Eduarda Dionísio

escritora portuguesa (1946-2023)

Eduarda Dionísio (Lisboa, 1946Lisboa, 22 de maio de 2023) foi uma escritora e dramaturga portuguesa.[1]

Eduarda Dionísio
Nascimento 1946
Lisboa, Portugal
Morte 22 de maio de 2023 (77 anos)
Lisboa, Portugal
Progenitores Mãe: Maria Letícia Reis Clemente da Silva
Pai: Mário Dionísio
Prémios Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1982)
Género literário Romance, conto
Magnum opus Alguns lugares muito comuns

Biografia

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Era filha de outro escritor português famoso Mário Dionísio e de Maria Letícia Reis Clemente da Silva. Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do ensino secundário em várias escolas de Lisboa, nomeadamente no Liceu Camões. Foi ainda autora, com a sua mãe, de livros escolares para o ensino do Português, publicados entre 1972 e 1975 e adotados pelas escolas durante alguns anos.[2]

Fez parte de diversos grupos de teatro da Faculdade de Letras e do Ateneu Cooperativo, tendo fundado o grupo Contra Regra (1983), onde se dedicou à crítica literária. Colaborou em grupos teatrais como «O Bando» e o «Teatro da Cornucópia». Como professora foi dirigente sindical do SPGL (Sindicato dos Professores da Grande Lisboa), em 1977. Desenvolveu diversas atividades culturais (ensino, teatro, imprensa, e tradução. Como tradutora traduziu autores tão diversificados como William Shakespeare e Bertolt Brecht.

Dirigia a Casa da Achada, na Mouraria, em Lisboa, onde se encontra o espólio, devidamente tratado e catalogado, de Mário Dionísio, seu pai.[3][4]

Eduarda Dionísio faleceu em Lisboa a 22 de maio de 2023, aos 77 anos, vítima de doença oncológica.[5][6]

Escreveu as obras: [7][8][9]

  • Comente o seguinte texto. Lisboa: Plátano, 1972.
  • Retrato dum amigo enquanto falo. Lisboa. O Armazém das Letras, 1979.
  • Histórias, memórias, imagens e mitos duma geração curiosa. Lisboa: Círculo de Leitores, 1981.
  • Pouco tempo depois (as tentações). Lisboa: Gradiva,. 1984.
  • Alguns lugares muito comuns: diário de uns quantos dias que não abalaram o mundo. Lisboa: Gradiva, 1987.
  • Antes que a Noite Venha. Lisboa: Cotovia: Teatro Nacional D. Maria II,. 1992. ISBN 972-9013-94-2 (Primeiro texto para teatro, que o teatro Bairro Alto levou à cena com encenação de Adriano Luz)
  • Títulos, ações, obrigações: a cultura em Portugal, 1974 -1994. Lisboa: Edições Salamandra, 1993.
  • «Práticas culturais» in REIS, António (coord.). Portugal: 20 anos de democracia. Lisboa: Temas e Debates, 1996, onde traça uma evolução das práticas culturais em Portugal desde a Revolução do 25 de Abril até 1993.
  • As histórias não têm fim. Lisboa: Cotovia, 1997. ISBN 972-8028-90-3

Referências

  1. https://www.facebook.com/DiariodeNoticias.pt/?fref=ts (22 de maio de 2023). «Morreu a escritora e dinamizadora cultural Eduarda Dionísio. Tinha 77 anos». www.dn.pt. Consultado em 22 de maio de 2023 
  2. Feminae, Dicionário Contemporâneo. Lisboa: CIG. 2013 
  3. Maria do Rosário Pedreira (9 de Novembro de 2016). «100 Anos». Consultado em 9 de Novembro de 2016 
  4. «Eduarda Dionísio sobre Mário Dionísio, um intelectual avesso a concessões». Esquerda. Consultado em 18 de março de 2022 
  5. «Morreu a escritora e dinamizadora cultural Eduarda Dionísio. Tinha 77 anos.». Diário de Notícias. 22 de maio de 2023 
  6. «Escritora, sindicalista e jornalista Eduarda Dionísio morreu aos 77 anos». Observador. 23 de maio de 2023 
  7. «Obras de Eduarda Dionísio presentes no catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 18 de março de 2022 
  8. «Eduarda Dionísio | Wook». www.wook.pt. Consultado em 18 de março de 2022 
  9. «Eduarda Dionísio». www.goodreads.com. Consultado em 18 de março de 2022 

Ligações externas

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