Incidente da ilha de Perejil
O Incidente da ilha de Perejil ou Crise da Ilha de Perejil foi um conflito armado sem derramamento de sangue entre a Espanha e Marrocos, que ocorreu em julho de 2002. O incidente ocorreu ao longo da pequena e desabitada Ilha de Perejil.[1]
Incidente da ilha de Perejil | |||
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Mapa da área de Ceuta e a ilha de Perejil. | |||
Data | 17 de julho de 2002 | ||
Local | Ilha de Perejil | ||
Desfecho | Vitória espanhola e restabelecimento do status quo anterior | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Ocupação marroquina
editarA ocupação da ilha foi precedida por uma escalada de tensão diplomática entre a Espanha e Marrocos desde o advento ao trono do rei Mohammed VI (Julho de 1999), que envolveu a retirada de seu embaixador da Espanha em Outubro de 2001, em um gesto diplomático considerado muito hostil.
A tensão aumentou em 11 de julho de 2002, quando um grupo de seis soldados marroquinos foi enviado para a ilha e estabeleceram uma base.[2]
Marrocos afirmou que as tropas estavam lá para criar um posto de observação que iria acompanhar a imigração ilegal e combater o tráfico de drogas que utiliza a ilha como uma plataforma logística. [3][4] Espanha negou a alegação de Marrocos, e o Ministério das Relações Exteriores espanhol afirmou que os marroquinos plantaram duas bandeiras na ilha.
Em 12 de julho, Espanha enviou navios de patrulha à costa marroquina, e um patrulheiro marroquino foi avistado perto de outras ilhas controladas pelos espanhóis.[5]
Operação Romeo-Sierra
editarÀs 06h21 de 18 de julho de 2002, eclodiu o conflito, quando Espanha tomou a ilha à força, na operação de codinome Operação Romeo-Sierra. O ataque foi realizado por 28 unidades do comandos espanhol Grupo de Operaciones Especiales vindo de Alicante. A Marinha Espanhola e a Força Aérea Espanhola prestaram apoio. Os cadetes da marinha marroquina não oferecem qualquer resistência. Em questão de horas, todos os cadetes da marinha marroquina foram feitos prisioneiros, e a ilha foi assegurada. A marinha espanhola acreditava inicialmente que havia doze cadetes na ilha, mas, finalmente, apenas seis cadetes foram capturados [6] e transportados de helicóptero para a sede da Guardia Civil em Ceuta, de onde foram transportados para a fronteira marroquina. Ao longo do mesmo dia, os comandos espanhóis na ilha foram substituídos por soldados da Legião Espanhola.
Consequências
editarAs tropas da Legião Espanhola na ilha permaneceram ali após a operação ser concluída. Os Estados Unidos mediaram a situação e, eventualmente, conseguiram restaurar o status quo ante bellum. Todas as tropas espanholas foram retiradas, e a ilha permanece desocupada, mas reivindicada por ambos os lados. A BBC News entrevistou cidadãos espanhóis em Madri após o conflito, e a maioria das pessoas apoiaram esta incursão. O político da oposição Gaspar Llamazares do partido Esquerda Unida, afirmou que a Espanha não deve cair na armadilha de provocação, para não arruinar a sua imagem no norte da África.[7]
Referências
- ↑ Felipe Sahagún, Las razones de la Discordia, nº 50 de La aventura de la Historia, Arlanza Ediciones, Madrid, diciembre de 2002
- ↑ http://www.telquel-online.com/153/sujet3.shtml Arquivado em 20 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. L'Ilot Leïla, Le choc des photos. TelQuel Magazine
- ↑ http://www.elfaroceutamelilla.es/content/view/24521/69/ Consiguen el pase de 10 toneladas de droga almacenadas en isla Perejil. El Faro de Ceuta journal
- ↑ http://www.elperiodico.com/default.asp?idpublicacio_PK=46&idioma=CAS&idnoticia_PK=579679&idseccio_PK=1021 El Periodico.com
- ↑ http://news.sky.com/home/article/1057502
- ↑ PERU, EGURBIDE (18 de julho de 2002). «España desalojará la isla Perejil si Marruecos se compromete a no ocuparla». Madrid: PERU EGURBIDE. El Pais (em espanhol): 1.
Aunque inicialmente se habló de 12 hombres, ayer en la isla sólo había seis marroquíes.
- ↑ http://www.abc.es/hemeroteca/historico-17-07-2002/abc/Nacional/pnv-e-iu-critican-la-operacion-mientras-los-demas-grupos-muestran-su-apoyo_115079.html PNV e IU critican la operación, mientras los demás grupos muestran su apoyo. Periodico ABC