Itaú de Minas
Itaú de Minas é um município brasileiro da Região Geográfica Imediata de Passos situado no sudoeste do estado de Minas Gerais, inicialmente denominado Córrego do Ferro.[8] Sua população estimada pelo IBGE para 1º de julho de 2018 era de 16 108 habitantes.[1]
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Do alto, da esquerda para a direita: Igreja Nossa Senhora Aparecida; Praça da Matriz; Igreja Matriz Santa Terezinha do Menino Jesus; Praça Sagrada Família; Praça Nossa Senhora das Graças; Praça Monsenhor Ernesto Cavicchioli; Prefeitura Municipal; Avenida Engenheiro Manoel Batista; vista panorâmica; pôr do sol; uma das primeiras praças no pátio da antiga fábrica. | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | itauense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Itaú de Minas em Minas Gerais | |||
Localização de Itaú de Minas no Brasil | |||
Mapa de Itaú de Minas | |||
Coordenadas | 20° 44′ 20″ S, 46° 45′ 07″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Norte: Passos; Leste: Passos; Sul: Fortaleza de Minas; Oeste: Cássia e Pratápolis. | ||
Distância até a capital | 363 km[2] | ||
História | |||
Fundação | 31 de dezembro de 1943 (80 anos)[3] | ||
Emancipação | 11 de setembro de 1987 (37 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Norival Francisco de Lima (UNIÃO [4], 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 153,421 km² | ||
População total (Est. IBGE/2018[1]) | 16 108 hab. | ||
• Posição | MG: 235º | ||
Densidade | 105 hab./km² | ||
Clima | Tropical de altitude (Cwa) | ||
Altitude | 712 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 37975-000 a 37979-999[5] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[6]) | 0,776 — alto | ||
• Posição | MG: 10º | ||
PIB (IBGE/2016[7]) | R$ 48 732 952 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016[7]) | R$ 30 473,33 | ||
Sítio | www.itaudeminas.mg.gov.br (Prefeitura) www.camaraitaudeminas.mg.gov.br (Câmara) |
Possui uma área de 150,90 km² e situa-se a 20°45'22" de latitude sul e 46°45'33" de longitude oeste, tem sua altitude máxima, de 1 095 m, na cabeceira do Córrego Tebas e a mínima, de 712 m, na foz do rio Santana. O município é cortado por duas rodovias estaduais, a MG-050 e a MG-344, que interligam a Região Metropolitana de Belo Horizonte ao interior paulista.Também é cortada por um curto trecho remanescente de uma ferrovia, o Ramal de Passos da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que a liga às cidades vizinhas de Pratápolis e São Sebastião do Paraíso. Está localizado a 363 km da capital mineira.[9][10]
Integra o Circuito Turístico Nascentes das Gerais, compreendendo a Serra da Canastra, região da nascente do Rio São Francisco, o Velho Chico. Situa-se a 50 km do Lago da Usina Hidrelétrica de Furnas, em uma região do estado mineiro, com cachoeiras, cânions, montanhas, além da paisagem natural da própria represa.[11]
Itaú de Minas tem se destacado no cenário nacional, graças aos excelentes resultados recentemente alcançados em alguns importantes indicadores. Em 2016, o Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou o Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU),[12] com o propósito de oferecer a agentes governamentais, universidades, movimentos sociais e sociedade civil em geral mais um instrumento para avaliação e formulação de políticas urbanas para o país. Conforme o estudo citado, Itaú de Minas ocupa o nível mais elevado, ou seja, apresenta condições muito boas (0,925 pontos),[13] classificando-se como o 23º (vigésimo terceiro) melhor município, entre os 5565 municípios brasileiros analisados, e o 4º melhor, entre os municípios mineiros. O Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU)[14] considerou 5 (cinco) dimensões: mobilidade urbana, condições ambientais urbanas, condições habitacionais urbanas, atendimento de serviços coletivos urbanos e infraestrutura urbana.
História
editarA origem
editarConforme o Historiador Antônio Grillo, em meados do século XIX, Joaquim Gomes de Souza Lemos, realizou um dos primeiros levantamentos referentes às divisas do município de Passos, referindo-se ao povoado do “Córrego do Ferro”. Entretanto, inventários anteriores ao levantamento supracitado e catalogados nos arquivos cartoriais passenses revelam que atividades de mineração de ferro já ocorriam naquela localidade e mencionam caminhos que passam pelo “Morro do Ferro, pelo Córrego do Ferro, Rio São João, Rio Santana” e outros.
Ainda na primeira metade do século XIX, os arraiais dos “Sertões do Jacuí” se consolidaram, evidenciando-se os caminhos que os ligavam, eis a origem do “Córrego do Ferro”.
Naquela época, buscavam-se itinerários com destino à vila “Desemboque”, notadamente o “Caminho do Desemboque”, roteiro de caravanas, sertanistas ou aventureiros que, ainda no século XVIII, a partir do Rio Sapucaí dirigiam-se àquela vila – do porto do Rio Claro cortavam pelo Vale do Itapiché e vinham sair nas Serras de Ventania; daí costeando-a, iam em direção a Jacuí (pelo sul) ou ao Desemboque (pelo norte), passando pelo Bonsucesso, Barra do São João, Quartel do Aterrado, Serra das Sete Voltas e finalmente, Desemboque.
Havia também o caminho que deixando Jacuí, seguia o curso do Santana (ou do São João, mais a leste) até chegar ao caminho anterior, rumando para o Desemboque. O certo é que neste caminho, na região fechada pelos rios São João e Santana, assumiram importância os vales dos pequenos ribeirões, como o da Prata e o Córrego do Ferro. Exauridas as alternativas de mineração de ouro na região, as atenções se voltavam para a busca da prata e, na ausência desta, de outros minérios, como o ferro, por exemplo. Os primeiros assentamentos estão atrelados a estas experiências, suscitando os povoados futuros.
A poucos quilômetros de Itaú, a fazenda Santana é testemunho daqueles tempos: tanto a Capela consagrada a Nossa Senhora da Santana, como o Cemitério, vinculam-se ao Morro do Ferro, ou a tentativas de mineração desenvolvidas ainda na primeira metade do século XIX.
O Córrego do Ferro é o desdobramento de tais atividades e foi o ponto de convergência não só da presença humana por meio de muitos mineradores e garimpeiros anônimos, como também das primeiras afazendagens de porte, como a dos Amorim, cujo estabelecimento mais notório é o de Pedro Quita, como ficou conhecido.
A mineração de Ferro, em princípio, não foi bem sucedida, terminando desestimulada. Ao passo que, jazidas calcárias aí descobertas se tornaram a precípua atividade econômica, favorecendo a fixação dos homens.
Junto à colônia da fazenda surgiram os estabelecimentos rudimentares das caieiras e logo, uma venda. Daí a origem do povoado que em todos os documentos tem o nome de Córrego do Ferro.
Também ao pesquisar as terras do atual município, foram encontrados resquícios de antigas fazendas com, aproximadamente, 150 anos, como a Fazenda São João, conhecida popularmente por Fazenda da Leocádia, propriedade de Antônio Felício Cintra, descendente português.
Percebe-se que nessas terras havia grande circulação de pessoas, muitos boiadeiros e, certamente, também muito dinheiro. E pela inexistência de agências bancárias, todo capital era mantido em cofres nas próprias residências.
Destarte, as primeiras habitações humanas nesta localidade ocorreram antes de 1900 – ainda no século XIX - pelos latifundiários e mineradores que arroteavam a região, expandindo suas riquezas e promovendo o advento de mais pessoas, ainda que os aludidos fatos careçam de riqueza de detalhes, haja vista a falta de alguns documentos comprobatórios, ocasionando a inexatidão das datas, e consequentemente, impossibilitando o estudo aprofundado dos conhecimentos.
A história de Itaú de Minas é, portanto, resgatada graças às documentações das antigas fazendas, a saber, as escrituras, e, principalmente, pelos relatos dos descendentes de habitantes que viveram neste povoado no início do século XX.
Economia
editarA cidade sedia a fábrica de cimentos Itaú (CCPI - Companhia de Cimento Portland Itaú), a maior cimenteira do país, que hoje faz parte do grupo Votorantim.
A Unidade de Itaú de Minas é uma das maiores unidades fabris do grupo.
No que diz respeito a receitas e despesas orçamentárias, as receitas representam 53,4% dos valores e as despesas 46,6%.
Demografia
editarEtnias
editarCor/Raça | Nº de pessoas | Percentagem |
---|---|---|
Branca | 11 409 | 76,34% |
Parda | 2 575 | 17,23% |
Preta | 876 | 5,86% |
Amarela | 79 | 0,53% |
Indígena | 5 | 0,03% |
Fonte: IBGE – Censo 2010[15]
Bioma
editarCerrado e Mata Atlântica [1]
Administração
editarDepois de muitas controvérsias a presidente da Câmara Municipal de Itaú de Minas, Juliana Mattar (PTB) que tinha assumido durante sessão especial da casa, o cargo de prefeita da cidade acatando uma decisão da Justiça Eleitoral da Comarca de Pratápolis, deixa o cargo e através de liminar o cargo volta a Norival Francisco de Lima (DEM) .[carece de fontes]
Referências
- ↑ a b c d «Informações completas sobre Itaú de Minas». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 6 de novembro de 2019
- ↑ «Distância entre Itaú de Minas e Belo Horizonte». Google Maps. Consultado em 9 de março de 2016
- ↑ «Histórico de Itaú de Minas». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 9 de março de 2016
- ↑ «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022
- ↑ Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ «Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM». Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2010. Consultado em 8 de março de 2016
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 6 de novembro de 2016
- ↑ «Moradores revivem história de Itaú de Minas em filme gravado na cidade». G1 - Globo. Consultado em 9 de março de 2016
- ↑ «Distância entre Itaú de Minas e Belo Horizonte». Google Maps. Consultado em 9 de março de 2016
- ↑ «Itaú -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 19 de setembro de 2020
- ↑ «Distância entre Itaú de Minas e Usina Hidrelétrica de Furnas». Google Maps. Consultado em 9 de março de 2016
- ↑ «Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU)» (PDF). Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ «Conheça as 100 melhores cidades de bem-estar urbano do Brasil». Leandro Isola. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ «As 100 melhores e as 100 piores cidades Brasileiras em qualidade de vida». PAULA ZOGBI. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ «Tabela 136 - População residente, por cor ou raça, Censo 2010». IBGE