Nota: Se procura pela cidade grega de Tebas, veja Tebas (Grécia).

Tebas (Uaset em antigo egípcio) foi uma cidade do Antigo Egito. Localizada a 800 km do delta do Nilo a sul de Alexandria. Foi capital do reino durante o Império Novo (c. 1550 a.C. - 1070 a.C.). Foi, posteriormente, a capital das províncias romanas de Tebaida e da Tebaida Superior. Hoje, nas suas proximidades, ergue-se a cidade de Luxor. Tebas e a sua Necrópole foram classificados Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 1979.[1]


Templo de Carnaque

Critérios (i)(iii)(vi)
Referência 87 en fr es
País  Egito
Coordenadas 25° 42′ 00″ N, 32° 38′ 42″ L
Histórico de inscrição
Inscrição 1979

Nome usado na lista do Património Mundial

História

editar

No período do Novo Império, Tebas viveu seu auge, atraindo boa parte da riqueza do Egito e das terras então conquistadas. À medida em que experimentou sua decadência, o centro do poder se deslocou para o delta do Nilo. A cidade, então, tornou-se, durante o século XI a.C., uma entidade política separada sob o domínio sacerdotal. Em 661 a.C., Tebas foi saqueada pelos assírios, um evento relatado na Bíblia (Livro de Naum, capítulo 3, versículos 8-10).

Com a conquista do Egito por Alexandre, o Grande no século IV a.C. e a posterior colonização grega patrocinada pela dinastia Ptolomaica (faraós também de origem grega), a cidade recebeu o nome sob o qual ainda é popularmente conhecida, uma referência à cidade de Tebas original, localizada na Grécia.

Em 29 a.C., momento em que os romanos estavam se tornando senhores do Egito, foi a vez de estes saquearem o local. Finalmente, em 20 a.C., um visitante grego relatou apenas algumas aldeias dispersas no terreno outrora centro do poder dos faraós. Somente no século VII, com a ocupação árabe, é que a região voltou a ter algum destaque, com a construção da moderna Luxor.

Mitologia grega

editar

Na mitologia grega, Tebas, cidade de cem portas, foi fundada por Agenor, no período de nove anos em que ele habitou Mênfis.[2] Higino, porém, menciona uma Tebas na Índia, fundada por Júpiter, e que seria chamada de hecatompylae por ter cem portas.[3] A cidade grega de Tebas tem este nome porque o oráculo de Delfos mandou Cadmo, filho de Agenor, colocar o mesmo nome que a cidade egípcia. [4]

Templos

editar

Ver também

editar

Referências

  1. «UNESCO». Consultado em 11 de junho de 2014 
  2. Nono de Panópolis, Dionisíaca, Livro IV, 260-284
  3. Higino, Fabulae, CCLXXV, Cidades e seus fundadores
  4. Nono de Panópolis, Dionisíaca, Livro IV, 293-307

Ligações externas

editar