Carlos Alberto Dultra Cintra

Filho de Anfilófio de Oliveira Cintra e Maria de Lourdes Dultra Cintra.^[1]

Formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia em 1967, logo ingressou por concurso no ministério público, assumindo na Comarca de Ubatã naquele mesmo ano; após sucessivas promoções, foi nomeado em 1985 Procurador de Justiça, integrou em 1987 o Conselho Superior do Ministério Público; Procurador-Geral de Justiça no biênio 1991-1993, em 1994 é nomeado desembargador do Tribunal baiano.^[1]

Em 2002 o desembargador foi eleito Presidente do TJ-BA, vencendo a candidatura de Amadiz Barreto, apoiada pelo chefe político estadual até então, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães; com a derrota, Amadiz abandonou a magistratura, e Dultra Cintra passou a ser o principal nome do Judiciário baiano, durante quase dez anos.^[2] O processo foi um "divisor de águas" na política baiana, marcando o início do fim do "carlismo".^[3]

Após o biênio à frente do TJ, Cintra presidiu o Tribunal Regional Eleitoral baiano (2004-2006) e foi seu Vice-Presidente em dois outros exercícios.^[1]

Em janeiro de 2012 Cintra apoiou uma candidata à Presidência do TRE, mas esta foi derrotada, marcando assim o fim de sua hegemonia no Judiciário.^[2]

Pediu sua aposentadoria voluntária no começo de 2013, encerrando assim sua carreira alguns dias antes de completar 70 anos.^[4]

Recebeu, também em 2013, a mais alta comenda da Assembleia Legislativa da Bahia, a comenda de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira, que é concedido a brasileiros reconhecidamente dedicados às causas nobres, humanas e sociais que tenham resultado no desenvolvimento político e socioeconômico do Brasil, melhorando significativamente a vida das pessoas ^{[5] [6] [7]}, em reconhecimento por sua atuação à frente do Judiciário daquele estado.^[8]