Crucificação

Método de aplicar-se pena de morte
(Redirecionado de Crucifixão)
 Nota: Para a Crucificação de Cristo, veja Crucificação de Jesus.

Crucificação ou crucifixão[1] é um método de pena de morte no qual a vítima é amarrada ou pregada em uma viga de madeira e pendurada durante vários dias até a eventual morte por exaustão.[2][3][4][5]

"Crucificação de São Pedro" por Caravaggio.

Crê-se que o método tenha sido criado na Pérsia[6] e trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente. Os itálicos copiaram a prática dos cartagineses. Neste ato se combinavam os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com a flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido ao réu estando este preso a uma coluna.

No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum a colocação de "bancos" no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

O termo vem do Latim crucifixio ("fixar a uma cruz", do prefixo cruci-, de crux ("cruz"), + verbo figere, "fixar ou prender".)[7]

A Crucifixão de Jesus é a narrativa central do Cristianismo e a cruz (algumas vezes representando Jesus pregado nela) é o símbolo religioso central para muitas Igrejas Cristãs.

Terminologia

editar

O Grego Antigo possui dois verbos para crucificação: ana-stauro (ἀνασταυρόω), de stauros, "estaca", e apo-tumpanizo (ἀποτυμπανίζω) "crucificar numa prancha",[8] junto com anaskolopizo (ἀνασκολοπίζω "empalar"). Em antigos textos pré Grego-Românicos anastauro normalmente significa "empalar".[9][10][11]

O Novo Testamento Grego utiliza quatro verbos, três deles baseados em stauros (σταυρός), normalmente traduzido como "cruz". O termo mais comum é stauroo (σταυρόω), "crucificar", aparecendo 43 vezes; sustauroo (συσταυρόω), "crucificar com" ou "ao lado" aparece cinco vezes, enquanto anastauroo (ἀνασταυρόω), "crucificar novamente" aparece somente uma vez na Epístola de Hebreus 6:6 prospegnumi (προσπήγνυμι); "fixar ou amarrar em, empalar, crucificar" ocorre somente uma vez em Atos dos Apóstolos 2:23

A palavra portuguesa cruz deriva da palavra latina crux.[12] O termo latino crux classicamente se refere a uma árvore ou qualquer construção de madeira usada para enforcar criminosos como forma de execução. O termo mais tarde veio a se referir especificamente a uma cruz.[13]

A palavra portuguesa crucifixo deriva do Latim crucifixus ou cruci fixus, particípio passado de crucifigere ou cruci figere, significando "crucificar" ou "amarrar a uma cruz".[14][15][16][17]

Detalhes

editar
 
Este crucifixo é atribuído a Michelangelo, conhecido por mostrar crucificações nuas.

A crucificação era frequentemente feita para dissuadir suas testemunhas a perpetrar crimes (em particular, crimes hediondos). Vítimas eram algumas vezes deixadas penduradas após a morte para alertar potenciais criminosos. Crucificação geralmente tinha como objetivo provocar uma morte que era particularmente lenta, dolorosa (de onde vem o termo excruciante, literalmente "pela crucificação"), horrível, humilhante e pública, utilizando quaisquer meios que fossem apropriados a esse objetivo. Métodos de crucificação variavam consideravelmente de acordo com o lugar e período histórico.

As palavras Gregas e Latinas para "crucificação" correspondiam à aplicação de muitas formas dolorosas de execução, de empalamento preso em uma árvore, em uma estaca vertical (uma cruz simplex ou a uma combinação de uma viga vertical (em Latim, stipes) e uma viga cruzada (em Latim, 'patibulum'). Sêneca escreveu: "Eu vejo cruzes lá, não somente de um tipo mais feitas em muitas maneiras diferentes: algumas têm suas vítimas com a cabeça no chão; algumas empaladas em suas partes pudendas; outras amarradas pelos braços na forca".[18] Em alguns casos, o condenado era forçado a carregar a viga cruzada para o local de sua execução.[19] Uma cruz inteira pesaria mais de 135 kg, mas a viga cruzada não seria um fardo tão pesado, pesando em torno de 45 kg.[20] O historiador romano Tácito disse que a cidade de Roma possuía um lugar específico para realizar as execuções, localizada próximo da Porta Esquilina,[21] e possuía uma área específica reservada para a execução de escravos (por crucificação).[22] Postes verticais estariam presumivelmente fixados permanentemente naquele lugar e as vigas cruzadas, com os condenados talvez pregados nelas, seriam amarradas aos postes.

A pessoa executada poderia ser amarrada à cruz por cordas, embora pregos e outros materiais afiados sejam mencionados de passagem pelo historiador judaico Flávio Josefo, em que ele afirma que no Cerco de Jerusalém (70), "os soldados tomados por fúria e ódio, pregaram aqueles que capturavam, um após o outro, outro após o outro, a cruzes, só por pirraça".[23] Objetos utilizados na crucificação de criminosos, como pregos, eram vendidos como amuletos com notória qualidade medicinal.[24]

Enquanto uma crucificação era uma execução, era também uma humilhação, fazendo o condenado o mais vulnerável possível. Embora artistas tradicionalmente retratem a figura na cruz com uma tanga ou cobrindo os genitais, a pessoa crucificada era geralmente deixada nua. Escritos de Sêneca afirmam que algumas vítimas tiveram uma vara de madeira enfiada pela virilha.[25][26] Apesar de seu uso frequente pelos Romanos, os horrores da crucificação não escaparam das críticas de alguns eminentes oradores romanos. Cícero, por exemplo, descrevia a crucificação como "a mais cruel e detestável punição",[27] e sugeria que "a simples menção da cruz deveria ser removida não apenas do corpo de um cidadão romano, mas da sua mente, seus olhos, seus ouvidos".[28] Em outra parte ele diz: "Pregar um cidadão romano é um crime, açoitá-lo é uma abominação, matá-lo é quase um ato de vil: crucificá-lo é… o quê? Não existe uma palavra capaz de descrever tão horrível ato".[29]

Frequentemente, as pernas da pessoa executada eram quebradas ou esmagadas com uma barra de ferro, um ato chamado crurifragium, que era também frequentemente aplicado em escravos, mesmo sem crucificação.[30] Esse ato apressava a morte da pessoa mas também significava prevenir aqueles que assistiam à crucificação de cometer crimes.[30]

Formato da Cruz

editar
Crux simplex, uma estaca simples de madeira. Imagem de Justus Lipsius.
A crucificação de Jesus. Imagem de Justus Lipsius[31]

A forca na qual a crucificação era realizada podia possuir várias formas. Flávio Josefo descreve múltiplas torturas e posições de crucificação durante o Cerco de Jerusalém conforme Tito crucificou os rebeldes;[2] Sêneca registrou: "Eu vejo cruzes lá, não de somente um tipo, mas feitas de diferentes maneiras: algumas têm a vítima com a cabeça ao chão; algumas empaladas pelas partes pudendas; outras com os braços esticados na forca."[25]

Algumas vezes a forca era somente uma estaca vertical, chamada em Latim de crux simplex.[32] Esta era facilmente construída para torturar e matar o condenado. Constantemente, contudo, havia uma peça cruzada amarrada ao topo para dar a forma de um T (crux comissa) logo abaixo do topo, como na forma mais comum do simbolismo cristão (crux immissa).[33] A mais antiga imagem de uma crucificação Romana retrata um indivíduo em uma cruz em forma de 'T'. É um grafite encontrado em uma taberna em Putéolos, datado da época de Trajano ou Adriano (final do século I e início do século II EC.).[34] [nota 1]

Alguns autores do século II garantiam que os braços da pessoa crucificada deveriam ser esticados e não amarrados a uma estaca simples: Luciano de Samósata fala de Prometeu crucificado "sobre a ravina com suas mãos esticadas" e explica que a letra 'T' (a letra grega tau) era vista acima como um sinal de mau presságio (similar ao modo como o número treze é visto atualmente como um número de azar), dizendo que a letra conseguiu esse "significado maligno" devido ao "instrumento odioso" que possuía aquela forma, um instrumento no qual tiranos sacrificavam pessoas. Testemunhas de Jeová sustentam que Jesus foi crucificado em uma crux simplex, e que a crux immissa foi utilizada primeiramente como um símbolo Cristão no período da suposta conversão do Imperador Constantino.[35]

Outras formas eram em forma das letras X e Y.

As passagens do Novo Testamento sobre a crucificação de Jesus não explicitam o formato da cruz, mas primeiros escritos que falam sobre seu formato, a partir do ano 100 EC, descrevem sua forma como a da letra T (a letra grega tau)[36] ou composta de uma viga vertical e uma viga transversal, algumas vezes com uma pequena projeção para o alto.[37][38]

Colocação de Pregos

editar
 
Janela de Crucificação por Henry E. Sharp, 1872, em Igreja Evangélica Luterana Alemã de São Mateus, Charleston, Carolina do Sul

Em representações populares da crucificação de Jesus – possivelmente porque em traduções de «Disseram-lhe os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de modo algum hei de crer.» (João 20:25), as chagas são descritas como sendo "em suas mãos" –, Jesus é retratado com pregos em suas mãos. Mas em grego a palavra "χείρ", normalmente traduzidas como "mão", podia se referir à toda porção do braço abaixo do cotovelo,[39] e para denotar a mão como uma forma distinta de braço algumas outras palavras poderiam ser adicionadas, como "ἄκρην οὔτασε χεῖρα" (ele a feriu no final do χείρ, i.e., "ele a feriu na mão").[40]

Uma possibilidade que não requer amarração é que os pregos eram fixados logo acima do pulso, entre os ossos do antebraço (o rádio e a ulna).[41]

Um experimento que foi tema de um documentário Busca pela Verdade: A Crucificação, do canal National Geographic,[42] mostrou que os pés pregados forneciam suporte suficiente para o corpo e que as mãos poderiam ter sido simplesmente amarradas. Pregar os pés ao lado da cruz alivia a pressão nos pulsos colocando a maior parte do peso na parte de baixo do corpo.

Outra possibilidade, sugerida por Frederick Zugibe, é que os pregos podem ter sido fixados em determinado ângulo, entrando pela palma na área da base do polegar e saindo pelo pulso, atravessando o túnel carpal.

Um descanso para os pés (suppedaneum) preso à cruz, talvez com o propósito de retirar o peso da pessoa dos pulsos, é adicionado às vezes em representações da crucificação de Jesus, mas não é discutido em fontes da Antiguidade. Alguns acadêmicos interpretam o Grafite de Alexamenos, a mais antiga representação existente da crucificação, como incluindo o apoio dos pés.[43] Fontes da Antiguidade também mencionam o sedile, um pequeno assento preso à frente da cruz, aproximadamente no meio,[44] que poderia ter servido para um propósito similar.

Em 1968, arqueologistas descobriram em Giv'at ha-Mivtar, ao nordeste de Jerusalém, os restos de um certo Jehohanan, que fora crucificado no século I. Os restos incluíam um osso do calcanhar com um prego atravessado pelo lado. A ponta do prego era dobrada, talvez para amarrar um nó na viga superiora, o que impedia de ser extraído do pé. Uma primeira medida incorreta do tamanho do prego levou alguns a acreditarem que ele teria penetrado ambos os calcanhares, sugerindo que o homem tivesse sido colocado em alguma posição lateral, mas a medida real do prego, 11.5 cm, sugere que nesta crucificação os calcanhares foram pregados em lados opostos da viga vertical.[45][46][47] O esqueleto de Giv'at ha-Mivtar é atualmente o único exemplo encontrado de crucificação na Antiguidade nos registros arqueológicos.[48]

Causa da Morte

editar
 
"Dacoits birmaneses preparados para execução", fotografia de Willough Wallace Hooper (c. 1880). "Dacoit" é um anglicismo da palavra "bandido" no idioma Hindu.

O tempo necessário para alcançar a morte poderia variar de horas a dias dependendo do método, da saúde da vítima e do ambiente. Uma revisão de literatura feita por Maslen & Mitchell[49] identificou evidências científicas para diversas possíveis causas de morte: ruptura cardíaca,[50] falha cardíaca,[51] hipovolemia,[52] acidose,[53] asfixia,[54] arritmia,[55] e embolia pulmonar.[56] A morte poderia resultar de qualquer combinação de um desses fatores ou de outras causas, incluindo sepse seguida de infecção devida às feridas causadas pelos pregos, ou pela flagelação que frequentemente precedia a crucificação, eventual desidratação, ou predação animal.[57][58]

Uma teoria atribuída a Pierre Barbet atesta que, quando todo o peso do corpo é suportado pelos braços esticados, a causa típica da morte era asfixia.[54] Ele escreveu que o condenado teria muita dificuldade para inspirar, devida à super expansão dos músculos do tórax e pulmões. O condenado deveria então se suspender pelos braços, levando à exaustão, ou ter seus pés apoiados por um suporte ou peça de madeira. Quando não podia mais sustentar seu corpo, o condenado morreria em poucos minutos. Alguns acadêmicos, inclusive Frederick Zugibe, atestam outras causas da morte. Zugibe suspendeu indivíduos em testes com seus braços de 60° a 70° em relação à vertical. As cobaias tiveram dificuldade de respirar durante os experimentos, mas sofreram rapidamente um aumento da dor,[59][60] o que é consistente com o uso romano da crucificação para atingir uma morte prolongada e agonizante. Não obstante, a posição dos pés das cobaias de Zugibe não são referendadas por qualquer evidência histórica ou arqueológica.[61]

Sobrevivência

editar

Uma vez que a morte não ocorre imediatamente após a crucificação, sobreviver após um curto período de crucificação é possível, como no caso dos que escolhem a cada ano serem crucificados de forma não letal como devoção.

Há um registro antigo de uma pessoa que sobreviveu a uma crucificação que tinha objetivo de ser letal, mas foi interrompida. Josefo escreveu: "Eu vi muitos cativos crucificados, e me lembrei de três deles como meus antigos conhecidos. Eu estava muito triste e com lágrimas em meus olhos e fui ter com Tito, e contei a ele sobre meus conhecidos; então ele imediatamente ordenou que fossem retirados, e que cuidassem muito bem deles, para que se recuperassem; ainda assim dois deles morreram nas mãos do médico, enquanto o terceiro se recuperou."[62] Josefo não deu detalhes sobre o método ou a duração da crucificação dos três amigos antes de serem retirados.

Evidência Arqueológica

editar

Embora o antigo historiador Josefo (e também outras fontes[quais?]) tenha(m) registrado a crucificação de milhares de pessoas pelos romanos, há somente uma única descoberta arqueológica de um corpo crucificado datado por volta do período de vida de Jesus. Ela foi descoberta em Giv'at ha-Mivtar, Jerusalém, em 1968.[63] Não é necessariamente surpresa haver somente uma descoberta como essa, porque o corpo crucificado era normalmente deixado para apodrecer na cruz e logo não seria preservado. A única razão destes restos arqueológicos terem sido preservados foi porque membros da família deste indivíduo em particular deram-lhe um enterro tradicional.

Os restos foram encontrados acidentalmente em um ossuário com o nome do homem crucificado, "Jehohanan, o filho de Hagakol".[64][65][66][67][68][69] Nicu Hass, um antropólogo na Universidade Hebraica de Medicina de Jerusalém, examinou a ossada e descobriu que ela possuía um osso do calcanhar com um prego na sua lateral, indicando que o homem fora crucificado. A posição do prego em relação ao osso indica que os pés foram pregados pela lateral e não pela frente; várias hipóteses foram cogitadas sobre se os pregos eles tivessem sido fixados juntos na frente da cruz, ou um no lado direito e outro do lado esquerdo. A ponta do prego possuía fragmentos de madeira de oliveira indicando que ele fora crucificado em uma cruz de desse tipo de madeira em uma oliveira de fato. Uma vez que oliveiras não são muito altas, isso sugere que o condenado foi crucificado na altura dos olhos.

Adicionalmente, um fragmento de madeira de acácia foi encontrado entre os ossos e a cabeça do prego, possivelmente para impedir o condenado de deslizar seu pé sobre o prego. Suas pernas foram encontradas quebradas, possivelmente para acelerar sua morte. Achava-se que porque no período romano o ferro era raro, os pregos seriam removidos dos corpos para economizar. De acordo com Hass, isso poderia explicar porque somente um prego foi encontrado, já que a cabeça do prego em questão fora dobrada de maneira que não poderia ser removido.

Hass também identificou um arranhão na superfície interna do osso rádio do antebraço, próximo do pulso. Ele deduziu pela forma do arranhão, como também pelos ossos do pulso intactos, que o prego fora fixado no antebraço naquela posição. Contudo, muito das descobertas de Hass foram questionadas. Por exemplo, posteriormente foi descoberto que os arranhões na região do pulso eram não traumáticos – e, portanto, não uma evidência de crucificação – enquanto um novo exame no osso do calcanhar revelou que os dois calcanhares não foram pregados juntos, mas sim separadamente a cada lateral da viga vertical da cruz.[66]

História e Textos Religiosos

editar

Estados Pré-romanos

editar

Crucificação (ou empalamento), em uma forma ou outra, era usado pelos Persas, Cartagineses e Macedônios.

Os Gregos eram geralmente contra a realização de crucificações.[70] Não obstante, em seu relato Histories, ix.120–122, o escritor grego Heródoto descreveu a execução de um general persa nas mãos dos atenienses por volta de 479 AEC.: "Pregaram-no em uma prancha e o penduraram-no ... este Artayctes que morreu crucificado."[71] O Commentary on Herodotus de How e Wells afirma: "Eles o crucificaram com as mãos e pés esticados e o pregaram às partes da cruz.; cf. vii.33. Esta barbaridade, incomum entre os Gregos, pode ser explicada por enorme ojeriza ou pelo respeito ateniense aos costumes locais."[72]

Alguns teólogos cristãos, partindo de escritos de Paulo de Tarso em Gálatas (Gálatas 3:13), interpretaram uma alusão à crucificação em Deuteronômio 21:12–23. Esta passagem é sobre ser enforcado em uma árvore e pode ser associada com linchamento ou enforcamento tradicional. Contudo, a lei hebraica limitava a pena capital a somente quatro métodos de execução: apedrejamento, cremação, estrangulamento e decapitação, enquanto que a passagem em Deuteronômio foi interpretada como uma obrigação de pendurar o corpo como aviso.[73] O fragmento do Testamento Aramaico de Levi (DSS 4Q541) registra na coluna 6: "Deus... (parcialmente legível)- definirá ... certos erros . ... (parcialmente legível)-Ele julgará ... pecados revelados. Investigue e procure e descubra como Jonas chorou. Assim, você não destruirá os fracos descartando-os ou por ... (parcialmente legível)-crucificação ... Não permita que o prego o toque."[74]

O rei judeu Alexandre Janeu, rei da Judeia de 103 AEC. a 76 EC., crucificou 800 rebeldes, ditos Fariseus, no meio de Jerusalém.[75][76]

A Alexandre, o Grande é reputada a crucificação de 2.000 sobreviventes do cerco da cidade Fenícia de Tiro,[77] como também a do médico que tratou sem sucesso o amigo de Alexandre, Heféstio. Alguns historiadores também conjeturaram que Alexandre crucificou Calístenes, seu biógrafo e historiador oficial, por objetar a adoção de Alexandre pela cerimônia persa da adoração real.

Em Cartago, a crucificação era uma forma de execução estabelecida, que poderia ser imposta até a generais por sofrerem uma grande derrota.[78][79][80]

Roma Antiga

editar

História

editar

A hipótese de que a forma adaptada de crucificação dos Romanos Antigos pode ter sido originada do costume primitivo arbori suspendere—pendurar em arbor infelix ("árvore maldita") dedicada aos deuses do mundo inferior — é rejeitada por William A. Oldfather, que mostrou que esta forma de execução (o supplicium more maiorum, castigo de acordo com os modos dos ancestrais) consistia em suspender alguém em uma árvore, sem dedicação a nenhum deus em particular, e açoitando-o até a morte.[81] Tertuliano mencionou um caso no século I no qual árvores foram usadas para crucificação,[82] mas Sêneca previamente utilizou a frase infelix lignum (madeira infeliz) para a estaca ("patibulum") ou para a cruz toda.[83] Platão e Plutarco são as duas fontes principais de criminosos carregando seu próprio patíbulo à execução.[84]

Famosas crucificações em massa se seguiram à Terceira Guerra Servil in 73-71 AEC (a rebelião de escravos sob o comando de Espártaco), outras às guerras civis romanas nos séculos II e I AEC., e à Destruição de Jerusalém em 70 EC. Crasso crucificou 6.000 dos seguidores de Espártaco caçados e capturados após sua derrota em batalha.[85] Josefo registrou a história dos Romanos crucificando pessoas ao longo das muralhas de Jerusalém. Também registrou que os soldados romanos se deliciavam crucificando criminosos em diferentes posições.

Constantino, o primeiro imperador cristão, aboliu a crucificação no Império Romano em 337 devido à veneração por Jesus Cristo, sua mais famosa vítima.[86][87][88]

A maior crucificação de que se tem notícia ocorreu em 71 AEC., ao tempo de Pompeu, em Roma. Dominada a revolta de 200 mil escravos sob o comando de Espártaco (a Terceira Guerra Servil), as legiões romanas, furiosas, num só dia crucificaram cerca de 6.000 dos revoltosos vencidos.

A crucificação de Jesus de Nazaré
editar
 Ver artigo principal: Crucificação de Jesus

O método da crucificação adquiriu grande importância para o Cristianismo, já que de acordo com os cristãos Jesus de Nazaré havia sido entregue pelos judeus aos romanos para crucificação.

Sociedade e Legislação

editar
   
O Grafite de Alexamenos, uma representação satírica da adoração cristã, ilustrando um homem adorando um burro crucificado (Roma, período estimado de 85 ao século III). Possui a inscriçãoΑΛΕΞΑΜΕΝΟΣ (ΑΛΕΞΑΜΕΝΟϹ) ΣΕΒΕΤΕ (ϹΕΒΕΤΕ) ΘΕΟΝ, que pode ser traduzida como "Alexamenos respeita Deus". Em exibição no museu Colina do Palatino, Roma, Itália.(esquerda). Um traçado moderno.(direita).

A crucificação tinha por objetivo ser um espetáculo pérfido: a mais dolorosa e humilhante morte possível.[89][90] Era utilizada para punir escravos, piratas e inimigos do estado. Originalmente era reservada para escravos (então ainda chamada de "supplicium servile" por Sêneca), e posteriormente ampliada para cidadãos das classes baixas (humiliores).[44] As vítimas da crucificação eram despidas[44][91] e colocadas em exibição pública[92][93] enquanto eram lentamente torturadas até a morte de modo que pudessem servir como um espetáculo e dissuasão.[89][90]

De acordo com o Direito Romano, se um escravo assassinasse seu senhor ou senhora, todos os escravos do senhor ou senhora seriam crucificados como punição.[94] Ambos homens e mulheres eram crucificados.[93][95][96] Tácito registrou em seus Anais que quando Lúcio Pedânio II foi assassinado por um escravo, alguns senadores tentaram impedir a crucificação em massa dos seus quatrocentos escravos[94] porque havia muitas mulheres e crianças, mas por fim a tradição venceu e eles foram todos executados.[97] Embora nenhuma evidência conclusiva de crucificação feminina, a mais antiga imagem de uma crucificação romana pode ser de uma mulher crucificada, seja ela real ou imaginária.[nota 2] A crucificação era uma morte tão pérfida e humilhante que o assunto era de certa forma um tabu na cultura romana, e algumas poucas crucificações foram especificamente documentadas. Uma das poucas crucificações femininas que temos documentada é a de Ida, uma liberta (ex-escrava) que foi crucificada por ordem de Tibério.[98][99]

Procedimento

editar

A crucificação era tipicamente conduzida por equipes especializadas, formadas por um comandante centurião e seus soldados.[100] Primeiro, o condenado era despido[100] e flagelado.[44] Isto causaria à pessoa uma grande hemorragia e próximo de um estado de choque. O condenado comumente tinha de carregar a travessa da cruz (patibulum em Latim) ao local da execução, mas não necessariamente a cruz inteira.[44]

Durante a caminhada da morte, o prisioneiro, provavelmente[101] ainda nu após a flagelação,[100] caminharia pelas ruas abarrotadas das pessoas[92] carregando um titulus - uma placa indicando o nome do prisioneiro e seu crime.[44][93][100] Ao chegar ao local de execução, escolhido por ser um local público,[92][93][102] o condenado seria despido de qualquer roupa restante e então pregado à cruz nu.[19][44][93][102] Se a crucificação ocorria em um local definido como local de crucificação, a viga vertical (stipes) poderia estar fixa permanentemente ao chão.[44][100] Neste caso, primeiramente os pulsos do condenado seriam pregados ao patibulum, e então ele ou ela seria erguido do chão com cordas e para ser dependurada no patibulum elevado enquanto ele seria amarrado ao stipes.[44][100] Em seguida os pés ou tornozelos seriam pregados na viga vertical.[44][100] Os 'pregos' eram pontas de ferro cônicas de 12 a 17 cm, com uma cabeça quadrada de 76mm.[45] O titulus também seria amarrado à cruz para indicar aos espectadores o nome da pessoa e seu crime enquanto ele morria na cruz, e aumentando o impacto ao público.[93][100]

Pode ter havido variações consideráveis nessa posição na qual prisioneiros eram pregados na cruz e como seus corpos eram suspensos enquanto eles morriam.[90] Sêneca registrou: "Eu vejo cruzes lá, não de um único tipo mas feitas de várias maneiras: algumas têm as vítimas com a cabeça ao chão; algumas empaladas nas partes pudicas; outras com os braços estendidos na viga horizontal."[25] Uma fonte alega que para judeus (aparentemente não para outros), o homem seria crucificado com suas costas à cruz como é tradicionalmente retratado, enquanto uma mulher seria pregada com o rosto virado para cruz, provavelmente com suas costas para os espectadores, ou ao menos com o stipes com algum grau de modéstia se visto pela frente.[47] Tais concessões eram "únicas" e nunca feitas fora do contexto judeu.[47] Diversas fontes mencionam algum tipo de apoio amarrado aos stipes para ajudar a sustentar o corpo da pessoa,[103][104][105] consequentemente prolongando o sofrimento e humilhação da pessoa[90][92] evitando a asfixia causada pela crucificação sem suporte. Justino Mártir chama o suporte de cornu, or "chifre,"[103] fazendo com que alguns acadêmicos acreditem que ele poderia ter uma forma pontuda feita para atormentar a pessoa crucificada.[106] Isso seria consistente com a observação de Sêneca de vítimas com suas partes pudicas empaladas.

Na crucificação ao estilo romano, o condenado poderia levar alguns dias para morrer, mas a morte era muitas vezes acelerada por ação humana. "Os guardas romanos presentes poderiam deixar o local somente após a vítima ter morrido, e era sabido que aceleravam a morte de forma deliberada fraturando a tíbia e/ou a fíbula, espetando uma lança no coração, cortes profundos no peito ou com uma fogueira aos pés da cruz para asfixiar a vítima."[58] Os romanos algumas vezes quebravam as pernas do prisioneiro para acelerar a morte e normalmente proibiam o enterro.[93] Por outro lado, a pessoa era deliberadamente mantida viva o máximo possível para prolongar seu sofrimento e humilhação, de maneira a provocar o máximo de medo às pessoas.[90] Os corpos dos crucificados eram tipicamente deixados na cruz para decompor e serem comidos por animais.[90][107]

 Mais informações : Hirabah

O Islã se espalhou em uma região onde muitas sociedades, incluindo o Império Persa e o Império Romano, usavam a crucificação para punir traidores, rebeldes, ladrões e escravos criminosos.[108] O Corão cita a crucificação em seis passagens, das quais a mais significante para futuras aplicações legais é a do verso 5:33:[108][109]

O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.[110]

Os textos de hadith fornecem citações contraditórias sobre o primeiro uso da crucificação sob a Lei Islâmica, atribuindo-as variadamente ao próprio Maomé (por assassinatos e roubo de um pastor) ou ao segundo califa Omar (aplicada a dois escravos que assassinaram sua dona).[108] A jurisprudência clássica islâmica aplica o verso 5:33 principalmente a ladrões de estradas sendo uma punição prescrita nas escrituras (hudud).[108] A predileção pela crucificação em relação a outras punições mencionadas no verso ou sua sua combinação (a qual Sadakat Kadri chamou de "o equivalente islâmico ao enforcamento, afogamento e esquartejamento que europeus medievais aplicavam a traidores".[111]) está sujeita à "regras complexas e contestadas" na jurisprudência clássica.[108] A maior parte dos acadêmicos pedia a crucificação para ladrões de estradas assassinos, enquanto outros permitiam a execução por outros métodos neste cenário.[108] Os principais métodos de execução são:[108]

A maior parte dos juristas clássicos limitam o período da crucificação em três dias.[108] A crucificação engloba a asfixia ou empalamento do corpo a uma tora ou tronco de árvore.[108] Diversas opiniões de minorias também preveem a crucificação como punição por vários outros crimes.[108] Casos de crucificação referentes à maioria das prescrições legais foram registrados na história do Islã, e exposição prolongada dos corpos crucificados era especialmente comum para oponentes religiosos e políticos.[108][115]

Japão

editar
 
Crucificação antiga na Era Meiji (c. 1865–1868), Yokohama, Japão. Um servo de 25 anos, Sokichi, foi executado por crucificação por assassinar o filho de seu empregador durante um roubo. Ele foi asfixiado amarrado, ao invés de pregado, a uma estaca com duas vigas cruzadas.[116][117]
 
Os Vinte e Seis Mártires do Japão.

A crucificação foi introduzida no Japão durante o Período Sengoku (1467–1573), após uma era de 350 anos sem pena de morte.[118] Acredita-se que tenha sido sugerida aos japoneses pela introdução do Cristianismo na região,[118] embora métodos similares de punição tenham sido usados anteriormente na Período Kamakura. Conhecido em japonês como haritsuke (?), a crucificação era usada no Japão antes e durante o Xogunato Tokugawa. Diversas técnicas relacionadas à crucificação eram utilizadas. Petra Schmidt, em "Capital Punishment in Japan", escreveu:[119]

Execução por crucificação incluía, antes de tudo, hikimawashi (i.e, desfile em um cavalo pela cidade); então o miserável era amarrado a uma cruz feita de uma estaca vertical e duas vigas horizontais. A cruz era erguida, o condenado perfurado por lanças várias vezes pelos dois lados e inevitavelmente morto com um golpe final na garganta. O corpo era deixado na cruz por três dias. Se um condenado à crucificação morresse na prisão, seu corpo era preservado e a punição realizada no corpo morto. Com Toyotomi Hideyoshi, um dos grandes unificadores do século XVI, a crucificação invertida (i.e, sakasaharitsuke) era frequentemente utilizada. A crucificação na água (mizuharitsuke) era reservada principalmente a cristãos: uma cruz era erguida na maré baixa; quando a maré subia, o condenado era submergido na água até a cabeça, prolongando a morte por muitos dias

Em 1597 vinte e seis mártires cristãos foram pregados em cruzes em Nagasaki, Japão. Entre os executados estavam Santo Paulo Miki, Filipe de Jesus e Pedro Bautista, um espanhol Franciscano que trabalhara em torno de dez anos nas Filipinas. As execuções marcaram o início de uma longa história perseguição ao cristianismo no Japão, que continuou até sua descriminalização em 1871.

A crucificação foi usada como forma de punição de prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial. Ringer Edwards, um australiano prisioneiro de guerra, foi crucificado por matar gado, junto com outros dois. Ele sobreviveu 63 horas antes de ser baixado.

Myanmar

editar

Em Myanmar, a crucificação era um elemento central em diversos rituais de execução. Felix Carey, um missionário em Myanmar de 1806 a 1812,[120] escreveu:[121]

Quatro ou cinco pessoas, após serem terem as mãos e pés pregados em uma cruz, tiveram primeiro suas línguas cortadas; em seguida suas bocas foram cortadas de orelha a orelha, suas orelhas cortadas e finalmente o abdome rasgado.

Seis pessoas foram crucificadas da seguinte maneira: suas mãos e pés pregados em uma cruz; então seus olhos foram arrancados com um gancho sem corte; e dessa maneira foram deixados para morrer; dois morreram no período de quatro dias; os demais foram soltos, mas morreram gangrenados no sexto ou sétimo dia.

Quatro pessoas foram crucificadas, não pregadas mas com as mãos e pés amarrados bem esticados, em postura ereta. Nesta posição eles ficaram até a morte; tudo o que eles desejavam comer era pedido como uma forma de prolongar suas vidas e miséria. Em casos como este, as pernas e pés dos criminosos começavam a inchar ao final de três ou quatro dias; dizem que alguns viveram neste estado por uma quinzena, e morreram por fim de fatiga e necrose. Aqueles que eu vi, morreram ao final de três ou quatro dias.

Europa

editar
 
Cartaz mostrando um soldado alemão pregando um homem a uma árvore, quando soldados americanos vêm em seu resgate.Publicado em Manila pelo Bureau of Printing (1917).

Durante a Primeira Guerra Mundial, havia rumores constantes de que soldados alemãs crucificaram um soldado canadense em uma árvore ou na porta de um estábulo com baionetas ou facas de combate. O ocorrido foi reportado inicialmente em 1915 pelo soldado George Barrie da 1ª Divisão Canadense. Duas investigações, uma pós-guerra oficial e a outra independente pela Canadian Broadcasting Corporation, concluíram que não havia evidência para comprovar a história.[122] Não obstante, o produtor britânico de documentários Iain Overton em 2001 publicou uma artigo alegando que a história era verdadeira, identificando o soldado como Harry Band.[122][123] O artigo de Overton foi base para um episódio do documentário Secret History no Channel 4.[124]

Há registros de que a crucificação foi usada diversas vezes contra a população civil alemã da Prússia Oriental quando foi ocupada pelas forças soviéticas ao final da Segunda Guerra Mundial.[125]

Mundo Contemporâneo

editar
 
Prisioneiro acorrentado ajoelhando, polegares apoiando os braços, impressão fotográfica em cartão estereoscópio, Mukden, China (c. 1906)

A crucificação ainda é utilizada como um raro método de execução em alguns países. A punição por crucificação (șalb) imposta pela lei islâmica é amplamente interpretada como uma exposição do corpo após a execução, crucificação seguida de apunhalada no peito ou crucificação por três dias, sendo que passados três dias sem morrer, a pena é comutada.[126]

editar

Diversas pessoas foram executadas por crucificação na Arábia Saudita nos anos 2000s, embora na ocasião eles tenham sido primeiro decapitados e depois crucificados. Mais recentemente, em março de 2013, um ladrão foi condenado à crucificação por três dias.[127] Contudo, o método foi outro.

Ali Mohammed Baqir al-Nimr foi preso em 2012 quando tinha 17 anos por fazer parte dos protestos de antigoverno na Arábia Saudita durante a Primavera Árabe.[128] Em maio de 2014, foi sentenciado a ser publicamente decapitado e então crucificado.[129]

Teoricamente, crucificação é ainda uma das punições Hadd no Irã.[130][131]

Se uma pessoa crucificada sobreviver após três dias de crucificação, aquela pessoa tem a pena suspensa e pode viver.[132] Execução por enforcamento é descrita da seguinte forma: "Em execução por enforcamento, o prisioneiro será pendurado em uma forca que deve ser similar a uma cruz, com suas costas contra a cruz, e o rosto voltado na direção de Meca [na Arábia Saudita], e com as pernas em posição vertical longe do chão."[133] O Código Penal do Sudão, baseado na interpretação do governo da Xaria,[134][135] inclui execução seguida de crucificação como pena. Quando, em 2002, 88 pessoas foram sentenciadas à morte por crimes relacionados a assassinato, roubo armado e conflito entre etnias, a Anistia Internacional escreveu que eles poderiam ser executados por enforcamento ou por crucificação.[136]

A crucificação é uma punição legal nos Emirados Árabes Unidos.[137][138]

Jihadismo

editar

Em 5 de fevereiro de 2015, o Comitê dos Direitos das Crianças das Nações Unidas relatou que o Estado Islâmico do Iraque e do Levante haviam cometido "diversos casos de execução em massa de garotos, como também informação de decapitações, crucificação de crianças e sepultamento de crianças vivas.".[139]

Em 30 de abril de 2014, extremistas islâmicos conduziram um total de sete execuções públicas em Raqqa, no norte da Síria.[140] As imagens, originalmente postadas no Twitter por um estudante de Oxford, foram compartilhados por uma conta do Twitter de um conhecido membro do ISIS fazendo com que as grandes mídias incorretamente atribuíssem as crucificações ao grupo.[141] Na maior parte dos casos de "crucificação" as vítimas são baleadas primeiro e então seus corpos são expostos,[142] mas também houve relatos de "crucificação" antes do fuzilamento e decapitação,[143] como também um caso no qual um homem teria sido "crucificado vivo por oito horas" sem confirmação de sua morte.[142]

Outros incidentes terroristas

editar

O grupo de direitos humanos Karen Women Organization documentou o caso de forças do Tatmadaw crucificando diversos camponeses Karen em 2000 no Distrito de Dooplaya no estado de Kayin em Myanmar.[144][145]

Em 22 de Janeiro de 2014, um ativista antigoverno e membro do AutoMaidan foi sequestrado por um grupo desconhecido e torturado por uma semana. Seus captores o mantiveram no escuro, cortaram um pedaço de sua orelha e o pregaram em uma cruz. Seus captores finalmente o deixaram ao lado de uma floresta de Kiev após forçá-lo a confessar que era um espião americano e ter aceitado dinheiro da Embaixada dos Estados Unidos na Ucrânia para organizar protestos contra o então presidente Viktor Yanukovych.[146]

Em 2015, um vídeo surgiu retratando membros do Batalhão de Azov, um regimento oficial das Forças Armadas da Ucrânia, supostamente crucificando um rebelde separatista da Nova Rússia e queimando-o vivo. Então declararam que "todos os separatistas, traidores da Ucrânia e milicianos [sic] serão tratados da mesma forma". O Batalhão de Azov é associado com neonazismo e usam símbolos associados à SS como o wolfsangel e sol negro. Eles supostamente enviaram o vídeo para a organização hackativista CyberBerkut, que respondeu ameaçando não fazer prisioneiros do Exército Ucraniano ou milicianos a partir de então. A autenticidade do vídeo não foi confirmada.[147]

Nas Artes

editar
 Ver artigo principal: Crucificação nas Artes

Como devoção

editar
 
Crucificação devocional em San Fernando, Pampanga, Filipinas, Páscoa 2006
 Mais informações : Crucificação nas Filipinas

A Igreja Católica desaprova a autocrucificação como uma forma de devoção: "Práticas penitenciais que levam a autocrucificação com pregos não são incentivadas."[148] Não obstante, a prática não é rara.

Nas Filipinas, alguns católicos são voluntariamente, de forma não letal, crucificados por um certo tempo na Sexta-feira Santa para replicar os sofrimentos de Cristo. Pregos esterilizados são inseridos pela palma da mão entre os ossos, além de haver um apoio no qual os pés são pregados. Rolando del Campo, um carpinteiro em Pampanga, prometeu ser crucificado toda Sexta-feira Santa por 15 anos se Deus ajudasse sua mulher em um parto complicado,[149] enquanto que em San Pedro Cutud, Ruben Enaje foi crucificado 27 vezes.[150] A Igreja nas Filipinas repetidamente interveio reprovando as crucificações bem como a autoflagelação, enquanto o governo alega que não pode impedir os devotos. O Ministério da Saúde das Filipinas insiste que os participantes do rito devam se vacinar contra tétano e que os pregos utilizados devem ser esterilizados.[151]

Em outros casos, a crucificação é simplesmente simulada como uma peça da Paixão, como na cerimônia de encenação que é realizada anualmente na cidade de Iztapalapa, na periferia da Cidade do México, desde 1833,[152] e na mais famosa Encenação da Paixão de Oberammergau. Além disso, desde meados do século XIX, um grupo de flagelantes no Novo México, chamados Hermanos de Luz ("Irmãos da Luz"), tem conduzido anualmente uma encenação da crucificação de Cristo durante a Semana Santa, na qual um penitente é amarrado (mas não pregado) a uma cruz.[153]

Crucificações famosas

editar
  • A revolta dos escravos da Terceira Guerra Servil: Entre 73 e 71A EC. um grupo de escravos, por fim chegando a cerca de 120.000, sob o comando (pelo menos parcial) de Espártaco se revoltou contra a República Romana. A revolta por fim acabou esmagada e, enquanto o próprio Espártaco provavelmente tenha morrido na batalha final da insurgência, aproximadamente 6.000 de seus seguidores foram crucificados ao logo de 200 km da Via Ápia entre Cápua e Roma como um aviso a possíveis insurgentes.
  • Jesus de Nazaré: sua morte por crucificação por ordem de Pôncio Pilatos (por volta de 30 ou 33), descrita nos quatro Evangelhos do século I, é referenciada repetidamente como algo bem sabido nas primeiras cartas de São Paulo. Pilatos era o governador da Judeia à época, e ele é explicitamente associado à condenação de Jesus não somente pelos Evangelhos mas também por Tácito.[154] A acusação era de que Jesus era o Rei dos Judeus.
  • São Pedro: Apóstolo cristão, que de acordo com a tradição foi crucificado de cabeça para baixo por seu pedido (por isso a Cruz de São Pedro), uma vez que ele não se sentia digno de morrer da mesma maneira que Jesus.
  • Santo André: Apóstolo cristão e irmão de São Pedro, que é tradicionalmente dito ter sido crucificado em uma cruz em forma de X (por isso a Cruz de Santo André).
  • Simeão de Jerusalém: de acordo com o Bispo de Jerusalém, crucificado em 106 ou 107 EC.
  • Manes: o fundador do Maniqueísmo, foi descrito por seguidores como sendo morto por crucificação em 274 EC.
  • Santo Hugo de Lincoln: uma garoto inglês cujo desaparecimento em 1255 desencadeou um libelo de sangue contra judeus locais. Um homem judeu foi torturado até ele confessar ter matado a criança. A história de Santo Hugo se tornou bem conhecida nas baladas poéticas medievais.
  • Eulália de Barcelona: foi venerada como santa. De acordo com sua hagiografia, ela foi despida, torturada e finalmente crucificada em uma cruz em formato de X.[155]
  • Vilgeforte: foi venerada como uma santa e representada como uma mulher crucificada, contudo sua lenda vem da interpretação incorreta de um crucifixo coberto conhecida como Santa Face de Lucca.

Ver também

editar

Notas

  1. As notações "Antes da Era Comum" (AEC) e "Era Comum" (EC) têm sido utilizadas em trabalhos acadêmicos para registrar os períodos "Antes de Cristo" e "Depois de Cristo", respectivamente. No Livro de Estilo da Wikipédia lusófona, ambas as formas são aceitáveis. Para manter um padrão acadêmico atual, as notações "AEC" e "EC" são utilizadas neste artigo.
  2. É um grafite encontrado em uma taberna em Putéolos, datada do tempo de Trajano ou Adriano (final do século I ao início do século II). Uma inscrição sobre o ombro esquerdo da pessoa indica "Ἀλκίμιλα" (Alkimila), um nome feminino. Não está claro, contudo, se a inscrição foi escrita pela mesma pessoa que desenhou a figura ou foi adicionada mais tarde por outrem. Também não se sabe se o grafite tinha por objetivo representar um evento real, sem ser, talvez, o desejo do autor de ver alguém crucificada, ou como uma piada. Como está, o grafite sozinho não fornece evidência de uma crucificação feminina.[34]

Referências

  1. «Crucificação / crucifixão». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Consultado em 1 de setembro de 2019 
  2. a b Josefo, Flávio (2013). A Guerra dos Judeus. Lisboa: Sílabo. ISBN 978-972-618-717-2 
  3. Edwards, William D. (21 de março de 1986). «On the Physical Death of Jesus Christ». JAMA. 255 (11). 1455 páginas. doi:10.1001/jama.1986.03370110077025 
  4. Byard, Roger W. (5 de março de 2016). «Forensic and historical aspects of crucifixion». Forensic Science, Medicine, and Pathology. 12 (2): 206–208. doi:10.1007/s12024-016-9758-0 
  5. «Did Jesus Die by Suffocation?: An Appraisal of the Evidence». Linacre Q. (1): 64–79. 2023. PMID 36923675 Verifique |pmid= (ajuda). doi:10.1177/00243639221116217. Researchers are encouraged to look elsewhere for the most likely cause or causes of death from crucifixion. It may be time to abandon the idea that suffocation was the primary cause of death in crucifixion.  Parâmetro desconhecido |vpçume= ignorado (ajuda)
  6. Hengel, Martin (1977). Crucifixion: In the Ancient World and the Folly of the Message of the Cross. Minneapolis: Fortress Press. ISBN 9780800612689 
  7. «Dictionary.com». Ask.com. Consultado em 4 de maio de 2018 
  8. «LSJ apotumpanizo». www.perseus.tufts.edu  ἀποτυμπα^ν-ίζω (mas tarde ἀποτύμπα^ν-τυπ- UPZ119 (2nd century BC), POxy.1798.1.7), A. cruficicar em uma prancha, D.8.61,9.61:—Pass., Lys.13.56, D.19.137, Arist. Rh. 1383a5, Beros. ap. J.Ap.1.20. 2. de forma geral, destruir, Plu.2.1049d.
  9. LSJ anastauro ἀνασταυρ-όω, = foreg., Hdt.3.125, 6.30, al.; idêntico a ἀνασκολοπίζω, 9.78:—Pass., Th. 1.110, Pl.Grg.473c. II. nos tempos romanos, afixar a uma cruz, crucificar, Plb. 1.11.5, al., Plu.Fab.6, al. 2. crucificar de novo, Ep.Hebr.6.6.
  10. Plutaro Fabius Maximus 6.3 "Aníbal agora percebera o erro de sua posição, e seu perigo, e crucificou os guias nativos responsáveis por ela."
  11. Polybius 1.11.5 [5] «Historiae». archive.org . Polybius. Theodorus Büttner-Wobst after L. Dindorf. Leipzig. Teubner. 1893-.
  12. «Online Etymology Dictionary, "cross"». Etymonline.com. Consultado em 4 de maio de 2018 
  13. Charlton T. Lewis, Charles Short, A Latin Dictionary: crux, ŭcis, f. (m., Enn. ap. Non. p. 195, 13; Gracch. ap. Fest. s. v. masculino, p. 150, 24, and 151, 12 Müll.) [perh. relacionado ao circo]. I. Lit. A. Em geral, uma árvore, armação ou outros instrumentos de madeira para execução, nos quais criminosos eram empalados ou enforcados, Sen. Prov. 3, 10; Cic. Rab. Perd. 3, 10 sqq.— B. Em particular, uma cruz, Ter. And. 3, 5, 15; Cic. Verr. 2, 1, 3, § 7; 2, 1, 4, § 9; id. Pis. 18, 42; id. Fin. 5, 30, 92; Quint. 4, 2, 17; Tac. A. 15, 44; Hor. S. 1, 3, 82; 2, 7, 47; id. Ep. 1, 16, 48 et saep.: "dignus fuit qui malo cruce periret, Gracch. ap. Fest. l. l.: pendula", o poste de uma carruagem, Stat. S. 4, 3, 28.
  14. «Collins English Dictionary, "crucify"». Collins. Consultado em 4 de maio de 2018 
  15. «Compact Oxford English Dictionary, "crucify"». Oxford University Press. Consultado em 4 de maio de 2018 
  16. «Webster New World College Dictionary, "crucify"». yourdictionary.com/. Consultado em 4 de maio de 2018 
  17. «Online Etymology Dictionary, "crucify"». Etymonline.com. Consultado em 4 de maio de 2018 
  18. «L. ANNAEI SENECAE AD MARCIAM DE CONSOLATIONE, 20.6.3]». TheLatinLibrary.com. Consultado em 4 de maio de 2018 
  19. a b   Fallow, Thomas Macall (1911). «Cross and Crucifixion». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público) 
  20. Ball, DA (1989). «The crucifixion and death of a man called Jesus». Journal of the Mississippi State Medical Association. 30 (3): 77–83. PMID 2651675 
  21. «Annales 2:32.2». Thelatinlibrary.com. Consultado em 5 de maio de 2018 
  22. «Annales 15:60.1». Thelatinlibrary.com. Consultado em 5 de maio de 2018 
  23. Flavius, Josephus. «Jewish War, Book V Chapter 11». ccel.org. Consultado em 5 de maio de 2018 
  24. Mishna, Shabbath 6.10: see David W. Chapman, Ancient Jewish and Christian Perceptions of Crucifixion (Mohn Siebeck 2008 ISBN 978-31-6149579-3), p. 182
  25. a b c Seneca, Dialogue "To Marcia on Consolation", in Moral Essays, 6.20.3, trad. John W. Basore, The Loeb Classical Library (Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1946) 2:69
  26. Seneca. Of Consolation: To Marcia. [S.l.: s.n.] 
  27. Licona, Michael (2010). The Resurrection of Jesus: A New Historiographical Approach. [S.l.]: InterVarsity Press. p. 304. ISBN 978-0-8308-2719-0. OCLC 620836940 
  28. Conway, Colleen M. (2008). Behold the Man: Jesus and Greco-Roman Masculinity. [S.l.]: Oxford University Press. p. 67. ISBN 978-0-19-532532-4  (citando Cícero, pro Rabirio Perduellionis Reo «5.16». perseus.uchicago.edu ).
  29. Stott, John R. (1986). The Cross of Christ. [S.l.]: InterVarsity Press. p. 24. ISBN 0-87784-998-6  (citando Cícero, Against Verres II.v.66, para. 170)
  30. a b Koskenniemi, Erkki; Kirsi Nisula; Jorma Toppari (2005). «Wine Mixed with Myrrh (Mark 15.23) and Crurifragium (John 19.31-32): Two Details of the Passion Narratives». SAGE Publications. Journal for the Study of the New Testament. 27 (4): 379–391. doi:10.1177/0142064X05055745. Consultado em 5 de maio de 2018 
  31. Justus Lipsius: De cruce, p. 47
  32. Barclay, William (1998). The Apostles' Creed. Louisville, KY: Westminster John Knox Press. p. 78. ISBN 9780664258269 
  33. "A ... mais antiga representação de crucificação  ... foi descoberta por arqueologistas mais de um século atrás na Colina do Palatino em Roma. É uma graffiti do século II rabiscado em uma parede que era parte do complexo imperial. Ela inclui a inscrição — não por um Cristão, mas por alguém insultando e ridicularizando os cristãos e as crucificações que sofreram. Ela mostra um rascunho de um rapaz reverenciado seu 'Deus', que possui uma cabeça de burro e está em uma cruz com os braços abertos na viga cruzada. Aqui temos um esboço Romano de uma Crucificação Romana, e esta em sua forma tradicional de cruz." Bower Jr., Clayton F. (1 de outubro de 1991). «Cross or Torture Stake?». Catholic.com. Consultado em 18 de maio de 2018 
  34. a b Cook, John Granger (2012). «Crucifixion as Spectacle in Roman Campania». Novum Testamentum. 54 (1): 60, 92–98. JSTOR 23253630 
  35. «Why do Watch Tower publications show Jesus on a stake with hands over his head instead of on the traditional cross?». Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania 
  36. Epístola de Barnabé, Chapter 9. O documento sem dúvida pertence ao final do século I ou início do século II.[1]
  37. "A própria forma da cruz, também, tem cinco extremidades, duas no comprimento, duas na largura, e uma no meio, na qual a pessoa descansa àquele que é fixado pelos pregos." (Ireneu de Lyon (c. 130–202), Contra Heresias II, xxiv, 4 [2]).
  38. Justino (c. 100–165) Diálogo com Trifão "Chapter XC – The stretched-out hands of Moses signified beforehand the cross", "Capítulo XCI" "Com efeito, uma haste da cruz se ergue verticalmente e dela surge a parte superior, quando se ajustou a haste transversal. Seus extremos aparecem de um lado e de outro, como chifres unidos em um único chifre."
    "Capítulo CXI" "Com efeito, um deles permaneceu sobre a colina, até o entardecer, com os braços estendidos, graças àqueles que os sustentavam, o que não era mais do que a figura da cruz".
  39. No Grego homérico da Ilíada XX, 478–480, uma ponta de lança é dita ter penetrado o χεῖρ "onde os tendões do cotovelo se juntam" (ἵνα τε ξενέχουσι τένοντες / ἀγκῶνος, τῇ τόν γε φίλης διὰ χειρὸς ἔπειρεν / αἰχμῇ χακλκείῃ).
  40. χείρ. Liddell, Henry George; Scott, Robert; A Greek–English Lexicon no Perseus Project
  41. Wynne-Jones, Jonathan (16 de março de 2008). «Why the BBC thinks Christ did not die this way». The Telegraph. Consultado em 18 de maio de 2018 
  42. «Science replays the crucifixion». MSNBC. 25 de março de 2005. Consultado em 5 de maio de 2018 
  43. Viladesau, Richard (2006). The beauty of the cross: the passion of Christ in theology and the arts, from the catacombs to the eve of the Renaissance. [S.l.]: Oxford University Press. p. 21. ISBN 978-0-19-518811-0. OCLC 58791208 
  44. a b c d e f g h i j «Crucifixion». Jewish Encyclopedia. Consultado em 5 de maio de 2018 
  45. a b «Some Notes on Crucifixion» (PDF). Consultado em 7 de maio de 2018. Arquivado do original (PDF) em 18 de julho de 2011 
  46. Chapman, David Wallace (2008). Ancient Jewish and Christian Perceptions of Crucifixion. Tübingen: Mohr Siebeck. pp. 86–89 
  47. a b c «Joe Zias, Crucifixion in Antiquity — The Anthropological Evidence». Center for Online Judaic Studies. Consultado em 7 de maio de 2018 
  48. «The Bioarchaeology of Crucifixion». PoweredbyOsteons.org. Consultado em 7 de maio de 2018 
  49. Maslen, Matthew; Piers D Mitchell (1 de abril de 2006). «Medical theories on the cause of death in crucifixion». Journal of the Royal Society of Medicine. 99 (4): 185–188. PMC 1420788 . PMID 16574970. doi:10.1258/jrsm.99.4.185 
  50. William Stroud; Sir James Young Simpson (1871). Treatise on the Physical Cause of the Death of Christ and Its Relation to the Principles and Practice of Christianity. [S.l.]: Hamilton, Adams & Company. Consultado em 8 de maio de 2018 
  51. Davis, CT (1962). «The Crucifixion of Jesus. The Passion of Christ From a Medical Point of View». Arizona Medicine. 22: 182 
  52. Frederick T. Zugibe (30 de abril de 2005). The Crucifixion of Jesus: A Forensic Inquiry. [S.l.]: Rowman & Littlefield. ISBN 978-1-59077-070-2. Consultado em 8 de maio de 2018 
  53. Wijffels, F (2000). «Death on the cross: did the Turin Shroud once envelop a crucified body?». Br Soc Turin Shroud Newsl. 52 (3) 
  54. a b A Doctor at Calvary: The Passion of Our Lord Jesus Christ as Described by a Surgeon. Nova York: P.J. Kenedy. 1953  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  55. Edwards, WD; Gabel WJ; Hosmer FE (1986). «On the physical cause of death of Jesus Christ» (PDF). Journal of the American Medical Association. 255 (11): 1455–1463. doi:10.1001/jama.255.11.1455 
  56. Brenner, B (2005). «Did Jesus Christ die of pulmonary embolism?». J Thromb Haemost. 3: 1–2 
  57. Edwards WD, Gabel WJ, Hosmer FE (21 de março de 1986). «On the physical death of Jesus Christ». JAMA. 255 (11): 1455–63. PMID 3512867. doi:10.1001/jama.1986.03370110077025 
  58. a b Retief FP, Cilliers L (1 de dezembro de 2003). «The history and pathology of crucifixion». South African Medical Journal. 93 (12): 938–41. PMID 14750495 
  59. Zugibe, Frederick Thomas (1988). The cross and the shroud: a medical inquiry into the crucifixion. Saint Paul: Paragon House Publishers. ISBN 9780913729755 [falta página]
  60. Zugibe, Frederick T. (2005). The Crucifixion Of Jesus: A Forensic Inquiry. New York: M. Evans and Company. ISBN 1-59077-070-6 {{Page needed}
  61. Maslen, MW; Mitchell, PD (2006). «Medical theories on the cause of death in crucifixion». J R Soc Med. 99 (4): 185–8. PMC 1420788 . PMID 16574970. doi:10.1258/jrsm.99.4.185 
  62. «The Life Of Flavius Josephus». Christian Classics Ethereal Library. Consultado em 24 de maio de 2018 
  63. Tzaferis, Vassilios (1970). «Jewish Tombs at and near Giv'at ha-Mivtar, Jerusalem». Israel Exploration Journal. 20 (1/2): 18-32. Consultado em 24 de maio de 2018 
  64. Tzaferis, Vassilios (1985). «Crucifixion – The Archaeological Evidence». Biblical Archaeology Review (11): 44–53 
  65. Hengel, Martin (1977). Crucifixion: In the Ancient World and the Folly of the Message of the Cross. Minneapolis: Augsburg Fortress Publishing. ISBN 978-0800612689 
  66. a b Zias, Joseph; Sekeles, Eliezer (1985). «The Crucified Man from Giv'at ha-Mivtar: A Reappraisal». Israel Exploration Journal. 35 (1): 22-27. Consultado em 24 de maio de 2018 
  67. Haas, Nicu (1970). «Anthropological Observations on the Skeletal Remains from Giv'at ha-Mivtar». Israel Exploration Journal. 20 (1/2): 38-59. Consultado em 24 de maio de 2018 
  68. In the Fullness of Time: A Historian Looks at Christmas, Easter, and the Early Church. Grand Rapids, Michigan: Kregel Publications. 1997. 364 páginas. ISBN 9780825496042. Consultado em 24 de maio de 2018  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  69. Kyle, Donald G. (1998). Spectacles of Death in Ancient Rome. Florence, Kentucky: Routledge. ISBN 9780415096782. Consultado em 24 de maio de 2018 
  70. «Stavros, Scolops (σταῦρός, σκόλοψ). The cross;». www.mlahanas.de  encyclopedia Hellinica
  71. Tradução de Aubrey de Selincourt. O original, "σανίδα προσπασσαλεύσαντες, ἀνεκρέμασαν ... Τούτου δὲ τοῦ Ἀρταύκτεω τοῦ ἀνακρεμασθέντος ...", é traduzido por Henry Cary (Bohn's Classical Library: Herodotus Literally Translated. London, G. Bell and Sons 1917, pp. 591–592) como: "Eles o pregaram na viga e o içaram ... este Artayctes que foi içado".
  72. Wells, Joseph (1912). A Commentary on Herodotus. 2. Colaboração de Walter Wybergh How. Oxford: Clarendon Press. pp. 236–236 
  73. Ver Mishnah, Sanhedrin 7:1, traduzido em Jacob Neusner, The Mishnah: A New Translation 591 (1988), supra nota 8, em 595-96 (indicando que a corte ordenou a execução por apedrejamento, fogueira, decapitação ou somente estrangulamento).
  74. «Dead Sea Scrolls Uncovered». www.bibliotecapleyades.net. Consultado em 24 de maio de 2018 
  75. Shi, Wenhua (2008). Paul's Message of the Cross as Body Language. Tübingen: Mohr Siebeck. 316 páginas. ISBN 9783161497063. Consultado em 26 de maio de 2018 
  76. VanderKam, James C. (2012). The Dead Sea Scrolls and the Bible. Grand Rapids, Michigan: Wm. B. Eerdmans Publishing. 188 páginas. ISBN 9780802866790. Consultado em 26 de maio de 2018 
  77. «The siege of Tyre (332 BCE) - Livius» [O Cerco de Tiro (332 AEC)]. Livius.org (em inglês). 2002. Consultado em 24 de maio de 2018 
  78. Gabriel, Richard A. (2011). Hannibal: The Military Biography of Rome's Greatest Enemy [Aníbal: A Biografia Militar do Maior Inimigo de Roma] (em inglês). Lincoln, Nebraska: Potomac Books, Inc. 271 páginas. ISBN 9781597977661. Consultado em 26 de maio de 2018 
  79. Liddell, Henry George (1855). A history of Rome, to the establishment of the empire [A História de Roma, Ao Estabelecimento do Império] (em inglês). Oxford: Oxford University Press. p. 302. Consultado em 26 de maio de 2018 
  80. Polybius (2010). McGing, Brian, ed. The Histories (em inglês). Oxford: OUP Oxford. p. 23. 501 páginas. ISBN 9780199534708. Consultado em 26 de maio de 2018 
  81. Oldfather, William A. (1908). «Livy i, 26 and the Supplicium de More Maiorum». Transactions and Proceedings of the American Philological Association (em inglês). 39: 49-72. doi:10.2307/282675. Consultado em 26 de maio de 2018 
  82. Tertuliano. «Tertuliano:Apologia, IX». The Tertullian Project. Consultado em 26 de maio de 2018 
  83. Após citar um poema de Mecenas que fala sobre preferir vida à morte mesmo quando a vida é sofrida com todas as dificuldades da idade avançada ou mesmo com tortura pesada ("vel acuta si sedeam cruce"), Sêneca discorda do sentimento, dizendo que a morte seria melhor para uma pessoa crucificada dependurada no patibulum: "Eu deveria julgá-lo mais desprezível se eu quisesse viver ao ponto da crucificação  ... Vale muito a pena sentir a própria ferida a pendurar-se de um patibulum?? ... Alguém já foi encontrando, após ser amarrado àquela madeira amaldiçoada, já enfraquecido, já deformando, com inchaços terríveis nos ombros e peito, com muitas razões para morrer mesmo antes de chegar à cruz, desejaria prolongar a vida que está prestes a sofrer tantos tormentos?" ("Contemptissimum putarem, si vivere vellet usque ad crucem ... Est tanti vulnus suum premere et patibulo pendere districtum ... Invenitur, qui velit adactus ad illud infelix lignum, iam debilis, iam pravus et in foedum scapularum ac pectoris tuber elisus, cui multae moriendi causae etiam citra crucem fuerant, trahere animam tot tormenta tracturam?" - «Letter 101, 12-14». www.thelatinlibrary.com )
  84. Titus Maccius Plautus Miles gloriosus Mason Hammond, Arthur M. Mack - 1997 Page 109, "O patíbulo (na próxima linha) era uma viga a qual o criminoso condenado carregava nos seus ombros, com seus braços amarrados nela ao lugar para ... içado à viga vertical, o patíbulo se tornava a viga cruzada da cruz."
  85. «Appian • The Civil Wars — Book I». penelope.uchicago.edu. Consultado em 24 de maio de 2018 
  86. Encyclopædia Britannica. «Encyclopædia Britannica Online: crucifixion». Britannica.com. Consultado em 12 de maio de 2018 
  87. Dictionary of Images and Symbols in Counselling By William Stewart 1998 ISBN 1-85302-351-5, p. 120
  88. «Crucificação: a abominável humilhação retomada pelo Estado Islâmico». Veja.com. Consultado em 12 de fevereiro de 2018 
  89. a b Robison, John C. (1 de junho de 2002). «Crucifixion in the Roman World: The Use of Nails at the Time of Christ». Studia Antiqua. 2 
  90. a b c d e f Zias, Joseph (1998). «Crucifixion in Antiquity: The Evidence». www.mercaba.org. Consultado em 10 de março de 2018 
  91. «Crucificaram-no e repartiram entre si as vestes dele, deitando sortes sobre elas, para ver o que cada um havia de levar.» (Marcos 15:24), «Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram a ele, e também aos malfeitores, um à direita, e outro à esquerda.» (Lucas 23:33), «Os soldados, depois de terem crucificado a Jesus, tomaram-lhe as vestes (dividiram-nas em quatro partes, uma para cada um), e também a túnica. Ora a túnica não tinha costura, porque era toda tecida de alto a baixo.» (João 19:23) «Depois de o crucificarem, repartiram entre si as vestes dele, deitando sortes; e sentados, ali o guardavam.» (Mateus 27:35–36)
  92. a b c d Zias, Joseph. «Crucifixion in Antiquity: The Anthropological Evidence». Consultado em 9 de março de 2018 
  93. a b c d e f g Samuelsson, Gunnar (2013). Crucifixion in Antiquity: An Inquiry into the Background and Significance of the New Testament Terminology of Crucifixion. [S.l.]: Mohr Siebeck. 7 páginas. ISBN 9783161525087 
  94. a b Barth, Markus; Blanke, Helmut (2000). The Letter to Philemon: A New Translation with Notes and Commentary (em inglês). [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing. p. 16. ISBN 9780802838292 
  95. Barry, Strauss (2009). The Spartacus War. [S.l.]: Simon & Schuster. p. 193. ISBN 9781439158395 
  96. Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas 18.3.4
  97. Tacitus. Annals, Book 14, 42-45.
  98. Barry, Strauss (2009). The Spartacus War. [S.l.]: Simon & Schuster. ISBN 9781439158395 
  99. Josephus (1990). Josephus: Essential Writings. [S.l.]: Kregel Academic. 265 páginas 
  100. a b c d e f g h Barbet, P (1953). A Doctor at Calvary: The Passion of Out Lold Jesus Christ as Described by a Surgeon. New York: Doubleday Image Books. pp. 46–51 
  101.   Fallow, Thomas Macall (1911). «Cross and Crucifixion». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)  Macall acredita que a pessoa recebia de volta sua roupa após a flagelação.
  102. a b Zias, Joseph. «Postscript - The Mel Gibson Controversy». JoeZias.com. Consultado em 10 de março de 2018 
  103. a b Justin Martyr Dialogue with Trypho, a Jew 91
  104. Irenaeus Against Heresies II.24
  105. Tertullian To the Nations I.12
  106. Barbet, 45; Zugibe, 57; Vassilios Tzaferis, “Crucifixion—The Archaeological Evidence,” Biblical Archaeology Review 11.1 (Jan./Feb. 1985), 44-53 (p. 49)
  107. Ehrman, Bart D. (2014). How Jesus became God: The exaltation of a Jewish preacher from Galilee First ed. New York, NY: HarperCollins. pp. 133–165. ISBN 978-0061778186 
  108. a b c d e f g h i j k l m Vogel, F.E. (2012). «Ṣalb». In: P. Bearman, Th. Bianquis, C.E. Bosworth, E. van Donzel, W.P. Heinrichs. Encyclopaedia of Islam 2nd ed. Brill. doi:10.1163/1573-3912_islam_SIM_6530. (pede subscrição (ajuda)) 
  109. «Quran Surah Al-Maaida ( Verso 33 )». irebd.com 
  110. Surat Al-Mā'idah (The Table Spread) , Quran Surah Al-Maaida ( Verso 33 )
  111. Kadri, Sadakat (2012). Heaven on Earth: A Journey Through Shari'a Law from the Deserts of Ancient Arabia ... [S.l.]: macmillan. p. 241. ISBN 9780099523277 
  112. a b c Peters, Rudolph (2006). Crime and Punishment in Islamic Law: Theory and Practice from the Sixteenth to the Twenty-First Century. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 37–38 
  113. a b «تصليب». الموسوعة الفقهية (Encyclopedia of Fiqh) (em árabe). 12. وزارة الأوقاف والشئون الإسلامية في دولة الكويت. 1988 
  114. a b «حرابة». الموسوعة الفقهية (Encyclopedia of Fiqh) (em árabe). 17. وزارة الأوقاف والشئون الإسلامية في دولة الكويت. 1988 
  115. Anthony, Sean (2014). «Crucifixion and Death as Spectacle: Umayyad Crucifixion in Its Late Antique Context». American Oriental Series 96. American Oriental Society. Consultado em 12 de maio de 2018 
  116. Ewing, William A. (1994). The body: photographs of the human form. photograph por Felice Beato. [S.l.]: Chronicle Books. p. 250. ISBN 0-8118-0762-2 
  117. Clark Worswick (1979). Japan, photographs, 1854–1905. [S.l.]: Knopf : distribuído por Random House. p. 32. ISBN 978-0-394-50836-8 
  118. a b Moore, Charles Alexander; Aldyth V. Morris (1968). The Japanese mind: essentials of Japanese philosophy and culture. University of Hawaii (Honolulu): University of Hawaii Press. p. 145. ISBN 978-0-8248-0077-2. OCLC 10329518 
  119. Schmidt, Petra (2002). Capital Punishment in Japan. Leiden: BRILL. pp. 14–15. ISBN 978-90-04-12421-9 
  120. «Felix Carey - 'a colourful and tragic life'». www.baptisttimes.co.uk 
  121. The Baptist Magazine, Volume 7. Baptist Magazine. London: Button&son. 1815. p. 67 
  122. a b Bourke, Roger (2006). Prisoners of the Japanese: literary imagination and the prisoner-of-war experience. [S.l.]: University of Queensland Press. p. 184 n.8. ISBN 978-0-7022-3564-1. OCLC 70257905 
  123. Overton, Iain (17 de abril de 2001). «Revealed, the soldier who was crucified by Germans». International Express. p. 16 
  124. «The Crucified Soldier». Secret History. Temporada 9. Episódio 5. 4 de julho de 2002. Channel 4 
  125. Max Hastings, Armageddon: the Battle for Germany 1944–45, ISBN 978-0-330-49062-7
  126. Peters, Rudolph (2005). Crime and Punishment in Islamic Law. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 37–38. ISBN 978-1-139-44534-4 
  127. «Saudi seven face crucifixion and firing squad for armed robbery». The Guardian. 5 de março de 2013. Consultado em 12 de maio de 2018 
  128. «Saudi Arabia must immediately halt execution of children – UN rights experts urge». Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights. 22 de julho de 2015. Consultado em 13 de maio de 2018 
  129. «When Beheading Won't Do the Job, the Saudis Resort to Crucifixion». The Atlantic. 24 de julho de 2015. Consultado em 13 de maio de 2018 
  130. «Iran's Islamic Criminal Law, Article 195» (PDF). www.nyccriminallawyer.com 
  131. MAFTEI, Ciprian-Vasile (1 de setembro de 2010). «The Sanctions of the Islamic Criminal Law. Aspects Regarding Penal Ties of the Criminal Law of the Islamic Republic of Iran. Religion and Tradition vs. Observing Human Rights» [As Penas do Código Penal Islâmico. Aspectos referentes à penas do Código Penal da República Islâmica do Irã. Religião e Tradição versus Respeito aos Direitos Humanos.]. Petru Maior University, Faculty of Economics Law and Administrative Sciences and Pro Iure Foundation. Curentul Juridic, The Juridical Current, Le Courant Juridique. 42: 139-148. Consultado em 13 de maio de 2018 
  132. «Case Study in Iranian Criminal System» (PDF). Munich Personal RePEc Archive. 18 de março de 2008. Consultado em 13 de maio de 2018 
  133. «Judicial Law on Retaliation, Stoning, Execution, Crucifixion, Hanging and Whipping» (PDF). MEHR Iran. Consultado em 13 de maio de 2018. Seção 5, Artigo 24 
  134. Masland, Tom (14 de outubro de 1988). «Moslem Code Looms in Sudan». Chicago Tribune. Consultado em 13 de maio de 2018 
  135. Hamed, Baher Abdul; Imam, Juma; Beshir, Ali Mohamed; Yacoub, Ismail (20 de outubro de 1991). «Sudan: Fear of Execution and Crucifixion». Amnesty International. Consultado em 13 de maio de 2018 
  136. «Sudan: Further information on: Imminent Execution/Torture/Unfair trial». Amnesty International. 1 de junho de 2005. Consultado em 12 de maio de 2018 
  137. «Crucifixion for UAE murderers». The Independent. Consultado em 12 de maio de 2018 
  138. «UAE: Further information on fear of imminent crucifixion and execution». Amnesty International. 1 de setembro de 1997. Consultado em 12 de maio de 2018 
  139. CBS News. «ISIS is killing, torturing and raping children in Iraq, U.N. says». Consultado em 12 de maio de 2018 
  140. «Death and desecration in Syria: Jihadist group 'crucifies' bodies to send message». CNN/Associated Press. 2 de maio de 2014. Consultado em 12 de maio de 2018 
  141. Siegel, Jacob (30 de abril de 2014). «Islamic Extremists Now Crucifying People in Syria—and Tweeting Out the Pictures». The Daily Beast. Consultado em 12 de maio de 2018. Correção: Esta notícia identificou incorretamente a origem do tweet a a atribuiu a um membro do ISIS quando na verdade ela veio de Aymenn Jawad Al-Tamimi, um estudante de Oxford que não possui afiliação ao ISIS. Lamentamos o erro. 
  142. a b Almasy, Steve (29 de junho de 2014). «Group: ISIS 'crucifies' men in public in Syrian towns». CNN. Consultado em 12 de maio de 2018 
  143. «ISIS terror in and around Rojava, March-April 2014». Kurdistan Times. 13 de abril de 2014. Consultado em 12 de maio de 2018 
  144. «Walking amongst sharp knives» (PDF). Karen Women Organization. 1 de fevereiro de 2010. Consultado em 12 de maio de 2018 
  145. «Regime's human rights abuses go unpunished». Bangkok Post. 28 de março de 2010. Consultado em 19 de abril de 2011 [ligação inativa] 
  146. «Ukrainian protestor shows scars where he was nailed to a cross when he was crucified by government supporters 'and forced to declare he was a US spy'». The Daily Mail. 6 de fevereiro de 2014. Consultado em 12 de maio de 2018 
  147. «Ukrainian neo-nazis from Azov batallion burned alive a Novorossia resistance fighter on a cross (video 18+)». The Greanville Post. 24 de abril de 2015. Consultado em 12 de maio de 2018 
  148. «Directory on Popular Piety 144». www.vatican.va. Consultado em 29 de abril de 2018. Arquivado do original em 23 de junho de 2012 
  149. «Man Crucifies Himself Every Good Friday». Religious Freaks. 12 de abril de 2006. Consultado em 12 de maio de 2018 
  150. «Filipino devotees reenact Christ's crucifixion on Good Friday». New York Daily News. Associated Press. 29 de março de 2013. Consultado em 12 de maio de 2018 
  151. «Boy, 15, nailed to a cross as Filipinos whip and crucify themselves in gory Good Friday ritual». Daily Mail. London. 22 de março de 2008. Consultado em 12 de maio de 2018 
  152. «Religion-Mexico: The Passion According to Iztapalapa». IPS News. 9 de abril de 2004. Consultado em 12 de maio de 2018 
  153. Aragon, Ray John De (2006). The Penitentes of New Mexico: Hermanos de la Luz (em inglês). [S.l.]: Sunstone Press. p. 58. ISBN 9780865345041 
  154. Annals', 15.44.
  155. Friesen, Ilse E. (2006). The Female Crucifix: Images of St. Wilgefortis Since the Middle Ages (em inglês). [S.l.]: Wilfrid Laurier Univ. Press. p. 32. ISBN 9780889209398. Eulalia... foi despida, surrada, atormentada com ganchos de ferro, teve seu peito mutilado, foi queimada com tochas, e foi representada enforcada em um patíbulo ou cruz em formato de X. 

Ligações externas

editar