso em filmes. Após o lançamento, Goldman escreveu uma sequência para a produção, com uma história baseada em "The Chill" (1964), embora o roteiro nunca tenha sido produzido.[13]

Em abril de 1973, os produtores Lawrence Turman e David Foster anunciaram que tinham adquirido os direitos do romance "The Drowning Pool" para Robert Mulligan dirigir, com Walter Hill contratado para adaptá-lo.[14] Hill fez um rascunho, dizendo que "tentou endurecer o material e colocar um pouco mais de força nas calças de Lew Archer, o que provavelmente foi um erro. Certamente, o estúdio e os produtores acabaram se sentindo assim; a principal crítica deles foi que os fãs de Macdonald não respondem à ação física. Eles podem ter razão, mas eu achei que seguir na direção que eles queriam com o roteiro seria uma estrada para o tédio". Ele também disse que isso o levou a "mais ou menos pular do barco" e ir fazer "Hard Times" (1975), que marcou sua estreia na direção.[15]

Hill afirmou que, durante seu envolvimento na produção, Paul Newman ainda não havia sido escalado, e Mulligan optou por sair do projeto ao mesmo tempo que ele.[15] Eventualmente, Newman concordou em estrelar, com sua companhia First Artists produzindo o filme na Warner Bros. Em julho de 1974, Joanne Woodward também aceitou participar da produção, e Lorenzo Semple, Jr. foi contratado para reescrever o roteiro.[16] Por sugestão de Woodward, a locação da história também foi alterada, da Califórnia para a Luisiana, pois ela sentiu que isso proporcionaria um diferencial.[17]

Em setembro de 1974, Tracy Keenan Wynn, que era famoso por trabalhar em telefilmes, também começou a escrever o roteiro.[18]

Jack Garfein disse que seu agente o indicou para dirigir o filme e Newman inicialmente concordou. No entanto, Stuart Rosenberg abordou Newman pedindo o trabalho, revelando estar passando por problemas pessoais e estar "desesperado" pela oportunidade, o que fez Newman escolhê-lo.[19]

Originalmente, o plano era nomear o personagem principal de "Dave Ryan" para evitar confusões com uma sequência direta de "Harper". No entanto, algumas semanas antes da pré-produção, Foster decidiu que era "uma bobagem fazer essa mudança", então o personagem acabou sendo Harper novamente.[17] O título de produção do filme foi "Ryan's the Name".[2]

Em 18 de outubro de 1964, o filme começou sua produção, com uma programação de quatro semanas de filmagens com locações em Lafayette, Lake Charles, Franklin, Henderson e Nova Orleans.[20] Em 24 de dezembro de 1974, a produção foi encerrada com uma duração de quase dez semanas, com seis delas filmadas em locações na Luisiana.[2] Na época em que o filme estava sendo feito, a Paramount estava produzindo uma série de televisão baseada nos romances de Lew Archer, estrelada por Brian Keith.[21]

Antes do filme ser lançado, um possível comprador disse: "Você tem certeza de que será um desastre porque Stuart Rosenberg – oh, que Stuart Rosenberg tem sobre Paul Newman? Quero dizer, depois de WUSA, como alguém poderia...? Esse homem deve ser o Otto Preminger dos filmes B. Ele simplesmente não faz um filme comercial há anos e as pessoas ainda lhe dão grandes propriedades".[22]

Mais tarde, Hill afirmou que Eric Roth também colaborou na escrita, e também estimou que apenas duas cenas menores do filme eram fiéis à sua versão do roteiro, além de afirmar que "não estava muito entusiasmado com o filme".[15][23]

Recepção

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A. H. Weiler, em sua crítica para o The New York Times, escreveu: "Sob a direção robusta, mas comum, de Stuart Rosenberg, o roteiro, adaptado do romance de 1950 (de Ross Macdonald), transporta nosso herói de sua Califórnia natal para a Nova Orleans contemporânea e seus arredores ... Claro, o Harper do Sr. Newman sobrevive a surras, armadilhas e uma variedade de ofertas tentadoras com trocadilhos, charme e decência inerente projetada em um estilo discreto e trabalhador. Se sua atuação não é excepcional, é um pouco mais convincente do que as caracterizações dos outros protagonistas, que surgem como tipos estranhos e não como indivíduos completamente desenvolvidos e persuasivos ... Infelizmente, as performances e aspectos autênticos como o dialeto Cajun, os pântanos, Nova Orleans e uma imponente mansão pré-guerra de colunas brancas, situada entre amplos gramados e antigos carvalhos vivos, servem apenas para tornar The Drowning Pool uma diversão moderadamente interessante".[24]

Roger Ebert, para o Chicago Sun-Times, deu ao filme 2/4 estrelas, escrevendo que a premissa básica do filme era "material de suspense direto e poderia ter dado um filme B decente, mas como The Drowning Pool é um veículo de Paul Newman, ele vai de primeira classe, e isso acaba sendo fatal. Tanta atenção é dada para fazer o filme parecer visualmente bom que a história se perde".[25] Stanley Kauffmann, em sua crítica para a revista The New Republic, descreveu o filme como um "suspense podre".[26]

Paul Newman afirmou: "um personagem como Harper é muito fácil. É muito divertido acordar de manhã e interpretar Harper".[27]

No Rotten Tomatoes, site agregador de críticas, 53% das 17 críticas do filme são positivas, com uma classificação média de 5,5/10.[28]

Bilheteria

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De acordo com os registros da Warner Bros., o filme arrecadou US$ 2.600.000 nacionalmente e US$ 5.400.000 no exterior, totalizando US$ 8.000.000 mundialmente.[3][4]

Na América do Norte, o filme foi um fracasso de bilheteria. No entanto, teve um melhor desempenho no mercado internacional – especialmente na Itália, França, Espanha e África do Sul.[4]

Prêmios e indicações

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Ano Cerimônia Categoria Indicado Resultado Ref.
1976 Edgar Melhor filme "The Drowning Pool" Indicado [29]

Mídia doméstica

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Em 14 de novembro de 2006, a Warner Home Video lançou o filme como parte da box set "The Paul Newman Collection", que incluiu "Somebody Up There Likes Me" (1956), "The Left Handed Gun" (1958), "The Young Philadelphians" (1959), "Harper" (1966), "Pocket Money" (1972) e "The Mackintosh Man" (1973).[30] Em 27 de fevereiro de 2018, o filme foi lançado em Blu-ray pela Warner Archive Collection.[31]

Referências

  1. a b Macdonald, Ross (3 de junho de 1996). The Drowning Pool (em inglês) reimpressa ed. Nova Iorque: Vintage Crime/Black Lizard. ISBN 978-0679768067. Consultado em 22 de abril de 2024 – via Amazon 
  2. a b c d «The First 100 Years 1893–1993: The Drowning Pool (1975)». American Film Institute Catalog. Consultado em 22 de abril de 2024 
  3. a b c «Foreign Fans Fancy 'Drowning Pool', So $8,000,000 Foreseen». Variety. 14 de janeiro de 1976. p. 38 
  4. a b c Byron, Stuart (março de 1976). «First Annual 'Grosses Gloss'». Film Comment. 12 2 ed. Nova Iorque. pp. 30–31 
  5. «A Piscina Mortal (1975)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 22 de abril de 2024 
  6. «Cidade de Santos (SP) – 1967 a 1987 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 4 de setembro de 1976. p. 17. Consultado em 22 de abril de 2024 
  7. «Sangue Frio em Água Quente (1975)». Portugal: Público. Consultado em 22 de abril de 2024 
  8. «The First 100 Years 1893–1993: Harper (1966)». American Film Institute Catalog. Consultado em 22 de abril de 2024 
  9. «The Drowning Pool (1975)». MUBI. Consultado em 24 de abril de 2024 
  10. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  11. Deming, Mark. «The Drowning Pool (1975)». AllMovie. Consultado em 24 de abril de 2024 
  12. «Best Mysteries of 1950 § T». The New York Times. 3 de dezembro de 1950. p. 30. Consultado em 22 de abril de 2024 
  13. «The Drowning Pool (1975) – Notes». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 22 de abril de 2024 
  14. Weiler, A. H. (29 de abril de 1973). «Barbra Nightingale». The New York Times. p. 11. Consultado em 22 de abril de 2024 
  15. a b c McGilligan, Patrick. «Last Man Standing: An Interview with Walter Hill» (PDF). Film International. p. 15. Consultado em 22 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2015 
  16. «Paul, Joanne to Costar in 'Pool'». Los Angeles Times. 4 de julho de 1974. p. 12 
  17. a b Druxman, Michael B. (1 de janeiro de 1977). One Good Film Deserves Another (em inglês). Nova Iorque: A. S. Barnes. p. 15. ISBN 978-0498018060. Consultado em 22 de abril de 2024 – via Amazon 
  18. «Wynn Signs Pact with Columbia». Los Angeles Times. 18 de setembro de 1974. p. 25 
  19. Morella, Joe; Epstein, Edward Z. (1 de janeiro de 1989). Paul and Joanne : A Biography of Paul Newman and Joanne Woodward (em inglês) primeira ed. Londres: W. H. Allen. pp. 189–190. ISBN 978-0491032094. Consultado em 22 de abril de 2024 – via Amazon 
  20. «Display of Hands for Barbra». Jon Chicago Tribune. 5 de dezembro de 1974. p. 16 
  21. Smith, Cecil (26 de janeiro de 1975). «Brian Keith's Playing Lew Archer – But with Hawaii on His Mind». Los Angeles Times. p. 2 
  22. Meslin, Janet (julho de 1975). «Splitting Jaws with the Happy Booker: A Talk with a Circuit Buyer». Film Comment. 11 4 ed. Nova Iorque. pp. 57–62, 64 
  23. Greco, Mike (maio de 1980). «Hard Riding». Film Comment. 16 3 ed. Nova Iorque. pp. 13–19, 80 
  24. Weiler, A. H. (26 de junho de 1975). «Film: Newman as Harper: Detective Resurfaces in 'Drowning Pool'». The New York Times. Consultado em 23 de abril de 2024 
  25. Ebert, Roger (1 de janeiro de 1975). «The Drowning Pool». RogerEbert.com. Chicago Sun-Times. Consultado em 22 de abril de 2024 
  26. Kauffmann, Stanley (1 de janeiro de 1980). Before My Eyes: Film Criticism and Comment primeira ed. Nova Iorque: HarperCollins. p. 48. ISBN 978-0060122980. Consultado em 22 de abril de 2024 
  27. Gussow, Mel (28 de abril de 1975). «The Newmans: 2 Lives in the Movies». The New York Times. p. 33. Consultado em 22 de abril de 2024 
  28. «The Drowning Pool (1975)». Rotten Tomatoes. Fandango Media. Consultado em 22 de abril de 2024 
  29. «Edgar Allan Poe Awards (1976) – Awards and Nominations». MUBI (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2024 
  30. «The Paul Newman Collection» (DVD). ‎‎‎Warner Home Video. 14 de novembro de 2006. ASIN B000HWZ4DE. Consultado em 22 de abril de 2024 – via Amazon 
  31. «The Drowning Pool» (Blu-ray). Blu-ray.com. Warner Archive Collection. 27 de fevereiro de 2018. Consultado em 22 de abril de 2024