Rio Mira

rio em Portugal

O Mira[1] é um rio português que nasce no concelho de Almodôvar, Serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 m, e percorre cerca de 130 km até desaguar no oceano Atlântico junto a Vila Nova de Milfontes. É dos poucos rios portugueses que corre de Sul para Norte, tal como o rio Sado.

Rio Mira
Rio Mira
Rio Mira em Vila Nova de Milfontes
Comprimento 130 km
Nascente Serra do Caldeirão
Altitude da nascente 470 m
Caudal médio N/D m³/s
Foz oceano Atlântico
Área da bacia 1540 km²
Delta N/D
País(es) Portugal Portugal

Descrição

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O seu curso tem um comprimento total de 130 km e vai desaguar junto a Vila Nova de Milfontes, 30 km a sul de Sines. Na maioria do seu curso, o desnível é baixo, podendo por isso o rio ser considerado envelhecido (Andrade, 1986). A bacia hidrográfica do rio Mira, localizada no sudoeste de Portugal, tem uma área total de 1540 km². A norte é limitada pela bacia hidrográfica do rio Sado, a sul pelas bacias hidrográficas das ribeiras provenientes da Serra de Monchique, a leste pela bacia hidrográfica do rio Guadiana e a oeste pela orla costeira.

Entre os principais afluentes do Mira destacam-se a ribeira de Torgal, os rios Luzianes e Perna Seca na margem direita, Macheira, Guilherme e Telhares na margem esquerda. Na orla costeira, as linhas de água correm perpendicularmente à costa e drenam directamente para o mar.

Os aproveitamentos de maior importância são, no próprio rio Mira, a albufeira de Santa Clara, com uma capacidade total de 485.000 x 1000 m³ e útil de 240.300 x 1000 m³.[2] e a albufeira de Corte Brique, na ribeira com o mesmo nome, com uma área de bacia hidrográfica de 14,42 Km², e uma capacidade total de 1636 x 1000 m³ e uma capacidade útil de 1464 x 1000 m³.[3]

O estuário do Mira tem cerca de 32 quilómetros de comprimento e uma largura máxima de 150 metros.[carece de fontes?] Junto de Vila Nova de Mil Fontes os seus fundos apresentam bancos de areia que ficam a descoberto na baixa mar e formam um sistema de canais.[carece de fontes?]

O vale do rio Mira, desde a vila de Odemira até à foz, está inserido no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Ao longo do rio funcionaram muitos moinhos de maré, devido à sua morfologia, com muitos esteiros e reentrâncias, além da profunda entrada das marés ao longo do seu percurso, superior a 25 Km.[4] Estes engenhos desempenharam uma função de grande importância no abastecimento alimentar das populações das vilas de Odemira e Vila Nova de Milfontes, através da sua produção de farinhas.[4] O rio era navegável até à vila de Odemira, onde existia um porto comercial, tendo por exemplo exportado três mil moios de trigo em 1821.[5]

Ligações externas

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Referências

  1. Pedrero, Rosa (1996). «El hidronimo prerromano Mira». Emerita (em espanhol). 64 (2). Consultado em 16 de julho de 2018 
  2. «Caracterização». Comissão Nacional Portuguesa das Grandes Barragens. Barragem de Santa Clara. Agência Portuguesa do Ambiente. Consultado em 3 de Março de 2023 
  3. «Barragem de Corte Brique». Comissão Nacional Portuguesa das Grandes Barragens. Agência Portuguesa do Ambiente. Consultado em 3 de Março de 2023 
  4. a b QUARESMA, 2009:62
  5. QUARESMA, 2009:89

Bibliografia

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  • QUARESMA, António Martins (2009). Cerealicultura e Farinação no Concelho de Odemira: da Baixa Idade Média à época contemporânea. Odemira: Câmara Municipal de Odemira. 124 páginas. ISBN 978-989-8263-02-5 
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