A Casa de Quincanga (Kinkanga) ou Sundi foi uma casa real (canda) do Reino do Congo, governando o país de 1622 á 1626. Foi uma das casas reais congolesas que governou por menos tempo, tendo apenas dois soberanos; Pedro II e Garcia I. Mesmo com seu curto governo, em seu reinado houve guerras com portugueses, holandeses e outros povos vizinhos. [1]

Casa de Quincanga
Kinkanga Kanda
Casa de Quincanga
Brasão de Armas do Reino do Congo
Estado
Título
  • Rei do Congo
  • Rei do Loango
  • Rei de Cacongo
  • Soberano de Angoio
  • Soberano do Dongo
  • Soberano de Vungu
  • Duque de Sundi
  • Duque de Ambemba
  • Senhor do Ambundo
  • Senhor de Angola
  • Senhor de Aquisima
  • Senhor de Musuru
  • Senhor da Matamba
  • Senhor de Malilu
  • Senhor de Musuco
  • Senhor de Anzizo
  • Senhor da Conquista de Pango-Alumbo Luqueni
Origem
Fundador Pedro II
Fundação 27 de abril de 1622
Casa originária Casa de Luqueni
Etnia Negros
Atual soberano
Último soberano Garcia I
Dissolução 26 de junho de 1626
Linhagem secundária
Casa de Quimpanzo
Catolicismo

História

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Eleição

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Desde 1567 o reino era governado pela Casa de Coulo. Em 1622, com a morte de Álvaro III, o trono se encontrou vago já que os filhos do falecido monarca não tinham idade suficiente para serem nomeados reis. Com isso, o conselho real elegeu Pedro, duque de Sundi como novo rei. Em documentos portugueses a dinastia é denominada Sundi devido ao nome da província governada por Pedro.

Conflitos com Portugal

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Com a subida ao trono da Casa de Quincanga, se iniciaram novos conflitos na relação do Congo com Portugal. Muitos deles eram relacionados à escravidão e religiosidade. O governador de Luanda alegava que o rei Pedro II, ainda como duque, teria dado asilo á escravos fugitivos de assentamentos portugueses. O governador ainda alegou que não reconhecia a legitimidade da nova casa, coisa que resultou numa invasão e na Batalha de Ambandi Cassi, vencida pelos congoleses. [2]

Relações com a Holanda

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Após a desastrosa e humilhante derrota dos portugueses, os mesmos buscaram e firmaram a paz com a Casa de Quincanga. Pouco tempo depois o rei buscaria apoio dos holandeses para expulsar os portugueses da região, coisa que resultaria em mais conflitos com ambos reinos.

Queda e Posterioridade

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O rei Garcia I subiu ao trono em 1624. Entretanto o soberano foi deposto pelo duque de Ambamba, Manuel Jordão em 1626. Logo após este ocorrido o ex-monarca fugiu para Soio, onde recebeu apoio dos condes. Anos depois os condes de Soio declarariam vinculo com os Quincangas e direitos ao trono devido á casamentos e alianças, coisa que resultaria na independência do condado em 1645. Os Quincangas ainda sobreviveriam na nobreza congolesa até 1678, durante a guerra civil, onde seus últimos integrantes foram mortos ou se uniram a outras casas. [3]

Referências

  1. «Liste des auteurs». Éditions de la Sorbonne. 2006: 427–428. ISBN 978-2-85944-546-1. Consultado em 4 de abril de 2021 
  2. «Africa: Revista do Centro de Estudos Africanos». African Studies Companion Online. Consultado em 4 de abril de 2021 
  3. Thornton, John K. (2020). A history of West Central Africa to 1850. Cambridge, United Kingdom: [s.n.] OCLC 1122686306