Porto di Ripa Grande

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Porto di Ripa Grande era um dos portos fluviais de Roma, a jusante da antiga Ponte Sublício, onde as mercadorias, subindo e descendo o Tibre em direção às docas de Fiumicino, eram manuseadas. A construção da "muraglioni" ("grande muralha") obliterou todos os sinais de sua existência, mantendo apenas algumas referências toponímicas — o trecho da Lungotevere que ladeia San Michele a Ripa Grande é chamado de "Porto di Ripa Grande", a Via del Porto é a estreita rua que liga o Tibre a Santa Cecilia in Trastevere e Santa Maria dell'Orto) — e as duas rampas que dão acesso ao passeio à beira do rio. A região atualmente é parte do rione Ripa.

Porto di Ripa Grande
Porto di Ripa Grande
"Porto di Ripa Grande", por Thomas Wijck (séc. XVII)
Porto di Ripa Grande
Arsenal Papal
Informações gerais
Tipo Arco
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização XI Região - Circus Maximus
Coordenadas 41° 53′ 03,84″ N, 12° 28′ 35,76″ L
Porto di Ripa Grande está localizado em: Roma
Porto di Ripa Grande
Porto di Ripa Grande

Durante o período Romano, o porto marítimo de Roma era Ostia. De lá, as mercadorias destinadas à cidade eram transportadas pelo Tibre, que dispunha de diversas docas com funções específicas.

O Empório fluvial geral ficava na margem esquerda do rio, do presente rione Testácio — onde restos do Pórtico Emília e do empório ainda podem ser vistos — até a encosta do Monte Aventino, uma região que, por este motivo, era intensamente habitada durante a era imperial.

A região portuária jamais cessou suas atividades, mesmo nos últimos anos do império e durante a Idade Média, servindo como ponto de desembarque para peregrinos e mercadorias. Por isto, ali estavam tanto estruturas relativas ao comércio fluvial (carpintarias, docas, prédios de serviço etc.) e estruturas militares para o controle do tráfego no rio e a coleta das taxas.

O porto, que, apesar de ser a principal doca no Tibre, era muito menos monumental que o Porto di Ripetta e foi reconstruído no século XVII do outro lado do antigo empório, na margem oposta do Tibre e a montante da localização anterior, dentro da Porta Portese (que também foi recuada).

Arsenal Papal

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Fábricas para a construção de navios militares, conhecidas como Arsenal Papal, existiram à volta do Porto di Ripa Grande até o século XVI, principalmente por causa das guerras contra o Império Otomano. Depois da Batalha de Lepanto (1571), as atividades portuárias foram todas voltadas para o comércio (manutenção dos navios e equipamentos, aduana etc.).

Imediatamente do lado de fora da Porta Portese, o papa Clemente XI construiu seu novo arsenal, dedicado à manutenção dos barcos fluviais e também para os navios papais. Sua posição, fora da muralha, visava reduzir a pressão fiscal sobre os materiais utilizados nas atividades de manutenção.

A construção, cujo arquiteto é desconhecido, foi concebida de forma idêntica à do arsenal de Civitavecchia, de Gian Lorenzo Bernini e completado por Domenico Fontana cinquenta anos antes; a obra foi completada entre 1714 e 1715, numa escala menor que a anterior por causa de suas funções limitadas.

O complexo funcionou até o final do século XIX — foi utilizado em 1798 como galpão para abrigar as obras de arte roubadas por Napoleão antes do embarque para a França — quando, depois da construção da muraglioni, todas as atividades comerciais relacionadas ao rio foram abandonadas. As duas rampas que descem até o nível do rio a partir de San Michele são a única memória do antigo porto.

Bibliografia

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  • Emma Marconcini, L'arsenale pontificio a Ripa Grande, Fratelli Palombi Editori, 1991 (em italiano)

Ligações externas

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