Maria Alcina

música brasileira

Maria Alcina Leite (Cataguases, 22 de abril de 1949) é uma cantora brasileira.

Maria Alcina
Maria Alcina
Maria Alcina se apresenta na
Virada Cultural de São Paulo, em 2008.
Informações gerais
Nome completo Maria Alcina Leite
Nascimento 22 de abril de 1949 (75 anos)
Local de nascimento Cataguases, MG
Brasil
Gênero(s) MPB, samba, carnaval
Ocupação Cantora
Instrumento(s) Voz
Período em atividade 1966-atualmente
Gravadora(s) Chantecler
Outros Discos

Entre seus maiores sucessos estão "Fio Maravilha" (Jorge Ben) — vencedora da fase nacional do Festival Internacional da Canção de 1972 — e "Kid Cavaquinho" (João Bosco e Aldir Blanc).

Dona de uma voz grave e de uma presença de palco contagiante, ganhou o Troféu Imprensa[1], participou de programas de televisão como a Discoteca do Chacrinha, o Qual é a Música? e todos os outros da época. Percorreu o Brasil com seus shows e ficou conhecida internacionalmente.

Sua maneira exótica de se vestir se compara muito a Carmem Miranda.[2]

Carreira

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Maria Alcina nasceu e cresceu em Cataguases.[3] No início de sua carreira, trabalhou durante seis anos em um circo. Foi para o Rio de Janeiro aos 17 anos.[4] No início dos anos 1970, se apresentava em clubes e casas de shows de Ipanema e Copacabana[3], como a boate Number One[4]. Em 1971, no Teatro Copacabana, ocorrera o lançamento de Maria Alcina como estrela de destaque, ao lado do cantor paulista Tony Tornado e da banda niteroiense MPB4.[3]

Ganhou projeção nacional em 1972, na sétima e última edição do Festival Internacional da Canção (FIC)[4], onde defendeu o samba de Jorge Ben Jor "Fio Maravilha"[5] na noite de 16 de setembro de 1972.[3] O sucesso foi tanto que Maria Alcina ganhou uma menção honrosa no festival daquele ano.[6] Com "Fio Maravilha", fez o Maracanãzinho vibrar e conquistou o estrelato.

Logo após o Festival, em 1973, lança o primeiro disco Maria Alcina.[4] Em 1974, a cantora lançou o segundo álbum.[7] No mesmo ano, Maria Alcina foi proibida de se apresentar em público e a veiculação de suas músicas em rádio e televisão foi vetada pela Ditadura Militar.[8][9]

Em 1976, foi destaque principal no Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro pela escola Beija-flor, se destacando em uma alegoria onde representava o animal veado no enredo "Sonhar com rei dá leão" do carnavalesco Joãosinho Trinta.[3] Sua performance foi tão marcante que uma foto sua foi escolhida para ser a capa do LP das Escolas de Samba de 1977.[3]

Em 1978, grava um disco com o hino do Sport Club Corinthians Paulista e a canção “Transplante de Corintiano”.[3]

Durante a década de 80, Alcina enfrentou um período de entresafra na música e foi para a TV, onde foi jurada de calouros.[9]

No ano de 2004, gravou um CD de batida eletrônica, chamado Agora, com o Bojo[8], banda composta por Maurício Bussab, Du Moreira e Kuki Stolarski. No CD, alguns clássicos de sua carreira, com roupagem eletrônica, como Eu dei, Alô, alô e Fio Maravilha; além desses sucessos, canções inéditas.

Em 2010, gravou o CD Maria Alcina Confete e Serpentina produção de Mauricio Bussab e ganhou o Prêmio da Música Brasileira como "Melhor Cantora" e "Melhor CD".[8]

Em 2014, gravou o CD de nome De Normal Bastam Os Outros, com a produção de Thiago Maques Luis, comemorando 40 anos de carreira. O trabalho tem composições de Zeca Baleiro, Arnaldo Antunes, Péricles Cavalcanti, Felipe Cordeiro, Anastacia, Karina Bahur, Osvaldo Nunes, Adoniran Barbosa, João Bosco e Aldir Blanc, Totonho e os Cabras, Jorge Ben Jor, Chico Anysio, e a participação de Ney Matogrosso, cantando a musica "Bigorrilho". O disco foi recebido com entusiasmo pela crítica especializada e o show de lançamento considerado um dos melhores de 2014 pelo jornalista Alexandre Eça.[10]

Em 2016, lança o DVD De Normal Bastam Os Outros no Sesc Belenzinho. O DVD foi gravado no Auditório Ibirapuera em São Paulo, dirigido por Thiago Brito e Rafael Saar, produzido por Thiago Marques Luiz.

Em 15 de junho de 2017, lança Espírito de tudo, onde aborda com personalidade o cancioneiro de Caetano Veloso.[11][12][13]

Em 29 de janeiro de 2019, se apresenta com a orquestra SP Pops Symphonic Band no Teatro da UMC, em São Paulo, show que seria lançado no CD e DVD chamado Maria Alcina in Concert.[14]

Em fevereiro de 2022, lança os singles "Extravagantes celestes" e "Rei mandou".[5][6]

Referências

  1. «Maria Alcina». Museu da TV 
  2. «Maria Alcina chorava ao se ver maquiada no começo da carreira». www.band.uol.com.br. Consultado em 14 de março de 2023 
  3. a b c d e f g Melo, Tálisson (5 de fevereiro de 2022). «A mulher veado: repensando o Brasil na voz de Maria Alcina - Parte I». Jornal O Pharol. Consultado em 14 de março de 2023 
  4. a b c d Povo, O. (25 de abril de 2019). «Em entrevista exclusiva, Maria Alcina fala de palco, música e fantasia». O Povo - VidaEArte. Consultado em 14 de março de 2023 
  5. a b «Maria Alcina faz Carnaval ao iniciar comemorações dos 50 anos de carreira». G1. Consultado em 14 de março de 2023 
  6. a b «Maria Alcina comemora 50 anos de carreira em ritmo de Carnaval». EBC Rádios. 31 de março de 2022. Consultado em 14 de março de 2023 
  7. «Maria Alcina dá voz a samba de Baiano & Os Novos Caetanos sobre delação nos anos 1970». G1. Consultado em 14 de março de 2023 
  8. a b c «Com show gratuito, Maria Alcina apresenta novo álbum e celebra os 50 anos do movimento tropicalista». G1. Consultado em 14 de março de 2023 
  9. a b EGO, Rodrigo Soares Do; Paulo, em São. «Maria Alcina fala sobre 43 anos de carreira: 'Estou sempre começando'». Ego. Consultado em 14 de março de 2023 
  10. «LISTA: Os 20 shows nacionais de 2014 nos palcos de São Paulo». Música Estática. 20 de dezembro de 2014. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  11. «Maria Alcina festeja 70 anos com a gravação de show com orquestra pop sinfônica de São Paulo». G1. Consultado em 14 de março de 2023 
  12. «Veja a capa do álbum em que Maria Alcina canta dez músicas de Caetano | G1 Música Blog do Mauro Ferreira». Mauro Ferreira. Consultado em 14 de março de 2023 
  13. «Maria Alcina canta repertório de Caetano Veloso em show de lançamento de LP». Guia Folha. 9 de fevereiro de 2018. Consultado em 14 de março de 2023 
  14. «Maria Alcina revisita loucuras e liberdades em álbum gravado com sinfônica pop para festejar os 70 anos da cantora». G1. Consultado em 14 de março de 2023 

Ligações externas

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