Henrique V de Inglaterra
Henrique V (Monmouth, 16 de setembro de 1386 – Vincennes, 31 de agosto de 1422) foi o Rei da Inglaterra de 1413 até sua morte. Era filho do rei Henrique IV e sua primeira esposa Maria de Bohun, sendo o segundo monarca inglês da Casa de Lencastre.[1] Foi imortalizado como personagem em diversas peças políticas de William Shakespeare: Ricardo II, Henrique IV, Parte 1, Henrique IV, Parte 2 e Henrique V.
Henrique V | |
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Rei da Inglaterra e Lorde da Irlanda | |
Miniatura no Regimento de Príncipes de Thomas Hoccleve, c. 1411–1413 | |
Rei da Inglaterra | |
Reinado | 21 de março de 1413 a 31 de agosto de 1422 |
Coroação | 9 de abril de 1413 |
Antecessor(a) | Henrique IV |
Sucessor(a) | Henrique VI |
Nascimento | 16 de setembro de 1386 |
Monmouth, Gales | |
Morte | 31 de agosto de 1422 (35 anos) |
Castelo de Vincennes, Vincennes, França | |
Sepultado em | Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra |
Esposa | Catarina de Valois |
Descendência | Henrique VI de Inglaterra |
Casa | Lencastre |
Pai | Henrique IV de Inglaterra |
Mãe | Maria de Bohun |
Religião | Catolicismo |
Biografia
editarPrimeiros anos
editarHenrique nasceu na torre por cima da casa de guarda do Castelo de Monmouth no País de Gales, motivo pelo qual é por vezes chamado de Henrique de Monmouth.[2] Era filho de Henrique de Bolingbroke (mais tarde, Henrique IV de Inglaterra) e de Maria de Bohun. O primo do seu pai era o monarca inglês no poder, o rei Ricardo II. O avô paterno de Henrique era o influente João de Gante, filho do rei Eduardo III. Uma vez que Henrique não estava perto da linha de sucessão, a sua data de nascimento não foi registrada oficialmente e, durante muitos anos, não se soube se ele tinha nascido em 1386 ou em 1387.[3] Porém, há registros que indicam que o seu irmão mais novo, Tomás, nasceu no outono de 1387 e que os seus pais estavam em Monmouth em 1386, mas não em 1387.[4] Atualmente, a teoria mais aceita é que Henrique nasceu em 16 de setembro de 1386.[4][5]
Após o exílio do pai de Henrique, em 1398, Ricardo II ficou com o rapaz a seu cargo e tratou-o bem.[6] O jovem Henrique acompanhou Ricardo à Irlanda. Enquanto estava à serviço da coroa, visitou o Castelo de Trim em Meath, o local de encontro antigo do Parlamento da Irlanda.
Em 1399, morreu João de Gante e o seu pai revoltou-se contra o primo Ricardo II de Inglaterra, acabando por depô-lo e subir ao trono. Com a mudança, Henrique regressou da Irlanda e assumiu um papel mais proeminente. Agora era herdeiro da coroa e, como tal, Duque da Cornualha e Príncipe de Gales. Foram-lhe ainda conferidos os títulos de Duque de Lencastre, Conde de Chester e Duque de Aquitânia. Estes títulos não eram só nominais. Henrique encarregou-se desde muito cedo da administração de Gales e em 1403, com apenas 16 anos, liderou os ingleses na batalha de Shrewsbury, que pôs fim à revolta organizada por Henry Percy.[7] Apesar de seriamente ferido em batalha, Henrique continuou no terreno, lutando até 1408 contra Owain Glyndwr, outro rebelde galês.[8]
Antes disso, logo em 1399, Henrique esteve algum tempo na Queen's College em Oxford, sob o cuidado do seu tio, Henrique Beaufort, o chanceler da universidade.[9] Entre 1400 e 1404, ele desempenhou a função de Alto Xerife da Cornualha.[10]
A partir de 1410, Henrique assumiu o controle da administração, devido ao estado de saúde do pai, cada vez mais débil. Com a ajuda dos seus tios, Henrique e Thomas Beaufort, detinham o controle efetivo do governo.[1] Henrique discordava com o rei tanto na política estrangeira como na interna e este demitiu o seu filho do conselho em novembro de 1411. O conflito entre pai e filho foi apenas político, mas é provável que os Beaufort tenham discutido a abdicação de Henrique IV.[1]
Juventude supostamente rebelde
editarÉ possível que a história tradicional e imortalizada por William Shakespeare, de que Henrique teve uma juventude rebelde tenha tido origem numa inimizade política. Os registros do envolvimento de Henrique na guerra e na política, até na sua juventude, refutam esta história. O incidente mais famoso, a sua briga com o chefe da justiça, não foi relatado na época e só surge num relato de Sir Thomas Elyot em 1531.[1][11]
A história de Falstaff teve origem na amizade de Henrique com Sir John Oldcastle, um apoiante do lollardismo. O nome original de Falstaff de Shakespeare era "Oldcastle", segundo a sua fonte original, a obra The Famous Victories of Henry V. Os descendentes de Oldcastle opuseram-se ao uso do seu nome e este foi alterado (a personagem tornou-se num composto de várias pessoas, incluindo Sir John Fastolf). Essa amizade e a oposição política do príncipe a Thomas Arundel, Arcebispo da Cantuária, podem ter encorajado as esperanças dos lollardistas. Se assim foi, a sua desilusão pode ter inspirado escritores eclesiásticos como Thomas Walsingham, a declarar que Henrique se tornou subitamente num novo homem quando subiu ao trono.[1][12]
Reinado
editarAscensão ao trono
editarFinalmente em 20 de março de 1413, Henrique de Monmouth sucede a seu pai como Henrique V. A sua coroação foi realizada em 9 de abril de 1413 na Abadia de Westminster e a cerimónia ficou marcada por uma terrível tempestade de neve, mas o povo não se decidiu se isso seria um bom ou um mau presságio.[13] Segundo descrições da época, Henrique era "muito alto (media cerca de 1,90 m), magro, com cabelo escuro e um corte em forma anelar por cima das orelhas e barbeado". A sua testa era avermelhada e o rosto magro, com um nariz proeminente e pontiagudo. Dependendo do seu humor, os seus olhos "brilhavam com a brandura de uma pomba, ou com o esplendor de um leão".[14]
Política doméstica
editarAs suas primeiras medidas foram no sentido de pacificar os conflitos internos derivados da violenta subida ao poder do seu pai. Foram emitidas amnistias e restituídos como herdeiros os filhos de homens que se opuseram a Henrique IV e morreram por isso. Henrique V deu ainda um enterro digno a Ricardo II, tendo ordenado que os seus restos mortais fossem transferidos de um mosteiro em Stirling para a Abadia de Westminster.[15]
No entanto, quando Henrique via um perigo doméstico grave agia com firmeza e impiedade. Exemplo disso é o caso do descontentamento dos lollardistas a partir de janeiro de 1414 que levou à execução do velho amigo de Henrique, Sir John Oldcastle para "cortar o movimento pela raiz" e cimentar a sua posição como soberano.[6]
A partir de agosto de 1417, Henrique promoveu o uso da língua inglesa no governo[16] e o seu reinado marca o surgimento do Chancery Standard, assim como da implementação do inglês como língua para registros dentro do governo. Henrique V foi o primeiro rei a usar o inglês na sua correspondência pessoal desde a Invasão Normanda 350 anos antes.[17]
Política estrangeira
editarLivre de pressões internas, Henrique dedicou-se à política externa, nomeadamente à sua pretensão à coroa de França e à resolução da guerra dos cem anos que durava já desde 1337.
Velhas disputas comerciais e o apoio que os franceses tinham dado a Owain Glyndŵr foram as desculpas usadas para travar uma guerra enquanto o país se encontrava em desordem.[1] O rei Carlos VI de França era propenso a doenças mentais e chegava a acreditar que era feito de vidro e o seu filho mais velho não era nada promissor. No entanto, na opinião dos ingleses, a guerra justificava-se devido a uma velha reivindicação ao trono francês iniciada por Eduardo III de Inglaterra.
A campanha de 1415 foi marcada pelo sucesso da batalha de Azincourt (25 de outubro), onde as suas tropas reduzidas e mal alimentadas derrotaram o grosso do exército francês e dos seus aliados. Costuma dizer-se que as tropas francesas ficaram presas na lama do campo de batalha, que se encontrava encharcado após chuvas fortes na noite anterior e que foi isso que travou o seu avanço. Isto permitiu que as tropas fossem alvos fáceis para os arqueiros ingleses e galeses. A maioria das tropas foi simplesmente esfaqueada até à morte por se encontrar presa na lama. No entanto, esta é considerada a maior vitória do reinado de Henrique V e uma das mais decisivas da Guerra dos Cem Anos, em conjunto com as batalhas de Crécy (1346) e de Poitiers (1356).[18]
Durante a batalha, Henrique ordenou a execução dos prisioneiros franceses, incluindo os mais ilustres que poderiam ter sido usados para pedir um resgate. O historiador Brett Tingley afirma que Henrique temia que os prisioneiros se revoltassem contra os seus captores e se revoltassem contra eles enquanto os ingleses estivessem ocupados a reprimir a terceira onda de tropas inimigas, o que poderia pôr em causa uma vitória muito sofrida.[18]
A conclusão vitoriosa de Azincourt, do ponto de vista dos ingleses, foi apenas o primeiro passo da campanha para recuperar os territórios franceses que Henrique V achava que pertenciam à coroa inglesa. Azincourt deu-lhe a esperança de que poderia conquistar o trono francês.
Diplomacia e controle do mar
editarO controle do mar foi garantido depois da expulsão dos aliados genoeses dos franceses do canal da Mancha.[1] Enquanto Henrique se ocupava nas negociações para um tratado de paz em 1416, a frota genoesa e francesa cercou o porto de Harfleur, onde os ingleses se encontravam estacionados. Uma força terrestre francesa também cercou a cidade. Em março de 1416, um grupo de soldados do conde de Dorset, Thomas Beaufort, foi atacado e por pouco não foi derrotado na Batalha de Valmont, depois de um contra-ataque dos soldados de Garfleur. Para libertar a cidade, Henrique enviou o seu irmão, João, Duque de Bedford, que conseguiu reunir uma frota e zarpou de Beachy Head em 14 de agosto. A frota franco-genoesa foi derrotada no dia seguinte depois de uma dura batalha de sete horas e Harfleur foi libertada.[19] Através de diplomacia, o imperador Sigismundo retirou o seu apoio à França e o Tratado da Cantuária, também assinado em agosto de 1416, confirmou uma curta aliança entre a Inglaterra e o Sacro Império Romano-Germânico.
Campanha de 1417-20 e de 1421
editarCom estes dois inimigos dominados, e depois de uma preparação paciente após a Batalha de Azincourt, em 1417, Henrique renova as hostilidades e conquista a Normandia, enquanto os franceses se encontravam divididos pelas disputas entre Armagnacs e borgonheses. Ruão cai em janeiro de 1419. Os franceses que resistiram foram severamente punidos: Alain Blanchard, que tinha enforcado prisioneiros ingleses na muralha de Ruão, foi executado; Robert de Livet, o cónego de Ruão que tinha excomungado o rei inglês, foi enviado para a Inglaterra e ficou preso durante cinco anos.[20]
Em agosto Henrique acampa com o seu exército sob as muralhas de Paris.[1] As intrigas dos franceses culminaram no assassinato de João o Temerário, Duque da Borgonha pelos apoiantes de Carlos, o delfim, em Montereau-Fault-Yonne a 10 de setembro. Filipe, o Bom, o novo duque, e a corte francesa entregaram-se a Henrique. Após seus meses de negociações, o Tratado de Troyes reconheceu Henrique como o herdeiro e regente de França.[1] A 2 de junho de 1420, este casou-se com Catarina de Valois, a filha do rei de França, na Catedral de Troyes. Eles tiveram um filho, Henrique, nascido a 6 de dezembro de 1421 no Castelo de Windsor.
Entre junho e julho de 1420, o exército do rei Henrique cercou e conquistou a fortaleza militar de Montereau-Fault-Yonne, perto de Paris. Após uma tentativa falhada em 1428, Carlos VII voltou a conquistar a fortaleza em 1437.
Tudo parecia apontar para a união pessoal com a França e Henrique retirou-se, no auge do seu poder, para Inglaterra, mas a visita durou pouco tempo.
Em 1421, o seu irmão Tomás, Duque de Clarence, morreu na desastrosa batalha de Baugé e obrigou Henrique a regressar ao teatro de operações. Esta seria a sua última campanha militar. Entre julho e agosto, as forças de Henrique cercaram e capturaram Dreux. A 6 de outubro, as forças deram início a um cerco a Meaux, tendo capturado a cidade a 11 de maio de 1422,
Morte
editarO inverno passado em campanha, no cerco de Meaux, enfraqueceu a saúde do rei e este acabou por morrer de disenteria em agosto de 1422.[21] Outro fator que pode ter contribuído para a sua morte foi insolação, uma vez que Henrique passou o seu último dia de vida a cavalgar de armadura sob bastante calor.[22] Ele tinha 35 anos e teve um reinado de nove anos.
Pouco antes da sua morte, Henrique tinha nomeado o seu irmão, João, Duque de Bedford, regente da França em nome do seu filho Henrique, que na altura tinha apenas nove meses. Henrique V não viveu tempo suficiente para ser coroado rei de França uma vez que Carlos VI, que o tinha nomeado seu herdeiro, só viria a morrer dois meses depois dele.[23]
O corpo de Henrique V transladado para Londres e encontra-se sepultado na Abadia de Westminster.[24]
Henrique V foi sucedido pelo filho homónimo, então um bebé de nove meses, longe de representar o líder forte que se desejava para manter os princípios do tratado de Troyes. Assim, quando Carlos VI de França morreu poucos meses depois, o seu filho ficou à vontade para ignorar os acordos e, apesar de deserdado, reclamar a coroa francesa.[25] Só em 1801 os reis ingleses abdicaram dessa pretensão.
Descendência
editarNome | Nascimento | Morte | Consorte (datas de nascimento e morte) filhos | |
Henrique VI de Inglaterra | 6 de dezembro de 1421 | 21 ou 22 de maio de 1471 | Casado em 23 de abril de 1445, Margarida de Anjou; com descendência Eduardo de Westminster |
Ancestrais
editarReferências
editar- ↑ a b c d e f g h i «Henrique V de Inglaterra». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «Henry V (1386–1422), king of England and lord of Ireland, and duke of…». archive.ph. 10 de agosto de 2018. doi:10.1093/ref:odnb/9780198614128.001.0001/odnb-9780198614128-e-12952. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Allmand, Christopher (1 de novembro de 2014). Henry V (em inglês). [S.l.]: Yale University Press
- ↑ a b Mortimer, Ian (2007). The fears of King Henry IV : the life of England's self-made King. London: Jonathan Cape. OCLC 191240422
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- ↑ «Owain Glyn Dŵr | Welsh hero». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ «The Queen's College | British History Online». www.british-history.ac.uk. Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ «Henry V». Sky HISTORY TV channel (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2021
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- ↑ Hamilton, Donna B.; Strier, Richard (1996). Religion, literature, and politics in post-Reformation England, 1540-1688. Library Genesis. [S.l.]: Cambridge ; New York : Cambridge University Press
- ↑ «TimeRef - History Timelines». web.archive.org. 5 de maio de 2009. Consultado em 7 de junho de 2021
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- ↑ a b Hibbert, Christopher (1964). "During the battle". Agincourt. London: Batsford. p. 114. OCLC 460624273.
- ↑ Archives, The National (9 de agosto de 2016). «The National Archives - The Battle of the Seine: Henry V's unknown naval triumph». The National Archives blog (em inglês). Consultado em 8 de junho de 2021
- ↑ Kingsford, Charles Lethbridge (1901). Henry V, the typical mediaeval hero. Robarts - University of Toronto. [S.l.]: New York : Putnam
- ↑ «King Henry V». Historic UK (em inglês). Consultado em 8 de junho de 2021
- ↑ O'Keefe, Meghan (28 de agosto de 2019). «How did Henry V Die? The True Story Behind Timothee Chalamet's 'The King'». Decider (em inglês). Consultado em 8 de junho de 2021
- ↑ «Charles VI | king of France». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 8 de junho de 2021
- ↑ Wilson, Derek (2005). The uncrowned kings of England : the black history of the Dudleys and the Tudor throne 1st Carroll & Graf ed ed. New York: Carroll & Graf Publishers. OCLC 57519184
- ↑ Longueville, Olivia (22 de julho de 2020). «King Charles VII: from the 'King of Bourges' to the King of France free from the English». Olivia Longueville (em inglês). Consultado em 8 de junho de 2021
Ligações externas
editar- Henrique V de Inglaterra (em inglês) na página oficial da monarquia britânica
Henrique V de Inglaterra Casa de Lencastre Ramo da Casa de Plantageneta 16 de setembro de 1387 – 31 de agosto de 1422 | ||
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Precedido por Henrique IV |
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Príncipe de Gales 15 de outubro de 1399 – 21 de março de 1413 |
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