Reino da Saxônia

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O Reino da Saxônia (em alemão: Königreich Sachsen), existente entre 1806 e 1918, foi um membro independente das confederações pós-Guerras Napoleônicas. A partir de 1871, fez parte do Império Alemão. Tornou-se um estado livre na época da República de Weimar em 1918, após o fim da Primeira Guerra Mundial e a abdicação do rei Frederico Augusto III. A capital era a cidade de Dresden, e o estado sucessor foi o Estado Livre da Saxônia.

Königreich Sachsen
Reino da Saxônia

Estado da Confederação do Reno
Estado da Confederação Germânica
Estado da Confederação da Alemanha do Norte
Estado Federado do Império Alemão


1806 – 1918
Flag Brasão
Bandeira Brasão de armas
Lema nacional
Providentiae Memor
(em português: "Lembre-se Providência")
Hino nacional
"Sachsen Hymne"


Localização de Saxônia
Localização de Saxônia
O Reino da Saxônia em 1871
Continente Europa
Região Europa Central
País Alemanha
Capital Dresden
Língua oficial Alto saxão germânico
Religião Protestantismo e catolicismo
Governo Monarquia constitucional
Monarca
 • 1806–1827 Frederico Augusto I
 • 1827–1836 Antônio
 • 1836–1854 Frederico Augusto II
 • 1854–1873 João
 • 1873–1902 Alberto
 • 1902–1904 Jorge
 • 1904–1918 Frederico Augusto III
Primeiro-Ministro
 • 1831–1843 Bernhard von Lindenau
 • 1918 Rudolf Heinze
Legislatura Landtag
 • Câmara Superior Herrenhaus
 • Câmara Inferior Abgeordnetenhaus
Período histórico Guerras Napoleônicas/Primeira Guerra Mundial
 • 1806 Fundação
 • 1918 Dissolução
Área
 • 1910 14 993 km2
População
 • 1910 est. 4 806 661 
Moeda Táler (1806–1857)
Vereinsthaler (1857–1873)
Goldmark (1873–1914)
Papiermark (1914–1918)

Era Napoleônica e Confederação Germânica

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Antes de 1806, a Saxônia fazia parte do Sacro Império Romano-Germânico, um império de mais de mil anos que acabou sendo desmembrado por Napoleão Bonaparte. Os governantes do então Eleitorado da Saxônia detinham o título de eleitores havia séculos. Quando o Sacro Império Romano-Germânico foi dissolvido após a queda do imperador Francisco II, o eleitorado obteve o status de reino independente com o apoio da França, o poder dominante da Europa naquela época. O último eleitor da Saxônia se tornaria o rei Frederico Augusto I da Saxônia.

 
Grande brasão de armas do reino

Caindo o aliado da Saxônia, o Reino da Prússia, na Batalha de Jena em 1806, a Saxônia entrou na Confederação do Reno (que duraria até 1813, quando foi dissolvida por Napoleão Bonaparte após a Batalha de Leipzig). Após a batalha, o rei Frederico Augusto I desertou perante suas tropas, sendo feito prisioneiro pelos prussianos e teve que abdicar do trono, deixando à Prússia a sua ocupação e administração. Isto foi provavelmente um dos motivos pelo qual a Prússia não anexou a Saxônia. No final, 40% do reino, incluindo a historicamente significante Wittenberg, foi anexado pela Prússia, mas Frederico Augusto conseguiu restaurar o trono. O reino também entrou na Confederação Germânica, a nova organização dos estados alemães.

Guerra Austro-Prussiana e o Império Alemão

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Durante a Guerra Austro-Prussiana de 1866, a Saxônia apoiou a Áustria, e o exército saxão foi o único aliado da causa austríaca, tendo, inclusive, abandonado a defesa da própria Saxônia para se juntar ao exército austríaco na Boêmia.

Com a vitória da Prússia sobre a França, na Guerra Franco-Prussiana de 1871, os membros da confederação se organizaram sob coordenação de Otto von Bismarck para formar o Império Alemão, sendo Guilherme I proclamado imperador. João I, rei da Saxônia, ficou subordinado ao novo imperador alemão, porém manteve vários privilégios e certa autonomia sob Guilherme I, como por exemplo manter relações diplomáticas com outros estados.

O fim do reino

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O imperador alemão Guilherme II abdicou em 1918, em decorrência da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. O rei Frederico Augusto III da Saxônia perdeu o poder também, e o Reino da Saxônia tornou-se o Estado Livre da Saxônia na recém-formada República de Weimar.

Lista dos reis do Reino da Saxônia

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Ver também

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Referências

  1. The Encyclopaedia Britannica: A Dictionary of Arts, Sciences, and General Literature (em inglês). XXI. Filadélfia: Maxwell Sommerville. 1894. p. 371 
  2. Borucki, Wes (2018). Gale Researcher Guide for: The Wars of German Unification (em inglês). Detroit: Gale, Cengage Learning. p. 7. ISBN 9781535864879 
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